terça-feira, 24 de junho de 2025

REGRESSO DA BASE AÉREA Nº2 - CEMFA em entrevista

Monumento ao F-84G Thunderjet no CFMTFA na Ota

Por ocasião da visita à Base Aérea nº4 (BA4), para distinguir com um Louvor a Esquadra 752 - Fénix e o Grupo de Manutenção Aeronáutica da BA4, o Chefe de Estado Maior da Força Aérea  (CEMFA), Gen. Cartaxo Alves, foi entrevistado pela Rádio Lajes.

Em cerca de 17 minutos de conversa, múltiplos temas foram abordados, desde as transformações sociais, geopolíticas e tecnológicas do presente e futuro, aos desafios e reformas que estes representam para a Força Aérea Portuguesa. 

Nesse sentido, e além das já concretizadas reativações das Esquadras 551 e 752, criação da  primeira esquadra de drones (991 - Harpias) e elevação do Aeródromo de Manobra nº 1 a Base Aérea nº8, o General CEMFA revelou que o atual Centro de Formação Militar e Técnica da Força Aérea (CFMTFA) na Ota voltará a ser Base Aérea nº2, no seguimento da reativação do Grupo Operacional 21 (para gerir a atividade operacional da Esquadra 991).

Infraestruturas do atual CFMTFA na Ota onde está sediada a Esq. 991    Imagem: Google Earth

Revelou ainda que será reativado o Grupo Operacional 11 na Base Aérea nº1, com a criação de uma nova esquadra de voo para operar o substituto da frota Chipmunk, atualmente dependente da Academia da Força Aérea.

Por entre a criação do Centro de Operações do Espaço, space hub e constelação de satélites, o Gen. Cartaxo Alves falou ainda no F-35 como sucessor do F-16, dentro do programa de modernização "Força Aérea 5.3".



sexta-feira, 20 de junho de 2025

C-130 DA FAP NO REPATRIAMENTO DE PORTUGUESES DO MÉDIO ORIENTE

Passageiros no C-130 Hercules da Esquadra 501 da Força Aérea Portuguesa     Foto via EMGFA

Em resposta ao agravamento do conflito entre Israel e o Irão, as Forças Armadas Portuguesas conduziram, a partir de 15 de junho de 2025, uma operação de repatriamento de cidadãos nacionais localizados em zonas de risco. A missão foi executada pela Força de Reação Imediata (FRI), que assegurou uma intervenção célere e coordenada, permitindo a evacuação segura de aproximadamente 120 pessoas.

Passageiros desembarcando do C-130 Hercules   Foto via EMGFA

A operação foi desencadeada na sequência de um pedido do Ministério dos Negócios Estrangeiros ao Ministério da Defesa Nacional, tendo envolvido o Comando e o Estado-Maior da FRI na elaboração do plano de ação e na sua execução operacional. 

Uma aeronave C-130H da Esquadra 501 – “Bisontes” da Força Aérea Portuguesa foi mobilizada e colocada em condições de operar em menos de 24 horas após a ativação da força. Paralelamente, meios navais foram mantidos em elevado estado de prontidão, como parte do dispositivo de apoio.

A complexidade da missão exigiu uma articulação constante entre diversas entidades governamentais, refletindo não só a capacidade de projeção estratégica da FRI como também o nível de prontidão operacional das Forças Armadas.


Um dos pelo menos dois voos realizados pelo 16806 entre o Chipre e o Egito    Imagem: ADSB Exchange

Ao que nos é dado a perceber da observação através do radar virtual ADSB- Exchange à atividade do C-130 n/c 16806, destacado para a operação, este realizando uma ponte aérea entre Sharm el-Sheikh, no Egito e Lanarca no Chipre, tendo regressado ao final do dia de ontem, 19 de junho de 2025, a Portugal.

Voo de regresso do Chipre no dia 19 de junho    Imagem: ADSB Exchange

Segundo nota de imprensa do Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA), esta operação "evidencia a capacidade de projeção estratégica e a prontidão que caracteriza a FRI, reafirmando o compromisso das Forças Armadas Portuguesas na defesa dos interesses nacionais e na proteção de cidadãos portugueses em qualquer parte do mundo", porquanto a " FRI, unidade operacional do EMGFA, está permanentemente preparada para assegurar uma resposta célere em situações de emergência, crises humanitárias ou catástrofes naturais, dentro ou fora do território nacional".​



quinta-feira, 19 de junho de 2025

F-16 DE ALERTA DA FAP ACOMPANHAM AVIÃO COM AMEAÇA DE BOMBA

F-16M do Alerta de Reação Rápida com mísseis reais

A Força Aérea Portuguesa (FAP) ativou esta manhã, pelas 9h00, a sua parelha de alerta de F-16M, na sequência de um alerta de potencial ameaça de bomba a bordo de uma aeronave civil que sobrevoava o espaço aéreo nacional. A tripulação do avião civil, confrontada com a gravidade do cenário, expressou inicialmente a intenção de desviar a rota para o Aeroporto de Faro.

Em resposta, foram acionadas duas aeronaves F-16M em prontidão permanente (Alerta de Reação Rápida - QRA), descolando da Base Aérea N.º 5, em Monte Real. A sua missão: assegurar a integridade do espaço aéreo português, acompanhar a aeronave civil e garantir a articulação com as autoridades de tráfego aéreo.

Durante o acompanhamento, a tripulação do voo comercial optou por retomar o itinerário original, prosseguindo até ao destino final fora de território nacional. Com a saída da aeronave da região de informação de voo (FIR) portuguesa, a responsabilidade da operação transitou para as autoridades espanholas. Os F-16M portugueses procederam então ao “handover” da missão, regressando de seguida a Monte Real

A Força Aérea reafirmou, em comunicado, o seu compromisso com a defesa da soberania nacional e a segurança da aviação civil, sublinhando que mantém em permanência uma parelha de alerta com capacidade de resposta imediata, em estreita articulação com as normas e recomendações nacionais e internacionais aplicáveis.



quarta-feira, 18 de junho de 2025

LITUÂNIA ESCOLHE O C-390

Ilustração: Embraer

O Ministério da Defesa Nacional da Lituânia anunciou hoje, 18 de junho de 2025,no Paris Air Show, a seleção do Embraer C-390 Millennium como a aeronave de transporte militar de próxima geração do país. 

Esta seleção marca um passo significativo no aumento da capacidade operacional e da interoperabilidade da Lituânia dentro da NATO e abre caminho para o processo de aquisição que seguirá todos os procedimentos legais de acordo com a legislação lituana.

Foto: Embraer
"Estudamos cuidadosamente diversos modelos de aeronaves de transporte militar disponíveis no mercado e a nossa avaliação mostrou claramente que o C-390 Millennium é a plataforma ideal para atender aos nossos requisitos operacionais militares. Portanto, a Lituânia selecionou a Embraer para avançar nas negociações e esperamos finalizar o contrato de aquisição nos próximos meses", disse Loreta Maskaliovienė, Vice-Ministra da Defesa Nacional, da Lituânia.

"Estamos honrados por termos sido selecionados pelas autoridades lituanas. Esta seleção reflete o compromisso da Embraer em fortalecer as capacidades de defesa de seus parceiros na Europa. Nesse sentido, o C-390, com sua versatilidade, desempenho e interoperabilidade com a NATO, é a plataforma ideal — prontamente disponível para realizar as missões mais exigentes”, afirma Bosco Da Costa Junior, presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.


Este acordo posiciona a Lituânia entre o crescente número de aliados europeus e da NATO, incluindo Portugal, Hungria, Países Baixos, Áustria, República Checa, Suécia e Eslováquia, que também escolheram o C-390 para modernizar as suas forças aéreas. 

O acordo incluirá cooperação industrial que fornecerá capacidades de MRO (Manutenção, Reparação e Revisão), coprodução de peças e parcerias com institutos de pesquisa locais.

Fonte: Embraer

segunda-feira, 16 de junho de 2025

PORTUGAL COMPRA SEXTO KC-390 - com mais dez novas opções de compra

Ilustração: Embraer

 A Embraer anunciou hoje durante a 55ª edição do Paris Air Show que o Estado Português decidiu adquirir uma sexta aeronave KC-390 Millennium. Em agosto de 2019, o governo de Portugal e a Embraer assinaram contrato para a aquisição de cinco unidades do KC-390 e, com a potencial aquisição adicional, a frota de aeronaves de transporte da Força Aérea Portuguesa (FAP) contará com seis aviões de nova geração KC-390, expandindo sua capacidade para cumprir as missões das Forças Armadas e outras missões de interesse público. 

Foto: Embraer

Adicionalmente, a Embraer e o Estado Português pretendem incluir dez opções de compra no contrato atual, visando potenciais futuras aquisições por nações europeias ou membros da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) através do Estado Português, em negociações de governo a governo. Isto permitirá o aumento da interoperabilidade e cooperação com novos operadores da aeronave KC-390, com benefícios na redução de custos associados a treinamento, apoio logístico e ciclo de vida e o crescente envolvimento e desenvolvimento do cluster aeronáutico português.

Com esta decisão Portugal continua a investir nas capacidades da Força Aérea, num momento em que esta se assume como operador de referência desta aeronave, que possui caraterísticas únicas e que foram integradas e testadas em Portugal. A inclusão de dez opções de compra para futuras negociações governo a governo permitirá que outras nações europeias e NATO possam, através de Portugal, adquirir plataformas interoperáveis e versáteis, habilitando o contínuo desenvolvimento da Base Tecnológica e Industrial de Defesa, com o consequente retorno financeiro para o país, e a afirmação da Força Aérea Portuguesa como parceiro de excelência na operação e treino, através, por exemplo, do seu Centro de Treino KC-390”, disse Nuno Melo, Ministro da Defesa de Portugal.

Foto: Embraer

Estamos extremamente honrados com a possibilidade de expandir nossa parceria com a Força Aérea Portuguesa e com o Estado Português. A aquisição do sexto KC-390 pela FAP, que opera a aeronave desde 2023, será a primeira compra adicional de um operador, o que demonstra o reconhecimento da qualidade e do resultado operacional que esta aeronave tem conseguido. O interesse em colocar opções adicionais no contrato é a confirmação de que mais países ocidentais podem-se juntar muito brevemente a este grupo de operadores, beneficiando todos eles em sinergias económicas ao longo do ciclo de vida do KC-390”, disse Bosco da Costa Junior, presidente & CEO da Embraer Defesa & Segurança.

Ministro da Defesa ao canal Aviação TV em Le Bourget


Nuno Melo sublinhou aos jornalista presentes que Portugal participou na conceção da aeronave, vários dos seus componentes e peças estruturais são fabricados em Portugal, com envolvimento direto da indústria portuguesa. A formação de pilotos será além disso ministrada pela FAP na Base Aérea de Beja e por cada aeronave vendida o Estado português aufere um lucro próximo de 11M EUR.

O KC-390 Millennium pode realizar uma ampla gama de missões, como transporte e lançamento de cargas e tropas, evacuação aeromédica, busca e salvamento (SAR), ajuda humanitária e missões de resposta a desastres (HADR), combate a incêndios e reabastecimento aéreo (AAR), tanto como tanque quanto como receptor. Além disso, o KC-390 Millennium irá poder apoiar operações de vigilância marítima e SAR, aumentando seu alcance e tempo de permanência em voo por meio do reabastecimento em voo. A sua capacidade de operar em pistas curtas e reabastecer outras aeronaves é fundamental para atender aos requisitos de Defesa de Portugal.

Texto: Embraer e outros
Adaptação: Pássaro de Ferro


F-16 DA FAP NO POLICIAMENTO AÉREO DO BÁLTICO - Fotogaleria

A Força Aérea Portuguesa está a garantir a segurança dos céus sobre e ao redor da Estónia, no âmbito da missão Baltic Air Policing da NATO.



A última rotação de pilotos de caça e equipas de apoio chegaram à Base Aérea de Ämari no final de maio, substituindo o destacamento português anterior que iniciou funções em abril. Assumiram a responsabilidade por quatro caças F-16M Fighting Falcon, marcando a primeira vez que aeronaves portuguesas operaram a partir da Estónia.




Dado que os Estados Bálticos – Estónia, Letónia e Lituânia – não possuem caças supersónicos capazes de realizar interceções, os Aliados da NATO fornecem aeronaves numa base rotativa. A missão Baltic Air Policing, sediada na Lituânia, com um destacamento adicional na Estónia, permanece em prontidão para responder a anomalias no tráfego aéreo. Estas podem incluir aeronaves civis que perderam comunicação com os controladores de tráfego aéreo ou aeronaves militares russas que recusam identificar-se ou responder a contactos.


A missão de Policiamento do Báltico da NATO é uma missão de manutenção da paz, realizada 24 horas por dia, 365 dias por ano.


Texto e Fotos: NATO


domingo, 15 de junho de 2025

NRP D. JOÃO II - Apresentação da Futura Plataforma Naval Multifuncional da Marinha Portuguesa


O futuro navio da Marinha Portuguesa NRP D. João II, foi o destaque da conferência IDEIA deste ano, realizada a 29 de maio na Academia de Marinha.

O processo de aquisição desta nova Plataforma Naval Multifuncional da Marinha Portuguesa teve início com a definição do conceito de emprego e os requisitos operacionais, que se traduziriam depois no caderno de encargos do projeto, a realizar em tempo recorde, devido às restrições temporais impostas pelo programa de financiamento do PRR.


A embarcação, que inaugura uma nova classe de navios (Multi-Purpose Support Ship) seria assim projetado para realizar missões de caráter científico, vigilância e de apoio à proteção civil, incluindo busca e salvamento, fiscalização marítima e evacuação em zonas de conflito, com capacidade para sistemas marítimos não tripulados nos três ambientes: aéreo, superfície e subaquático.



Com 100 metros de comprimento e velocidade superior a 15 nós, cumpre todos os requisitos ambientais e técnicos, que se exigem atualmente. O convés permitirá operação de drones VTOL (descolagem e aterragem vertical) e de asa fixa. Tem pista para helicópteros pesados tipo EH101 Merlin (em uso na Força Aérea Portuguesa), embora o hangar apenas possa albergar helicópteros médios (até 10 ton à descolagem) tipo NH90 ou SH-60.


Dentro do navio, um hangar multifunções, com cerca de 400 m², albergará uma oficina para os drones, e terá capacidade para embarcar 18 contentores de 20 pés (6m), ou cerca de 18 viaturas do tipo URO VAMTAC ou ambulâncias ou 10 lanchas/embarcações semi-rígidas.

Irá dispor ainda de um hospital, laboratórios e capacidade para embarcar 42 elementos além da guarnição do navio, podendo ir até mais 200 pessoas em emergência, utilizando o espaço do hangar dos guinchos e o paiol geral.

Dispõe ainda de uma grua com capacidade de 30 ton a 14m, que permite autonomia para realizar operações de carga-descarga em portos longínquos e uma frame para colocar e retirar drones marítimos à ré.

Vídeo com a apresentação completa do futuro NRP D. João II pelo Comodoro Barbosa Rodrigues


Construção

O corte da chapa foi iniciado em outubro de 2024 nos estaleiros da Damen na Roménia, decorrendo presentemente a montagem dos blocos estruturais, alguns já posicionados no fundo da doca. Neste momento, 98% dos equipamentos já foram adquiridos e parte deles testados em fábrica, estando prontos para instalação.  A flutuação está prevista para 20 de janeiro de 2026, marcando o início da fase de testes e comissionamento. A entrega provisória está prevista para agosto do mesmo ano, após o que o navio virá a navegar até Lisboa, onde será finalmente içada a bandeira nacional e comissionado como NRP D. João II.


Ilustrações: Marinha Portuguesa



SECRETÁRIA DE ESTADO VISITA DESTACAMENTO DE P-3 EM CABO VERDE

O P-3C CUP+ destacado em Cabo Verde      Foto via EMGFA

A Força Nacional Destacada (FND) no Golfo da Guiné, que inclui uma aeronave P-3C CUP + e respetivo contingente da Esquadra 601 da Força Aérea Portuguesa, está a apoiar a vigilância marítima da Zona Económica Exclusiva de Cabo Verde, no âmbito do programa Africa Maritime Law Enforcement Partnership (AMLEP), uma iniciativa multilateral focada no combate às atividades ilícitas no Atlântico.

O P-3C CUP+ dos "Lobos" em atividade nos mares de Cabo Verde no dia 12 de junho    Imagem: ADSB-Exchange

No contexto desta operação, a Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades, Ana Isabel Xavier, deslocou-se ao Destacamento, acompanhada pelo Embaixador de Portugal em Cabo Verde, Dr. João Queiroz. A visita serviu para reforçar o compromisso de Portugal com a cooperação bilateral e o fortalecimento da segurança marítima na região, numa altura em que a estabilidade no Golfo da Guiné assume crescente relevância estratégica.


A visita da Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades, Ana Isabel Xavier à FND      Foto via EMGFA 

A participação portuguesa no programa AMLEP visa melhorar a capacidade de resposta das autoridades locais contra ameaças como pirataria, tráfico ilícito e pesca ilegal, contribuindo para a proteção dos interesses marítimos da região e para o fortalecimento da segurança internacional.


Foto via EMGFA


Fonte: EMGFA

MARINHA REALIZA EXERCÍCIO CONTRA DRONES AÉREOS

A Marinha Portuguesa realizou entre 5 e 13 de junho de 2025, um exercício Counter-Unmanned Aerial System (C-UAS), direcionado a testar e desenvolver doutrina de emprego de armas e sensores dos meios navais na resposta às ameaças contemporâneas de meios aéreos não tripulados, bem como proporcionar a experimentação de novos equipamentos anti drones, numa vertente softkill.


Para o efeito, a Armada empenhou três navios – NRP D. Francisco de Almeida, NRP Viana do Castelo e NRP Sagitário – além de sistemas da X31, elementos do Centro de Experimentação Operacional da Marinha (CEOM) e empresas privadas especializadas nas áreas de Sistemas de Aeronaves Não Tripuladas.

Vídeo:

Realizaram-se assim treinos com aplicação e aperfeiçoamento de técnicas, táticas e procedimentos de resposta a possíveis ameaças, que incluíram operações com meios aéreos orgânicos (helicóptero Lynx Mk.95A) e ainda interação com helicóptero da Força Aérea.


Helicóptero Lunx Mk.95A prestes a aterrar na fragata NRP D. Francisco de Almeida  Foto: Marinha

No final do exercício, que será alvo de posterior analise detalhada, segundo a Marinha Portuguesa "foi possível verificar a eficácia dos sistemas de armas das fragatas da classe Bartolomeu Dias contribuindo também para a preparação e proficiência dos seus operadores".



sexta-feira, 13 de junho de 2025

FORÇA AÉREA IRÁ OPERAR O PRIMEIRO SATÉLITE SAR NACIONAL

Individualidades presentes na assinatura do contrato a 12 de junho    Foto: FAP
 

A Força Aérea Portuguesa assinou esta quinta-feira, 12 de junho de 2025, o contrato de aquisição do primeiro satélite de radar de abertura sintética (SAR) de uso nacional. O equipamento será operado pela instituição e integra-se na futura Constelação do Atlântico, projeto luso-espanhol que prevê 26 satélites (12 SAR e 14 óticos) com capacidade de captação de imagens de alta e muito alta resolução.

A compra foi formalizada pelo CTI Aeroespacial, uma parceria entre a Força Aérea, o CEIIA e a GEOSAT, e a empresa finlandesa ICEYE, líder no setor SAR. O investimento conta com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O satélite permitirá monitorizar o território terrestre e marítimo mesmo em condições meteorológicas adversas.

Durante a cerimónia, realizada nas instalações da Força Aérea em Monsanto, foi também assinado um memorando de entendimento entre as entidades envolvidas, com o objetivo de capacitar Portugal para, futuramente, produzir os seus próprios satélites.

O Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General João Cartaxo Alves, classificou o momento como “histórico”, destacando o reforço da vigilância e do conhecimento situacional nacional, além do impacto económico e tecnológico do projeto.

A estratégia inclui ainda a criação de um hub aeroespacial em Alverca, que reunirá militares, investigadores e empresas. A iniciativa insere-se no plano “Força Aérea 5.3”, que assume o Espaço como o quinto domínio operacional das Forças Armadas, a par da terra, mar, ar e ciberespaço.

Segundo responsáveis da ICEYE e da Agência Espacial Europeia presentes na cerimónia, Portugal demonstra “liderança e visão” ao posicionar-se como um dos protagonistas europeus da nova economia espacial.



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