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O piloto jordano que o Pássaro de Ferro noticiou no domingo passado estar na iminência de ser executado pelo Estado Islâmico, após ter sido capturado na Síria em dezembro de 2014, na sequência da queda do F-16 que tripulava, foi hoje dado como morto.
As imagens divulgadas pelo Estado Islâmico, de uma crueldade desconcertante, alegadamente apresentam o piloto Maaz al-Kassasbeh a ser incinerado, depois de regado com gasolina.
Apesar da autenticidade das imagens ainda não ter sido verificada, a Jordânia já informou os familiares do piloto, do óbito. A Jordânia, que recusou a troca de prisioneiros pelo seu piloto, havia prometido executar os jihadistas que tinha cativos, caso o aviador fosse morto. Os dois terroristas, um homem e uma mulher, foram já executados, numa ação bastante mais célere do que muitos esperariam. Um porta-voz do Governo de Amã prometeu ainda "retaliação de fazer abanar a terra", que parece desenhar-se para já na forma da intensificação dos ataques aéreos a posições do ISIL. Barack Obama pronunciou-se igualmente acerca do vídeo, afirmando ser mais uma razão para continuar a combater o grupo extremista ISIL, capaz da crueldade e barbárie que o mundo tem vindo a presenciar. Atualização 5/2/2015 Durante o dia de hoje foi desencadeada na Jordânia a Operação Martir Maaz em resposta ao assassinato do seu piloto. Os aviões jordanos voltaram aos ataques ao Estado Islâmico, interrompidos a 25 de dezembro passado, quando o piloto agora executado foi capturado. No regresso das missões, F-16 sobrevoaram a terra-natal do malogrado piloto, onde o rei Abdullah II foi apresentar condolências aos familiares, garantindo uma guerra sem tréguas ao EI.
O piloto jordano Muath al-Kaseasbeh junto a um F-16 como o que pilotava quando se despenhou ma Síria
O Estado Islâmico ameaça executar o piloto jordano que tem refém, se a Jordânia não libertar o jihadista Sajida al-Rishawi. O governo jordano no entanto já informou não ceder a ameaças, avisando que retaliará, caso Muath al-Kaseasbeh seja morto.
“Matem o nosso piloto e nós iremos executar todos os vossos prisioneiros”. Terá sido esta a mensagem que o governo jordano enviou ao Estado Islâmico, segundo o correspondente internacional do jornal Al Rai que foi entrevistado pelo Daily Mail.
“O governo avisou que se eles matarem o piloto serão implementadas sentenças de morte a Sajida al-Rishawi e a outros prisioneiros do ISIS o mais depressa possível”, explicou o correspondente Elijah Magnier.
A canoy do F-16 jordano que se despenhou na Síria
O piloto Muath al-Kaseasbeh foi capturado pelos jihadistas em dezembro passado, depois do F-16 que pilotava se ter despenhado em Raqqa, na Síria, devido a uma falha mecânica e não por ação de fogo inimigo, como inicialmente foi noticiado.
A-10 Thunderbolt II larga flares de despiste de mísseis guiados por infravermelhos Foto:Robert Barnett/USAF
Segundo o site de notícias Iraq News reportou no passado dia 16 de janeiro de 2015, aviões A-10 americanos atacaram no dia anterior, posições do Estado Islâmico na aldeia de Sultan Abdullah, perto de Moshul, no Iraque, tendo causado um número indeterminado de feridos e mortos entre os militantes da organização terrorista.
A novidade na operação vem contudo de uma fonte não revelada que presenciou as ações, e que referiu que os quatro ataques dos caças-bombardeiros foram retaliados com igual número de disparos de mísseis "Strela", que não causaram contudo qualquer dano das aeronaves, "o que levou os sobreviventes (dos ataques) a deixarem os corpos dos mortos e carregarem os feridos para escapar para o distrito de Shirqat" (120 km a norte de Tikrit)".
Se o lançamento de um míssil terra-ar é fácil de identificar visualmente, a fonte citada é contudo omissa acerca do modo como foi identificado o modelo em concreto. Os SA-7 Strela são mísseis terra-ar portáteis, guiados por infravermelhos. Foram contudo exportados em grades quantidades para vários países do Médio Oriente, incluindo o Iraque, o que torna por isso credível, tratar-se de facto de SA-7.
F-4 ataca alvos no Iraque Imagem extraída de vídeo Al Jazeera
Pelo menos um F-4 Phantom II iraniano atacou com bombas alvos do Estado Islâmico em Diyala, província oriental do Iraque, segundo se pode inferir de imagens difundidas em canais de TV locais.
Inicialmente mal identificado como um caça iraquiano pelas cadeias noticiosas, a silhueta permite contudo reconhecer um F-4 Phantom II.
Dada a proximidade do local com a fronteira iraniana e a relutância do outro operador de Phantom na região (Turquia) em se envolver ativamente no conflito, deverá por exclusão de partes tratar-se de um F-4 da Força Aérea da República Islâmica do Irão (IRIAF).
Apesar do Irão ter oferecido Su-25 ao Iraque para contribuir na luta contra o EI (embora se suspeite serem pilotados por pilotos iranianos), estas imagens são a primeira prova de um envolvimento direto de Teerão no conflito.
As imagens exibidas pela Al Jazeera foram alegadamente captadas no dia 30 de novembro mostram um F-4 em apoio a tropas iraquianas na reconquista da cidade Sa'adiya, naquela que é tida como a maior operação governamental contra o EI desde junho.
Já algo comentada desde junho também, uma possível colaboração entre iranianos e americano, na luta contra o inimigo comum, parece agora ganhar consistência, quanto mais não seja através de mera coordenação, de modo a evitar encontros indesejáveis no ar, entre os até há bem pouco tempo improváveis "aliados".
Silhueta de F-4 Phantom II claramente identificável aos 0:20 minutos:
Na última edição do NTM realizada em território nacional, a Esquadra 301- Jaguares apresentou a aeronave 15116 com um vistoso esquema "...
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