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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
ACERCA DO USS ENTERPRISE (M467 - 3PM/2011)
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011 às 14:44

No Enterprise os números impressionam. Qualquer número. Começa por ser o maior porta-aviões do mundo com os seus imbatíveis 342 m de comprimento. Sendo que é sobejamente sabido que foi o primeiro porta-aviões nuclear a entrar em serviço, se nos dermos ao trabalho de pesquisar um pouco, descobrimos que é o vaso de guerra mais antigo ao serviço da Marinha dos EUA (se excluirmos a fragata do Séc. XVIII USS Constituition de interesse histórico), é o porta-aviões norte-americano há mais tempo em serviço de todos os tempos, entre outras curiosidades menores, como ser o primeiro porta-aviões nuclear a atravessar o Canal de Suez.
Pisar o Enterprise é, por isso, como saborear 50 anos da história mundial contemporânea.
Basta dizer que quando foi comissionado, a 25 de Novembro de 1961, John Kennedy era o presidente dos EUA (curiosamente o Enterprise assistiria anos depois ao comissionamento e abate do porta-aviões com o nome do malogrado presidente), os tops musicais estavam cheios de músicas de Elvis Preseley, Ray Charles e Roy Orbinson. Os Beatles e os Rolling Stones eram ilustres desconhecidos. Marilyn Monroe ainda era viva. O homem ainda sonhava em ir à Lua. Pequenos exemplos de acontecimentos e factos culturais que julgamos perdidos no tempo, mas que o Enterprise "presenciou".
Se seguirmos a história deste vaso de guerra, vemos que se cruza e confunde com a própria história da humanidade ao ter estado na crise dos mísseis de Cuba, no início e fim da guerra do Vietname, na Operação Eldorado Canyon na Líbia e em várias operações no Golfo Pérsico.
Ao longo dos anos e para melhoramentos, visto poder considerar-se um protótipo, o Enterprise sofreu várias remodelações, algumas apenas para reajustes tecnológicos, outras funcionais, outras ainda causadas por acidentes, como o incêndio de 1969 que quase incapacitava o navio.
A experiência recolhida com o Enterprise seria crucial para os porta-aviões da classe Nimitz que lhe sucederiam já na década de 70, incorporando todos os ensinamentos recolhidos num novo projecto. O Enterprise ficaria assim único e primeiro. Como diz a divisa do seu grupo de apoio: "second to none!"
Já em jeito de requiem, e porque se aproxima o seu abate ao serviço previsto para 2013, o Enterprise honrou a nobre linhagem de que descende, que se pode vislumbrar até antes da independência dos EUA no Séc. XVIII, quando foi lançado ao mar o primeiro navio com o nome "Enterprise" e não sem passar pelo seu antecessor directo, talvez o mais famoso navio da II Guerra Mundial.
O CVN-65, também conhecido como "Big E", passou em Lisboa em trânsito para o Médio Oriente, onde fará provavelmente a sua última comissão. Como os números sempre foram importantes no Enterprise, para o registo fica a sua carga de 36 F-18E/F Super Hornet, 22 F-18C/D Hornet, 4 EA-6B Prowler, 4 E-2C Hawkeye e 6 SH-60 Seahawk.
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O Comandante do USS Enterprise Cap. Dee Mewbourne |
NOTA: Amanhã segunda parte da reportagem no USS Enterprise exclusivamente fotográfica.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
CHARLES DE GAULLE (Parte I) (M365-10PM/2010)
quinta-feira, 1 de abril de 2010 às 23:58
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A silhueta de um porta-aviões é sempre impressionante |
O porta-aviões Charles De Gaulle é actualmente o que de mais parecido há na Europa com esses verdadeiros monstros do mar que são os porta-aviões nucleares estado-unidenses.
Salvaguardando o factor de escala para estes últimos, o funcionamento é bastante idêntico ao dos do país do Tio Sam, propulsão nuclear incluída, razão pela qual este vaso de guerra se manteve ao largo do Tejo e não pode atracar no porto de Lisboa.
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O cicerone do navio, o Commissaire en Chef Prangé durante o briefieng de imprensa |
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Os Rafale F3 cumpre actualmente missões de defesa aérea da frota |
Carregando um misto de Super Étandards modernizados (e ao que parece ainda para voar durante mais uma meia década) e de modernos e elegantes Rafale F3, junto com os E-2C Hawkeye de controlo aéreo e os inevitáveis helicópteros de SAR, o Charles de Gaulle é com razão o orgulho da Marinha de Guerra francesa, projectando a sua força através dos mares, mantendo a tradição de potência naval que granjeou ao longo de séculos.
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Os Super Étandard continuam a cumprir as missões de ataque, até à sua retirada gradual e substituição por Rafale prevista para dentro de 5/6 anos |
Se o Charles De Gaulle suplantou os seus antecessores Foch e Clémenceau em tonelagem, o futuro reserva uma classe ainda um pouco maior, a construir em parceria com o Reino Unido, que parece decidido a substituir os seus porta-aviões da classe Invincible, por porta-aviões ditos convencionais, capazes de receber aviões sem serem apenas os de aterragem e descolagem verticais.
Partindo do mesmo conceito dos porta-aviões norte-americanos (todos os restantes PAs europeus são direccionados para aviões de descolagem e/ou aterragem vertical, a interoperabilidade com os aviões da US Navy não só é possível como já foi feita durante a operação "Enduring Freedom" no Afeganistão.
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Os E-2C Hawkeye de controlo aéreo avançado e detecção radar (AWACS), são as únicas aeronaves de fabrico não francês a bordo |
Alguma da tecnologia do Charles de Gaulle é inclusivamente made in USA, tal como as catapultas, fruto da larga experiência acumulada nesse país desde há longos anos. A provar o nível de cooperação entre os dois países estão também alguns técnicos americanos a bordo. Como curiosidade, ainda a presença de alguns luso-descendentes na tripulação, facto que não será de estranhar devido à dimensão da comunidade portuguesa em terras gaulesas (que neste caso se manifesta no mar também).
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Um "envergonhado" Alouette III no convés do Charles De Gaulle. É um dos helicópteros de alerta que assegurarão a recuperação de pilotos em caso de acidente. |
Ao largo do Tejo e em frente à cidade de Lisboa, estará por isso até dia 3 de Abril uma outra pequena cidade flutuante com cerca de 2000 almas, chamada “Charles de Gaulle”.
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