sábado, 8 de março de 2014

ÁREA 51: O TACIT BLUE (M1460 - 75PM/2014)

O único Tacit Blue a alguma vez voar

Parece-se com uma banheira virada ao contrário com asas, bastante estranho para um avião espião que esteve entre os projetos militares mais secretos dos EUA.

Estando em frente ao avião a que foi dado o nome de código Tactic Blue, no Museu Nacional da USAF em Dayton, Ohio, ainda dá para ver a aura de mistério do projeto.
Os engenheiros troçaram da forma do Tacit Blue, colocando-lhe a alcunha de "Baleia", mas o programa - desclassificado em 1996 - era mesmo a sério. Tudo tinha a ver com a furtividade (stealth). Os estrategas da Guerra Fria do Pentágono queria desesperadamente construir aeronaves que pudessem evadir-se aos radares russos. Pelo que a Força Aérea (USAF) lançou um "programa negro" para desenvolver o Tacit Blue, testando-o na base secreta no Nevada, designada Área 51, de acordo com documentos da CIA revelados em 2013.
O programa que durou de 1978 a 1985, tinha como objetivo criar um jato monolugar para reconhecimento do campo de batalha. 

Antes da revelação do documento no ano passado, o Governo americano nunca admitiu a existência da Área 51. Durante décadas, uma zona vedada à volta de Groom Lake no Nevada, era apenas fonte de rumores de ser o palco de testes de alguma da mais secreta tecnologia do país.

Dois pilotos de teste da USAF reformados que voaram o Tacit Blue no início dos anos 80, Key Dyson e Russ Easter, contaram porque é que este avião era importante e o que o "matou".

Apesar do avião ter voado 135 vezes e não ter sido levado a produção de série, sem o Tacit Blue não haveria B-2. O Tacit Blue provou que aeronaves com superfícies curvas podiam ser invisíveis aos radares. 

"Baleia" foi a alcunha dada por semelhanças óbvias do ultra-secreto Tacit Blue

"O avião era bastante sólido a voar" lembra Dyson. 
Podiam avistamentos do Tacit Blue em voo ter contribuído para notícias de visões de OVNIs? "Não tenho conhecimento de nenhuma situação dessas" diz Easter e Dyson também concorda.

Mas Cynda Thomas viúva do primeiro piloto de testes do Tacit Blue Richard Thomas, diz que ela estava em Los Angeles com o marido, quando um piloto comercial abordou o seu marido durante um almoço no Beverly Hilton. E lembra-se:"Sr. Thomas, eu sou fulano tal, voo para a Continental e tenho a certeza que o vi a voar o Tacit Blue, e sabe, declarei-o como um OVNI". "Os pilotos de linha aérea têm reportado ao longo dos anos algumas coisas que podem ter sido "programas negros" em testes de voo" diz Dyson.

"Foram construídos um Tacit Blue e meio" diz Dyson, para que se um se perdesse pudéssemos ter um segundo a voar em pouco tempo". O que aconteceu ao outro meio Tacit Blue?" Acho que foi destruído - com total respeito pelo secretismo".

Restos materiais de outro programa negro chamado Have Blue (NR: de que evoluiria depois o F-117) estão enterrados em Lake Groom, de acordo com um relatório da USAF de 2011. Lake Groom fica dentro da Área 51, de acordo com os documentos divulgados pela CIA. "Não sei nada acerca do Have Blue e também não respondia se soubesse" diz Dyson, que esteve também envolvido nos testes dos aviões Have Blue. Dyson sabe dos documentos da CIA, mas não fala de Groom Lake nem da Área 51, nem sequer trata essas zonas pelos nomes. "É tudo por causa do secretismo que me foi incutido".
Manter o secretismo do Tacit Blue e evitar fugas de informação foi segundo Dyson, a prova de uma equipa unida e dedicada. Seguir uma carreira centrada num trabalho secreto requer disciplina.

"A minha mulher não fazia ideia do que é que ue fazia por um longo período de tempo" diz Dyson. "Simplesmente não falava disso com ela, ou com qualquer outra pessoa que não tivesse acesso ao programa. Isso simplesmente não acontecia". O secretismo tornava as relações profissionais também difíceis por vezes. Colaboradores fora do círculo secreto de Easter e Dyson, queriam por vezes saber "histórias de guerra", de como era trabalhar em programas secretos, diz Easter: "Por vezes gostava que pudéssemos contra histórias mais livremente, para que as lições aprendidas, pudessem ser transmitidas mais facilmente".

Cockpit do Tactic Blue

Curiosidades acerca do Tacit Blue:

Meias de vidro tornaram-no mais seguro: Segundo Thomas, um compressor de ar injetava aparas de alumínio inflamáveis através de tubos no cockpit, criando perigo de incêndio. A solução inortodoxa dos engenheiros foi cobrir os tubos com filtros feitos de meias de vidro. Easter diz que "pode ser verdade".

Foi criado um túnel de vento com um avião: os técnicos usaram um C-130 Hercules para criar ventos artificiais que atingiam o Tacit Blue de lado e assim testar a performance. Dyson descreveu a ação como uma espécie de túnel de vento, feito a coberto da escuridão da noite, para que não fosse fotografado por satélites.

Era muito difícil para o piloto: na época, o Tacit Blue foi eventualmente o avião mais instável a ter alguma vez voado, segundo o engenheiro da Northrop John Cashen disse à Revista da USAF.

Fonte: CNN
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro





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