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sexta-feira, 14 de março de 2025

POLÓNIA PISCA O OLHO AO KC-390 [M2596 - 20/2025 ]

Linha de produção do KC-390 Millennium
 

E a Embraer pisca o olho à Polónia. E na verdade, tudo parece indicar que o romance irá terminar em casamento, depois do CEO da Embraer ter visitado a Polónia, com o intuito de tornar aquele país num "centro de excelência da companhia na Europa".

Ambição não falta à Embraer, que estima que projetos potenciais com parceiros locais, possam gerar até 3.000M USD e 5 mil empregos no país, ao longo de 10 anos, dentro da aviação militar e comercial.

A Embraer faz parte do ecossistema de aviação da Polónia há mais de 25 anos. Com o forte crescimento global da companhia, estamos comprometidos em expandir o nosso engajamento industrial em conjunto com parceiros polacos, incluindo atividades de produção, montagem final, manutenção e reparação. Para possibilitar esse crescimento, a Embraer planeja apoiar o desenvolvimento das capacidades e competências que impulsionarão o setor aeroespacial polaco, para o seu próximo estágio de sucesso,” afirmou Francisco Gomes Neto, Presidente e CEO da Embraer, durante a visita ao Instituto de Aviação Łukasiewicz (iLOT).

Num movimento estratégico de longo prazo, a Embraer procura parceiros para fabricar peças e para uma potencial linha de produção final para a aeronave militar multimissão KC-390 Millennium, que continua a conquistar pedidos internacionais, incluindo países da Europa e da NATO. E afinal de contas, 42% da cadeia de componentes do KC-390 já tem origem na UE. Só a produção desta aeronave e o ecossistema de pós-venda associado (incluindo manutenção e treino) poderão resultar na criação de cerca de 1000M USD e 600 empregos. 

A Embraer está por isso a oferecer também à Polónia, para substituição da sua frota C-130E/H Hercules, a sua aeronave de transporte militar KC-390 Millennium, que já foi adquirida, ou está em fase de aquisição na Europa, por Áustria, Chéquia, Eslováquia, Hungria, Países Baixos, Portugal e Suécia.

"A Polónia é uma nação líder da NATO e, ao oferecermos o KC-390 Millennium, temos a oportunidade de nos engajarmos com a bem estabelecida e especializada comunidade industrial e de defesa do país. Esta é uma oportunidade para a Polónia se tornar uma participante central do ecossistema europeu do KC-390, com acesso a um excelente pacote industrial, de treino e suporte. A Polónia é mais que um cliente potencial para nós: é uma sólida parceira operacional e industrial de longo prazo, com a localização perfeita para a linha de produção que queremos desenvolver na Europa", disse Frederico Lemos, CCO da Embraer Defesa & Segurança.

Segundo a imprensa local, a Polónia estará interessada em adquirir entre 5 a 10 aviões KC-390, para equipar a sua Força Aérea.



quinta-feira, 13 de março de 2025

F-35 POR UM CANUDO [M2594 - 18/2025 ]

F-35A da Real Força Aérea Norueguesa
 

O (ainda) ministro da Defesa, Nuno Melo, disse em entrevista ao Público e Rádio Renascença, que a substituição dos F-16 terá que ser ponderada à luz da nova "envolvente geopolítica", nomeadamente a posição dos EUA no contexto NATO e no atual plano geoestratégico internacional.

Acrescentou ainda, quando confrontado com a pergunta se aprovará a compra de F-35, caso seja reconduzido como ministro da Defesa, num hipotético novo Governo da AD, que há várias opções a ser consideradas, principalmente dentro da produção europeia.

Ora, considerar a compra de outra aeronave que não seja o F-35, vai contra o ensejo já assumido por parte da Força Aérea Portuguesa (FAP), que elegeu o caça fabricado pela americana Lockheed Martin, como o substituto ideal para o F-16 e para manter as capacidades de combate aéreo da FAP na linha da frente mundial, e a par com os nossos aliados mais próximos na Europa que anteriormente utilizaram o F-16.

Embora as preocupações, e até desconforto revelados por vários utilizadores do F-35 sejam legítimas, muito devido às tomadas de posição da administração Trump em relação à NATO e a tradicionais aliados, no caso português a situação merece algumas considerações adicionais.

Em primeiro lugar, porque Portugal ainda não está comprometido com o programa F-35, o que impõe por si só um horizonte de pelo menos cinco anos, até receber a primeira aeronave, altura em que já não estará em funções o atual presidente dos EUA. 

Em segundo lugar, embarcar em qualquer outra solução que não seja o F-35 atualmente, representa investimentos da mesma ordem de grandeza, para no final ficar com uma aeronave ao nível do que é possível conseguir, apenas modernizando a atual frota F-16 ao padrão V. O F-16 no entanto, é também de origem americana, pelo que uma modernização profunda terá que passar obrigatoriamente por material da mesma procedência.

Por outro lado, optar por aderir a um programa de desenvolvimento de um novo caça europeu, como o Global Combat Air Programme  (que engloba para já Reino Unido, Itália e Japão), aporta imensos riscos, tanto do ponto de vista financeiro, como de prazos e até sustentação a longo prazo, se tivermos em conta os problemas que programas similares têm enfrentado (Eurofighter, A400, NH90...).

A verdade é que alternativas viáveis ao F-35, pura e simplesmente não existem ao dia de hoje. Qualquer escolha que seja feita, que não seja o F-35, vai ter consequências ao nível da capacidade de combate da Força Aérea para as próximas décadas. Seja por operar com uma aeronave inferior, ou seja por ter de aguardar muito mais tempo para ter uma ao mesmo nível. 

Podemos ainda admitir que a tomada de posição do atual ministro da Defesa não passe apenas de um jogo diplomático, para pressionar os americanos e tentar tirar dividendos num futuro negócio com o F-35, seja lá quando isso venha a acontecer. A pressa com que foi assumida no entanto, sugere que a atual resistência a comprar material americano, não é mais do que um álibi fácil que caiu no colo dos governantes lusos, para justificar o adiamento (ou cancelamento) de um programa dispendioso, numa altura em que se fala em rever a Lei de Programação Militar, de acordo com as novas exigências internacionais.

Contudo, e sabendo como funciona o nosso país  (ie: só se faz alguma coisa de vulto quando vem dinheiro de Bruxelas), o mais provável é que se esteja a empurrar o problema com a barriga, para ser resolvido com recurso aos fundos do anunciado programa de rearmamento da Europa. Que virá naturalmente com uma exigência de "Made in EU", o que nos remete para as considerações já tecidas acima.

Seja qual for o caso, o futuro próximo não se avizinha brilhante para a aviação de caça portuguesa, que se arrisca a desbaratar as capacidades e know how adquiridos ao longo das últimas décadas com muito esforço, que colocaram a FAP ao nível das melhores do mundo, mas que com o passar dos dias (meses, anos) vão enfraquecendo.

Nota final/Adenda 15h10 13/03/2025

Ao contrário de alguns mitos que se foram perpetuando, o F-35A tem atualmente um custo de aquisição inferior ao do Rafale ou Eurofighter Typhoon, com custos de sustentação similares aos destes, mas sendo um caça de geração seguinte, com capacidades inigualáveis pela geração anterior. Já o Gripen E, além de mais caro que um F-16V, apresenta ainda imensas debilidades operacionais, bem como sistemas americanos, pelo que não se constitui como uma alternativa ao F-16 em nenhum aspeto.



sexta-feira, 19 de março de 2021

BOMBARDEIROS B-2 NAS LAJES 3 DIAS DEPOIS [M2237 - 25/2021]

B-2 Spirit em "reabastecimento a quente" nas Lajes

Os bombardeiros stealth B-2 Spirit da USAF realizaram nova escala na Base Aérea nº4 nas Lajes, apenas três dias depois da última passagem pela base açoriana.

Tal como antes, as aeronaves pertencem à 509ª Bomb Wing , da Base Aérea de Whiteman , Missouri. Segundo comunicado dessa mesma base,  "os B-2s contarão com a base das Lajes estrategicamente localizada, para realizar tarefas essenciais durante as próximas missões da Força-tarefa de Bombardeiros". 

Já o Comando do 65º Grupo Aéreo da USAF nas lajes, realçou a importância das operações combinadas, como Controlo de Tráfego Aéreo e defesa de base, que "mostram o alto nível de interoperabilidade entre os EUA e Portugal" além da importância estratégica da Base das Lajes ao "fornecer ao Departamento de Defesa dos EUA e às nações aliadas uma plataforma de projeção de poder para forças de combate confiáveis ​​em toda a Europa e África."


Os B-2 realizaram mais uma vez troca de tripulações e reabastecimento com motores em marcha

O destacamento da Força-Tarefa de Bombardeiros (BTF) na base das Lajes reforça a importância estratégica e a capacidade desta localização geográfica. Esta é a terceira vez que a base das Lajes foi chamada a apoiar uma missão BTF, e tenho orgulho de dizer que a Equipa das Lajes sempre respondeu sem falhas”, disse o Cor. Tammy Hinskton, comandante do 65º Grupo de Base Aérea. “As nossas operações diárias combinadas com a Força Aérea Portuguesa preparam-nos melhor para receber missões diversas, reforçam a nossa postura e aumentam a amplitude das capacidades aéreas que fornecemos ao USAFE-AFAFRICA.”


B-2 Spirit sobre a Praia da Vitória

Na verdade, estas missões dos B-2 fazem parte de um plano de treino e demonstração de prontidão mais alargado, que tem incluído missões frequentes de B-52 ao Médio Oriente e um destacamento de bombardeiros B-1B Lancer em Ørland na Noruega, desde o final de Fevereiro, que têm interagido com forças locais e aliados. 

Na missão de 16 de Março, os B-2 realizaram integração de longo alcance com o destacamento de B-1 na Noruega, em missão ao largo da costa da Islândia, aprimorando as capacidades necessárias para realizar operações noturnas eficazes num novo ambiente: 

Essas missões irão adicionar ainda mais profundidade a esta já histórica iteração da Força-Tarefa de Bombardeiros”, disse o general Jeff Harrigian, Comandante das Forças Aéreas dos EUA na Europa-Força Aérea na África (USAFE). “B-2 juntando-se aos B-1 no teatro oferece oportunidades únicas para aumentar a nossa prontidão, enquanto continuamos a trabalhar e aprender com os nossos aliados."

As missões estratégicas de bombardeiros aumentam a prontidão da USAF e forças aliadas, necessária para responder a qualquer crise ou desafio potencial em qualquer parte do mundo.  

As missões da Força-Tarefa de Bombardeiros são essenciais para manter a nossa vantagem competitiva global”, disse o Tenente-General Stephen Basham, segundo comandante USAFE. “A importância de fornecer aos aviadores a oportunidade de treinar em ambientes únicos, não pode ser exagerada.”

Fotos: USAF/Lajes Field


sábado, 30 de abril de 2016

UMA NOVA GUERRA FRIA OU UM CERTO CALOR DA COMUNICAÇÃO? [M1839 - 19/2016]

 Voo rasante de um Su-24 russo a um vaso de guerra norte-americano.

Basta fazer correr as páginas das redes sociais e de informação - com as cautelas que se recomendam na voragem por vezes pouco cerebral dos dias atuais - para perceber que nos últimos tempos tem aumentado o número de incidentes entre aeronaves dos dois "blocos", se é que (ainda?) se pode dizer isso.
Se aqui há alguns anos, não muitos, os incidentes se reportavam a aparições de aeronaves russas em zonas demasiado "próximas" de nós (ocidentais) e que foram amplamente noticiadas até aqui em Portugal, agora a "fenomenologia" verifica-se com o protagonismo intrusivo alternado, ora russos a rasar navios americanos, ora aviões americanos demasiado próximos de lugares catalogados e por isso, intercetados à escola Top Gun, por caças russos, em estilo provocador ou então provando à cinefilia ianque que também do lado de lá da antiga cortina de ferro, pilotos artistas há.
A tensão sempre existiu, é sabido, mas tem-se adensado, fazendo com que uma espécie de nova "guerra fria" seja lembrada quase diariamente. Ou então são as redes noticiosas e sociais, que funcionam ao segundo e que tem horror ao vazio, que estão a fazer a excitação que se nota por baixo do tecido do tempo.
E claro, tudo isto se passa nas barbas da Europa, essa distraída com as suas estruturas económicas, a Comissão Europeia a decidir sobre os destinos comuns, descurando a sua própria defesa, os governos de orelhas a arder pelo (in)cumprimento cego dos défices, a salvar bancos afogando milhões de euros e limpando a cara dos respetivos e incompetentes caciques, etc., enquanto o mundo pula e avança e grupos radicais nos rebentam bombas aos pés.
Para provar que a História se repete, é preciso vir o arauto Obama do lado de lá da banheira atlântica, explicar à bonacheira Europa que é preciso olhar mais para a defesa e, por muito que doa, destinar-lhe mais alguns trocos, em vez de tentar salvar quem anda a cavar a sua própria cova e a dos paisanos incautos.
É fácil dizer que tudo o que é gasto em armas é mal gasto, que há fome, que há miséria - fora e dentro da Europa - mas o que é facto é que o mundo - realmente - é um local perigoso, não raras vezes com má frequência e, portanto, a defesa de valores e princípios que foram conquistados com anterior sangue, suor e lágrimas, tem de ser feita, na pior das hipóteses com... sangue, suor e lágrimas...
As coisas, tendo mudado, sim, não mudaram contudo defenitiva e radicalmente a natureza humana e por causa disso, muita sabedoria de séculos não se risca por decreto em meia dúzia de anos, por mais conforto económico que pareça existir.
"Se queres a paz, prepara-te para a guerra!"

Texto: António Luís/Pássaro de Ferro


quarta-feira, 16 de abril de 2014

VAIVEM EUROPEU TESTADO EM CASTELO BRANCO (M1536 - 124PM/2014)

"Nariz" do Spacecraft europeu      Foto: ESA

O Intermediate Experimental Vehicle, ou IXV - a designação dada ao vaivém espacial europeu pela Agência Espacial Europeia - está a ser testado em Castelo Branco, no novo centro de ensaios aeronáuticos do Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ), revelou ao Expresso o administrador do ISQ Joaquim Guedelha.

Este centro de ensaios começou a funcionar este ano, vocacionado para os testes aeronáuticos e espaciais, mas também para as indústrias naval e automóvel, e para o setor da energia - onde se inclui a área petrolífera e de gás natural e ainda a petroquímica.

O interesse prático destes testes é "prever o desgaste das peças em materiais compósitos e o tempo médio da sua vida útil", explica o administrador do ISQ.

Fonte: Expresso

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