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segunda-feira, 13 de abril de 2020

OFENSIVA CONTRA O ESTADO ISLÂMICO EM MOÇAMBIQUE [M2119 – 37/2020]

Um dos dois Gazelle filmados a sobrevoar Pemba, alegadamente ao serviço de forças contratadas pelo Governo moçambicano para combater o Daesh no norte do país

Na sequência do que vêm sendo ataques armados no norte e centro de Moçambique, por parte de grupos do Estado Islâmico, chegam também notícias de uma contra-ofensiva, alegadamente realizada por forças militares privadas sul-africanas ao serviço da Força Aérea Moçambicana.

Apesar do pouco destaque que o assunto vem merecendo na imprensa internacional, a escalada de violência, principalmente na província de Cabo Delgado, mas com diversos focos por todo país, por parte de grupos armados que organizações internacionais classificam como terroristas, terá já provocado entre 600 a 700 mortos, em cerca de dois anos e meio, além de cerca de 200.000 desalojados, segundo o arcebispo católico D. Luiz Fernando.

Imagem divulgada pelo Daesh das acções em Quissanga


No final de Março de 2020, as vilas de Mocímboa da Praia e Quissanga foram invadidas pelo grupo jihadista, que destruiu várias infraestruturas e içou a sua bandeira num quartel das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique. Na ocasião, num vídeo divulgado na internet, um alegado jihadista justificou os ataques  com o objectivo de impor a lei islâmica na região.

Já em Abril, nova ofensiva em Namacande, com assaltos a instituições públicas, estabelecimentos comerciais, postos de combustível, agências bancárias e unidades das forças de segurança estatais para se apoderarem das armas, foi filmada novamente por elementos do grupo armado, com posterior divulgação nas redes sociais.

O outro helicóptero Gazelle avistado em Pemba tem pintura notoriamente mais clara mas não é possível discernir a matrícula

Chegaram entretanto relatos e imagens de pelo menos três helicópteros - dois Gazelle e um Bell 407, armados, a sobrevoar a cidade de Pemba. Num dos Gazelle é inclusive possível identificar a matrícula sul-africana ZU-ROJ, que corresponde a um Westland 341B Gazelle AH1 ex-British Army.



Segundo a imprensa sul-africana, os ataques através destes meios aéreos, são a mais recente tentativa de Maputo para derrotar a insurgência. Fontes militares moçambicanas citadas, disseram terem estes helicópteros leves atingido uma base dos jihadistas de Ahlu Sunnah wa Jamaa (ASWJ) na área de Mueda, na quarta-feira 8 de Abril de 2020, além de bases em Mbau no distrito de Awassi e Muidumbe na quinta-feira 9 de Abril. Ainda segundo as mesmas fontes não divulgadas, os ataques teriam sido bem-sucedidos, com muitas baixas entre os insurgentes. Os ataques não incluem para já forças terrestres, embora estes possam vir a ocorrer mais tarde.

Já na sexta-feira 10 de Abril, ficou a saber-se de várias fontes não confirmadas, que um dos helicópteros Gazelle foi forçado a fazer uma aterragem de emergência, depois de ter sido atingido por tiros, durante novo ataque aos insurgentes, nessa manhã. A tripulação terá escapado ilesa e destruiu a aeronave, para impedir que caísse nas mãos do inimigo.

Canhão/metralhadora fixa montada na porta lateral do Gazelle ZU-ROJ


A identidade das milícias privadas que participaram na contra-ofensiva governamental da passada semana não é completamente clara. Joseph Hanlon, um comentarista tido como credível em Moçambique, identificou o helicóptero Gazelle ZU-ROJ, como estando ao serviço da empresa militar privada russa Wagner, que teria entrado em Moçambique em Novembro de 2019, ao abrigo de um contrato com o governo moçambicano, para combater os insurgentes.

No entanto, duas fontes militares independentes disseram ao jornal sul-africano Daily Maverick que a Wagner terá abandonado Moçambique em Março deste ano, depois de fracassar na sua missão, e que os ataques aéreos da passada semana foram conduzidos pela empresa de segurança privada Dyck Advisory Group (DAG), sedeada na África do Sul, propriedade do ex-coronel militar do Zimbábue Lionel Dyck.

De acordo com o site desta empresa, “O Dyck Advisory Group (DAG) é o resultado de anos de experiência em operações líderes nas áreas de remoção de minas, gestão de riscos de explosão, segurança especializada, serviços caninos e caça furtiva. (...) O DAG é capaz de avaliações rápidas dos problemas existentes e o fornecimento subsequente das soluções necessárias. As soluções apropriadas serão então implementadas pelo DAG na qualidade de consultor. Se necessário, o DAG também supervisionará a implementação das soluções. ”

Bell 407

As  mesmas fontes disseram ainda que as milícias privadas voaram na quarta-feira em três helicópteros para Pemba, no norte de Cabo Delgado - um helicóptero Gazelle, um Bell UH-1 Huey e um Bell 407 - e um avião Diamond DA42, onde se juntaram a outro helicóptero Gazelle e a um Cessna 208 Caravan de asa fixa, que haviam chegado a Pemba mais cedo na semana.

A intervenção de novos operadores militares privados vem, aparentemente por isso, na sequência da retirada de Moçambique da Wagner, que terá desistido em Março de 2020, com pouco sucesso contra os insurgentes. As mesmas fontes disseram que os mercenários da Wagner não compreenderam o terreno difícil de Cabo Delgado. Mas as actividades da Wagner - uma empresa suspeita de vínculos com o presidente russo Vladimir Putin - sempre foram obscuras e alguns observadores insistem que apenas esteve em Moçambique como segurança pessoal para o presidente Filipe Nyusi e sem nunca estar mandatada para combater os insurgentes islâmicos.

Os insurgentes da ASWJ - que também se têm apresentado como leais à Província da África Central do Estado Islâmico (ISCAP) - afiliada do Estado Islâmico (IS) global - vêm montando operações cada vez maiores e mais frequentes na província de Cabo Delgado. A insurgência está activa desde Outubro de 2017 e é cada vez mais caracterizada por ataques brutais às forças de segurança governamentais e a populações civis, nos quais as vítimas são frequentemente decapitadas e mutiladas. Essas têm sido também as marcas de actuação das operações do IS no Médio Oriente.

Em Março de 2020 contudo, os insurgentes parecem ter mudado de táctica, quando investiram no ataque em larga escala por mar e terra em Mocímboa da Praia, o porto comercial mais a norte de Moçambique. Mataram ou expulsaram as forças de segurança e destruíram múltiplos edifícios, incluindo o terminal de aeroporto, escritórios governamentais, lojas e bancos e içaram a bandeira preta e branca do IS. Desta vez não tinham como alvo civis, mas sim conquistar a confiança da população local, distribuindo inclusivamente comida e dinheiro.

A ousadia dos ataques ​​na região de Cabo Delgado, começou já a deixar nervosas as empresas estrangeiras que vêm construindo instalações no litoral, para extrair e processar as vastas reservas de gás da província, nomeadamente a francesa Total e a americana Exxon Mobil. O último ataque a Mocímboa da Praia terá sido particularmente preocupante, visto ter ocorrido perto da estação de processamento de combustíveis em construção, onde estava a ser descarregado equipamento.


terça-feira, 20 de janeiro de 2015

GENERAL IRANIANO MORTO EM ATAQUE DE HELICÓPTERO ISRAELITA (M1768 - 11PM/2015)

AH-64 Apache da FA Israelita     Foto: IAF

O Irão confirmou a morte do General Allahdadi da Guarda Revolucionária, num ataque de um helicóptero israelita na Síria.
A confirmação foi dada na forma de um comunicado publicado esta segunda-feira, no sítio de internet da Guarda Revolucionária Iraniana.

Na altura do ataque, o General estava destacado, para fornecer "conselhos cruciais" às Forças Armadas Sírias, no combate aos extremistas.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano comentou o sucedido num meio de comunicação social local, classificando o ataque israelita como "um ato de terror", condenando-o veementemente.

Ainda segundo a imprensa local, o ataque perpetrado no domingo 18 de janeiro, perto da cidade de El Quneitra, matou seis oficiais da Guardas Revolucionária Iraniana, entre os quais um comandante do Hezbollah, Mughniyah.

A viatura em que seguiam, estaria em trânsito do Líbano para a Síria, quando foi alvejada por um helicóptero israelita.

Uma fonte próxima do Hezbollah referiu que o grupo já jurou vingar o ataque, mas "não se precipitará em decidir que passos serão dados" em resposta à morte de Mughniyah.

Mughniyah era comandante de uma unidade do Hezbollah que combatia o Estado Islâmico e outros grupos jihadistas. 


terça-feira, 2 de dezembro de 2014

F-4 IRANIANO ATACA ESTADO ISLÂMICO (M1740 - 329PM/2014)

F-4 ataca alvos no Iraque        Imagem extraída de vídeo Al Jazeera


Pelo menos um F-4 Phantom II iraniano atacou com bombas alvos do Estado Islâmico em Diyala, província oriental do Iraque, segundo se pode inferir de imagens difundidas em canais de TV locais.

Inicialmente mal identificado como um caça iraquiano pelas cadeias noticiosas, a silhueta permite contudo reconhecer um F-4 Phantom II. 
Dada a proximidade do local com a fronteira iraniana e a relutância do outro operador de Phantom na região (Turquia) em se envolver ativamente no conflito, deverá por exclusão de partes tratar-se de um F-4 da Força Aérea da República Islâmica do Irão (IRIAF).

Apesar do Irão ter oferecido Su-25 ao Iraque para contribuir na luta contra o EI (embora se suspeite serem pilotados por pilotos iranianos), estas imagens são a primeira prova de um envolvimento direto de Teerão no conflito.

As imagens exibidas pela Al Jazeera foram alegadamente captadas no dia 30 de novembro mostram um F-4 em apoio a tropas iraquianas na reconquista da cidade Sa'adiya, naquela que é tida como a maior operação governamental contra o EI desde junho.

Já algo comentada desde junho também, uma possível colaboração entre iranianos e americano, na luta contra o inimigo comum, parece agora ganhar consistência, quanto mais não seja através de mera coordenação, de  modo a evitar encontros indesejáveis no ar, entre os até há bem pouco tempo improváveis "aliados".


Silhueta de F-4 Phantom II claramente identificável aos 0:20 minutos:





quarta-feira, 24 de setembro de 2014

F-22: BATISMO DE FOGO (M1685- 229PM/2014)

F-22 Raptor mostra a baía de armamento interno      Foto: Jared Becker/USAF (arquivo)

O Pentágono descreveu hoje como foram usados os F-22 pela primeira vez em combate, o que sucedeu durante os ataques de ontem ao Estado Islâmico na Síria. 
Os caças de 5ª Geração efetuaram largada de bombas guiadas por GPS, tendo destruído um edifício que se crê estava em utilização como centro de comando e controlo.

F-22 Raptor à saída para a missão na Síria      Foto: USAF

“Uma mistura de vários aviões (…) foram usados nos ataques” pode ler-se no comunicado da USAF. “Não especificamos os números exatos nem as munições utilizadas. Contudo, os aviões Americanos incluíram F-15E, F-16, F/A-18, F-22 e B-1B. Adicionalmente foram lançados 47 misseis Tomahawk, a partir dos navios USS Arleigh Burke e USS Philippine Sea, destacados em águas internacionais no Mar Vermelho e norte do Golfo Arábico”.


Dado os relativamente pequenos danos revelados nas fotos antes/depois divulgadas pela Defesa, tal como os vídeos dos ataques, as bombas usadas foram com grande  probabilidade SDB-I, possivelmente complementadas por algumas JDAM mais pesadas.

Reabastecimento em voo durante a missão que ditou o batismo de fogo do F-22    Foto: USAF

Este tipo de missão parece algo despropositado para um caça que foi criado para a missão primária de superioridade aérea, mas as capacidades ar-solo foram-lhe sendo ampliadas com as atualizações periódicas de software e hardware.

A penetração no espaço aéreo  e defesas sírias parece ser a razão primaria para a utilização da furtividade do F-22, contudo foram alegadamente utilizados também F-15, F-16 e UAV na mesma vaga de ataque.





terça-feira, 27 de maio de 2014

A BATALHA DE DONETSK - 2 (M1598 - 173PM/2014)

Sukhoi Su-25 ucraniano    Foto: Autor desconhecido

Durante esta segunda-feira 26 de maio, dia seguinte à eleição do novo Governo na Ucrânia, as forças rebeldes tomaram de assalto o aeroporto internacional de Donetsk, numa demonstração de força, despoletando intensos combates dentro e à volta do complexo aeroportuário.

As forças leais a Kiev não se ficaram atrás, carregando sobre os separatistas com ataques terrestres e aéreos, envolvendo helicópteros de ataque Mi-24 e bombardeiros Su-25, conforme os vídeos documentam, havendo também relatos de que pelo menos um MiG-29 tomou também parte no ataque.




Aparentemente os separatistas terão sido dispersados e obrigados a retirar para a cidade, principalmente após o desembarque no aeroporto de tropas governamentais através, de helicóptero.
Não existem ainda dados exatos acerca de vítimas mortais, que se sabe contudo existirem.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

MÍSSEIS ARTESANAIS DISPARADOS CONTRA BASE AÉREA AMERICANA NO JAPÃO (M1294 - 363PM/2013)

C-130 da USAF sobrevoam a base aérea de Yokota      Foto: Osakabe Yasuo/USAF


Na noite de dia 28 , foram disparados projéteis através de um canhão de fabrico caseiro, contra a base aérea em uso por forças americanas, em Yokota, no Japão.

O incidente, de que deram conta os residentes dos arredores da base cerca das 23:30 horas, foi já confirmado por autoridades japonesas e americanas.

A Polícia encontrou dois tubos de metal, cabos elétricos e uma bateria, num loteamento vazio a cerca de 350m da base. Parcialmente enterrados, os tubos estavam apontados à base aérea, segundo informou o porta-voz da Polícia de Tachikawa.

A Polícia e militares americanos procuraram por indícios dos projéteis, mas até ao momento não foram encontrados, não havendo qualquer estrago, ou ferido a assinalar. 

Existe na região um grupo de extrema-esquerda, contestatários da presença militar americana no território, com historial de realizar ataques semelhantes no passado, contra a mesma base de Yokota e também contra a base naval de Atsugi.  O alegado ataque de ontem contudo, não foi (ainda) reivindicado.

Fonte: Stars and Stripes
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro



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