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sábado, 4 de maio de 2024

FORÇA AÉREA PORTUGUESA RECEBE PRIMEIRO C-130 HERCULES ATUALIZADO [M2493 - 38/2024]

Foto de "família" dos presentes na cerimónia de entrega do "16806" na BA6     Foto: FAP

A Força Aérea revelou em nota de imprensa ter recebido esta esta sexta-feira, 3 de maio de 2024, o primeiro avião C-130 Hercules reconfigurado, depois de um complexo processo de atualização de sistemas e equipamentos.

Apesar de ter sido notado nas últimas semanas no radar virtual ADSB-Exchange, ainda com callsign de voo de experiência, o facto de ter mudado para "BSONT46" (já relativo à Esquadra 501- Bisontes), dava a entender estar de regresso aos voos operacionais.

Registo do voo do 16806 no radar virtual ADSB, no dia 22 de abril de 2024, ainda com callsign de testes

Registo do voo na tarde de 3 de maio de 2024, já com o callsign da Esquadra 501 - Bisontes

O programa de atualização, aprovado em 2018, que abrange quatro aviões da frota C-130 Hercules, contempla alterações estruturais e "uma muito profunda modificação nos sistemas aviónicos da aeronave, integrando um conjunto significativo de novos equipamentos, sistemas de navegação e comunicação que resultaram na transformação do cockpit da aeronave, equiparando-o ao que de mais moderno existe na aviação militar mundial", segundo pode ler-se na nota da Força Aérea.

Na cerimónia de entrega da primeira aeronave (n/c 16806), que decorreu na Base Aérea N.º 6, no Montijo, esteve presente Paulo Monginho, CEO da OGMA, que reconheceu ter-se tratado do contrato mais ambicioso de modificação de aeronaves levado a cabo pela OGMA e que implicou mais de “90 mil horas de engenharia, 53 mil horas de intervenção em hangar, mil desenhos, 500 relatórios de engenharia, instalados 17 km de cablagem por aeronave e 100 horas de voo de experiência."

Apesar dos atrasos significativos na execução dos trabalhos, ou também por isso, o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), General João Cartaxo Alves, recordou que desde início se sabia que este projeto seria moroso e implicaria muita resiliência para ser concluído, só tendo sido possível chegar ao momento atual devido à dedicação dos militares da Esquadra 501, da Direção de Manutenção e Sistemas de Armas, da Direção de Engenharia e Programas e da Autoridade Aeronáutica Nacional. “Sempre soubemos que ia ser um processo complexo mas fundamental não só para a Força Aérea como também para a capacitação da indústria aeronáutica nacional, nomeadamente das OGMA. Foi um desafio para a Força Aérea que se superou na área da programação, da gestão, da manutenção”, reconheceu, acrescentando que hoje entramos numa “nova fase de operação, pelo que é um motivo para todos nos orgulharmos”.

A intervenção estrutural de atualização de quatro C-130 Hercules da Força Aérea integra-se no programa europeu SESAR – Single European Sky ATM Research – “Céu Único Europeu” –, que procura adaptar as aeronaves às exigências e regras atuais dos céus europeus, com o objetivo de incrementar a segurança na circulação aérea, aumentar o volume de tráfego aéreo, reduzir custos através de uma gestão mais eficiente de rotas de voo e minimizar o impacto ambiental das operações aéreas.

O General CEMFA e o novo glass cockpit Flight2 da Collins Aerospace instalado no C-130     Foto: FAP

Esta atualização, cofinanciada por fundos europeus, permite à Força Aérea continuar a cumprir a sua missão em teatros nacionais e internacionais, sendo que os aviões C-130 garantem o transporte aéreo, quer em operações de natureza militar quer de interesse público, além de missões de patrulhamento marítimo e busca e salvamento. Recentemente foram responsáveis pelas missões de repatriamento de cidadãos que se encontravam em Telavive e em Marrocos. Em utilização pela Força Aérea desde 1977, a frota C-130 já atuou em cenários tão diversos como Angola, Moçambique, S. Tomé, Cabo Verde, República Democrática do Congo, Timor, Golfo Pérsico, Moscovo, Afeganistão, Ruanda ou Balcãs.

A implementação do projeto envolve a participação da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, S.A. e de equipas da Força Aérea e Autoridade Aeronáutica Nacional em domínios complementares como o design, integração, controlo e supervisão, bem como certificação da modificação da aeronave.

O C-130H-30 Hercules n/c 16806 é a célula mais recente da frota da Esquadra 501 e é também o lead the fleet das modernizações     Foto: FAP

Além do "06" agora entregue, encontra-se o "01" (também um C-130H-30 alongado) na fase final de modernizações pela OGMA, enquanto os restantes dois C-130H (n/c 16803 e 05) até agora operacionais, aguardam ainda a indução aos trabalhos.



terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

FORÇA AÉREA BRASILEIRA APOSENTA C-130 HERCULES [M2462 – 07/2024]



No passado dia 30 de Janeiro, a frota C-130 Hercules da Força Aérea Brasileira, realizou a última missão operacional.

A missão, que constou de largada de tropas para-quedistas, foi realizada pela aeronave n/c 2476, nas proximidades do Rio de Janeiro, onde se encontra a Base Aérea dos Afonsos.


Na despedida teve lugar uma formatura em homenagem ao tempo de serviço do avião, seguida da última descolagem operacional do Hercules, ao serviço da Brigada de Infantaria Para-quedista, com o salto de 64 militares.

O Hercules voou com as cores brasileiras desde 1964, com a chegada das primeiras unidades na versão C-130E, em substituição dos Douglas C-47 Dakota e Fairchild C-82 Packet, do 1° Esquadrão do 1° Grupo de Transporte no Aeroporto do Galeão, (Rio de Janeiro). Desde então, a FAB voou um total de 29 aeronaves C-130, em vários modelos, incluindo o K, de reabastecimento aéreo de combustível.

Apesar de não haver confirmação oficial, o último voo do C-130 Hercules da FAB deverá ocorrer por ocasião do aniversário do Esquadrão Gordo (1º/1º GT), que estava equipado com o modelo.

A totalidade das missões atribuídas ao C-130 Hercules na FAB, serão por isso doravante desempenhadas pelo KC-390 Millennium, projetado e construído precisamente para substituir as frotas C-130 Hercules.

A Força Aérea Portuguesa recebeu em 2023, o primeiro de cinco KC-390, que irão igualmente substituir faseadamente, os C-130H Hercules da FAP.


Fotos: Cb Francilaine (Cmdo CML)/Exército Brasileiro



terça-feira, 8 de dezembro de 2020

MODERNIZAÇÃO DA FROTA C-130 HERCULES DA FAP [M2210 - 128/2020]

C-130 Hercules da FAP na OGMA        Foto: FAP

Tal como o Pássaro de Ferro recentemente noticiou, está em curso a modernização da frota de aeronaves C-130H da Força Aérea Portuguesa (FAP), integrada no programa europeu SESAR - Single European Sky ATM Research – , e cofinanciada por fundos europeus, que tem como objetivo adaptar quatro aeronaves, operadas pela Esquadra 501 - “Bisontes”, às exigências e regras dos céus Europeus.

C-130 Hercules n/c 16806 durante os trabalhos de modernização    Foto: FAP
A FAP partilhou hoje uma notícia com a atualização dos trabalhos em curso na OGMA, que permitirão à frota C-130 Hercules continuar a cumprir a sua missão em teatros nacionais e internacionais sem as limitações de navegação que a vinham afetando.

A mesma área do cockpit ante se depois da modernização     Foto: FAP
O projeto SESAR visa acomodar o aumento do volume de tráfego aéreo europeu, incrementar a segurança ao nível da circulação aérea, reduzir os custos com recurso a uma gestão mais eficiente de rotas de voo e subsequentemente minorar o impacto ambiental das operações aéreas.

Trabalhos na cabine de carga        Foto: FAP

Esta modernização, na frota C-130H, contempla alterações estruturais e uma significativa modificação nos sistemas aviónicos da aeronave, integrando um conjunto muito significativo de novos equipamentos, sistemas de navegação e comunicação, nomeadamente a instalação do glass cockpit Flight2 da Collins Aerospace.

O novo cockpit dos C-130 Hercules da Esquadra 501     Foto: FAP
A implementação do projeto envolve a participação da OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal, S.A. e de equipas da Força Aérea e Autoridade Aeronáutica Nacional em domínios complementares como o design, integração, controlo e supervisão, bem como certificação da modificação.

Apesar da Esquadra 501 ir receber os novos KC-390 Millennium, a partir de 2023, está previsto operar os C-130 em simultâneo até pelo menos 2027.

VÍDEO:



quarta-feira, 11 de novembro de 2020

ATUALIZAÇÃO DA FROTA C-130 DA FAP EM ANDAMENTO NA OGMA [M2202 - 120/2020]

C-130H Hercules na OGMA    Foto: OGMA
 A OGMA anunciou o início da fase de testes e certificação, do programa de modernização dos quatro C-130H Hercules da Força Aérea Portuguesa, através da rede social Twitter.

Apesar de estar previsto ser retirada de serviço da Esquadra 501 até 2027, sendo substituída gradualmente pelos KC-390 Millennium a receber a partir de 2023, a frota C-130 irá receber uma atualização dos sistemas de navegação e comunicações, de modo a preencher os requisitos Single European Sky Air Traffic Management Research (SESAR).

A OGMA foi encarregue de executar o projeto de integração de todos os sistemas da aeronave, fabricar os componentes estruturais e cablagens para a “instalação dos equipamentos”, bem como realizar “a modificação das aeronaves, efetuar a certificação do projeto face aos requisitos da Autoridade Aeronáutica Nacional Militar e a qualificação do mesmo face aos requisitos operacionais e logísticos da FAP”. Segundo comunicado da OGMA em 2019, deverá ainda realizar a “atualização das publicações técnicas de operação e manutenção da aeronave, fornecendo treino de operacional às tripulações de voo e treino de manutenção a técnicos da FAP”.

Glass cockpit Flight2 da Collins Aerospace      Imagem: Collins Aerospace

A face mais visível desta modernização consta de um glass cockpit Flight2 da Collins Aerospace, que proporciona compatibilidade com a aviação civil. Inclui, entre outras funcionalidades, novos ecrãs primários e um sistema de gestão de navegação e voo com software que permite ponto ótimo de largada de cargas computorizado. O Flight2 permite ainda personalizar os sistemas, de acordo com as exigências da missão, ou ajuste às condições locais de CNS/ATS (Comunicações e Navegação/ Controlo de Tráfego Aéreo).

Os trabalhos de modernização na frota C-130, deverão decorrer ao longo de dois anos e estão orçamentados num total de cerca de 19M EUR, cofinanciados pela União Europeia.





terça-feira, 24 de setembro de 2019

FROTA C-130 PORTUGUESA RUMO À GRÉCIA? [M2065 - 52/2019]

C-130H Hercules da Esquadra 501 "Bisontes" da Força Aérea Portuguesa


Notícias ontem veiculadas na Grécia, dão conta que aquele país será "um dos interessados" na aquisição de "três C-130H com 42 anos" da Força Aérea Portuguesa, segundo pode ler-se no site ProNews.

A Força Aérea Helénica procura reforçar a sua frota de 15 C-130B/H, que se encontra em níveis de operacionalidade bastante baixos, não sendo no entanto certo se as aeronaves actualmente ao serviço da Esquadra 501 da FAP, servirão para fornecimento de peças ou para voar operacionalmente.

Já o site Defence Point revela que "segundo informações seguras" o negócio está agora depende dos trabalhos de inspecção preliminar das aeronaves da FAP, pela parte grega.

As mesmas fontes da notícia, não especificam se a iniciativa do negócio partiu de Atenas ou Lisboa.

Esta recente revelação vem contrariar a intenção divulgada pelo anterior CEMFA Gen. Manuel Rolo, bem como do Ministério da Defesa, de utilizar os C-130 da FAP em funções de combate a incêndios, após a entrada em serviço dos KC-390. De igual modo, e dado que segundo a calendarização de entrega dos KC-390, ao ritmo de um por ano, entre 2023 e 2027, está prevista a sobreposição da utilização das frotas C-130 e KC-390, fica por isso a dúvida de como será realizado o período de transição, caso a frota C-130 seja alienada antecipadamente.

A Força Aérea Portuguesa tem actualmente quatro C-130H em uso operacional, de um total de cinco aeronaves. A frota celebrou recentemente as 80.000 horas de voo, que começou a operar em 1977. Está previsto realizarem-se trabalhos de modernização dos sistemas de navegação e comunicações nos quatro C-130 operacionais, de modo a manterem-se no activo até que a frota KC-390 esteja totalmente capaz de assumir as missões atribuídas aos "Bisontes".


quarta-feira, 21 de agosto de 2019

ASSINATURA DE CONTRATO DOS KC-390 PARA A FAP [M2053 - 40/2019]



Amanhã quinta-feira 22 de Agosto de 2019, será realizada a cerimónia de assinatura do contrato do programa KC-390 para equipar a Força Aérea Portuguesa.

A cerimónia terá lugar a partir das 15 horas, nas instalações da Embraer em Évora, onde alguns dos componentes do avião são fabricados. Contará com a presença do primeiro-ministro António Costa e do ministro da Defesa João Cravinho, que irão assinar em representação do Estado Português, a documentação relativa à aquisição de cinco aeronaves, bem como um simulador de voo e sustentação logística para os primeiros anos de operação das aeronaves.

Os KC-390 destinam-se a substituir a frota C-130H Hercules em operação na Esquadra 501 da Força Aérea Portuguesa desde 1977, nas missões de transporte aéreo táctico e estratégico, acrescentando capacidades secundárias de reabastecimento aéreo e combate a incêndios.






sexta-feira, 10 de novembro de 2017

GOVERNO PONDERA MANTER C-130 PARA COMBATE A INCÊNDIOS (M1937 - 74/2017)

C-130 da FAP em 1994 em demonstração do kit MAFFS de combate a incêndios

Durante o debate do Orçamento de Estado de 2018 o ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, informou que além da aquisição dos  aviões de transporte KC-390 (com capacidade complementar para o combate a incêndios com calda retardante e água), está em estudo a possibilidade de manter a voar a actual frota C-130 - que está previsto ser substituída pelos KC-390 nas principais funções que desempenha actualmente na FAP - para ser usada no combate a incêndios.
O titular da pasta da Defesa adiantou que foi remetido o pedido "price and availability" à Força Aérea dos EUA, após concluídas as especificações técnicas, para a "modernização de cinco dos seis C-130" [NR: Um C-130 perdeu-se em acidente em Julho de 2016], de modo a prolongar o seu potencial de vida para além de 2025. A informação sobre o processo de MLU (mid-life upgrade) estará já em condições de poder ser submetida a decisão. Esta decisão terá em conta não apenas a intenção de usar as aeronaves para o combate a incêndios, mas também a expectativa da futura frota KC-390 estar operacional apenas em 2021.

Ainda a respeito do Orçamento de Estado para o sector da Defesa, o secretário de Estado da Defesa esclareceu que não está previsto a FAP realizar operações de combate directo a incêndios para 2018, dado que "é preciso ter consciência de que a capacidade de operação não se monta de um ano para o outro" e portanto para 2018 " a capacidade de operação não terá tradução orçamental".
Marcos Perestrelo admitiu contudo estar em avaliação "o tipo de operação que a Força Aérea poderá fazer na gestão centralizada e nas operações de comando e controlo" já para o próximo ano. Este tipo de participação já poderá implicar reforço de verbas "que terão de ser avaliadas a tempo de ter tradução orçamental" para 2018.
Relativamente aos helicópteros ligeiros de combate a incêndios pertencentes ao Estado (três AS350 Ecureuil), informou que a operação dos mesmos está contratada a privados até ao final da época de incêndios de 2018.

Não foi no entanto mencionado o destino da frota de Kamov Ka-32, também pertencente do Estado, concessionada a privados até 2019, em condições de operacionalidade limitada a três helicópteros, estando dois parados à espera de reparação e um acidentado sem possibilidade de recuperação.
A operação deste tipo de helicóptero pesado tem estado envolta em polémicas de vária ordem desde que foi adquirida em 2006, mormente no que respeita aos custos e problemas da manutenção.
A Força Aérea terá recusado em 2016 assumir a operação desta frota, sem o necessário reforço de meios humanos e materiais correspondente.

Oito helicópteros SA-330 Puma retirados do serviço operacional na FAP em 2010, estão também parados desde então, à espera de novo dono. Várias vezes têm sido falados como passíveis de ser reaproveitados para o combate a incêndios - pelo menos quatro a seis células em melhores condições - mas nunca uma decisão seria tomada no sentido de os reaproveitar para esse fim.

Em processo de aquisição estão cinco a sete helicópteros ligeiros para a FAP, que estão descritos virem a ter como missão secundária o combate a incêndios. A avaliação das propostas apresentadas pela Airbus Helicopters e Leonardo estava prevista terminar a 31 de Outubro. Contudo, face aos trágicos acontecimentos do mesmo mês e à evidência das vantagens do Estado possuir meios próprios de combate durante todo o ano, chegou a ser ventilada a hipótese deste concurso ser alterado, de modo a contemplar mais unidades. Oficialmente contudo, nada foi assumido oficialmente acerca do tema.

De fora do debate, ficaram ainda (e mais uma vez) meios anfíbios pesados, vulgarmente conhecidos como Canadair, consensualmente os mais eficientes e adaptados às características do nosso país. Normalmente duas a quatro unidades são alugadas para a época de incêndios, ficando a depender de países terceiros, sempre que é necessário reforço, que quase sempre ocorre tarde e com os gastos obviamente inerentes.

Finalmente, e apesar de ser irrealista começar em 2018 a empenhar a Força Aérea no combate directo a incêndio, ficou por estabelecer um prazo para a efectivação dessa promessa e tratar também a problemática dos meios humanos necessários para esse fim.

É certo que tempo poderá ainda ser curto, desde o anúncio da intenção de tornar a Força Aérea na principal entidade gestora dos meios aéreos de combate a incêndios, para ter elaborado um plano consistente, que defina todos os pontos em aberto, que permita ter uma estrutura eficaz, operacional e sustentável, no combate aos incêndios.
Mas espera-se que não suceda como em todas as promessas dos sucessivos Governos nas últimas décadas.
A gravidade das tragédias deste ano e a consciência de todos nós assim o exigem.


sexta-feira, 21 de abril de 2017

C-130 E ALOUETTE NA AGENDA DO MINISTÉRIO DA DEFESA (M1892 - 29/2017)

Um dos actuais cinco C-130H Hercules da frota da FAP

A partir do artigo publicado pelo jornal online "Observador" no dia 19/04/2017, sobre a execução da Lei de Programação Militar no ano de 2016, é possível ficar a saber o ponto de situação relativamente a duas das frotas da Força Aérea Portuguesa (FAP): C-130 e  Alouette III.

A frota de aviões de transporte C-130H Hercules está identificada já há vários anos como necessitando de modernizações urgentes, nomeadamente ao nível do sistema de comunicações e navegação, que lhe permitam circular no espaço aéreo europeu sem restrições. Segundo o artigo do Observador, citando fonte do Ministério da Defesa (MDN), o programa sofreu um atraso de cerca de seis meses devido às negociações com os EUA, uma vez que “trata-se de um contrato Estado a Estado, através do mecanismo Foreign Military Sales (FMS)”. Os atrasos terão estado relacionados com a “mudança de gestor de projceto FMS nos EUA e da complexidade das negociações entre os diferentes intervenientes, nomeadamente com a OGMA [NR: que deverá executar os trabalhos]. Ainda segundo a mesma fonte do MDN, o contrato deverá ser assinado dentro dos "próximos meses de Maio e Junho".
De notar que, devido ao acidente com perda total da célula n/c 16804 em  Julho de 2016 e ao 16802 estar imobilizado na Base Aérea nº 6 há já longo tempo, com danos estruturais profundos, da frota de seis aeronaves, apenas quatro serão submetidos aos trabalhos de modernização.


Os últimos SE-3160 Alouette III operacionais na FAP 

Já relativamente à frota de helicópteros SE-3160 Alouette III, cuja autorização para aquisição de substituto foi emitida recentemente, segundo o mesmo artigo citando o MDN “a necessidade de dotar o helicóptero ligeiro de valências de duplo uso, designadamente no que respeita à sua participação no dispositivo de combate a incêndios florestais como se pretende, obrigou a redefinir os requisitos do projecto”. Essa capacidade “implicou algum atraso no lançamento do procedimento; contudo, está a decorrer já neste momento a fase de consulta a fornecedores e o atraso não comprometerá a substituição do Allouette III no prazo previsto”.

Sobre a frota Alpha Jet, de treino avançado de pilotos de caça e com desactivação prevista para 1 de Fevereiro de 2018, parece não haver ainda desenvolvimentos.


quarta-feira, 15 de março de 2017

KC-390 CADA VEZ MAIS PRÓXIMO DA FAP (M1878 - 15/2017)

Embraer KC-390                                                           Ilustração: Embraer

Segundo noticia veiculada pela prestigiada agência noticiosa de defesa Jane's, a aquisição de "até seis aeronaves" KC-390, está a ser considerada pelo Ministério da Defesa português, para substituir gradualmente a frota de C-130H Hercules, actualmente em uso na Força Aérea Portuguesa (FAP).

Portugal terá realizado em Outubro de 2016, um pedido de informação acerca do modelo, que está actualmente a ser analisada, refere ainda a informação veiculada pela Jane's, obtida junto do Ministério da Defesa Nacional.

Comparativo do KC-390 com C-130J-30 e A400M


A maior aeronave já fabricada pela brasileira Embraer, que inclui cooperação de várias empresas portuguesas, serviria para a realização de operações de transporte de carga e tropas, combate a incêndios e reabastecimento aéreo, ainda de acordo com citação do Ministério da Defesa.

A participação da indústria portuguesa no programa KC-390 é vista como um factor preponderante numa eventual escolha deste modelo, para operar na FAP.
Não há contudo, para já, qualquer contrato assinado.

Entretanto, o programa de desenvolvimento e certificação do KC-390 prossegue actualmente no Chile, tal como o Pássaro de Ferro oportunamente noticiou, onde um dos protótipos se encontra a realizar testes de ventos cruzados.


sexta-feira, 23 de maio de 2014

BISONTES: MISSÃO ADIADA NA REP. CENTRO AFRICANA (M1594 - 169PM/2014)

Elementos da Esquadra 501- Bisontes junto a um C-130H da frota na BA6         Foto de arquivo

Apesar da prontidão dos 47 militares portugueses destacados para a missão europeia na República Centro Africana (RCA), numa aeronave C-130H Hercules da Força Aérea, a partida prevista para a passada terça-feira 20 de maio, foi adiada.

Prevista desde fevereiro do corrente ano, o envio das forças nacionais foi protelado pelo comandante da missão no problemático país africano, Philippe Ponties, que enviou na passada sexta-feira uma carta ao Governo português, informando que "não estão asseguradas as condições necessárias para estabelecer a missão no terreno".

Será realizada uma missão de reconhecimento, que estabelecerá uma nova data para o envio de homens e material, bem como a base a utilizar na RCA, que inicialmente seria Bangui.

Portugal é um dos 13 países europeus a contribuir para a missão que tem objetivos humanitários, dentro das convulsões sociais e étnicas que decorrem na RCA.

A Esqudra 501 - Bisontes participou já em inúmeras teatros de operações igualmente complicados, sendo alguns dos mais recentes a Líbia, Egito e Afeganistão.


sábado, 17 de agosto de 2013

BA3 - Les Visiteurs by Sergio Couto [2] (M1120 - 3RF/2013)



No seguimento da postagem anterior, segue-se mais um conjunto de imagens, quase todas de aviões de transporte. Alguns deles em missões conjuntas, ou em apoio/exercícios dos Pára-Quedistas Portugueses. Entre eles um King Air, um Boeing 727, C-130's e até um Nord N262D!




quarta-feira, 10 de julho de 2013

C-130 DA USAF NO COMBATE AOS FOGOS NOS EUA (M1069 - 193PM/2013)

Foto: Rick Sforza/USAF

Quatro C-130 da Força Aérea dos EUA (USAF) ajudam as autoridades locais a combater os fogos calamitosos que grassam no estado do Arizona.

"Eles estão a levar os aviões até ao limite das performances" disse Ann Skarban, porta-voz da 302 Air Lift Wing. "Estão a voar devagar, baixo e pesados. Estão a trabalhar em linhas de contenção para quebrar ou parar as frentes de fogo", acrescentou.

Foto: Thomas Doscher/USAF

Os C-130 tipicamente largam retardante à velocidade de 120 nós (aprox. 200 km/h) disse Dave Carey, engenheiro de bordo do 731 Air Lift Squadron. O retardante é largado ao longo do perímetro do fogo, ou contornando-o, ajudando assim os bombeiros no solo, ao conter o avanço das chamas.

O uso dos C-130 equipados com sistema MAFFS (Modulad Airborne Fire Fighting System) está a ser comandado pelos Serviços Florestais e a operar a partir do aeroporto Mesa-Gateway em Phoenix.
Com este sistema, as aeronaves são capazes de largar 3000 galões (cerca de 11.000 litros) de água ou retardante em menos de 5 segundos e cobrir uma área de 400 m de comprimento, por 30 de largura.

Foto: Stephen Collier/USAF

Assim que uma carga de retardante é largada, em terra podem começar a encher um novo módulo, o que é conseguido em menos de 12 minutos. A quantidade de retardante aplicada na água, varia com determinados fatores, como a pressão do ar, o terreno, altitude e peso, referiu ainda Dave Carey. Por exemplo,  altitudes e temperaturas mais altas resultam em pressão atmosférica mais baixa, o que torna mais difícil manobrar a aeronave, especialmente um C-130 carregado com milhares de litros de combustível. Continuando depois: "controlamos sempre o volume que carregamos, porque nem sempre podemos carregar completamente o tanque, devido às restrições comentadas. Temos ainda que contar com restrições na razão de subida, para o caso de perdermos um motor. Temos que ser capazes de sair do local também nessas condições" continuou. A pressão e volume de retardante, controlados por uma válvula e um computador de bordo, variam ainda com o tipo de terreno e vegetação afetados pelo fogo, explicou ainda Carey. "Se a vegetação for muito densa, vai requerer muita pressão para conseguir penetrar na floresta, enquanto que se for vegetação rasteira típica de pradaria, pode utilizar-se uma pressão mais baixa. Com uma pressão elevada, a descarga dá-se muito mais rapidamente" concluiu.

Uma manobra de descarga típica é feita num corredor sobre a zona de incêndio a combater, seguindo cerca de 300 m atrás de um avião ligeiro, que estabelece o ponto de início, paragem e a pressão para a descarga do retardante.

Além dos quatro C-130 mobilizados para combater os fogos que afetam o sudoeste dos EUA neste início de mês de julho de 2013, quatro outros estão também em uso por unidades da Guarda Aérea Nacional na Carolina do Norte e Wyoming.

Fonte: Military.com
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro


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