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quinta-feira, 5 de março de 2015

F-16 PORTUGUESES DE NOVO NA FRENTE LESTE (M1806 - 37PM/2015)



O Conselho Superior de Defesa Nacional romeno aprovou na passada terça-feira 3 de Março, a presença de quatro F-16 da Força Aérea Portuguesa em território romeno, durante os meses de Maio e/ou Junho do corrente ano de 2015, no âmbito das NATO Assurance Measures.

Desde a ocupação da Crimeia pela Rússia há um ano atrás, que a Aliança Atlântica tem reforçado os meios aéreos por toda a sua fronteira Leste, como forma de mitigar as procupações dos países da antiga esfera soviética, agora membros de pleno direito da NATO.
É o caso da Roménia, situada a escassos 300km da Crimeia, facto lembrado pelo Presidente romeno Klaus Johannis, ao anunciar a intenção de receber os meios aéreos portugueses.

O destacamento será composto por cerca de 150 elementos, em apoio aos quatro caças e significará o primeira vez que tropas lusitana são destacadas no país. Actualmente e no sentido inverso, está contudo a decorrer o processo de formação de pilotos e mecânicos romenos em Portugal, no âmbito da venda de 12 F-16 ex-FAP para a Força Aérea Romena.

Apesar da intenção romena em receber os reforços, e de fonte oficial portuguesa ter confirmado as negociações, não há ainda uma decisão definitiva sobre o assunto, que terá igualmente de ser ratificado pelo Parlamento romeno.

A NATO decidiu ainda instalar centros de comando e controlo na Letónia, Estónia, Lituânia, Polónia, Roménia e Bulgária, como resposta às ameaças colocadas pela Rússia e Estado Islâmico, e servirão para acelerar a chegada de eventuais reforços em caso de emergência.


quinta-feira, 27 de novembro de 2014

RÚSSIA COLOCA CAÇAS NA UCRÂNIA (M1734 - 323PM/2014)







Segunda informação veiculada pela agência TASS, a Rússia colocou 14 caças (10 Su-27SM e 4 Su-30M2) na base de Belbek, localizada perto de Sebastopol na Crimeia.
De recordar que a região situada no sul da Ucrânia foi anexada em março passado por forças russas, que tomaram posse da base naval de Sebastopol e base aérea de Belbek, nas vizinhanças de Sebastopol.


As modernizadas versões dos caças russos voaram desde Krasnodar na quarta-feira, 26 de novembro de 2014, para integrar o 62º Regimento Aéreo, que será composto por um total de 24 aeronaves de combate e 6 de treino. 
Os primeiros voos de treino serão realizados na região a 1 de dezembro, a partir de Belbek.


Fotos: Alexey Pavlishak/TASS

quarta-feira, 11 de junho de 2014

MAIS UM INCIDENTE RÚSSIA-EUA (1617 - 69AL/2014)

 RC-135 - Créditos na imagem.

No auge das tensões recentes entre os EUA e a Rússia, em 23 de abril passado, um avião de caça russo (SU-27 Flanker) armado, voou a cerca de 100 metros de uma aeronave dos EUA, no caso, um RC- 135U e terá efetuado algumas manobras tidas como "agressivas", factos ocorridos sobre águas internacionais, ao norte do Japão, segundo reconheceu recentemente o Pentágono. Inclusivamente, as mesmas fontes referem que na manobra, algumas atitudes foram consideradas "insultuosas".
Recorde-se que o RC- 135U é uma  aeronave de reconhecimento, equipada com sistemas que permitem obter informação a longo alcance e que depois se revelam bastante necessárias no "jogo de equilibrios".
O caça russo "atravessou-se no nariz do RC-135" dentro de um envelope de 100 pés e "virou um pouco para expor sua barriga" para os pilotos do RC-135 e mostrar que estava armado com mísseis ar -ar, segundo foi reportado por uma fonte do Pentágono. A mesma fonte acrescentou ainda que incidente levou altos líderes militares dos Estados Unidos entrar em contacto com a Rússia e expressar a sua preocupação com esta situação.

SU-27 Flanker

Foi pelo menos o segundo movimento considerado provocatório, efetuado pelos militares russos em abril, num momento em que as relações entre os EUA e a Rússia aumentaram o seu nível de tensão, sobretudo pela invasão terrestre e anexação da região da Crimeia, na Ucrânia, no início deste ano .
Recorde-se que em 12 de abril, um caça russo já havia efetuado uma manobra de provocação, a vasos de guerra norte-americanos no Mar Negro, conforme já noticiámos oportunamente.
O Pentágono não explicou o porquê da demora em admitir/reconhecer este incidente ocorrido nos mares do Japão.

Fonte: DID
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro


sexta-feira, 23 de maio de 2014

A BATALHA DE DONETSK (M1593 - 168PM/2014)

Mi-24 ucraniano       Foto: Vídeo Youtube
Notícias divulgadas pela televisão russa RT, dão conta de combates na Ucrânia enovolvendo helicópteros de ataque Mi-24.
A cadeia de televisão russa alega que os helicópteros afetos a Kiev terão alvejado as próprias forças ucranianas, um ponto de controlo na região de Donetsk, no rescaldo da batalha ocorrida durante a noite, denunciando falta de comunicações entre forças no ar e em terra.

Um vídeo gravado na região de Volnovokha nos arredores de Donetsk, de acordo com a descrição, mostra um grupo de homens armados, envergando uniformes com as insígnias ucranianas, além de dois outros elementos em roupas civis, abrigando-se atrás dum camião militar. Ouvem-se disparos esporádicos de armas de fogo, podendo observar-se fumo e explosões vindos da floresta nas proximidades.

Explosões na floresta perto de Donetsk      Foto: Vídeo Youtube

Após várias passagens duma parelha de Mi-24 com as cores ucranianas, estes iniciam disparos de canhão, não se conseguindo distinguir qual o alvo. A tradução da RT dos comentários que é possível ouvir no vídeo, alega que os soldados ucranianos estarão surpreendidos por os helicópteros estarem a alvejar as próprias forças:

"O que é que eles (Mi-24) estão a fazer? São dos nossos" diz um soldado. "Quem ca##lho havia de ser?" responde outro. Após o grupo se esconder na floresta próxima, enquanto vão praguejando e rezando.
Ao chegarem junto de outro militar ucraniano que está a conversar por telemóvel, pode ouvir-se "contra quem estão a disparar? Há la civis e soldados nossos. Existe uam linha para a aviação do exército? Que ca##lho se está a passar?"
A transcrição do diálogo continua depois: "Dois (Mi)24 e um (Mi)8 chegaram. Estão a voar sobre o nosso ponto de controlo. Há muitos cadáveres por lá. Estávamos a apagar o BMP (NR: veículo de combate) que estava em chamas. Pensávamos que o Mi-8 vinha buscar os corpos. Agora estão a disparar".

As tropas ucranianas estavam a usar os helicópteros na luta contra as milícias armadas locais, que se opunham contra a decisão de Kiev de destruir material danificado nos confrontos, para prevenir cair nas mãos das milícias. Falhas de comunicação entre as tropas podem ter levado a aviação a crer que o ponto de controlo teria sido tomado pelas milícias.

O vídeo foi carregado no Youtube 23/05/2014, o que parece indiciar ter sido gravado horas após o ataque noturno ao ponto de controlo perto de Volnovakha.

A batalha causou pelo menos 16 mortes entre os soldados ucranianos e 30 feridos.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

FRANÇA PROSSEGUE COM MISTRAL PARA A RÚSSIA (M1585 - 164PM/2014)

Navio multi-funções da classe Mistral        Foto: Rama/Wikimedia

O Governo francês declarou que prosseguirá com o contrato no valor de 1600M USD para o fornecimento de dois navios multi-funções Mistral, uma vez que cancelar o acordo faria mais mal a Paris do que a Moscovo.

No seguimento da crise na Ucrânia, os EUA pressionaram a França, bem como o Reino Unido e Alemanha, no sentido destes países europeus tomarem uma linha mais dura contra a Rússia e cancelar o contrato dos dois navios destinados ao país dos Czares. Mas o executivo de Paris, após algumas ameaças (que agora se vêem vazias), recusa ligar o negócio com as sanções a impor ao Kremlin pelos EUA/EU.

Um elemento do Governo de François Hollande em visita oficial ao Azerbaijão, que pediu anonimato, disse que o contrato pura e simplesmente é demasiado grande para ser cancelado e que se a França não cumprisse a encomenda, teria que enfrentar penalizações graves: "Os Mistral não fazem parte do terceiro nível de sanções. Serão entregues. O contrato foi pago e haveria penalizações financeiras por não ser cumprido. Seria a França a ser penalizada. É muito fácil dizer que a França tem que desistir da venda dos navios. Nós fizemos a nossa parte".

Também o presidente francês admitiu no sábado passado, em visita a Angela Merkel, que o contrato é para cumprir: "o contrato foi assinado em 2011 e será cumprido. Por agora não é uma dúvida".

O ministério da Defesa russo avisou Paris em março passado, que a França teria que repor o valor do contrato, incluindo penalizações adicionais, caso este fosse cancelado.

A encomenda dos dois navios multi-funções Mistral foi a primeira compra de material bélico ao exterior por parte da Rússia, no período pós-Guerra Fria e foi acolhido pelo então presidente francês Sarkozy, como um importante passo em frente nas relações franco-russas. O contrato permitiu sustentar 1000 postos de trabalho nos estaleiros gauleses.

O primeiro dos dois navios, o Vladivostok, está previsto ser entregue em novembro deste ano, e o segundo, o Sevastopol, chegará a S. Petersburgo para ser apetrechado com equipamento e armas russas em novembro de 2015, juntando-se à frota do Pacífico para uso operacional, na segunda metade de 2016.

Os navios da classe Mistral podem carregar até 16 helicópteros de ataque como os Kamov 50/52, mais de 40 tanques ou veículos motorizados e 700 tropas. A versão russa foi modificada relativamente ao modelo em uso pela Marinha francesa, para se adaptar às latitudes nórdicas e mares gelados em que será maioritariamente usado.

Fonte: RT
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro

terça-feira, 13 de maio de 2014

"DA PRÓXIMA VEZ VOU DE TU-160" (M1581 - 160PM/2014)

Bombardeiro estratégico Tupolev Tu-160

O aparelho, que transportava o ministro da Cultura russo, Vladimir Medinski e vários deputados, fazia a ligação entre a Moldávia e a Rússia

A Ucrânia proibiu hoje (NR: dia 10) que dois aviões que transportavam membros do governo de Moscovo e deputados russos sobrevoassem o espaço aéreo do país, informam agências de notícias da Rússia.

O aparelho, que transportava o ministro da Cultura russo, Vladimir Medinski e vários deputados, fazia a ligação entre a Moldávia e a Rússia mas foi obrigado a voltar para trás depois de ter tentado cruzar o espaço aéreo ucraniano.

Poucas horas antes, o avião que transportava o vice-primeiro-ministro russo, Dmitri Rogozin, foi também proibido de sobrevoar a Ucrânia quando fazia a ligação entre a Moldávia e a Rússia.

Rogozin, através das redes sociais na internet informou que tinha chegado a Moscovo tendo difundido uma fotografia em que se pode ver o governante no momento em que desembarcava no aeroporto Domodedovo, na capital russa.

O vice primeiro-ministro escreveu também que além da Ucrânia também foi impedido de utilizar o espaço aéreo da Roménia, devido a “ordens dos Estados Unidos”.

“Da próxima vez vou voar a bordo de um TU-160” escreveu ironicamente o vice-primeiro ministro, referindo-se aos bombardeiros pesados russos.

Por seu lado, o ministro da Cultura escreveu na conta da rede social Twitter que o avião em que viajava foi obrigado a regressar a Chisinau, a capital da Moldávia, depois de caças MiG-29 da Força Aérea ucraniana terem impedido o aparelho de entrar no espaço aéreo da Ucrânia.

“A Ucrânia tinha permitido o voo da delegação russa mas depois mudou de opinião. Obrigaram-nos a regressar. Terá sido um telefonema de Washington?”, escreveu o ministro. 

Fonte: Jornal i


quarta-feira, 30 de abril de 2014

HORNETS CANADIANOS NA ROMÉNIA (M1560 -144PM/2014)

A formação de seis CF-18 à partida para a Europa        Foto: Jean-Roch Chabot/RCAF


Meia dúzia de caças CF-18 deixaram a sua base em Bagotville, Canadá, com rumo à Roménia. Os aviões de guerra irão reforçar as operações de policiamento aéreo no leste da Europa, enquanto a crise na Ucrânia continua em escalada.
Já na segunda-feira caças Typhoon e Rafale, britânicos e franceses, respetivamente, reforçaram os meios disponíveis na Lituânia e Polónia, tal como o Pássaro de Ferro noticiou.

Para apoiar as operações dos CF-18 do 425 TFS, seguiram também para a Roménia, mais de duas centenas de militares.


Pessoal de apoio no embarque para a Roménia     Foto: Jean-Roch Chabot/RCAF

CC-150 Polaris na descolagem com o contingente Canadiano    Foto: Jean-Roch Chabot/RCAF

"Isto sucede em resposta à situação que se vai desenrolando lá (na Ucrânia) e francamente, de um modo mais geral pela preocupação que temos do que é o expansionismo e militarismo por parte da Rússia sob a presidência do Sr. Putin" disse a propósito Stephen Harper (primeiro-ministro canadiano) há duas semanas, quando se reuniu com o chefe militar do país, Gen. Tom Lawson. "Acredito que isto é uma ameaça de longo prazo à paz e segurança global e estamos sempre preparados para colaborar com os nossos aliados na NATO ou em qualquer outro lugar".

O Canadá está também empenhado em tomar parte nos exercícios liderados pelos EUA, marcados já há bastante tempo para terem lugar em julho próximo na Ucrânia, designados Rapid Tridente 2014. O Governo canadiano não adiantou contudo a dimensão e profundidade do envolvimento canadiano no exercício.


terça-feira, 29 de abril de 2014

TYPHOONS E RAFALES PARA O FLANCO LESTE DA NATO (M1558 -142PM/2014)

Typhoon à partida de Coningsby       Foto: MoD/Crown

Ontem 28 de abril de 2014, foram destacadas forças de Typhoon britânicos para reforçar o patrulhamento da zona báltica, cujos países pertencentes à NATO estão especialmente nervosos com a situação na Ucrânia. A Royal Air Force (RAF) enviou por isso quatro Eurofighter Typhoon, que reforçarão o contingente de MiG-29 polacos previsto para operar nos próximos meses a partir da base de Siauliai na Lituânia.

A chegada a Siauliai          Foto: MoD/Crown
Desde 2004 que a NATO tem em funcionamento um esquema rotativo entre os aliados, para prestar proteção aérea aos três países bálticos anteriormente pertencentes à União Soviética (Estónia, Letónia e Lituânia), atualmente membros da NATO, mas que não possuem meios próprios adequadas para o efeito.
Nesse âmbito, os EUA terminam a 30 de abril quatro meses de alerta aéreo com F-15C, sendo agora substituídos por MiG-29 polacos, tal como escalonado. É no contexto de crise, causada pela anexação da Crimeia por parte da Rússia, que os meios em alerta serão reforçados com Typhoon da RAF, além de F-16 MLU dinamarqueses, já destacados no fim de março.


A RAF tem desde há seis semanas atrás também destacado um avião de alerta aéreo antecipado (AWACS) E-3D, destacado na vigilância de espaço aéreo polaco e romeno, também devido ao escalar da crise entre Ucrânia e Rússia.

Rafale à chegada a Malbrok sem as insígnias de cauda    Foto: EMA

Foi neste âmbito também, que a França fez deslocar ontem quatro Dassault Rafale para a Polónia, com o intuito de aumentar o número de aviões de combate na "frente leste" da NATO.
Os Rafale, provenientes da base aérea de Saint Dizier e doravante destacados em Malbrok no norte da Polónia, não envergam curiosamente as insígnias da unidade na deriva dos aparelhos, tendo sido sugerida a razão para tal, o facto desta unidade ter lutado lado a lado com os soviéticos na II Guerra Mundial.

Chegada dos Rafale a Malbrok:



terça-feira, 22 de abril de 2014

SOBREVOO DO USS DONALD COOK - A VERSÃO RUSSA (M1548 - 133PM/2014)

Sukhoi Su-24 "Fencer"

Durante toda a semana passada, foi discutido ativamente em fóruns internacionais, o comunicado acerca de como um bombardeiro russo Su-24 equipado com um o sistema de guerra eletrónica de última geração, havia paralisado no mar Negro o mais sofisticado sistema americano de combate Aegis, a bordo do contratorpedeiro USS Donald Cook.

O contratorpedeiro participava nas manobras americano-romenas que tiveram como missão uma demonstração de força, diz Pavel Zolotarev, perito em assuntos políticos: “Em 10 de abril, o Donald Cook armado de mísseis cruzeiro Tomahawk entrou em águas neutras do mar Negro. Os exercícios tiveram por fim intimidação e demonstração de força, em resposta à posição da Rússia na Ucrânia e na Crimeia. Destaque-se que a entrada de navios militares americanos neste espaço marítimo contraria a convenção sobre o caráter e os prazos de permanência no mar Negro de vasos de guerra dos países não banhados por este mar."

A Rússia, por seu lado, enviou um avião desarmado Su-24, para sobrevoar o navio americano. Contudo, este avião, como consideram peritos, foi equipado com um sistema russo de guerra eletrónica de última geração. Segundo esta versão, o Aegis ainda de longe teria intercetado a aproximação do avião dando alerta de combate. Tudo decorria como previsto, tendo os radares do navio calculado a distância até o alvo. Mas de repente todos os ecrãs se apagaram. O Aegis deixou de funcionar e os mísseis não receberam a indicação do alvo. Entretanto, o Su-24 sobrevoou a ponte do contratorpedeiro, fez uma volta de combate e imitou um ataque com mísseis. Depois fez outra volta e repetiu mais 12 vezes consecutivas a manobra. Pelos vistos, todas as tentativas de reanimar o Aegis e indicar o alvo ao sistema de defesa antiaérea fracassaram. 

A reação da Rússia à pressão militar dos EUA foi terrivelmente tranquila, considera Pavel Zolotarev: “A demonstração foi bastante original. Um bombardeiro sem armas, mas equipado com um sistema de neutralização eletrónica de radares inimigos correu bem,  atuando contra o navio com o sistema mais sofisticado de DAA e de DAM a bordo. Mas este sistema móvel, neste caso marítimo, tem um defeito considerável – a possibilidade de acompanhar os alvos, que funcionam bem quando há vários navios e é possível coordenarem-se entre si. Mas neste caso havia só um navio. Ao que tudo indica, o algoritmo de trabalho dos radares do navio do sistema Aegis, não funcionou sob a ação do sistema de neutralização eletrónica do Su-24. Por isso não causou apenas uma reação de nervos ao próprio facto do sobrevoo, praticado largamente no período da Guerra Fria. Houve a seguir mais uma reação pelo facto do sistema mais sofisticado, e em primeiro lugar a sua parte informativa, de radares, não ter funcionado em pleno. Por isso, a parte americana reagiu tão nervosamente”.

Após o incidente, como escreve a comunicação social internacional estrangeira, o USS Donald Cook entrou com urgência num porto da Roménia, onde 27 tripulantes do navio solicitaram demissão escrevendo alegadamente nos pedidos, que não pretendem arriscar as suas vidas. Tal é confirmado indiretamente por uma declaração do Pentágono, em que se afirma que o sucedido tem desmoralizado a tripulação do vaso de guerra americano.

Quais podem ser as consequências militares do incidente no Mar Negro, provocado pelos Estados Unidos? Comenta Pavel Zolotarev: “A meu ver, os americanos irão refletir sobre o aperfeiçoamento do sistema Aegis. Este é o puro lado militar. Mas é pouco provável que politicamente sejam dados quaisquer passos por uma ou outra parte. Essas ações são suficientes. Entretanto, este é um momento desagradável para os americanos. Em geral, o sistema de DAM, que estão a desenvolver, absorve meios colossais e é necessário provar que eles devem ser canalizados para o orçamento. Ao mesmo tempo, a componente terrestre do sistema de DAM – contra-mísseis em silos – foi testado em condições ideais, mostrando uma baixa eficácia. Este facto é escondido metodicamente pelo Pentágono. O mais sofisticado sistema Aegis de base marítima, também revelou neste caso os seus defeitos”.

O sistema com que o Su-24 alegadamente neutralizou o contratorpedeiro USS Donald Cook chama-se Khibiny, o nome dum maciço montanhoso na península de Kola, na região polar da Rússia.

O Khibiny é um sistema de guerra eletrónica de última geração, com que serão equipados todos os aviões russos da linha da frente. Ainda há pouco tempo o sistema foi testado em exercícios na Buriátia. Aparentemente, os testes terão sido bem-sucedidos, se pouco depois foi decidido testar o sistema em condições próximas do combate.

Fonte: Voz da Rússia
Adaptação: Pássaro de Ferro

segunda-feira, 14 de abril de 2014

DESTROYER NORTE-AMERICANO SOBREVOADO DE PERTO POR BOMBARDEIRO RUSSO (1528 - 49AL/2014)

SU-24 Fencer. Foto não creditada.

A aeronave, supostamente um bombardeiro russo Su -24 Fencer, sobrevoou de perto o destroyer da Marinha dos EUA, USS Donald Cook a uma distância presumível de mil metros, em pleno Mar Negro. 
De acordo com a Associated Press, o aparelh oterá voado a cerca de 500 pés ASL (Above Sea Lelel/Acima do Nível do Mar ), sendo que as passagens foram consideradas provocatórias, segundo os procedimentos regulamentares internacionais.
O navio norte-americano, que tem vindo a operar no Mar Negro desde 10 de abril, efetuou várias chamadas de rádio e avisos para o avião russo, que estava desarmado e que nunca esteve em perigo efetivo de entrar em conflito com o navio..
Refira-separalelamente que o navio de guerra dos EUA estava também a ser "monitorizado" por uma fragata da Marinha Russa, mas este procedimento é apenas de rotina e ocorre durante operações realizadas em águas internacionais, neste caso do leste da Romênia.
Estes "encontros" são bastante frequentes em diversas zonas, um pouco por todo o mundo. Alguns anos atrás, um par de bombardeiros Russos Tu- 95 "Bear" voou muito perto deo porta-aviões USS Nimitz no Pacífico, provocando algum alarido, mas encarado, ainda assim, como "banal", digamos.
Todavia, este episódio aqui noticiado assume uma especial importância, tendo em conta a situação de tensão que se vive, presentemente, na região da Crimeia e Mar Negro.

Fonte: AP
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro

sexta-feira, 11 de abril de 2014

UCRÂNIA REATIVA MIG-29 INIBIDOS (M1525 - 119PM/2014)

MiG-29 ucraniano        Foto: Cold War Warrior

Vários caças de 4ª Geração MiG-29 anteriormente inibidos, foram recuperados para serviço operacional na Ucrânia, segundo informações avançadas pelo ministério da Defesa do país.

"Os especialistas da nossa equipa já devolveram os aviões ao estado operacional" parafraseou o ministro da Defesa ucraniana, um oficial da Força Aérea não revelado, da base de Ivano-Frankivsk. "Estamos agora a realizar testes de voo. Em breve, mais aviões inibidos descolarão de novo".

O estado das Forças Armadas ucranianas ficou sob escrutínio, quando o novo governo do país tomou posse em fevereiro passado, após meses de revolta violenta. Kiev lançou então extensas verificações de prontidão de combate das suas forças armadas, no início de março, após o anúncio da Crimeia de que estava pronta para se separar da Ucrânia e juntar-se à Rússia.

O ministro da Defesa ucraniano Ihor Tenyukh declarou no relatório ao seu presidente, que as verificações revelaram uma condição "insatisfatória" das Forças Armadas. No mesmo relatória era revelado que dos 507 aviões de combate e 121 helicópteros de ataque, apenas 15% estão em condições operacionais. As tripulações da Força Aérea não possuem formação adequada e apenas 10% destes são capazes de executar operações de combate.


DEFESA AÉREA BÚLGARA FAZ HORAS EXTRA (M1524 - 118PM/2014)

MiG-29 búlgaro configurado para defesa aérea          Foto: Krazimir Grozev

A pequena força de defesa aérea búlgara tem sido chamada em alerta numerosas vezes durante os últimos dois meses, para fazer face ao número crescente de voos de vigilância e reconhecimento lançados pela Rússia sobre o Mar Negro, no seguimento do desenrolar de acontecimentos na Ucrânia, de acordo com o ministro da Defesa búlgaro, Angel Naidenov. Apesar de nenhum dos voos ter violado espaço aéreo búlgaro, têm-se aproximado e voado ao longo da costa, operando sem plano de voo, pelo que requerendo investigação.

Entre 1 e 26 de março de 2014, nove aviões russos aproximaram-se  da Bulgária, estando entre os modelos intercetados o Ilyushin Il-20, a versão de reconhecimento e informações do Il-18.
Antes da atual situação na região, os alertas de defesa aérea na Bulgária eram acionados apenas duas a três vezes por ano.

O aumento da intensidade das operações tem vindo a colocar uma pressão considerável na pequena força de intercetores da Força Aérea Búlgara, constituída por um grupo de envelhecidos MiG-29, baseados na 3ª Base Aérea em Graf Ignatievo, perto de Plovdiv. Apesar da Bulgária pertencer à NATO, esta frota depende da Rússia para o fornecimento de sobressalentes e manutenção. Sófia tem intenção de mudar a situação, adquirindo novos caças que não dependam de apoio russo (estiveram recentemente em negociação com Portugal para aquisição de F-16, que viriam a ser comprados pela Roménia), mas as restrições no orçamento de Defesa tem impedido a intenção de se concretizar. Mesmo se a recente suspensão de relações entre a NATO e a Rússia não afetam o acordo de cooperação deste país coma Bulgária, é provável que a atual situação acelere o processo de aquisição dos novos caças.

Para já e apesar das sugestões de aumentar a presença de meios norte-americanos na Bulgária, e da sugestão que as ações russas se destinem a esgotar a capacidade de defesa aérea búlgara, o ministro dos Negócios Estrangeiros do país, Kristian Vigenin afirmou que a Bulgária consegue lidar com a situação sem o recurso a forças externas. Entretanto, a NATO reforçou a vigilância aérea sobre a vizinha Roménia com E-3 Sentry, monitorizando o espaço aéreo sobre a região do Mar Negro.

Tanto a Roménia como a Turquia têm lançado regularmente os seus alertas aéreos em resposta a aeronaves russas sobre o Mar Negro, pelo que o Presidente da Bulgária solicitou maior coordenação entre os três países da NATO.

Desde 2010 que a Bulgária tem um acordo de defesa com a Roménia para cobertura de defesa aérea, tendo assinado recentemente um similar com a Grécia. Segundo estes acordos, aeronaves gregas ou romenas podem ser chamadas, em caso de violação de espaço aéreo.


A FRENTE RUSSA (M1523 - 117PM/2014)



O Supremo Quartel General das Forças Aliadas na Europa (SHAPE) divulgou uma série de imagens de satélite a meios de comunicação social a 10 de abril, que mostram em detalhe a localização e tipo de unidades russas, localizados pelas forças NATO ao longo da fronteira com a Ucrânia.
A NATO avalia as forças russas mobilizadas em 35.000 a 40.000 militares na vizinhança da fronteira com a Ucrânia, uma alegação que as autoridades russas têm negado, e que é naturalmente causa de preocupação.

O Brig. Gary Deakin, Diretor do Centro de Gestão de Crises e Operações (CCOMC) no SHAPE, falou aos repórteres, acerca das imagens: "Os russos têm uma série de capacidades incluindo aviões, helicópteros, forças especiais, tanques, artilharia, infantaria, veículos de combate... que podem ser mobilizados em questão de horas. Estas forças têm um efeito desestabilizador e representam implicações sérias para a segurança e estabilidade da região" referiu.


O SHAPE tem observado pequenos movimentos de administrativos russos no terreno, mas a falta de atividade geral vem lançando alertas entre as patentes militares. De acordo com o Brig. Deakin as unidades russas moveram-se para a região e estão a acumular-se em várias localizações perto da fronteira ucraniana, em vez de estarem a realizar movimentos específicos de exercício. Esta conclusão é partilhada pelo Comandante Supremo Aliano na Europa, Gen. Philip Breedlove, que mencionou no dia anterior as suas preocupações com o acumular de forças russas: "Caracterizá-la-ia como uma força combinada.. tem todas as capacidades e aprovisionamentos de que necessita para atingir os objetivos militares que lhe atribuírem".


A NATO continua a monitorizar os eventos com acuidade e aumentou inclusive a vigilância com AWACS sobre a Roménia e a Polónia, de modo a manter a atenção sobre a Ucrânia. A Aliança aumentou também significativamente o policiamento aéreo e o número de aeronaves atribuídas a essa tarefa.

O SHAPE submeteu uma série de opções e recomendações ao Conselho do Atlântico Norte com vista fazer face à situação: "O que procuramos e´uma pacote de medidas para o mar, ar e território terrestre, que tranquilizem os nossos aliados mais orientais" disse o Gen. Breedlove. 

A NATO tem pedido repetidamente à Rússia para acalmar a situação, retirando as tropas que colocou junto à fronteira ucraniana.



sábado, 22 de março de 2014

FORÇAS RUSSAS INVADEM BASE AÉREA NA CRIMEIA (M1486 - 101PM/2013)

Base Aérea de Belbek na Crimeia        Imagem: Google Earth

Tropas russas cercaram uma base aérea ucraniana na Crimeia na manhã de hoje, tendo emitido um ultimato às forças locais, exigindo a rendição, divulgou o vice-comandante da base em Belbek, perto de Sebastopol: "As tropas russas no nosso aeroporto deram-nos uma hora para uma rendição ou eles vão começar a atacar. Não vamos a lugar nenhum, vamos ver que tipo de ataque é este", disse Oleg Podovalov à Reuters.

Entretanto e no desenrolar dos acontecimentos, o comandante da base aérea Belbek disse já que iria ser levado pelas forças russas para negociações, depois destas terem entrado na base com veículos blindados e armas automáticas.

Um ucraniano foi ferido na tomada da base, que era uma das últimas instalações militares na Crimeia ainda sob o controle da Ucrânia, segundo o coronel Ucraniano Juliy Mamchur revelou à Reuters.

Perguntado se achava que iria retornar com segurança das negociações em um local não especificado, o comandante disse: "Vamos esperar para ver. Por agora, estamos a concentrar todas as nossas armas no armazenamento da base".

Fonte: Reuters Brasil
Adaptação: Pássaro de Ferro

quinta-feira, 20 de março de 2014

FRANÇA CORTA RELAÇÕES COM A RÚSSIA (M1482 - 97PM/2014)

Classe Mistral        Foto: NetMarine

Após o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, ameaçar a Rússia o cancelamento do contrato para a construção dos navios de guerra Mistral, o primeiro dos quais já em testes de mar, qualificou ainda a situação na Crimeia como “a maior crise desde a época da guerra fria”, acrescentando que “admite uma resposta militar a estas ações da Rússia”.

“Após um certo limite haverá reação. Inicialmente a França pode dissolver o contrato com a Russia para o fornecimento de dois navios Mistral, que estão a ser construídos agora em Saint Nazaire. Se Putin continuar a fazer o que está a fazer, podemos examinar a opção de revogação destes fornecimentos”, apontou Fabius. Além disso, pronunciou-se a favor do congelamento dos ativos dos oligarcas russos na Grã-Bretanha.
De Moscovo no entanto, chegou a resposta, pelo vice-ministro da Defesa da Rússia, Yuri Borisov, segundo o qual a Rússia exigirá à França a indemnização de todas as perdas se o fornecimento dos porta-helicópteros Mistral for cancelado.

Já hoje 20 de março, na reunião dos líderes da União Europeia em que também participa Pedro Passos Coelho, François Hollande anunciou o corte de relações com Moscovo, aguardando-se para mais tarde uma posição oficial da UE, face à situação na Ucrânia.


Fonte: Voz da Rússia e outras
Adaptação: Pássaro de Ferro


domingo, 16 de março de 2014

CRISE NA CRIMEIA - SUÉCIA PONDERA ADERIR À NATO (M1475 - 90PM/2014)

Saab JAS39 Gripen da FA Sueca
Os líderes da região que reagiram à ocupação russa da Crimeia, expressando os seus medos de serem os próximos, procuram abrigo nas suas alianças.
"Graças as Deus somos membros da NATO" Exclamou a presidente da Lituânia, Dalia Grybauskaite na semana passada. Este mês, a Noruega recebe 16.000 soldados para o exercício Cold Response já previamente planeado, junto à fronteira russa, para grande desagrado no país dos Czares. entre os participantes do exercício estão 1600 militares suecos, sob o acordo de cooperação limitado com a Aliança Atlântica.

Não alinhados desde o início do século XIX, o "esplêndido isolamento" sueco sobreviveu a duas guerras mundiais e mesmo às cinco décadas de disputas entre as superpotências, que dominaram o século XX. Mas isso pode mudar contudo, à luz da intervenção da Rússia na Ucrânia. Na semana passada, o ministro das Finanças sueco Anders Borg indicou que o orçamento da Defesa, para o qual havia anunciado recentemente cortes, será aumentado em resposta à crise (da Crimeia). O vice primeiro-ministro Jan Bjorklund também insinuou publicamente a ideia da Suécia se tornar membro da NATO, avisando que a Rússia poderia tentar apoderar-se de Gotland, uma província insular estrategicamente colocada no Mar Báltico, se pretender atacar os antigos repúblicas da União Soviética, Estónia, Letónia e Lituânia. Ainda assim, Sverker Goransson, supremo comandante militare sueco, rejeitou a ideia de Bjorklund de mudar a doutrina de Defesa do país.

Gotland, a maior ilha do Báltico, fica a cerca de 80km da costa sueca e a apenas 200 km de Kalinigrado, o enclave russo na Europa, que possui uma enorme base militar. A posição de Gotland, dar-lhe-ia enorme valor estratégico, no caso de conflito no Mar Báltico. "Os sistemas de mísseis terra-ar e anti-navio podem atingir alvos até 300-400 km. " escreveu Karlis Neretnieks, general sueco reformado, "quem conseguir estabelecer sistemas desses em Gotland, conseguirá tornar muito difícil de operar no Mar Báltico ao seu inimigo(...)"

A Rússia já se apropriou por algum tempo de Gotland, durante as guerras napoleónicas de 1808, mas forças suecas expulsaram-nos apenas um ano depois, fazendo parte da Suécia desde então. Ao contrário da Crimeia, não há grupos étnicos russos em Gotland, mas a ilha ainda continua intimamente ligada aos interesses russos. A companhia russa Gazprom é dona do Nord Stream, uma conduta de gás que passa por Gotland e fornece à Europa 55.000 milhões de m3 de gás natural por ano. O presidente russo Putin, jurou defender a estratégica conduta com a Marinha Russa em 2006 e num incidente reminiscente dos tempos da Guerra Fria, em março de 2013, dois bombardeiros russos e respetivas escoltas, invadiram espaço aéreo sueco, numa simulação de ataque contra  a ilha. O alerta aéreo da NATO no Báltico respondeu. O sueco não.

A crise na Crimeia renovou o debate a decorrer nos círculos políticos, acerca das delapidadas defesas do país. Os sucessivos cortes na Defesa por vários Governos do pós-Guerra Fria tornaram-se tão severos, que o comandante supremo das Forças Armadas suecas Goransson estimou em 2013 que o país apenas resistiria uma semana em caso de ataque. A opinião foi secundada por um relatório de um colégio militar, que acrescentava que a ajuda internacional seria necessária porque "os militares não possuem a credibilidade necessária para defender toda a Suécia". Mais tarde, o Secretário-geral da NATO Andres Rasmussen lembrou que a Suécia não pode contar com ajuda militar da NATO, a menos que se torne um membro.

Em resposta, um programa de TV russo emitiu uma paródia, em que o personagem que representa Goransson resmunga ao som da música dos ABBA "Mamma Mia", as fraquezas militares suecas. "É muito assustador! A sério! Deixem-nos aderir à NATO já! Caso contrári oa Rússia conquista-nos na próxima semana!

A ideia de aderir à NATO não é nova e tem ganhado força nos últimos anos. Um inquérito realizado em 2013 concluiu que o apoio popular havia crescido 9 pontos percentuais em apenas dois anos, apesar de ainda não ser maioria.

Para já, a cooperação da Suécia com a NATO tem vindo a aprofundar-se, tendo mesmo caças Gripen atribuídos à Força de Resposta Rápida da Aliança Atlântica durante 2014, e vindo a participar em exercícios NATO desde há vários anos atrás.

Apesar da ameaça russa não parecer imediata, o exemplo da Crimeia pode forçar alguns políticos suecos a reavaliar o nível de ameaça. "É necessário dimensionar a capacidade de fogo de acordo com a ameaça" disse Bjorklund. "Quantas pessoas imaginariam que a Rússia entraria na Crimeia? O mesmo argumento é válido para os estados bálticos".

Fonte: Defense One
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro



quarta-feira, 12 de março de 2014

AWACS CONTRA A CRISE NA UCRÂNIA (M1465 - 80PM/2014)

Boeing E-3 Sentry com o seu radar superior bem em evidência

Um avião E-3D Sentry de Alerta Aéreo Antecipado e Controlo (AWACS) da Royal Air Force (RAF) será enviado para monitorizar a crise na Ucrânia, segundo informação avançada pelo Ministério da Defesa britânico.

A aeronave será destacada de Waddington onde está normalmente baseada e irá passar a voar em espaço aéreo da Polónia e Roménia, para monitorizar a vizinha Ucrânia. Segundo a NATO, a aeronave não entrará em espaço aéreo ucraniano, nem tão-pouco russo.

O E-3 apesar de pertencer à RAF, estará ao serviço da NATO, que solicitou a aeronave, como modo de "aumentar a perceção situacional da Aliança".

Já no início da semana o Governo de Varsóvia anunciou ter solicitado aos EUA o reforço da presença militar na Polónia, que se traduzirá no envio de uma dúzia de F-16 e respetivo pessoal de apoio, um contingente de cerca de 300 militares, como medida de resposta à situação na Ucrânia. Adevem chegar a solo polaco até ao final da corrente semana. A procedência das aeronaves não foi revelada.

De recordar que já na semana passada as repúblicas bálticas membros da NATO solicitaram de igual modo um reforço do patrulhamento aéreo rotativamente efetuado pelos países aliados, que é nesta altura desempenhado por F-15C também americanos.





quinta-feira, 6 de março de 2014

EUA E SUÉCIA DESTACAM CAÇAS NO BÁLTICO (M1457 - 72PM/2014)

F-15C Eagle em reabastecimento por um KC-135     Foto: USAF

Os EUA anunciaram ontem 5 de março, através do Secretário da Defesa Chuck Hagel, que o país irá reforçar a sua participação no policiamento do espaço aéreo dos três países bálticos, anteriormente pertencentes à União Soviética.

Tal como o Pássaro de Ferro noticiou, os EUA têm quatro F-15 destacados em Siauliai desde o fim de 2013, no âmbito do patrulhamento aéreo de Letónia, Estónia e Lituânia, pertencentes à NATO, mas sem capacidade para efetuar a proteção do espaço aéreo próprio, sendo a tarefa desempenhada rotativamente pelos aliados.

Segundo informações adiantadas por um oficial, aquando do anúncio da decisão de aumentar o contingente, o reforço com mais seis aeronaves F-15C e um avião reabastecedor KC-135, será realizado ainda no decorrer da presente semana.

Alegadamente, o reforço será feito a pedido dos países bálticos, demonstrando da parte dos EUA "O empenhamento para com a segurança dos aliados da NATO".

Nenhuma referência direta com a situação na Crimeia foi emitida.

Saab JAS39 Gripen em configuração ar-ar       Foto: Saab

Já a Suécia, país que em 2013 passou por alguns embaraços quando bombardeiros russos entraram em espaço aéreo sueco sem serem intercetados, destacou na passada terça-feira 4 de março, um número não revelado de caças Gripen para a base aérea situada na ilha de Gotland no Báltico. 
Segundo comunicado oficial a medida deve-se ao " aumento de operações aéreas na área, e especialmente devido aos exercícios de treino russos em curso", acrescentando que a ação se destina a "aumentar a capacidade de monitorizar os céus, o que é perfeitamente normal durante exercícios grandes".

Segundo a agência de notícias russa Tass, o exercício envolve cerca de 3500 militares da frota russa do Báltico, num exercício de "prontidão de combate", ao largo de Kalinigrado, o enclave russo no Báltico.

Oficialmente, o porta-voz das Forças Armadas suecas disse que o nível de ameaça da Rússia relativamente à Suécia se mantém inalterado, embora o estratega militar sueco Stefan Ring vá opinando que "considerando o que está a suceder na Ucrânia, seria um abandono do dever se os aviões não fossem destacados".
Apesar de não ligar o destacamento dos Gripen à situação na Crimeia, Goran Martensson o porta-voz da Defesa sueca admitiu que o desenrolar de acontecimentos na Ucrânia está a ser acompanhado atentamente.



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