Mostrar mensagens com a etiqueta PITVANT. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta PITVANT. Mostrar todas as mensagens

sábado, 29 de novembro de 2014

ESQUADRA DE DRONES NA FAP DENTRO DE 2 ANOS (M1736 - 326PM/2014)

Foto: Força Aérea Portuguesa

A Força Aérea Portuguesa (FAP) está a trabalhar no desenvolvimento de um novo veículo aéreo não tripulado com um peso de 500 a 600 quilos. A FAP quer criar uma nova esquadra de drones para patrulha e monitorização do espaço marítimo.

Hoje, a FAP usa aviões tripulados para as diferentes missões de patrulhamento e monitorização da Zona Económica Exclusiva ou da Extensão da Plataforma Continental – dentro de dois anos, a mesma FAP poderá vir a usar também veículos aéreos não tripulados para cobrir a extensa área marítima portuguesa. «Ainda não sabemos quantos veículos aéreos não tripulados vai ter a nova esquadra. Através de vários testes, vamos tentar perceber quantos veículos serão necessários para garantir a monitorização do espaço marítimo», refere José Morgado, diretor do Centro de Investigação da Academia da Força Aérea, à margem do 8º Congresso do Comité Português da Organização Internacional da Ciências da Rádio.

Nos planos da Academia da Força Aérea figura o desenvolvimento de drones com pesos entre 500 e 600 kg e uma autonomia energética para 24 horas de voo. Os veículos estarão aptos a executar autonomamente missões predefinidas, mas não deverão estar equipados com armas. 

«Estes veículos servem apenas para monitorização do espaço marítimo, e vão ser usados como complemento às aeronaves tripuladas e não como substitutos», responde José Morgado, recordando que os veículos não tripulados podem executar missões de monitorização com custos inferiores aos das aeronaves tripuladas.

Nos tempos mais próximos, a Academia da Força Aérea deverá começar a testar modelos entre os 150 e os 200 kg para, gradualmente, ganhar competências para o desenvolvimento de drones que terão dimensões recordistas face aos modelos que a FAP (até à data a Academia da Força Aérea não tinha ido além dos 150 kg).

Com o desenvolvimento de modelos de maiores dimensões, a FAP pode garantir maior autonomia de voo e passa a poder usar sensores de maiores dimensões – entre eles, o radar, que poderá revelar-se especialmente útil para a monitorização de grandes áreas, como aquelas que constituem o espaço marítimo nacional. A FAP vai desenhar o novo drone, mas o fabrico deverá ser entregue a parceiros comerciais e industriais que vão ser selecionados nos tempos mais próximos.

Em março e 2015, a dois anos de estrear o drone de 600 quilos, a FAP vai dar a conhecer o UAS30 (nas fotos inseridas nesta página), um drone de 25 quilos que descola com o apoio de uma catapulta e aterra com o apoio de uma rede. O projeto arranco há cerca de ano e meio, com um desafio lançado pela EDP, que pretendia testar o uso de drones de pequenas dimensões para a inspeção de linhas elétricas.

O UAS30 foi desenvolvido em parceria com o CEIIA (Centro para a Excelência e Inovação da Indústria Automóvel, em Matosinhos) para dar resposta ao desafio da EDP e também para dar resposta a muitas outras áreas que poderão tirar partido do uso de drones. «Pode ser para patrulhar determinadas áreas, para missões da Marinha ou prevenção de fogos. A partir de março contamos ter o UAS30 operacional e com uma missão específica já atribuída», explica José Morgado.

O UAS30 já foi testado em missões com velocidade de 50 km/h. Para alcançar esta velocidade, propositadamente baixa para garantir a captação de imagens nas melhores condições, os investigadores da Academia da Força Aérea recorreram a asas de maiores dimensões. José Morgado lembra que também é possível incorporar asas de menores dimensões para missões em que é necessária maior velocidade.

O UAS30 não será um exclusivo da FAP. O novo drone também será comercializado para entidades e empresas que pretendam tirar partido do uso de drones.

Fonte:Exame Informática


terça-feira, 25 de setembro de 2012

O ATAQUE DOS DRONES (M716 - 87PM72012)

 
MQ-9 Reaper um dos drones de ataque operacionais nos EUA          Foto: Xavier Lockley/USAF

Com mais um ataque realizado por aeronaves não tripuladas (UAV) norte-americanas no Paquistão esta segunda-feira 24 de setembro de 2012, voltaram a crispar-se as relações entre estes dois estados.
A questão coloca-se já desde há quase uma década atrás, quando os EUA iniciaram uma guerra "silenciosa" apoiada na tecnologia de aeronaves UAV, durante a qual as autoridades paquistanesas reclamaram já a morte de cerca de um milhar dos seus cidadãos.
Os EUA por seu lado, afirmam a intenção de prosseguir com este tipo de ações, por enquanto escudados no facto de serem das poucas nações a dominar a tecnologia UAV em ambiente completamente operacional e num vazio legislativo internacional que lhes permite levar a cabo este tipo de ações até ao momento impunemente sobre várias nações soberanas, e em zonas sem estado de guerra declarado.
A simples ausência de um humano a bordo deste tipo de aeronaves, leva até a que estas não sejam enquadradas dentro dos parâmetros normais mesmo para os próprios EUA, onde as suas ações fogem ao escrutínio de órgãos de soberania e vigilância como são as Comissões de Inquérito do Senado, ao serem usados por agências de informação, nomeadamente a CIA, e classificadas como "secretas".
Esta atitude dos EUA, começa a levantar questões um pouco por todo o mundo, chegando às Nações Unidas, até ao momento sem resultados práticos.
No Paquistão concretamente, no Iémen e Somália, a presença assídua de membros e lideres terroristas, continua a servir de justificação à administração de Obama para seguir com um procedimento que, se formalmente está num vazio legal, na prática são repetidas ações militares em estados soberanos, com vítimas que incluem muitas vezes pessoas não relacionadas com o terrorismo, que acorrem ao local em socorro, após um primeiro ataque.

Este mais recente incidente, que os EUA reclamam mais uma vez ter sido direcionado a militares da rede al-Qaeda, veio incendiar os ânimos no Paquistão, numa altura em que a popularidade do Tio Sam está especialmente desgastada pelo recente caso do vídeo com teatralizações de Maomé, considerado uma afronta à religião muçulmana, com reações especialmente violentas neste país. A que há a adicionar a ação de captura de Bin Laden, realizada sem consentimento das autoridades paquistanesas, que embora perpetrada há mais de um ano, até hoje ficou numa zona cinzenta de acusações bilaterais.
Quando as atenções estão centradas em que o Irão não se torne numa potência nuclear, convém não esquecer que o Paquistão já o é. E que por mais que os seus líderes estejam dependentes dos seus amigos americanos, as coisas podem fugir de controlo quando o povo sai à rua.

Ainda assim, o único contrapeso que por agora se adivinha à impunidade com que os UAVs americanos atuam por todo o mundo, parece ser o espetro de num futuro não muito longínquo, outras nações (nomeadamente a China) poderem gozar do(a) mesmo(a) (ausência de) estatuto legal para fazer voar UAVs sobre território americano, ou qualquer outro que na altura dê jeito.
Mas por enquanto, isso não parece tirar o sono a ninguém em Washington e os drones continuarão seguramente os ataques.


domingo, 4 de dezembro de 2011

CONFERÊNCIAS NO DOMÍNIO DAS AERONAVES NÃO TRIPULADAS NA AFA (M563 - 38PM/2011)


 No próximo dia 6 de Dezembro de 2011, realizar-se-á na Academia da Força Aérea (AFA), em Sintra, a última de três conferências  subordinadas ao tema: "Developments on Unmanned Aerial Systems", nas quais vários investigadores de universidades internacionais proferem palestras sobre a evolução e o desenvolvimento no domínio das aeronaves não tripuladas.

As conferências iniciadas a 24 de Novembro e com a segunda edição no passado dia 2, têm por objectivo divulgar e dar a conhecer aquilo que é feito neste domínio por outras instituições que colaboram com a AFA no Projecto de Investigação e Tecnologia em Veículos Aéreos Não Tripulados (PITVANT).

O PITVANT foi apresentado em 2007 como proposta de Investigação e Tecnologia (I&T), tal como exigido pelo Ministério da Defesa Nacional (MDN), concorrendo com mais catorze iniciativas apresentadas pelos Ramos. Considerado como altamente relevante, recebeu o consenso do Ministério, vencendo o concurso e sendo objecto de financiamento no valor de dois milhões de euros distribuídos pelos sete anos de duração do projecto.

O PITVANT arrancou em 24 Novembro de 2008 e resulta de uma colaboração entre a AFA e a Universidade do Porto (FEUP - Faculdade de Engenharia, Observatório Astronómico Prof. Manuel de Barros/Faculdade de Ciências e INEGI - Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial). Agrega ainda a colaboração da Universidade da Califórnia em Berkeley, da Universidade das Forças Armadas de Munique, da Agência de Defesa Sueca, da Honeywell (empresa norte-americana de aeronáutica) e da Embraer (empresa brasileira de aeronáutica).
No PITVANT desenvolve-se o controlo cooperativo de várias plataformas com iniciativa mista, a fusão de dados e os sistemas de navegação. Estuda-se a metodologia para a concepção, desenvolvimento e avaliação do controlo hierárquico de equipas de aeronaves militares não tripuladas semi-autónomas com elevado grau de fiabilidade de missão. Pretende-se formar pessoal com capacidade para definição de requisitos, operação e manutenção de sistemas de veículos aéreos autónomos não-tripulados.

A entrada na conferência é livre mediante marcação, através do contacto: 219 678 900  

Foto:AFA                                                                           Família PITVANT

Foto:AFA                                                               Centro de controlo de campanha

Paralelamente, a AFA e a FEUP deram, no dia 23 de Novembro, um passo importante no projecto PITVANT: Em coordenação com a Esquadra Independente de Tráfego Aéreo (área militar integrada na sala de operações do Centro de Controlo de Tráfego Aéreo de Lisboa que estabelece a ponte entre a defesa aérea e o serviço da NAV Portugal), o "EXTENDED", uma das plataformas desenvolvidas no âmbito deste projecto, realizou pela primeira vez um voo teste com um transponder a bordo, tornando possível a sua identificação e localização nos sistemas de controlo e gestão de tráfego aéreo de Portugal.
Este teste requereu a comunicação constante entre os operadores do "EXTENDED" e a Esquadra Independente de Tráfego Aéreo (EITA), para atestar o correcto funcionamento do transponder a bordo do UAV (Unmanned Aerial Vehicle). Um observador no terreno e um operador aos comandos da plataforma, mantiveram a EITA informada das suas movimentações e alterações de altitude, confirmando desta forma o correcto funcionamento do equipamento, tanto no que respeita ao código IFF (Identification Friend or Foe) da aeronave, como à correcta indicação de altitude de pressão da mesma.
Este teste decorreu no Centro de Formação Militar e Técnica da Força Aérea, na Ota, onde tipicamente se encontra o destacamento PITVANT 15 dias por mês. Este destacamento é composto por militares e civis que integram, testam e avaliam diversos sistemas como: pilotos automáticos, sistemas de visão avançados, computadores de bordo, algoritmos de controlo, sistemas de comunicações ou os vários tipos de consolas de comando e controlo. O voo durou cerca de 40 minutos em modo automático e foi bem sucedido, tendo correspondido às expectativas.
O marco alcançado no projecto PITVANT demonstrou a evolução e os avanços tecnológicos desenvolvidos durante os 3 anos da sua existência. Ao longo desse período, investigadores da AFA e da FEUP têm contribuído com a integração de novos processos e inovações, tendo este transponder, sido integrado no âmbito da dissertação de mestrado de um aluno de pilotagem aeronáutica, Aspirante Piloto-Aviador Rómulo Pereira, orientado pelos docentes e investigadores da Academia da Força Aérea, Tenente Engenheiro Electotécnico Tiago Oliveira e Tenente Engenheiro Electrotécnico Gonçalo Cruz.
 



Especificações técnicas do EXTENDED:

- Peso máximo à descolagem: 20Kg

- Envergadura: 3,5 M

- Velocidade máxima: 120Km/H

- Carga útil máxima: 10Kg

- Autonomia máxima: 3H

- Altitude máxima: 3Km

- Motor de combustão ou eléctrico

- Voo autónomo (incluíndo descolagem e aterragem)

- Transmissão vídeo em tempo real

- Sistema computacional a bordo


Fonte: RPFA e AFA

ARTIGOS MAIS VISUALIZADOS

CRÉDITOS

Os textos publicados no Pássaro de Ferro são da autoria e responsabilidade dos seus autores/colaboradores, salvo indicação em contrário.
Só poderão ser usados mediante autorização expressa dos autores e/ou dos administradores.

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Laundry Detergent Coupons
>