Mostrar mensagens com a etiqueta filme. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta filme. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 9 de maio de 2022

"Top Gun: Maverick", Lady Gaga e o SR-72 [M2316 - 33/2022]


Em contagem decrescente para a estreia do filme "Top Gun: Maverick" no dia 26 de Maio (em Portugal), estreou no passado dia 6, o videoclip do tema principal da banda sonora, que tem a dura tarefa de suceder ao "Take My Breath Away" do primeiro filme. 

De resto, nomeado para quatro Oscares em 1987, o filme "Top Gun - Ases Indomáveis", acabaria por vencer precisamente apenas na categoria de Melhor Canção Original, com o citado tema "Take My Breath Away", interpretado pela quase desconhecida banda Berlin.

Se à primeira vista a tarefa pode não parecer fácil, por entre as primeiras reacções ao tema "Hold My Hand", que entrou nos tops um pouco por todo o mundo, fala-se já numa possível nomeação da Lady Gaga para os Oscares de 2023, ela que já foi nomeada por duas vezes, tendo vencido em 2019 com "Shallow", do filme "Assim Nasce Uma Estrela".

Notas musicais à parte, o videoclip permite ainda vislumbrar algumas cenas adicionais do filme, que não estavam ainda incluídas nos trailers divulgados até ao momento, e que vão levantando o véu, sobre o que será "Top Gun: Maverick", a sequela mais aguardada das últimas décadas, pelos entusiastas da aviação.

SR-72 Darkstar

É possível por exemplo, ver melhor o (hipotético) avião espião hipersónico SR-72 Darkstar, segundo o realizador Joe Kosinski, desenhado em conjunto com o gabinete de projectos secretos da Lockheed Martin (responsável pelo SR-71) Skunk Works, e que alegadamente levou mesmo a China a desviar um satélite espião para o observar.

O videoclip inclui ainda uma formação missing man de F-18, relacionada com cerimónias fúnebres após imagens de um despenhamento. De resto, as cenas remetem múltiplas vezes para o argumento do original de 1986, incluindo o famoso jogo de voleibol de praia. Já os F-14 (que ainda assim irá marcar presença em "Top Gun: Maverick", embora as circunstâncias em que tal acontece estejam por enquanto no segredo dos deuses), foram substituídos por um P-51 Mustang, nas icónicas imagens ao pôr do sol.

As expectativas geradas são cada vez mais altas, mas será ainda necessário aguardar até dia 26, para confirmar se o filme vai estar à mesma altura, ou se a sequela não passa de uma repetição dos clichês gerados ao longo de 36 anos, desde o primeiro filme.

A música para já não desilude. 

Lady Gaga: Hold My Hand




terça-feira, 28 de agosto de 2018

F-35C NO PORTA-AVIÕES DO TOP GUN 2 (M1993 - 53/2018)

F-35C na catapulta do USS Abraham Lincoln a 20 de Agosto de 2018


Poderá ser apenas coincidência, mas a US Navy divulgou hoje uma foto de um F-35C, prestes a ser lançado do porta-aviões USS Abraham Lincoln, onde está a ser gravada a muito aguardada sequela do blockbuster dos anos 80 "Top Gun".

Desde que se começou a falar na produção de um Top Gun 2 que as conjecturas não têm parado, acerca do cenário e os aviões que irão (forçosamente) entrar no "elenco", dado que o icónico F-14 do primeiro filme, já deixaram de voar na US Navy desde 2006.

Os primeiros rumores que circularam em 2012, quando Tom Cruise começou a trabalhar no filme com o realizador Tony Scott, davam conta de um argumento com F-35s, drones e um cenário futurístico, que não entusiasmou por demais os aficionados. O projecto ficaria depois em banho-maria, interrompido pela morte do realizador britânico, tendo chegado a suspeitar-se do cancelamento da nova longa-metragem sobre a aviação naval americana.

A imagem divulgada por Tom Cruise no Twitter a 31 de Maio de 2018

A 31 de Maio passado, o próprio Tom Cruise se encarregaria de divulgar uma foto na sua conta de Twitter, a dar conta do início das filmagens, na qual se pode vislumbrar o próprio, bem como um Super Hornet em fundo. Recomeçaram por isso as especulações sobre qual será a "estrela"- leia-se caça - a protagonizar o Top Gun 2. Mesmo o merchandising que começou a circular poucos meses antes, tinha já uma silhueta de F/A-18 no logótipo da escola "Top Gun", onde antes estava o F-14.

T-shirt vendida nas lojas Primark ostentando a silhueta de um F/A-18

A 22 de Agosto, a US Navy informou que uma equipa de filmagens da Paramount Pictures, se encontrava a bordo do porta-aviões USS Abraham Lincoln. Salvaguardando  que a prioridade é" o combate e o treino para ter forças navais em prontidão", afirmaram o apoio à produção do filme. Não adiantando muitos mais detalhes, a Marinha dos EUA confirmou apenas que pilotos navais iriam participar no filme e que eventuais gastos com filmagens aéreas, que não pudessem ser realizadas como parte de missões de treino, seriam custeados pela produção. Embora na verdade, a US Navy (e até a USAF) tenham muito mais a ganhar com a publicidade que um filme desta envergadura pode aportar no recrutamento de novos pilotos militares, que tanto escasseiam por todo o mundo.

Então, e quando se julgava ser o caça da Boeing o protagonista principal, eis que a US Navy divulga uma foto de um F-35C, a bordo do mesmo porta-aviões em que decorrem as filmagens do Top Gun. Dado que o F-35C ainda nem está operacional na US Navy, não deverá tratar-se de mera coincidência...

O Top Gun 2 tem estreia marcada nos EUA para 12 de Julho de 2019.


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

PAULO DÉRMIO APRESENTA - 0:30 A HORA NEGRA (M890 - 59PM/2013)


0:30 A Hora Negra (Zero Dark Thirty no original) é, como muitos saberão, um filme baseado na história real da busca e captura do inimigo número um dos EUA: Osama bin Laden.
Nomeado para quatro Oscars da Academia, entre os quais o de Melhor Filme, Melhor Actriz Principal e Melhor Montagem.
A minha análise imparcial relativamente ao filme está ferida de morte à partida, por ter já visto vários documentários sobre o tema, pelo que o enredo pouco ou nada teve de novidade. A situação no entanto não é nova, à semelhança de filmes como "A Paixão de Cristo", cujo enredo é com certeza ainda mais conhecido, não impedindo contudo de avaliar a qualidade da película.
Este texto é por isso, e para me obrigar a maior imparcialidade possível, escrito antes da atribuição dos Oscars.
Assim, o filme torna-se algo difícil de ver, devido a uma narrativa quase documental, com a agravante de não ter uma voz-off, como os documentários assumidos. Quem está à espera de ver outro "Black Hawk Down (Cercados) desengane-se porque nada tem de parecido. Passam-se longos períodos em que nada de interessante ocorre, apenas entrecortados por diálogos a fazerem lembrar séries no registo de reality show atualmente em voga, com a agravante ainda da quase ausência de uma banda sonora, apenas presente pontualmente e passando quase despercebida.
No geral, acaba por sobressair a interpretação da nomeada Jessica Chastain, num filme monocórdico do princípio ao fim. O mérito maior da obra como um todo, será porventura a descrição dos meandros  burocráticos e sistémicos que quase colocaram em perigo o desiderato maior desse próprio sistema: capturar o seu maior inimigo. O peso que faz as instituições quase implodirem sob a própria massa e interesses particulares de quem as constituem, em detrimento de um interesse maior.
Do ponto de vista aeronáutico (e por isso aqui falamos deste filme) foi interessante ver a reconstituição da operação de assalto em si (Neptune Spear), e dos misteriosos helicópteros apelidados "Silent Hawk" utilizados na ação, dos quais passados quase dois anos, pouco ou nada se sabe, além da forma da secção de cauda, que escapou à destruição da célula, por se ter separado e ficado do lado de fora do muro da casa de bin Laden, aquando da aterragem não controlada.


A secção de cauda que sobrou do lado de fora do muro- imagem real     Foto: Autor desconhecido
Retirada dos destroços da zona da Operação - imagem real     Foto: Autor desconhecido

A teoria para este despenhamento, é também coincidente com a dos documentários, apresentada como tendo sido a redução dos limites de utilização do aparelho devido ao peso e forma dos componentes stealth (anti-radar) acrescentados ao helicóptero, que fizeram com que este fosse arrastado na corrente de ar descendente, gerada pelo seu próprio rotor principal na aterragem.
No final, fica-se com a ideia que será um filme mais interessante para o público americano, a quem o tema em si, dirá muito mais do que ao resto do mundo, já que como obra cinematográfica é algo como um placebo.

Escrevendo já depois da entrega dos Oscars, confirmou-se a vitória apenas numa categoria técnica menor, a única não mencionada acima:  Melhor Edição Sonora. 
Justiça seja feita, havia de facto melhores candidatos para Melhor Filme e Montagem (ganho ainda assim algo dubiamente por Argo de que falaremos também brevemente). Para o troféu de Melhor Atriz Principal fica o benefício da dúvida, até por desconhecimento da interpretação da vencedora Jennifer Lawrence em "Silver Linings Playbook".
A Realização, de Kathryn Bigelow que não estava sequer nomeada este ano, ficou muito aquém do galardoado Estado de Guerra (Hurt Locker), esse sim, um grande filme de guerra.
Fica contudo a ressalva de, para quem não conhece os detalhes da operação, ser talvez mais interessante ver o filme, sendo porventura o registo muito próximo de documentário a tornar fastidioso ver "mais do mesmo" para os que já conheciam os detalhes.
Para quem quiser saber ainda mais no entanto, recomenda-se a leitura do polémico livro da autoria dum dos elementos da força SEAL que efetuaram o ataque de 2 de maio de 2011 em Abbottabad, e cuja identidade acabaria por ser inadvertidamente revelada: "No Easy Day", por Mark Owen (pseudónimo).





quarta-feira, 25 de julho de 2012

PAULO DÉRMIO APRESENTA: RED TAILS (M692 - 77PM/2012)



Como eu gostava de poder falar bem deste filme! Contudo, logo nas primeiras cenas tive o vislumbre de que não ia ser fácil.
Desde que desaparece o logótipo da 20th Century Fox que é sempre a descer. Primeiras imagens e instala-se a dúvida se estamos a ver uma longa metragem ou a apresentação da última versão de um jogo da Playstation. Logo a seguir o lettering com título, que nos deixa mais preocupados e confusos se a intenção era assemelhar as letras a uma banda desenhada da década de 40, ou puro e simples mau gosto estético.
Mas a malta como eu, que estava cheia de boa-vontade, até perdoava se o que viesse depois justificasse. 
Mas não justifica. Apesar de uma ou outra cara conhecida e estabelecida em Hollywood (incluindo a Daniela), há desempenhos sofríveis para não dizer medíocres até por parte de atores já bem rodados. 
Os diálogos parecem mais uma sucessão de frases isoladas, do que diálogos propriamente ditos. 
Há imensas cenas gratuitas, o desenrolar dos acontecimentos é altamente previsível e até os discursos de cariz moralista/anti-racismo acabam por se tornar pouco convincentes, de tal modo estão mal feitos.
E a atravessar tudo isto, as insistentes imagens descaradamente geradas em bites de computador. 
Curioso que, mesmo as cenas rodadas com imagens reais apresentam o mesmo aspeto artificial, desconheço se por tentativa de homogeneização com as cenas "postiças", ou se por uma qualquer opção artística que me ultrapassa.
Ainda cheguei a pensar que seria da versão de baixa qualidade que vi primeiro, mas verifiquei em BluRay e a impressão manteve-se.
Apenas para não dizerem que falei mal só porque estava chateado com o mundo, sem sequer ver o filme, a história trata do esquadrão de aviadores de raça negra (Red Tails) que lutou na II Guerra Mundial pela bandeira americana e pelo direito a serem tratados como iguais entre a hegemonia branca.
Já mesmo no fim há um ou outro pormenor que até pode passar por fantasia mas que foi de facto real: a cena em que o herói da fita acaba por morrer, mas abatendo o adversário, aconteceu mesmo com um Ás da II Guerra, felizmente com melhor desfecho, uma vez que o autor da proeza na escapou ileso.
O combate com os Me-262 também foi verdadeiro, tal como a primeira vitória de uma caça a hélice sobre um jato por um piloto do 332 Sqd. 
Afinal enganei-me, não foi sempre a descer, ainda subiu um pouco mesmo no final.
À semelhança dos "Cavaleiros do Céu" de que falei aqui já há algum tempo, vou ter que repetir o mesmo refrão: perdeu-se uma boa oportunidade de fazer um grande filme.



ARTIGOS MAIS VISUALIZADOS

CRÉDITOS

Os textos publicados no Pássaro de Ferro são da autoria e responsabilidade dos seus autores/colaboradores, salvo indicação em contrário.
Só poderão ser usados mediante autorização expressa dos autores e/ou dos administradores.

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Laundry Detergent Coupons
>