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quarta-feira, 15 de novembro de 2023

CENTRO EUROPEU DE TREINO PARA F-16 INAUGURADO NA ROMÉNIA [M2447 – 79/2023]

Três dos cinco F-16 neerlandeses destinados ao EFTC na Base Aérea 86 em Fetești, Roménia   Foto: Embaixa EUA em Bucareste

O Ministro da Defesa Nacional, Angel Tîlvăr, e o seu homólogo do Reino dos Países Baixos, Kajsa Ollongren, inauguraram na segunda-feira, 13 de novembro, o Centro Europeu de Treino para F-16 (EFTC) na Romênia, que operará na 86 Base Aérea em Fetești, divulgou o Ministério da Defesa Romeno em nota de imprensa.

Foto: Embaixa EUA em Bucareste

Na cerimónia de inauguração estiveram presentes os embaixadores da Dinamarca, Estados Unidos, Países Baixos e Ucrânia e representantes do fabricante Lockheed Martin. Participaram ainda o Chefe do Estado-Maior da Defesa, General Daniel Petrescu, o Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, Tenente-General Viorel Pană, chefes de algumas estruturas centrais do Ministério da Defesa [Romeno]. 

O projecto, o primeiro a nível europeu, "representa um marco importante, tanto para a cooperação romeno-neerlandesa como para a tradução prática da solidariedade aliada", refere ainda o comunicado do MD Romeno, que acrescenta também que "irá acelerar a formação de pilotos romenos para a operação das aeronaves F-16 adquiridas pela Roménia à Noruega e que em breve entrarão no equipamento da Força Aérea Romena".

“O Centro Europeu de Treinamento F-16 desempenhará um papel vital na formação de pilotos romenos para operar estas aeronaves de alto desempenho. Através desta ambiciosa iniciativa, pretendemos não só formar um número significativo de pilotos, mas também obter novas qualificações para aqueles que já operam aeronaves F-16 na Roménia”, afirmou a propósito, o  ministro da Defesa romeno.

Ao mesmo tempo, o ministro Tîlvăr destacou que o Centro da Base Aérea 86 visa criar uma resposta adequada, não só para as necessidades atuais e futuras da Força Aérea Romena, mas também para apoiar aliados e parceiros, como a Ucrânia: "Assinei, à margem da Cimeira da NATO em Vilnius, a participação da Roménia no estabelecimento da Coligação Internacional F-16, juntamente com um número significativo de estados. Isto demonstrou o que podemos alcançar juntos em apoio à Ucrânia, proporcionando ao mesmo tempo uma plataforma facilitadora para calibrar os nossos esforços com os dos Aliados e parceiros regionais. Actualmente, estamos a analisar as formas mais eficazes de integrar a formação de pilotos ucranianos no programa o mais rapidamente possível",  disse Tîlvăr, na cerimónia de inauguração .

O responsável romeno destacou a excelente cooperação entre a Roménia, o Reino dos Países Baixos e a empresa Lockheed Martin para tornar realidade um projecto tão complexo no menor tempo possível.

O Ministério da Defesa dos Países Baixos divulgou igualmente as palavras da ministra da Defesa do País, Kajsa Ollongren: “A Roménia poderá, portanto, dar um contributo crucial para a protecção do flanco oriental europeu. O futuro do centro de treino está em mãos capazes.” 


Um dos F-16 da Real Força Aérea dos Países Baixos à partida para a Roménia    Foto: MD Países Baixos

Já no dia 7 de Novembro, o Ministério da Defesa dos Países Baixos havia divulgado a informação de que os cinco primeiros caças F-16, de um total entre 12 a 18 para o EFTC, estavam a caminho da Roménia, salientando contudo, que os caças "continuam a ser propriedade dos Países Baixos". A mesma notícia adiantava ainda que o primeiro curso será para atualização dos instrutores de F-16 contratados, após o que se seguirá o treino para pilotos ucranianos e aliados da NATO. O fabricante, Lockheed Martin, "realizará manutenção em conjunto com a Roménia, de acordo com os requisitos da aviação militar neerlandesa e os regulamentos da aviação europeia". 

Portugal, através da ministra da Defesa, Helena Carreiras, reiterou por diversas vezes o empenhamento do país em contribuir para este centro de treino. Não há contudo, para já, ainda definição sobre em que se traduzirá esse contributo, ou também se os pilotos destinados às esquadras de F-16 da Força Aérea Portuguesa, poderão realizar o curso igualmente neste centro.




terça-feira, 8 de março de 2022

POLÓNIA COLOCA FROTA DE MIG-29 À DISPOSIÇÃO DOS EUA [M2301 - 18/2022]

 

MiG-29 "Fulcrum" da Força Aérea Polaca         Imagem de arquivo

O Governo da República da Polónia anunciou em comunicado oficial colocar à disposição dos EUA a sua frota de caças MiG-29:

"As autoridades da República da Polônia, após consultas entre o Presidente e o Governo, estão prontas para enviar – imediatamente e gratuitamente – todos os seus caças MiG-29 para a Base Aérea de Ramstein [NR: base da USAFE na Alemanha] e colocá-los à disposição do Governo dos Estados Unidos da América. 

Ao mesmo tempo, a Polónia solicita aos Estados Unidos que nos forneçam aeronaves usadas com capacidades operacionais correspondentes. A Polónia está pronta para estabelecer imediatamente as condições de compra dos aviões. 

O governo polaco também solicita que outros aliados da NATO – que possuam caças MiG-29 – ajam na mesma linha."

Segundo o mesmo comunicado, a decisão do executivo polaco vem no seguimento dos comentários realizados pelo Secretário de Estado dos EUA, sobre o fornecimento de aviões à Ucrânia.



quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

SU-27 UCRANIANO ATERRA NA ROMÉNIA - actualizado [M2294 - 11/2022]

 

Su-27 da FA Ucraniana        Imagem de arquivo

Segundo comunicado publicado hoje pelo Ministério da Defesa romeno, "nesta quinta-feira, 24 de fevereiro, duas aeronaves F-16 Fighting Falcon da Força Aérea Romena ao  do Comando Aéreo da NATO descolaram por volta das 6h15, para esclarecer uma situação aérea referente a um voo não autorizado, em aproximação ao espaço aéreo norte da Roménia."

Segundo o mesmo comunicado "As duas aeronaves militares romenas aplicaram rigorosamente os procedimentos nacionais e as regras internacionais aplicáveis ​​em tais situações, procedendo à interceção e identificação visual da aeronave que entrou no espaço aéreo romeno. 

A aeronave, um Sukhoi 27 pertencente à Força Aérea Ucraniana, foi escoltada para aterragem imediata na Base Aérea 95 de Bacau, que terminou às 07h05.

Após a aterragem, o piloto militar ucraniano colocou-se à disposição das autoridades romenas, e serão tomadas as medidas legais exigidas nestas situações." pode ler-se.

Os F-16 MLU em utilização na Força Aérea Romena, que realizaram a intercepção, serviram na Força Aérea Portuguesa, tendo sido vendidos pelo Estado português entre 2013 e 2021.

Não há ainda certezas quanto às causas da ocorrência.

ACTUALIZAÇÃO 24/02/2022 16H15

Apesar de sugestões iniciais de deserção ou avaria na aeronave, segundo informação veiculada nas redes sociais por comentadores conceituados do meio militar aeronáutico, o piloto do Su-27 terá optado por aterrar na Roménia após a sua base de origem em Odessa ter sido atacada enquanto o caça se encontrava no ar:







quinta-feira, 27 de novembro de 2014

RÚSSIA COLOCA CAÇAS NA UCRÂNIA (M1734 - 323PM/2014)







Segunda informação veiculada pela agência TASS, a Rússia colocou 14 caças (10 Su-27SM e 4 Su-30M2) na base de Belbek, localizada perto de Sebastopol na Crimeia.
De recordar que a região situada no sul da Ucrânia foi anexada em março passado por forças russas, que tomaram posse da base naval de Sebastopol e base aérea de Belbek, nas vizinhanças de Sebastopol.


As modernizadas versões dos caças russos voaram desde Krasnodar na quarta-feira, 26 de novembro de 2014, para integrar o 62º Regimento Aéreo, que será composto por um total de 24 aeronaves de combate e 6 de treino. 
Os primeiros voos de treino serão realizados na região a 1 de dezembro, a partir de Belbek.


Fotos: Alexey Pavlishak/TASS

quarta-feira, 23 de julho de 2014

MAIS DOIS AVIÕES ABATIDOS NA UCRÂNIA (M1661 - 212PM/2014)

Su-25 ucraniano similar aos abatidos hoje     Foto: Autor desconhecido

Dois Su-25 forma abatidos esta quarta-feira na problemática região leste da Ucrânia, não muito longe do local onde alegadamente terá sido abatido por engano o Boeing 777 da Malaysia Airlines na semana passada.

De acordo com o ministério da Defesa (MD) ucraniano, os caças-bombardeiros foram alvejados na zona de Savur Mogila. O regime de Kiev acusa assim e o uma vez mais a Rússia de continuar a fornecer equipamento pesado aos separatistas.

Segundo o porta-voz do MD ucraniano, "militantes russos" usaram mísseis anti-aéreos para atingir os aviões e "apesar das manobras de evasão anti-míssil e da emissão de engodos (NR: flares), ambos os aviões sofreram danos". Ainda segundo a mesma fonte, os pilotos conseguiram ejetar-se, embora não tenham sido reveladas informações acerca da sua condição.

Já na semana passada, e ainda antes do abate do avião da Malaysia Airlines, um Su-25 foi abatido na mesma região de Donetsk, junto à fronteira com a Rússia.




quinta-feira, 17 de julho de 2014

SU-25 UCRANIANO ABATIDO POR AVIÃO RUSSO (M1658 - 209PM/2014)

Su-25UB da FA Ucraniana          Foto: MD Ucrânia

O porta-voz do Conselho de Segurança da Ucrânia Andrei Lysenko, disse na televisão que um avião da sua Força Aérea foi abatido por um míssil disparado por um caça russo.
O piloto do aparelho, um Su-25, terá sido obrigado a ejetar-se após ter sido alvejado na quarta-feira à noite (16/07/2014). 

Foi  a primeira vez que a Ucrânia acusou diretamente a Rússia de fazer uso do poder aéreo no conflito que grassa no leste do país. O Ministério da Defesa russo nega qualquer responsabilidade no abate do avião ucraniano, adjetivando tal possibilidade de "absurda".

Já o Ministério da Defesa ucraniano informou que o bombardeiro se despenhou perto de Amvrosiyivka, a cerca de 15 km da fronteira com a Rússia, após ter sido atingido na cauda, quando se afastava da fronteira russa. Ainda segundo a mesma fonte, a fronteira entre os dois países estava a ser patrulhada por uma parelha de aviões russos, nesse momento.

A confirmarem-se os dados, será o terceiro alvejamento de aeronaves ucranianas no espaço duma semana, depois de na segunda-feira um avião de transporte An-26 ter sido abatido e também ontem, outro Su-25 ter sido atingido por um míssil portátil disparado por rebeldes, tendo no caso o piloto logrado aterrar o aparelho ainda assim.

Face a este cenário, não é por isso de estranhar a possibilidade do Boeing 777 da Malaysia Airlines ter sido também abatido por engano, quando sobrevoava a zona em conflito.


sábado, 14 de junho de 2014

IL-76 UCRANIANO ABATIDO POR SEPARATISTAS (M1619 - 188PM/2014)

Ilyushin Il-76 semelhnate ao abatido hoje em Lugansk - Ucrânia

A insurreição pró-russa no Leste da Ucrânia teima em resistir e este sábado deu uma prova de força, abatendo um avião de transporte militar que se preparava para aterrar na cidade de Lugansk. Todos os 49 passageiros a bordo, 40 soldados do Exército nacional e 9 tripulantes, morreram no ataque – “cínico e traiçoeiro”, classificou o ministro da Defesa – com mísseis anti-aéreos.

O recém-empossado Presidente ucraniano Petro Poroshenko, que reuniu de urgência com o aparelho da segurança nacional, prometeu retaliar contra os responsáveis pelo ataque. “A Ucrânia precisa de paz, mas os terroristas receberão a resposta adequada. Aqueles que estiverem envolvidos neste cínico acto de terrorismo podem ficar com a certeza de que serão punidos”, prometeu.

Fortemente armados e equipados com tecnologia russa, os rebeldes não se intimidaram nem esmoreceram com a operação anti-terrorismo lançada pelo Governo de Kiev para reafirmar a autoridade do Estado nas províncias do Leste e estancar a tendência separatista alimentada por Moscovo. Em Março, grupos de ucranianos pró-russos instauraram governos autónomos ad-hoc em Donetsk e declararam unilateralmente a independência das respectivas regiões.

O Governo começou por responder timidamente às investidas dos rebeldes, que desde o início de Abril tomaram edifícios governamentais, quartéis da polícia ou estradas e aeroportos das regiões de Donetsk e Lugansk, mas no fim de Maio, após a eleição de Poroshenko, a campanha militar foi intensificada. Nos dois meses que já dura a operação das forças ucranianas contra os separatistas, já foram confirmadas 270 mortes – este sábado foi o dia mais sangrento para as tropas governamentais.

O aparelho abatido, um avião de transporte Ilyushin-76, carregado com tropas e equipamento militar, estava a iniciar a aterragem em Lugansk quando foi atingido por artilharia anti-aérea – as autoridades ucranianas falam em mísseis Stinger. A reportagem da Reuters encontrou os militantes separatistas junto dos escombros da aeronave, nos arredores da cidade. “Os fascistas podem trazer os reforços que quiserem, esta será sempre a nossa resposta: é assim que combatemos”, garantiu um dos rebeldes, que se identificou apenas pelo nome Piotr.

Na semana passada, os separatistas tinham lançado uma série de ataques ao aeroporto internacional de Lugansk, o único ponto estratégico da cidade que ainda se mantém nas mãos das forças ucranianas. No entanto, as batalhas pelo domínio da cidade abriram um flanco em Mariupol, uma cidade portuária de 500 mil habitantes que foi reclamada pelos rebeldes mas que na sexta-feira regressou ao controlo governamental.

O controlo de Mariupol permite às tropas nacionais manter em funcionamento a estrutura portuária por onde a Ucrânia canaliza a sua produção de aço, e também dominar as vias terrestres entre a fronteira com a Rússia e o interior do país. O ministro do Interior, Arsen Avakov disse que o Exército tinha recuperado 120 quilómetros de fronteira que estava nas mãos dos rebeldes: tendo em conta que a linha que separa a Ucrânia da Rússia se estende por 2000 quilómetros, a conquista pode parecer menor, embora possa cortar uma linha de abastecimento das forças separatistas.

Dos Estados Unidos, veio ontem a confirmação de que os tanques usados pelos rebeldes separatistas têm origem russa. “Podemos afirmar com total confiança que os tanques vieram da Rússia. Seguramente Moscovo vai alegar que os tanques foram roubados às forças ucranianas, mas nenhuma das unidades do Exército nacional que dispõe de tanques de guerra tem bases ou opera naquela região”, observou a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano. A Rússia não comentou as alegações de Washington.




Fonte: Público

quinta-feira, 15 de maio de 2014

FRANÇA PROSSEGUE COM MISTRAL PARA A RÚSSIA (M1585 - 164PM/2014)

Navio multi-funções da classe Mistral        Foto: Rama/Wikimedia

O Governo francês declarou que prosseguirá com o contrato no valor de 1600M USD para o fornecimento de dois navios multi-funções Mistral, uma vez que cancelar o acordo faria mais mal a Paris do que a Moscovo.

No seguimento da crise na Ucrânia, os EUA pressionaram a França, bem como o Reino Unido e Alemanha, no sentido destes países europeus tomarem uma linha mais dura contra a Rússia e cancelar o contrato dos dois navios destinados ao país dos Czares. Mas o executivo de Paris, após algumas ameaças (que agora se vêem vazias), recusa ligar o negócio com as sanções a impor ao Kremlin pelos EUA/EU.

Um elemento do Governo de François Hollande em visita oficial ao Azerbaijão, que pediu anonimato, disse que o contrato pura e simplesmente é demasiado grande para ser cancelado e que se a França não cumprisse a encomenda, teria que enfrentar penalizações graves: "Os Mistral não fazem parte do terceiro nível de sanções. Serão entregues. O contrato foi pago e haveria penalizações financeiras por não ser cumprido. Seria a França a ser penalizada. É muito fácil dizer que a França tem que desistir da venda dos navios. Nós fizemos a nossa parte".

Também o presidente francês admitiu no sábado passado, em visita a Angela Merkel, que o contrato é para cumprir: "o contrato foi assinado em 2011 e será cumprido. Por agora não é uma dúvida".

O ministério da Defesa russo avisou Paris em março passado, que a França teria que repor o valor do contrato, incluindo penalizações adicionais, caso este fosse cancelado.

A encomenda dos dois navios multi-funções Mistral foi a primeira compra de material bélico ao exterior por parte da Rússia, no período pós-Guerra Fria e foi acolhido pelo então presidente francês Sarkozy, como um importante passo em frente nas relações franco-russas. O contrato permitiu sustentar 1000 postos de trabalho nos estaleiros gauleses.

O primeiro dos dois navios, o Vladivostok, está previsto ser entregue em novembro deste ano, e o segundo, o Sevastopol, chegará a S. Petersburgo para ser apetrechado com equipamento e armas russas em novembro de 2015, juntando-se à frota do Pacífico para uso operacional, na segunda metade de 2016.

Os navios da classe Mistral podem carregar até 16 helicópteros de ataque como os Kamov 50/52, mais de 40 tanques ou veículos motorizados e 700 tropas. A versão russa foi modificada relativamente ao modelo em uso pela Marinha francesa, para se adaptar às latitudes nórdicas e mares gelados em que será maioritariamente usado.

Fonte: RT
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro

terça-feira, 13 de maio de 2014

"DA PRÓXIMA VEZ VOU DE TU-160" (M1581 - 160PM/2014)

Bombardeiro estratégico Tupolev Tu-160

O aparelho, que transportava o ministro da Cultura russo, Vladimir Medinski e vários deputados, fazia a ligação entre a Moldávia e a Rússia

A Ucrânia proibiu hoje (NR: dia 10) que dois aviões que transportavam membros do governo de Moscovo e deputados russos sobrevoassem o espaço aéreo do país, informam agências de notícias da Rússia.

O aparelho, que transportava o ministro da Cultura russo, Vladimir Medinski e vários deputados, fazia a ligação entre a Moldávia e a Rússia mas foi obrigado a voltar para trás depois de ter tentado cruzar o espaço aéreo ucraniano.

Poucas horas antes, o avião que transportava o vice-primeiro-ministro russo, Dmitri Rogozin, foi também proibido de sobrevoar a Ucrânia quando fazia a ligação entre a Moldávia e a Rússia.

Rogozin, através das redes sociais na internet informou que tinha chegado a Moscovo tendo difundido uma fotografia em que se pode ver o governante no momento em que desembarcava no aeroporto Domodedovo, na capital russa.

O vice primeiro-ministro escreveu também que além da Ucrânia também foi impedido de utilizar o espaço aéreo da Roménia, devido a “ordens dos Estados Unidos”.

“Da próxima vez vou voar a bordo de um TU-160” escreveu ironicamente o vice-primeiro ministro, referindo-se aos bombardeiros pesados russos.

Por seu lado, o ministro da Cultura escreveu na conta da rede social Twitter que o avião em que viajava foi obrigado a regressar a Chisinau, a capital da Moldávia, depois de caças MiG-29 da Força Aérea ucraniana terem impedido o aparelho de entrar no espaço aéreo da Ucrânia.

“A Ucrânia tinha permitido o voo da delegação russa mas depois mudou de opinião. Obrigaram-nos a regressar. Terá sido um telefonema de Washington?”, escreveu o ministro. 

Fonte: Jornal i


sexta-feira, 2 de maio de 2014

HELICÓPTEROS ABATIDOS NA UCRÂNIA (M1564 -148PM/2014)

Mil Mi-24 de ataque da FA Ucraniana     Foto:Dima Sergienko

Esta madrugada a Ucrânia acordou ao som de tiros, com a operação de larga escala lançada por forças militares afetas ao Governo de Kiev, para recuperar o controlo das cidades de Sloviansk e Kramatorsk, sob a influência de forças pró-russas.

No processo, dois helicópteros ucranianos de ataque Mil Mi-24 foram abatidos pelos separatistas, tendo os tripulantes perecido, segundo informação prestada pelo Ministério da Defesa. Vyacheslav Ponomaryov, apontado como líder dos insurgentes de Sloviansk, também confirmou o abate das aeronaves.

Um terceiro helicóptero, neste caso um Mi-8 de transporte terá também sido atingido, causando ferimentos num dos tripulantes, segundo informações avançadas do Ministério da Defesa.

Mil Mi-8 da FA Ucraniana     Foto:Caitlin Conroy
As forças pró-Moscovo confirmaram também a morte de um piloto dos helicópteros, divergindo a informação relativamente a um segundo piloto, que alegadamente terá sido capturado com vida. O ministro do Interior ucraniano Arsen Avakov disse que mais militares ficaram feridos com o disparo de vários mísseis terra-ar contra helicópteros ucranianos: "os terroristas usaram artilharia pesada contra as forças especiais ucranianas, incluindo lançadores de granadas e mísseis anti-aéreos portáteis"
Informou também que nove pontos de controlo dos separatistas forma destruídos e que mercenários profissionais estariam a operar com os rebeldes. 

Já a agência Reuters reportou que um fotógrafo seu viu um helicóptero ucraniano abrir fogo nos arredores de Sloviansk, tendo ouvido fogo de metralhadoras durante toda a madrugada.





terça-feira, 29 de abril de 2014

TYPHOONS E RAFALES PARA O FLANCO LESTE DA NATO (M1558 -142PM/2014)

Typhoon à partida de Coningsby       Foto: MoD/Crown

Ontem 28 de abril de 2014, foram destacadas forças de Typhoon britânicos para reforçar o patrulhamento da zona báltica, cujos países pertencentes à NATO estão especialmente nervosos com a situação na Ucrânia. A Royal Air Force (RAF) enviou por isso quatro Eurofighter Typhoon, que reforçarão o contingente de MiG-29 polacos previsto para operar nos próximos meses a partir da base de Siauliai na Lituânia.

A chegada a Siauliai          Foto: MoD/Crown
Desde 2004 que a NATO tem em funcionamento um esquema rotativo entre os aliados, para prestar proteção aérea aos três países bálticos anteriormente pertencentes à União Soviética (Estónia, Letónia e Lituânia), atualmente membros da NATO, mas que não possuem meios próprios adequadas para o efeito.
Nesse âmbito, os EUA terminam a 30 de abril quatro meses de alerta aéreo com F-15C, sendo agora substituídos por MiG-29 polacos, tal como escalonado. É no contexto de crise, causada pela anexação da Crimeia por parte da Rússia, que os meios em alerta serão reforçados com Typhoon da RAF, além de F-16 MLU dinamarqueses, já destacados no fim de março.


A RAF tem desde há seis semanas atrás também destacado um avião de alerta aéreo antecipado (AWACS) E-3D, destacado na vigilância de espaço aéreo polaco e romeno, também devido ao escalar da crise entre Ucrânia e Rússia.

Rafale à chegada a Malbrok sem as insígnias de cauda    Foto: EMA

Foi neste âmbito também, que a França fez deslocar ontem quatro Dassault Rafale para a Polónia, com o intuito de aumentar o número de aviões de combate na "frente leste" da NATO.
Os Rafale, provenientes da base aérea de Saint Dizier e doravante destacados em Malbrok no norte da Polónia, não envergam curiosamente as insígnias da unidade na deriva dos aparelhos, tendo sido sugerida a razão para tal, o facto desta unidade ter lutado lado a lado com os soviéticos na II Guerra Mundial.

Chegada dos Rafale a Malbrok:



sexta-feira, 25 de abril de 2014

HELICÓPTERO EXPLODE NA UCRÂNIA (M1554 - 139PM/2014)

Imagens: Video do Youtube/NewCrimea

Segundo notícias veiculadas pela cadeia russa RT, as intituladas "Tropas de Auto-Defesa" atacaram com sucesso um helicóptero militar ucraniano, num campo de aviação na cidade de Kramatorsk, no Leste da Ucrânia. Uma nuvem de fumo pode ser vista a subir no céu da zona, pelas 11:00 horas locais (9:00 GMT) num grande número de vídeos, disseminados pela internet.

"Os nossos aproximaram-se do campo de aviação e dispararam um foguete-granada (RPG) na direção do helicóptero. Houve uma explosão. Militantes (de Kiev) começaram a disparar e nós (manifestantes) retirámos", contou um representante das "Tropas de Auto-Defesa" de Kramatorsk à RIA Novosti.

A destruição do helicóptero foi também confirmada pelo Serviço de Segurança Ucraniano SBU.
"Um helicóptero Mi-8 explodiu no campo de voo de Kramatorsk, sem haver vítimas a assinalar. O piloto conseguiu saltar (da aeronave)" disse Dmitry Tyimchyuk, chefe do Centro de Investigações Policiais. "A teoria preliminar é de que o helicóptero se incendiou durante os procedimentos preparatórios para o voo". Antes contudo, representantes do Ministério do Interior em Kramatorsk disseram que manifestantes estavam por detrás das explosões.

Já residentes locais referem que a explosão ocorreu quando militares ucranianos armavam o helicópero, reportando três mortos.

Segundo o General Vasily Krutov, o helicóptero foi alvejado por um franco-atirador, que atingiu o tanque de combustível, tendo acrescentado que o piloto saiu ferido do incidente.

Um dos vários vídeos disponíveis no Youtube:




terça-feira, 22 de abril de 2014

SOBREVOO DO USS DONALD COOK - A VERSÃO RUSSA (M1548 - 133PM/2014)

Sukhoi Su-24 "Fencer"

Durante toda a semana passada, foi discutido ativamente em fóruns internacionais, o comunicado acerca de como um bombardeiro russo Su-24 equipado com um o sistema de guerra eletrónica de última geração, havia paralisado no mar Negro o mais sofisticado sistema americano de combate Aegis, a bordo do contratorpedeiro USS Donald Cook.

O contratorpedeiro participava nas manobras americano-romenas que tiveram como missão uma demonstração de força, diz Pavel Zolotarev, perito em assuntos políticos: “Em 10 de abril, o Donald Cook armado de mísseis cruzeiro Tomahawk entrou em águas neutras do mar Negro. Os exercícios tiveram por fim intimidação e demonstração de força, em resposta à posição da Rússia na Ucrânia e na Crimeia. Destaque-se que a entrada de navios militares americanos neste espaço marítimo contraria a convenção sobre o caráter e os prazos de permanência no mar Negro de vasos de guerra dos países não banhados por este mar."

A Rússia, por seu lado, enviou um avião desarmado Su-24, para sobrevoar o navio americano. Contudo, este avião, como consideram peritos, foi equipado com um sistema russo de guerra eletrónica de última geração. Segundo esta versão, o Aegis ainda de longe teria intercetado a aproximação do avião dando alerta de combate. Tudo decorria como previsto, tendo os radares do navio calculado a distância até o alvo. Mas de repente todos os ecrãs se apagaram. O Aegis deixou de funcionar e os mísseis não receberam a indicação do alvo. Entretanto, o Su-24 sobrevoou a ponte do contratorpedeiro, fez uma volta de combate e imitou um ataque com mísseis. Depois fez outra volta e repetiu mais 12 vezes consecutivas a manobra. Pelos vistos, todas as tentativas de reanimar o Aegis e indicar o alvo ao sistema de defesa antiaérea fracassaram. 

A reação da Rússia à pressão militar dos EUA foi terrivelmente tranquila, considera Pavel Zolotarev: “A demonstração foi bastante original. Um bombardeiro sem armas, mas equipado com um sistema de neutralização eletrónica de radares inimigos correu bem,  atuando contra o navio com o sistema mais sofisticado de DAA e de DAM a bordo. Mas este sistema móvel, neste caso marítimo, tem um defeito considerável – a possibilidade de acompanhar os alvos, que funcionam bem quando há vários navios e é possível coordenarem-se entre si. Mas neste caso havia só um navio. Ao que tudo indica, o algoritmo de trabalho dos radares do navio do sistema Aegis, não funcionou sob a ação do sistema de neutralização eletrónica do Su-24. Por isso não causou apenas uma reação de nervos ao próprio facto do sobrevoo, praticado largamente no período da Guerra Fria. Houve a seguir mais uma reação pelo facto do sistema mais sofisticado, e em primeiro lugar a sua parte informativa, de radares, não ter funcionado em pleno. Por isso, a parte americana reagiu tão nervosamente”.

Após o incidente, como escreve a comunicação social internacional estrangeira, o USS Donald Cook entrou com urgência num porto da Roménia, onde 27 tripulantes do navio solicitaram demissão escrevendo alegadamente nos pedidos, que não pretendem arriscar as suas vidas. Tal é confirmado indiretamente por uma declaração do Pentágono, em que se afirma que o sucedido tem desmoralizado a tripulação do vaso de guerra americano.

Quais podem ser as consequências militares do incidente no Mar Negro, provocado pelos Estados Unidos? Comenta Pavel Zolotarev: “A meu ver, os americanos irão refletir sobre o aperfeiçoamento do sistema Aegis. Este é o puro lado militar. Mas é pouco provável que politicamente sejam dados quaisquer passos por uma ou outra parte. Essas ações são suficientes. Entretanto, este é um momento desagradável para os americanos. Em geral, o sistema de DAM, que estão a desenvolver, absorve meios colossais e é necessário provar que eles devem ser canalizados para o orçamento. Ao mesmo tempo, a componente terrestre do sistema de DAM – contra-mísseis em silos – foi testado em condições ideais, mostrando uma baixa eficácia. Este facto é escondido metodicamente pelo Pentágono. O mais sofisticado sistema Aegis de base marítima, também revelou neste caso os seus defeitos”.

O sistema com que o Su-24 alegadamente neutralizou o contratorpedeiro USS Donald Cook chama-se Khibiny, o nome dum maciço montanhoso na península de Kola, na região polar da Rússia.

O Khibiny é um sistema de guerra eletrónica de última geração, com que serão equipados todos os aviões russos da linha da frente. Ainda há pouco tempo o sistema foi testado em exercícios na Buriátia. Aparentemente, os testes terão sido bem-sucedidos, se pouco depois foi decidido testar o sistema em condições próximas do combate.

Fonte: Voz da Rússia
Adaptação: Pássaro de Ferro

quinta-feira, 17 de abril de 2014

AGUIAR-BRANCO, A UCRÂNIA E A DEFESA EUROPEIA (M1540 - 126PM/2014)



O ministro da Defesa Nacional, Aguiar-Branco, defendeu esta terça-feira que a crise entre a Rússia e a Ucrânia evidenciou a necessidade de uma política europeia comum e a importância de "não desvalorizar" o investimento no setor.

"É evidente que esta crise da Ucrânia/Rússia mostra que não há nada que seja adquirido e que é importante uma política de Defesa comum", afirmou, acrescentando que "é importante que não se desvalorize, como aconteceu no passado, as questões orçamentais ao nível da Defesa".

José Aguiar-Branco falava à Agência Lusa no final de uma reunião de ministros europeus dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, que terminou esta terça-feira na Cidade do Luxemburgo.

A situação na Ucrânia, analisada segunda-feira pelos ministros dos Negócios Estrangeiros, foi retomada num almoço dos ministros da Defesa, adiantou, sublinhando a "importância de se encontrar uma solução de natureza diplomática".

Por outro lado, acrescentou, foi reafirmada uma "posição de princípio muito forte no sentido em que não é tolerável que haja uma ação violadora do Direito Internacional".

Na segunda-feira, a chefe da diplomacia da EU, Catherine Ashton, anunciou a intenção de alargar a lista de personalidades russas e ucranianas pró-russas abrangidas por sanções após os recentes incidentes no leste da Ucrânia.

O governo ucraniano lançou no domingo passado uma operação que chamou de "anti-terrorista" contra os separatistas pró-russos armados que ocuparam os centros de poder em várias cidades do leste da Ucrânia.

Moscovo, que concentrou dezenas de milhares de soldados na fronteira com a Ucrânia, condenou a ação das autoridades ucranianas, com o presidente russo, Vladimir Putin, a garantir que defenderá os interesses dos russos em qualquer parte dos países que faziam parte da antiga URSS.

A Rússia não reconhece o governo provisório pró-europeu chegado ao poder após o derrube, no final de fevereiro, do presidente pró-russo Viktor Ianukovich, na sequência de manifestações sangrentas na capital ucraniana.

Tropas russas, auxiliadas por milícias pró-russas, tomaram no mês passado o controlo da península da Crimeia, que fazia parte da Ucrânia, e que acabou por se anexar à Rússia após um referendo cuja legitimidade não foi reconhecida pelos países ocidentais.

Fonte: TVI24

sexta-feira, 11 de abril de 2014

UCRÂNIA REATIVA MIG-29 INIBIDOS (M1525 - 119PM/2014)

MiG-29 ucraniano        Foto: Cold War Warrior

Vários caças de 4ª Geração MiG-29 anteriormente inibidos, foram recuperados para serviço operacional na Ucrânia, segundo informações avançadas pelo ministério da Defesa do país.

"Os especialistas da nossa equipa já devolveram os aviões ao estado operacional" parafraseou o ministro da Defesa ucraniana, um oficial da Força Aérea não revelado, da base de Ivano-Frankivsk. "Estamos agora a realizar testes de voo. Em breve, mais aviões inibidos descolarão de novo".

O estado das Forças Armadas ucranianas ficou sob escrutínio, quando o novo governo do país tomou posse em fevereiro passado, após meses de revolta violenta. Kiev lançou então extensas verificações de prontidão de combate das suas forças armadas, no início de março, após o anúncio da Crimeia de que estava pronta para se separar da Ucrânia e juntar-se à Rússia.

O ministro da Defesa ucraniano Ihor Tenyukh declarou no relatório ao seu presidente, que as verificações revelaram uma condição "insatisfatória" das Forças Armadas. No mesmo relatória era revelado que dos 507 aviões de combate e 121 helicópteros de ataque, apenas 15% estão em condições operacionais. As tripulações da Força Aérea não possuem formação adequada e apenas 10% destes são capazes de executar operações de combate.


DEFESA AÉREA BÚLGARA FAZ HORAS EXTRA (M1524 - 118PM/2014)

MiG-29 búlgaro configurado para defesa aérea          Foto: Krazimir Grozev

A pequena força de defesa aérea búlgara tem sido chamada em alerta numerosas vezes durante os últimos dois meses, para fazer face ao número crescente de voos de vigilância e reconhecimento lançados pela Rússia sobre o Mar Negro, no seguimento do desenrolar de acontecimentos na Ucrânia, de acordo com o ministro da Defesa búlgaro, Angel Naidenov. Apesar de nenhum dos voos ter violado espaço aéreo búlgaro, têm-se aproximado e voado ao longo da costa, operando sem plano de voo, pelo que requerendo investigação.

Entre 1 e 26 de março de 2014, nove aviões russos aproximaram-se  da Bulgária, estando entre os modelos intercetados o Ilyushin Il-20, a versão de reconhecimento e informações do Il-18.
Antes da atual situação na região, os alertas de defesa aérea na Bulgária eram acionados apenas duas a três vezes por ano.

O aumento da intensidade das operações tem vindo a colocar uma pressão considerável na pequena força de intercetores da Força Aérea Búlgara, constituída por um grupo de envelhecidos MiG-29, baseados na 3ª Base Aérea em Graf Ignatievo, perto de Plovdiv. Apesar da Bulgária pertencer à NATO, esta frota depende da Rússia para o fornecimento de sobressalentes e manutenção. Sófia tem intenção de mudar a situação, adquirindo novos caças que não dependam de apoio russo (estiveram recentemente em negociação com Portugal para aquisição de F-16, que viriam a ser comprados pela Roménia), mas as restrições no orçamento de Defesa tem impedido a intenção de se concretizar. Mesmo se a recente suspensão de relações entre a NATO e a Rússia não afetam o acordo de cooperação deste país coma Bulgária, é provável que a atual situação acelere o processo de aquisição dos novos caças.

Para já e apesar das sugestões de aumentar a presença de meios norte-americanos na Bulgária, e da sugestão que as ações russas se destinem a esgotar a capacidade de defesa aérea búlgara, o ministro dos Negócios Estrangeiros do país, Kristian Vigenin afirmou que a Bulgária consegue lidar com a situação sem o recurso a forças externas. Entretanto, a NATO reforçou a vigilância aérea sobre a vizinha Roménia com E-3 Sentry, monitorizando o espaço aéreo sobre a região do Mar Negro.

Tanto a Roménia como a Turquia têm lançado regularmente os seus alertas aéreos em resposta a aeronaves russas sobre o Mar Negro, pelo que o Presidente da Bulgária solicitou maior coordenação entre os três países da NATO.

Desde 2010 que a Bulgária tem um acordo de defesa com a Roménia para cobertura de defesa aérea, tendo assinado recentemente um similar com a Grécia. Segundo estes acordos, aeronaves gregas ou romenas podem ser chamadas, em caso de violação de espaço aéreo.


A FRENTE RUSSA (M1523 - 117PM/2014)



O Supremo Quartel General das Forças Aliadas na Europa (SHAPE) divulgou uma série de imagens de satélite a meios de comunicação social a 10 de abril, que mostram em detalhe a localização e tipo de unidades russas, localizados pelas forças NATO ao longo da fronteira com a Ucrânia.
A NATO avalia as forças russas mobilizadas em 35.000 a 40.000 militares na vizinhança da fronteira com a Ucrânia, uma alegação que as autoridades russas têm negado, e que é naturalmente causa de preocupação.

O Brig. Gary Deakin, Diretor do Centro de Gestão de Crises e Operações (CCOMC) no SHAPE, falou aos repórteres, acerca das imagens: "Os russos têm uma série de capacidades incluindo aviões, helicópteros, forças especiais, tanques, artilharia, infantaria, veículos de combate... que podem ser mobilizados em questão de horas. Estas forças têm um efeito desestabilizador e representam implicações sérias para a segurança e estabilidade da região" referiu.


O SHAPE tem observado pequenos movimentos de administrativos russos no terreno, mas a falta de atividade geral vem lançando alertas entre as patentes militares. De acordo com o Brig. Deakin as unidades russas moveram-se para a região e estão a acumular-se em várias localizações perto da fronteira ucraniana, em vez de estarem a realizar movimentos específicos de exercício. Esta conclusão é partilhada pelo Comandante Supremo Aliano na Europa, Gen. Philip Breedlove, que mencionou no dia anterior as suas preocupações com o acumular de forças russas: "Caracterizá-la-ia como uma força combinada.. tem todas as capacidades e aprovisionamentos de que necessita para atingir os objetivos militares que lhe atribuírem".


A NATO continua a monitorizar os eventos com acuidade e aumentou inclusive a vigilância com AWACS sobre a Roménia e a Polónia, de modo a manter a atenção sobre a Ucrânia. A Aliança aumentou também significativamente o policiamento aéreo e o número de aeronaves atribuídas a essa tarefa.

O SHAPE submeteu uma série de opções e recomendações ao Conselho do Atlântico Norte com vista fazer face à situação: "O que procuramos e´uma pacote de medidas para o mar, ar e território terrestre, que tranquilizem os nossos aliados mais orientais" disse o Gen. Breedlove. 

A NATO tem pedido repetidamente à Rússia para acalmar a situação, retirando as tropas que colocou junto à fronteira ucraniana.



sábado, 22 de março de 2014

FORÇAS RUSSAS INVADEM BASE AÉREA NA CRIMEIA (M1486 - 101PM/2013)

Base Aérea de Belbek na Crimeia        Imagem: Google Earth

Tropas russas cercaram uma base aérea ucraniana na Crimeia na manhã de hoje, tendo emitido um ultimato às forças locais, exigindo a rendição, divulgou o vice-comandante da base em Belbek, perto de Sebastopol: "As tropas russas no nosso aeroporto deram-nos uma hora para uma rendição ou eles vão começar a atacar. Não vamos a lugar nenhum, vamos ver que tipo de ataque é este", disse Oleg Podovalov à Reuters.

Entretanto e no desenrolar dos acontecimentos, o comandante da base aérea Belbek disse já que iria ser levado pelas forças russas para negociações, depois destas terem entrado na base com veículos blindados e armas automáticas.

Um ucraniano foi ferido na tomada da base, que era uma das últimas instalações militares na Crimeia ainda sob o controle da Ucrânia, segundo o coronel Ucraniano Juliy Mamchur revelou à Reuters.

Perguntado se achava que iria retornar com segurança das negociações em um local não especificado, o comandante disse: "Vamos esperar para ver. Por agora, estamos a concentrar todas as nossas armas no armazenamento da base".

Fonte: Reuters Brasil
Adaptação: Pássaro de Ferro

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