quarta-feira, 25 de outubro de 2017

ROYAL NAVY COLOCA NAVIOS POLIVALENTES À VENDA (M1931 - 68/2017)

HMS Bulwark, segundo da classe Albion

Embora não seja ainda oficial, foi ontem 24 de Outubro de 2017, noticiado que as Marinhas do Brasil e do Chile terão sido "discretamente informadas" da potencial disponibilidade de fragatas e navios logísticos da Royal Navy.

Além de permitir a operação com helicópteros os LPD servem de doca para lanchas e veículos anfíbios

Os navios polivalentes logísticos  ou Landing Platform Dock em inglês (LPD) serão os dois da classe Albion actualmente ao serviço da Royal Navy (HMS Albion e HMS Bulwark), que a Royal Navy estará a considerar colocar no mercado, na sequência de reestruturações orçamentais daquele ramo das Forças Armadas britânicas, relacionadas com a entrada em serviço dos dois novos porta-aviões da classe HMS Elizabeth II.

Portugal mantém a pretensão de equipar a sua Marinha com um navio polivalente logístico deste tipo, desiderato que esteve perto de se realizar em 2015, com o Siroco francês. O negócio contudo não se concretizaria, alegadamente por incompatibilidade de operação com os helicópteros EH101 Merlin da Força Aérea Portuguesa.

O Siroco acabaria por ser adquirido pelo Brasil, incorporado na Marinha Brasileira com o nome NDM Bahia. O mesmo país está actualmente em negociações com o Reino Unido para a aquisição do porta-helicópteros HMS Ocean britânico, por uma verba a rondar os 90M EUR, um valor próximo ao atribuído ao negócio do Siroco.

A confirmar-se a disponibilidade dos navios da classe Albion, a Marinha Portuguesa poderá estar perante uma nova oportunidade para adquirir o tão ambicionado LPD, inscrito nas sucessivas Leis de Programação Militar, mas cuja concretização se tem arrastado.

Além das capacidades militares, um navio deste tipo permite fazer face a situações de resgate em larga escala em crises humanitárias.

AgustaWestland Merlin da Royal Navy a bordo do HMS Bulwark


A cauda dobrável para operar em navios que os quatro EH101-516 Merlin da FAP também possuem

Os LPD da classe Albion deslocam 14.000 toneladas, sendo mais recentes do que o Siroco e o Ocean, ao serem lançados ao mar já no século XXI. Estão além disso também capacitados para operar helicópteros pesados, incluindo os Merlin da Royal Navy.
A haver  algum problema, desta vez não será de incompatibilidade com a operação dos helicópteros.



Actualização 26/10/2017

A propósito das notícias da venda dos navios da classe Albion no Reino Unido, foi lançada uma Petição Pública naquele país, para impedir a venda dos navios, bem como evitar o corte de um milhar de Royal Marines.






Fotos: Mário Diniz






3 Comentários:

Anónimo disse...

È mais que tempo para a Marinha Portuguesa comprar o LPD, cujo preço não deve ultrapassar 0s 100 milhoes.Eu creio que se houver por parte de Portugal um real interesse nestes navios será possivel a sua aquisição.È demais evidente que para haver lugar á aquisição terá que ser mudada na totalidade a chefia da Marinha, que não presta nunca prestou e está ultrapassada.Eu se fizesse parte da comissão de compras teria como assessores o Almirante Melo e o Comandante Carocho s~~ao os unicos com visão para o futuro.Se perderem esta oportunidade só transformando o Funchal ou o Porto poderão ter um LPD e isto se a Martifer estiver de acordo, ou então comprarem um cargueiro aos EUA e transformarem-no como fizeram os espanhois

Anónimo disse...

eu sou da opiniao de que os navios deveriam ser construidos nacionalmente , com parceria do fabricante que ganha se o concurso .portugal como cliente teria como condicao dw compra a montagem ou o fabrico em solo portugues .sistemas de defesa sao standardizados pela nato . Portugal tem a mesma population que a suecia e eu nao me canso de olhar os suecos como inspiracao para o que nos deveriamos ser capazes de produzir .
criar desafios nas universidades tec.nicas .concurso de inovacao anual com premios e reconhecimento publico .tornar a coisa aliciante

Anónimo disse...

ESTOU completamente de acordo amigo.
Devemos juntar as nossas universidades. E marinha + empresas nacionais e criar e realizar nossos projectos.
Falta coragem política.

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