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segunda-feira, 6 de abril de 2020

RAF DECLARA POSEIDON OPERACIONAL [M2114 – 32/2020]

Poseidon MRA Mk.1                Foto: MoD/Crown

A RAF declarou formalmente a Capacidade Operacional Inicial (IOC) da sua nova frota de Poseidon MRA Mk1.

O Reino Unido não dispunha de aeronaves de patrulhamento marítimo de asa fixa, desde a retirada de serviço dos últimos Nimrod em 2011. Os dois novos Poseidon MRA Mk.1 (segundo a designação local) vieram colocar um final nesse hiato de 9 anos, sendo esperadas mais sete unidades até completar a frota.

Os aviões estão actualmente a ser operados pela Esquadra 120 a partir de Kinloss, no nordeste da Escócia, enquanto decorrem os trabalhos de melhoramento das pistas e infraestruturas da base definitiva em Lossiemouth, escassos 15 quilómetros a leste. A mudança deverá ocorrer até ao final do ano, juntamente com a activação da Esquadra 201, a segunda a operar o modelo na RAF.

Um dos dois Poseidon Mk.1 da RAF na aterragem em Kinloss      Foto: MoD/Crown


O Air Marshal Andy Turner, Deputy Commander Capability disse a propósito: "Estou absolutamente satisfeito pelo Poseidon ter atingido a primeira meta operacional dentro de prazo. É uma aeronave crucial para a segurança do Reino Unido, essencial para os Aliados e a NATO e uma das principais armas para pressionar os nossos adversários em todo o mundo."

Já o Air Commodore Richard Barrow, responsável pelo programa de aquisição referiu: "Acabamos de declarar a capacidade operacional inicial para nossas aeronaves Poseidon, dentro do prazo, a 1 de Abril de 2020. É um momento realmente emocionante para nós neste programa, que se está a desenvolver rapidamente e a equipa de Lossiemouth apresentou óptimos resultados em muito pouco tempo. Ainda temos um longo caminho a percorrer, na introdução deste recurso de nova geração ao serviço, mas o Poseidon é um game-changer, não apenas para caçar submarinos, mas para uma série de outras funções, desde guerra antinavio, reconhecimento marítimo e tarefas de busca e salvamento de longo alcance ".

O Poseidon está já ao serviço e é operado pela US Navy, pela Royal Australian Air Force e Indian Navy. A Royal Norwegian Air Force e a Royal New Zealand Air Force também decidiram comprar o Boeing P-8A Poseidon.


terça-feira, 11 de dezembro de 2018

A400M VAI À PRAIA EM DEZEMBRO (M2013 - 73/2018)


Apesar da época estival ter claramente passado, a 10 de Dezembro de 2018 foi dia do A400M n/c ZM414 da Royal Air Force ir à praia.
Mais concretamente em Pembrey Sands, Gales, realizou testes de operação em pista de areia. Sempre impressionante ver uma aeronave destas dimensões aterrar e descolar numa praia.
As imagens falam por si.



 







Imagens: Pembrey Airport







domingo, 18 de fevereiro de 2018

RAF RECEBE PRIMEIROS TEXAN [M1949 - 09/2018]




A chegada dos primeiros dois Texan TMk1 da RAF            Fotos: Cpl Pete Devine/RAF Valley 


Chegaram à base aérea de Valley no Norte do País de Gales, na passada sexta-feira 16 de Fevereiro de 2018, os primeiros dois T-6C Texan II, destinados à Royal Air Force (RAF), em voo ferry dos EUA, via Islândia.

Chegada da parelha de T-6C Texan a RAF Valley

O contrato assinado em 2016 com a Beechcraft, inclui a aquisição de dez aeronaves e cinco anos de manutenção, treino de manutenção, fornecimento de consultores técnicos e logística.

 T-6 Texan II da RAF  no RIAT 2017

O Texan TMk1 (na designação local) da RAF foi, na verdade, visto pela primeira vez no Royal International Air Tattoo de 2017, tendo mesmo chegado a ser fotografado na famosa área de treino de voo a baixa altitude LFA7, perto de "Mach Loop". Contudo, a entrega definitiva das primeiras unidades, que terão a matrícula ZM325 e 326, apenas aconteceria na passada semana.

O Texan II em Gales - 2017

O Texan II irá substituir gradualmente o Tucano T1, versão do Embraer EMB-312 Tucano, construída no Reino Unido pela Short Brothers, nas funções de treino básico de pilotagem para pilotos da RAF e da Royal Navy. Ficarão estacionados em RAF Valley, juntamente com os BAE Hawk T2 de instrução avançada.
Representa um salto qualitativo, relativamente ao que são as necessidades actuais na formação de pilotos, com a substituição dos equipamentos analógicos por um glass cockpit totalmente digital e um sistema de missão capaz de gerar alvos ar-ar simulados ou largada virtual de munição ar-chão.

O primeiro curso realizado em Texan TMk1 terá lugar no início de 2019.






sexta-feira, 17 de março de 2017

TORNADO: ORDEM PARA RETIRAR (M1881 - 18/2017)



Os Tornado despediram-se hoje da Escócia, com a desactivação da Esquadra XV (R) de Lossiemouth.
Para marcar a efeméride, um último voo oficial foi realizado, numa formação de cinco aeronaves, que sobrevoaram entre outros, locais marcantes para o treino das tripulações deste caça-bombardeiro a partir de Lossiemouth, como Leuchars, Aberdeen e o campo de tiro de Tain.




A Esquadra XV (R) chega também ao fim, depois de uma história de 102 anos, dos quais os últimos 24 anos, foi uma unidade de conversão de tripulações para o Tornado, fornecendo pilotos e oficiais de armamento prontos para o combate, às unidades da linha da frente. Com o aproximar do final de vida da frota Tornado GR4 na Royal Air Force, os derradeiros cursos de piloto e de "refrescamento" no modelo terminaram no final de Fevereiro pretérito, sendo por isso desactivada a Esquadra de Conversão.



O Tornado continuará contudo a voar com as cores britânicas até 2019, estando a partir de agora todas as unidades concentradas na base aérea de Marham, em Inglaterra.

A base de Lossiemouth, no noroeste da Escócia, fica restringida às três esquadras de Typhoon FGR4 que asseguram o Alerta de Reacção Rápida (RQA) do norte do Reino Unido, às quais se juntará uma mais, nos próximos tempos.
A base irá ainda sofrer obras de melhoramento da pista e outras infraestruturas e será a casa dos Boeing P-8 Poseidon de patrulhamento marítimo, quando entrarem ao serviço da RAF.



Fotos:MoD/Crown

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

BOMBARDEIROS RUSSOS À VISTA (outra vez) (M1871 - 08/2017)


Mirage 2000-5F da Esquadrilha das Cegonhas e os "Blackjack" russos

O Armée de L'Air (ForçAérea Francesa), divulgou já imagens de dois bombardeiros russos Tupolev Tu-160, interceptados esta tarde no Golfo da Biscaia.

Antes ainda foram seguidos pelas parelhas de alerta da Royal Air Force em Lossiemouth e Coningsby (Typhoon FGR4), quando contornavam o norte da Escócia e costa ocidental da Irlanda. 



Imagens da intercepção pela RAF


Os bombardeiros estratégicos supersónicos da Força Aérea Russa, conhecidos no Ocidente como "Blackjack", inverteram a rota já no Golfo de Biscaia, acompanhados por uma parelha de alerta francesa, constituída por dois Mirage 2000 da famosa "Esquadrilha das Cegonhas". 

Um avião tanque KC-135 francês esteve também afecto à operação de intercepção e acompanhamento, de modo a prestar apoio aos dois caças, na eventualidade dos bombardeiros se demorarem tempo superior à autonomia dos Mirage. O mesmo havia já sucedido no Reino Unido, no caso um A330 Voyager da RAF, que descolou de Brize Norton para apoio aos Typhoon.






Ao contrario do ultimo episódio semelhante, desta vez não chegaram ao espaço de jurisdição portuguesa. À hora que escrevemos esta noticia (16h30min), estão descritos como regressando ao Norte.

Os dois bombardeiros possuíam número de cauda RF-94100 e RF-94108 e mantiveram-se sempre em espaço aéreo internacional.


Grafismo: Daily Mail






domingo, 6 de setembro de 2015

Commonwealth War Graves – o Cemitério Britânico do Porto (M1819 – 11RF/2015) [parte 2]


Commonwealth War Graves – o Cemitério Britânico do Porto [2ª parte]
Cemitérios do Porto – o cemitério dos Ingleses: um roteiro de aviação?
Commonwealth War Graves

O cemitério britânico do Porto, recebeu em 1941 os primeiros inumados da 2ª Grande Guerra, sendo que o conjunto total de seis lápides (11 inumados), se constitui numa pequena secção inserida num dos talhões.
Estes referem-se a três acidentes aéreos distintos, a saber,

Na sepultura colectiva nº774 (duas lápides/seis inumados), encontram-se os restos mortais da tripulação de um Vickers-Armstrong Wellington Ic, de registo Z8780, do Overseas Aircraft Delivery Unit, da Royal Air Force , que por volta das 14H30M de 13 de Julho de 1941 se despenhou no oceano, ao largo de de Fão, perto de Esposende.Tratava-se de um voo de entrega, que partiu desde a base da RAF de Portreath, na Cornualha, rumo a Gibraltar. A tripulação era composta por 6 elementos, tendo todos eles perdido a vida.Da informação consultada, os diferentes autores são unânimes em dizer que não é clara a razão do acidente, sendo factores plausíveis para o sucedido problemas com o aparelho, no motor, ao qual o mau tempo e o mar agitado não terão ajudado. Pensamos que ainda há espaço para investigação séria sobre o tema, junto da imprensa local e junto até dos familiares dos homens do mar que acorreram ao auxílio destes aviadores. Os familiares do Sgt. William Bernard Oakes, ainda procuram nos dias de hoje encontrar uma explicação, seja ela qual for, para o acidente. As descrições da imprensa, são muito ricas no relato às exéquias que movimentaram a comunidade britânica do Porto, mas também da sociedade civil e militar local, ainda que, a censura terá tido um papel importante no refrear a imprensa, quer sobre o acidente em si, quer sobre as cerimónias, por certo que muito ficou por dizer.Estas sepulturas, como se pode verificar pelas fotos, diferem das demais por não ostentarem os símbolos da arma a que pertenciam, talvez por ser uma sepultura colectiva.
As lápides tem as seguintes inscrições:

R.65516 SERGEANT
McNEILL, STEPHEN THOMAS,
AIR GUNNERROYAL 
CANADIAN AIR FORCE
13TH JULY 1941
 

546317 SERGEANT 
OAKES, WILLIAM BERNARD,
PILOT
ROYAL AIR FORCE
13TH JULY 1941 
AGE 21IN 
GOD’S GARDEN OF MEMORY
WE MEET EVERY DAY
MUM AND DAD
BROTHERS AND SYSTERS

R.65821 SERGEANTPEEL, 

HENRY GERALD,
ROYAL CANADIAN AIR FORCE
13TH JULY 1941 AGE 23HE 
                                                           DIED FOR HIS COUNTRY  
                                                           HE LIVES WITH HIS LORD


990743 SERGEANT
DAVIES, TREVOR VAUGHAN
ROYAL AIR FORCE
13TH JULY 1941 AGE 20
TREASURED MEMORIES ALWAYS
DEAR TREVOR
 

1106166 SERGEANT
DIXON, COLIN JAMES,
WIRELESS OP.AIR GUNNER
ROYAL AIR FORCE
13TH JULY 1941 AGE 20
 

923871 SERGEANT
HAYNES, DEREK CECIL
PILOT
ROYAL AIR FORCE
13TH JULY 1941 AGE 19
LOVE NEVES DIES


O segundo conjunto de sepulturas, nºs.776 e 777 (duas lápides / dois inumados), referem-se à tripulação de um Vickers Wellington IC, de registo HX390, do 1st Overseas Aircraft Delivery Unit, da Royal Air Force, em voo de ferry, entre Portreath e o Egipto, via Gibraltar, que se despenhou junto à praia de Vila Chã, a Sul de Vila do Conde, a 29 de Maio de 1942.
De acordo com uma das fontes consultadas, o autor Carlos Guerreiro, devido a problemas de motor o aparelho, ao amarar, partiu-se. Dois dos tripulantes morreram, correspondendo aos túmulos existentes no cemitério e todos os restantes se salvaram, « Gould e Jakson, com lesões diversas, incluindo braços partidos, subiram para uma asa. Anstey e Wallace-Cox conseguiram entrar para um bote de borracha. A aterragem foi observada da costa e um grupo de pescadores conseguiram recolhê-los. Os dois feridos graves foram enviados para o Hospital no Porto. Anstey e Cox foram transferidos para uma unidade militar na Póvoa do Varzim, onde estiveram durante três semanas, antes de serem  transferidos para as Caldas da Rainha. Os dois regressaram a Inglaterra a 12 de Julho. Wallace-Cox morreu em 27-07-1943 e está sepultado no Ashbourne Cemetry, no Reino Unido.»
A tripulação completa era constituida,«Sergeant H. Jakson Sergeant M.H.Thompson (*)Sergeant J. W. Gould Segeant I. Wallace-Cox P/O J. P. AnsteySergeant John Gordon Daniels (*)»(*) túmulo em St. James.
A data inscrita nas lápides em St. James como a data do acidente e do falecimento dos tripulantes difere das referidas por Carlos Gomes, que refere uma consulta ao Evade&Escape Report desse acidente, este refere a data do acidente como sendo 28 de Maio, que difere também da data que o autor refere no seu livro,  30 de Maio. Uma discrepância que fica por esclarecer..

1312337 SERGEANT
DANIELS, JOHN GORDON
PILOT
ROYAL AIR FORCE
29TH MAY 1942 AGE 20



HE GAVE US
THE LOVE AND LAUGHTER.
SHARED JOY AND TEARS.
AND LEFT LOVED MEMORIES.

(grave no.777)




1320384 SERGEANT
THOMSON, MATHEW HALL
AIR GUNNER
ROYAL AIR FORCE
29TH MAY 1942 AGE 20


MAY THE SUNSHINE HE MISSED
ON LIFE'S HIGHWAY
BE FOUND IN
GOD'S HAVEN OF REST

(grave no.776)






O terceiro conjunto, a sepultura colectiva nº 567 (duas lápides / três inumados), referem-se à tripulação de Lockheed Hudson IIIA, registado FK791 (s/n 42-47347), do Esquadrão 269 da Royal Air Force, da base RAF Davidstow Moor, que se despenhou perto de Mira no dia 6 de Março de 1944. Esta unidade tinha sido colocada nas Lajes, Terceira, Açores, para onde se estava a deslocar vinda de Gibraltar. O acidente resulta de inicialmente terem perdido o motor de bombordo devido a uma tempestade eléctrica, e algum tempo depois o de estibordo também falhou. Três dos tripulantes morreram , mas um quarto, o Flight Sergeant Potwalka, foi recolhido por uma embarcação de pesca.

39548 SQUADRON LEADER
McPETRIE, DAVID DUNCAN 
PILOT
ROYAL AIR FORCE
6TH MARCH 1944 AGE 31
 

GREATLY LOVED
BY HIS WIFE AND CHILDREN
REMEMBERING HIM,
WE WILL BE BRAVE & STRONG








 

R.99353 WARRANT OFFICER 
GALLOP, PHILLIP ARTHUR 
WIRELESS OP./AIR GUNNER
ROYAL CANADIAN AIR FORCE
6TH MARCH 1944 AGE 23
 

SLEEP BELOVED, SLEEP
AND TAKE THY REST
WE LOVED THEE WELL
BUT JESUS LOVED THEE BEST

401996 WARRANT OFFICER
McLEAN, GEORGE GORDON 
ROYAL AUSTRALIAN AIR FORCE
6TH MARCH 1944 AGE 25
 

NOT LOST
BUT GONE BEFORE


Agradecimentos:
Kelvin Youngs (webmaster Aircrew Remembered);
Mrs A Francis (Enquiries Administrator at Commonwealth War Graves Commission);
Terrence Weineck (Memeber of Church Council)

Reverend Rober John Bates (Chaplain, St James Anglican Chaplaincy, Porto)
e ao Carlos Guerreiro, pela ajuda e partilha, e permissão por aqui utilizar algum do seu material.


Fontes de Informação:
Maj.(RES) Adelino Cardoso, in Aeronaves Militares Portuguesas do Seculo XX, Edição Essencial, Lisboa, 2000.
Dr. Francisco Queiroz, in Cemitérios do Porto – Roteiro, publ.2000 DMASUCMP-DMHP, da C.M.Porto.
Carlos Guerreiro, in Aterrem em Portugal, livro e online ... http://aterrememportugal.blogspot.pt/http://www.landinportugal.org/
José Augusto Rodrigues, in A Batalha de Aljezur, JF Aljezur, 2013
St. James Anglican Church Porto http://www.stjamesoporto.org
Commonwealth War Graves Commission www.cwgc.org
Aircrew Remembered [http://www.aircrewremembered.com]
Wellington IC Z8780 - http://aircrewremembered.com/haynes-derek.html
Hudson IIIA FK791 - http://www.aircrewremembered.com/mcpetrie-david-duncan.html
Altimagem - http://altimagem.blogspot.pt/2013/08/66-vickers-armstrong-wellington.html
WW2 Talk - http://ww2talk.com/forums/topic/10859-war-graves-in-portugal/
Key Publishing Ltd. Aviation Forums http://forum.keypublishing.com/archive/index.php/t-112211.html
RAF Davidstow Moor http://www.rafdavidstowmoor.org/crash-log/crash-index/
Joe Baugher’s Serials http://www.joebaugher.com/usaf_serials/1942_2a.html


Notas Finais – adicionalmente a este escrito que evoca os militares sepultados na secção da Commonwealth War Graves, ficam aqui algumas fontes de informação relativas a alguns dos militares e respectivas unidades, evocadas no cruzeiro aos combatentes de ambas as guerras,

THE FIFTH BATTALION HIGHLAND LIGHT INFANTRY IN THE WAR 1914-1918http://www.gutenberg.org/files/20250/20250-h/20250-h.htm

Nota (muito pessoal) do Autor – Numa altura em que vai tomando uma dimensão maior, a vertente do turismo cultural relativo à arte e à história (da Cidade e do País), que podemos encontrar nos cemitérios do Porto, nomeadamente os de maior dimensão, destaca-se um conjunto de visitas culturais, já na sua 13ª edição (2018), num trabalho desenvolvido por parte da Câmara Municipal do Porto. Neste sentido, surge-me a ideia, com laivos de sugestão, que uma das vertentes a explorar poderá bem ser a vertente militar da história da cidade, nomeadamente pelos jazigos e talhões onde esta se pode evocar, desde o Cerco do Porto, mas também as 1ª e 2ª Grande Guerras, a Guerra Colonial, as Invasões Francesas, ... fica o repto. Quem sabe…


Como é referido na primeira parte do texto, este cemitério integra a estrutura mundial da Commonwealth War Graves Commission, conhecendo-se em Portugal 119 sepulturas distribuídas da seguintes forma, 







Portimão (1)


Porto (11) - Oporto St. James Cemetery [parte 1][parte 2].














sábado, 5 de setembro de 2015

Commonwealth War Graves – o Cemitério Britânico do Porto (M1819 – 11RF/2015) [parte 1]



Commonwealth War Graves – o Cemitério Britânico do Porto
Cemitérios do Porto – o cemitério dos Ingleses: um roteiro de aviação?

 A presença da comunidade britânica na cidade do Porto remonta à Baixa Idade Média, sempre ligada ao comércio, e com maior ênfase com o crescimento dos negócios relacionados com o Vinho do Porto. É só a partir do Sec.XIX que foi permitida a construção de um local de culto, a St. James Church. cuja construção, entre 1815 e 1818. A sua construção é posterior à construção do cemitério, igualmente uma aspiração antiga da comunidade, implantado num terreno adquirido em 1787, e que recebeu as primeiras inumações em 1788. Este pode-se considerar o primeiro cemitério permanente da cidade do Porto.
Longe de explanar aqui as razões históricas e sociais deste conjunto, igreja e cemitério, e que passa totalmente despercebido para muitos Tripeiros pela forma discreta com que se insere na cidade (uma das condições para a sua construção: «o sítio de inumação deveria ser separado da zona comercial da cidade e fora dos seus limites»), voltamos a nossa atenção para um conjunto de túmulos que podemos encontrar no seu interior, do período 1939-1945, demoninado por Commonwealth War Graves [de algum modo, no seguimento de um outro escrito publicado no Pássaro de Ferro. ]


Commonwealth War Graves Commission
[Comissão dos Túmulos de Guerra da Commonwealth]

Originalmente denominada por Imperial War Graves Commission, fundada pelo Sir Fabian Ware, é constituída por Carta Régia em 21 de Maio de 1917, e muitos anos mais tarde, a 28 de Março de 1960, recebe a sua actual denominação. A Commonwealth War Graves Commission (CWGC), é uma comissão intergovernamental constituída por seis estados-membros (Austrália, Canadá, India, Nova-Zelândia, África do Sul, Reino Unido), que tem por função assinalar, registar e manter os locais onde se perpectua a memória dos membros da Commonwealth que servindo nas forças armadas perderam a vida nas duas Grandes Guerras. Para além disso, incluem-se também no foro das suas responsabilidades, a evocação dos civis mortos em resultado de acções inimigas durante a 2ª Grande Guerra.

O seu mandato estipula a responsabilidade de perpectuar a memória de todos os mortos de guerra da Commonwealth individualmente e de forma igual, nomeadamente através de lápides ou memoriais idênticos, independentemente das suas patentes, raça ou denominação religiosa.


Os números são surpreendentes, a CWGC é responsável por 1,7 milhões de inumados, em 153 países, tendo sido responsável pela construção de cerca de 2.500 cemitérios de guerra e memoriais. É responsável ainda por manter mais de 23.000 locais de enterramento e mais de 200 memoriais em todo o mundo. Mantém ainda mais de 40.000 túmulos de não membros da Commonwealth e mais de 25.000 túmulos de militares e civis não relacionados com as guerras.

Refira-se que, em Portugal, e deste mesmo período, existem vários locais onde estão assinalados acidentes aéreos, , bem como conjuntos de túmulos em diversos cemitérios, onde descansam os restos mortais de aviadores dos dois lados do conflito. Os livros “Aterrem em Portugal”, da autoria de Carlos Guerreiro, e “A Batalha de Aljezur” da autoria de José Augusto Rodrigues, são exemplos recentes de trabalhos de investigação séria sobre estas temáticas, com bom enquadramento social e político que nos ajuda a entender toda a intrincada trama histórica deste período em que, ainda que fossemos neutrais, a guerra passava também por Portugal. Nessas publicações, referidas na bibliografia, são muitos os acidentes e os combates aéreos enumerados, e que tiveram lugar no território nacional.

Assim, e neste contexto, Portugal também integra o conjunto de países que tem túmulos e memoriais geridos pela CWGC, totalizando 119 inumados em 8 locais, a saber: Porto (11)[parte 1][parte 2]; Funchal, Madeira (6); Horta, Faial (2)Lajes, Terceira (49), Lisboa (39), Loriga (6), Ponta Delgada (3), Portimão (1), Sagres (2).

Destes apenas um cemitério, nas Lajes, que é também o único cemitério de guerra (2ªGG).


A Cruz do Sacrifício

De acordo com a CWGC, os cemitérios com mais de 40 túmulos, contém uma Cruz do Sacrifício, da autoria do Arquitecto Reginald Blomfield. Esta inspira-se nas cruzes medievais muito comuns no cemitérios Ingleses, mas com proporções mais comuns com as cruzes celtas. A cruz é uma cruz latina de quatro pontas, assente numa base octogonal, com tamanhos que variam entre 4,3 a 9,8 metros. Na face frontal da cruz, espada longa, em bronze, com a lâmina para baixo. A cruz representa a fé da maioria dos inumados, e a espada representa o carácter militar do cemitério, pretendendo-se com esta simbologia estabelecer uma ligação entre os soldados britânicos e conceito cristão de auto-sacrifício.

No Porto, existe também uma Cruz do Sacrifício, frente à igreja, construída em 1922, onde se evoca a memória de todos os 32 elementos da Comunidade Britânica do Porto que pereceram nas duas grandes guerras. Os seus nomes estão gravados na base octogonal da cruz, em cima os que morreram na 1ªGG e em baixo dos da 2ªGG.

Na sua face frontal, virada para a entrada da igreja, ostenta a seguinte inscrição:

FOR GOD, FOR KING
FOR COUNTRY

TO THE GLORY OF GOD
AND IN GRATEFUL
MEMORY OF THOSE
CONNECTED WITH THE
BRITISH COMMUNITY
IN OPORTO
WHO GAVE THEIR LIVES
FOR THEIR COUNTRY
IN THE GREAT WARS
1914 – 1918
AND
1939 – 1945



1ª Grande Guerra

CAPT. WILFRID G. CASSELS – 8TH BORDER REGT. – FRANCE
2ND.LIEUT. II JONES – ROYAL FIELD ARTILLERY – FRANCE
CAPT. SPENCER PONSONBY – 12TH MIDDLESSEX REGT. – FRANCE
LIEUT. PHILIP R. TAHOURDIN – 47TH SIKIIS - MESOPOTAMIA

2ND. LIEUT. RONALD DALBERTANSON M C – 3RD EAST SURREYS ATT. 6TH DORSETS – FRANCE
2ND.LIEUT. HAROLD V. H. MASON – 6TH EAST KENT REGT. – THE BUFFS – FRANCE
CAPT. GEORGE W. REID – 2ND. HAMPSHIRE REGT. 29TH DIVN. – GALLIPOLI
2ND.LIEUT. F. THICKE – ROYAL ARTILLERY – FRANCE

2ND.LIEUT. ALBERT L. DAGGE – ROYAL FIELD ARTILLERY – FRANCE
CAPT. GORDON MILNE – 5TH HIGHLAND RIGHT INFANTRY – PALESTINE
2ND. LIEUT. ROBERT W K REID – 9TH ROYAL NORTH LANCASHIRE REGT. – FRANCE

2ND. LIEUT. ALFRED C. FLOWER – 4TH GRENADIER GUARDS – FRANCE
2ND. LIEUT. WALTER B. MORGAN – 6TH SOUTH LANCASHIRE REGT. – GALLIPOLI
CAPT. G.E.SELLERS – CANADIAN CYCLING CORPS – FRANCE

2ND. LIEUT. F.GODFREY FLOWER – ROYAL FLYING CORPS – FRANCE
LIEUT. ALBERT E.MORGAN – ROYAL FUSILIERS AND R.F.C. – FRANCE
2ND. LIEUT. ERNEST K.SMITH – EAST KENT REGT.- THE BUFFS - FRANCE

SUB.LIEUT. MALISE GRAHAM R.N. – SUBMARINE G8 – NORTH SEA N 60.50 W L00
PTE. RICHARD OWEN – 2OTH MANCHESTER REGT. – FRANCE
2ND. LIEUT. BENJAMIN A.STRANDING – 2ND ROYAL WARWICKSHIRE REGT. – FRANCE
2ND. LIEUT. KENNETH M.WALKER – ROYAL AIR FORCE – FRANCE

PTE.TOM JONES – 10TH MANCHESTER REGT. – FRANCE
L/CPL. JAMES T.POLLOCK – ROYAL ENGINEERS – BELGIUM
LIEUT. HENRY F.STEVENSON – 9TH CHESHIRE REGT. – FRANCE
2ND. LIEUT. RICHARD YATES – ROYAL FLYING CORPS - EGYPT

2ª Grande Guerra

P/O J. LATIMER ATKINSON – ROYAL AIR FORCE

F/SGT. A.E.H.EDWARDS - ROYAL AIR FORCE

SGT. R.V.P.ENNOR – ROYAL AIR FORCE

F/O D.A.KLIMPTON – ROYAL AIR FORCE

F/LT. T.F.Mc CRORIE – ROYAL AIR FORCE

F/O C.J. NIBLETT – ROYAL AIR FORCE

F/O J.H.R.S.ST.JOHN – ROYAL AIR FORCE

A comunidade britânica do Porto efectua uma cerimónia religiosa, no Remembrance Day, a 11 de Novembro, honrando a memória destes e de todos os que deram a vida For God, For King and For Country, em todas as guerras.


sexta-feira, 31 de outubro de 2014

"YOU WILL BE SHOT DOWN!" (M1713 - 307PM/2014)

Eurofighter Typhoon FGR4

Os céus europeus têm andado bastante ativos com interceções e situações algo tensas. No mesmo dia da perseguição aos Tu-95 russos, que chegaram a espaço aéreo português depois de atravessar todo o Atlântico Norte, no Reino Unido descolou a parelha de alerta desde Coningsby, para intercetar um avião de carga, que não comunicava com o controlo de tráfego aéreo.

O avião, um Antonov AN-26 de registo letão (YL-RAA) foi intercetado nas proximidades de Londres e obrigado a aterrar no aeroporto de Stansted, no nordeste da capital, tendo a polícia britânica tomado conta da ocorrência, uma vez no solo.

Durante a interceção, a parelh de Typhoon foi autorizada a voar a velocidades supersónicas, causando um "boom sónico" no sueste de Inglaterra. As aeronaves militares apenas estão autorizadas a voar a velocidades supersónicas sobre terra, quando estritamente necessário.

A proximidade da aeronave sem comunicações do centro de Londres, levou a que a situação fosse tratada com extrema seriedade, para mais quando existe presentemente conhecido risco ocorrência de atentados terroristas.

Nas comunicações entre os caças e o avião então por identificar, divulgadas pela BBC, pode ouvir-se claramente " I’m instructed by Her Majesty’s government of the UK to warn you if you do not respond you will be shot down", ou seja "estou autorizado pelo Governo de Sua Majestade do Reino Unido para avisar de que se não responderem serão abatidos".





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