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terça-feira, 26 de agosto de 2025

FAP RECEBE TERCEIRO HERCULES MODERNIZADO

C-130H Hercules n/c 16803        Foto: FAP

A Força Aérea Portuguesa recebeu no dia a 14 de agosto, na Base Aérea N.º 6, no Montijo, a terceira aeronave C-130H (n/c 16803) submetida ao processo de modernização, no âmbito do programa de atualização dos aviónicos. 

A intervenção decorreu nas instalações da OGMA , em Alverca, e abrange um total de quatro aeronaves da frota C-130H da FAP. O processo inclui modificações estruturais e uma profunda renovação dos sistemas de navegação, comunicação e gestão de voo, com a integração de equipamentos que transformam o cockpit num ambiente compatível com os padrões mais avançados da aviação militar contemporânea.

Cockpit Flight2 da Collins Aerospace dos C-130H Hercules modernizados

A execução do programa tem contado com a colaboração direta de militares da Esquadra 501 que opera os aparelhos, da Esquadra de Manutenção C-130H, da Gestão do Sistema de Armas C-130H e da Autoridade Aeronáutica Nacional, assegurando a articulação técnica e operacional necessária à sua implementação.

Esta modernização insere-se no quadro do programa europeu SESAR – Single European Sky ATM Research –, que visa a adaptação das aeronaves às exigências atuais do espaço aéreo europeu. Entre os objetivos estão o reforço da segurança na circulação aérea, o aumento da capacidade de tráfego, a otimização das rotas de voo e a redução do impacto ambiental das operações.

Cofinanciado por fundos europeus, o projeto permite à Força Aérea manter a capacidade de resposta em missões nacionais e internacionais. 

Os C-130H desempenham funções críticas de transporte aéreo em operações militares e civis, bem como em ações de patrulhamento marítimo e de busca e salvamento. Recordamos ainda que o ministro da Defesa Nuno Melo anunciou recentemente a aquisição de dois sistemas de combate a incêndios MAFFS II, para utilização pela frota C-130.

Falta agora apenas assim, a modernização do 16805, para completar as modernizações da totalidade da frota C-130 da Esquadra 501.


domingo, 1 de junho de 2025

ESQUADRA 504 COM BANDEIRA BRANCA [M2621 - 44/2025 ]

"Bandeira branca" a 29 de maio com a totalidade da frota Falcon disponível para voo    Foto: FAP
 

A Força Aérea Portuguesa anunciou "bandeira branca" da frota Falcon da Esquadra 504 - Linces no passado dia 29 de maio, o que significa que a totalidade das aeronaves atribuídas estavam disponíveis para voo.

A ocasião ocorre escassos dias após a integração operacional do Falcon 900, incorporado em 2023, mas em manutenção desde então. 

Na foto é possível observar assim a mais recente aeronave dos "Linces" (n/c 27404), ladeado por dois Falcon 50 (n/c 17401 e 03) já operados pela Esquadra 504 desde a década de 1990. 

Isto significará portanto que o 17402 terá sido definitivamente abatido ao serviço e já não faz por isso parte da frota que tem como missão a mobilidade aérea, que inclui transporte logístico infra-teatro e inter-teatro, evacuações sanitárias, transporte de órgãos e transporte de altas entidades.

O Falcon 900 é agora a aeronave mais nova da frota, com cerca de 30 anos, enquanto os Falcon 50 contam já cerca de 35 anos no ativo, muito embora tenham recentemente sido alvo de modernizações, centradas principalmente nos sistemas de navegação e comunicações.

A Esquadra 504 está sediada na Base Aérea nº6 no Montijo, embora opere normalmente a partir do Aeródromo de Trânsito nº1 em Figo Maduro. Uma situação que eventualmente mudará nos próximos tempos, com a anexação dos terrenos do AT1 prevista pela expansão do Aeroporto Humberto Delgado, que levará esta unidade da Força Aérea a relocalizar-se na BA6, até o Novo Aeroporto de Lisboa estar construído.



sábado, 4 de maio de 2024

FORÇA AÉREA PORTUGUESA RECEBE PRIMEIRO C-130 HERCULES ATUALIZADO [M2493 - 38/2024]

Foto de "família" dos presentes na cerimónia de entrega do "16806" na BA6     Foto: FAP

A Força Aérea revelou em nota de imprensa ter recebido esta esta sexta-feira, 3 de maio de 2024, o primeiro avião C-130 Hercules reconfigurado, depois de um complexo processo de atualização de sistemas e equipamentos.

Apesar de ter sido notado nas últimas semanas no radar virtual ADSB-Exchange, ainda com callsign de voo de experiência, o facto de ter mudado para "BSONT46" (já relativo à Esquadra 501- Bisontes), dava a entender estar de regresso aos voos operacionais.

Registo do voo do 16806 no radar virtual ADSB, no dia 22 de abril de 2024, ainda com callsign de testes

Registo do voo na tarde de 3 de maio de 2024, já com o callsign da Esquadra 501 - Bisontes

O programa de atualização, aprovado em 2018, que abrange quatro aviões da frota C-130 Hercules, contempla alterações estruturais e "uma muito profunda modificação nos sistemas aviónicos da aeronave, integrando um conjunto significativo de novos equipamentos, sistemas de navegação e comunicação que resultaram na transformação do cockpit da aeronave, equiparando-o ao que de mais moderno existe na aviação militar mundial", segundo pode ler-se na nota da Força Aérea.

Na cerimónia de entrega da primeira aeronave (n/c 16806), que decorreu na Base Aérea N.º 6, no Montijo, esteve presente Paulo Monginho, CEO da OGMA, que reconheceu ter-se tratado do contrato mais ambicioso de modificação de aeronaves levado a cabo pela OGMA e que implicou mais de “90 mil horas de engenharia, 53 mil horas de intervenção em hangar, mil desenhos, 500 relatórios de engenharia, instalados 17 km de cablagem por aeronave e 100 horas de voo de experiência."

Apesar dos atrasos significativos na execução dos trabalhos, ou também por isso, o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), General João Cartaxo Alves, recordou que desde início se sabia que este projeto seria moroso e implicaria muita resiliência para ser concluído, só tendo sido possível chegar ao momento atual devido à dedicação dos militares da Esquadra 501, da Direção de Manutenção e Sistemas de Armas, da Direção de Engenharia e Programas e da Autoridade Aeronáutica Nacional. “Sempre soubemos que ia ser um processo complexo mas fundamental não só para a Força Aérea como também para a capacitação da indústria aeronáutica nacional, nomeadamente das OGMA. Foi um desafio para a Força Aérea que se superou na área da programação, da gestão, da manutenção”, reconheceu, acrescentando que hoje entramos numa “nova fase de operação, pelo que é um motivo para todos nos orgulharmos”.

A intervenção estrutural de atualização de quatro C-130 Hercules da Força Aérea integra-se no programa europeu SESAR – Single European Sky ATM Research – “Céu Único Europeu” –, que procura adaptar as aeronaves às exigências e regras atuais dos céus europeus, com o objetivo de incrementar a segurança na circulação aérea, aumentar o volume de tráfego aéreo, reduzir custos através de uma gestão mais eficiente de rotas de voo e minimizar o impacto ambiental das operações aéreas.

O General CEMFA e o novo glass cockpit Flight2 da Collins Aerospace instalado no C-130     Foto: FAP

Esta atualização, cofinanciada por fundos europeus, permite à Força Aérea continuar a cumprir a sua missão em teatros nacionais e internacionais, sendo que os aviões C-130 garantem o transporte aéreo, quer em operações de natureza militar quer de interesse público, além de missões de patrulhamento marítimo e busca e salvamento. Recentemente foram responsáveis pelas missões de repatriamento de cidadãos que se encontravam em Telavive e em Marrocos. Em utilização pela Força Aérea desde 1977, a frota C-130 já atuou em cenários tão diversos como Angola, Moçambique, S. Tomé, Cabo Verde, República Democrática do Congo, Timor, Golfo Pérsico, Moscovo, Afeganistão, Ruanda ou Balcãs.

A implementação do projeto envolve a participação da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, S.A. e de equipas da Força Aérea e Autoridade Aeronáutica Nacional em domínios complementares como o design, integração, controlo e supervisão, bem como certificação da modificação da aeronave.

O C-130H-30 Hercules n/c 16806 é a célula mais recente da frota da Esquadra 501 e é também o lead the fleet das modernizações     Foto: FAP

Além do "06" agora entregue, encontra-se o "01" (também um C-130H-30 alongado) na fase final de modernizações pela OGMA, enquanto os restantes dois C-130H (n/c 16803 e 05) até agora operacionais, aguardam ainda a indução aos trabalhos.



quinta-feira, 8 de junho de 2023

MERLINS PORTUGUESES E BRITÂNICOS EM TREINO COMBINADO (fotos) [M2413 - 45/2023]

Um "four-ship" de dois EH101 Merlin da FAP e dois Merlin Mk.4 da Royal Navy   Foto via Royal Navy
Entre 31 de Maio e 2 de Junho, decorreu a partir da Base Aérea nº6 no Montijo, um exercício combinado com helicópteros EH101 Merlin da Esquadra 751 da Força Aérea Portuguesa e um destacamento de três Merlin Mk.4 do 846 Naval Air Squadron da Royal Navy.

Os participantes do exercício       Foto: FAP
O principal objectivo foi o intercâmbio de  experiências dos pontos fortes de cada uma das Esquadras. Assim, a Esquadra751 demonstrou as suas valências na Busca e Salvamento, realizando evacuações simuladas de grandes navios porta contentores em trânsito no Atlântico,  recuperação com guincho em penhascos na costa portuguesa e recuperações com maca no mar. Num exemplo de interoperabilidade, uma saída culminou com um operador de sistemas do 846 NAS a operar com os pilotos da Esq 751, para recuperar um recuperador-salvador português.

Já o 846 NAS, que integra o Commando Helicopter Force, proporcionou à Esq 751 o contacto com competências adicionais nos campos do combate ao narcotráfico e antiterrorismo. A esquadra britânica aproveitou ainda para proporcionar treino de destacamento de forças e Navegação Aérea Continental.




Algumas das actividades realizadas sobre terra e o regresso à BA6      Foto: Royal Navy/Crown

Embora voemos a mesma aeronave, pudemos aprender muito uns com os outros sobre como operamos”, disse o Comandante Richard Bartram, Comandante do 846 NAS. “O Montijo tem uma localização perfeita para realizar inúmeras missões de treino, de que necessitamos para ser proficientes. Desde voo a baixa altitude, a tiro com helicanhão, voo de montanha, treino de guincho e fast rope para navios, as infraestruturas disponíveis para o treino da Esq 751 são impressionantes, com acesso fácil à distância de uma hora de voo. E o maior bónus é a excelente metereologia que eles têm aqui durante a maior parte do ano.”

A culminar o exercício, foi realizado um voo "four-ship" com dois Merlins de cada uma das Forças, liderado pela Esq 751, sobre as pontes Vasco da Gama e 25 de Abril e a costa portuguesa.




Fotos: Royal Navy/Crown

Foi ainda assinado um memorando de entendimento entre as duas esquadras na presença do Embaixador inglês em Lisboa, Chris Sainty, e da Comandante da Base Aérea N.º 6, Coronel Diná Azevedo. De realçar que este ano celebram-se 650 anos do Tratado de Paz, Amizade e Aliança, assinado em 16 de junho de 1373, em Londres, entre Portugal e o Reino Unido, sendo considerada a mais antiga aliança do mundo, entre dois países.

Os comandates do 846 NAS (Com. Richard Bartram - esq) e Esq 751 (Maj. David Silva - dir)    Foto: Royal Navy/Crown 

A Cor. Diná Azevedo (esq), o Embaixador inglês Chris Sainty (centro) ao centro e o adido de Defesa britânico TCor Kiam Murphy, com os comandantes das Esquadras de voo    Foto: FAP



segunda-feira, 14 de março de 2022

SEGUNDO LYNX MODERNIZADO CHEGA AO MONTIJO [M2305 - 22/2022]

 

O 19205 ainda em Yeovil nas instalações da Leonardo em novembro de 2021
O segundo helicóptero da Marinha Portuguesa Lynx Mk95A chegou hoje à Base Aérea nº6 no Montijo, após modernização pela Leonardo, em Inglaterra.

O 19205 com as marcações britânicas temporárias em voo de experiência em Inglaterra
A aeronave, ao que tudo indica será a n/c 19205, foi notada em voo ao longo dos últimos meses em Yeovil, onde se situam as instalações da Leonardo, ainda com marcação britânica temporária ZH584.

O Lynx Mk.95A n/n 19205 captado no programa Flightradar em novembro de 2021

Hoje, 14 de março de 2022, foi avistada a chegar por via terrestre de regresso à BA6, onde está sediada a Esquadrilha de Helicópteros da Marinha, que opera a frota.

A chegada do 19205 ao Montijo de camião         Foto: Rui Cardoso

Tendo a primeira célula modernizada para o padrão Mk.95A sido oficialmente aceite pela Marinha em julho de 2021, ficam agora a faltar três células, do total de cinco submetidas a modernização desde 2016. 




sexta-feira, 22 de maio de 2020

DESTACAMENTO DE C295 NO MALI ADIADO PARA JULHO [M2139 - 57/2020]

O Gen. CEMFA Joaquim Borrego na visita aos treinos da Esquadra 502 na BA6 - Montijo        Foto: FAP

Apesar da sessão da Comissão de Defesa Nacional (CDN) de passada terça-feira 19 de Maio de 2020 ter sido dominada pelas questões relacionadas ou decorrentes da pandemia de COVID-19, dois temas relacionados com meios da Força Aérea foram aflorados pelo ministro da Defesa, logo no início.

Na sua alocução, João Gomes Cravinho deu conta do adiamento do início do destacamento do C295M da Esquadra 502 da Força Aérea Portuguesa no Mali, de 15 de Maio para o início de Julho.

Portugal comprometeu-se em disponibilizar uma aeronave C295M e 70 elementos, durante seis meses, no âmbito da  MINUSMA (Missão das Nações Unidas para a estabilização do Mali), tal como o Pássaro de Ferro oportunamente noticiou. Contudo, a pandemia de COVID-19 levaria ao adiamento da data de início do destacamento português. A aeronave a mobilizar contudo, não será para missões de informação, vigilância e reconhecimento, ao contrário do que foi em Janeiro ventilado, mas sim de transporte táctico.

A Esquadra 502 tem contudo vindo a realizar a preparação para as condições que poderão vir a enfrentar, nomeadamente com aterragens em pistas não preparadas, reacções a ameaças e utilização de contramedidas electrónicas. Os treinos foram realizados em conjunto com o Núcleo de Operações Táticas de Projeção da Força Aérea, responsável por garantir um perímetro de segurança ao redor da aeronave. O General CEMFA Joaquim Borrego, acompanhou um destes treinos, no qual se inteirou dos preparativos em curso.




Também na apresentação à CDN de 19 de Maio, o ministro da Defesa referiu ainda que "estão a ser finalizados os termos do concurso" para a aquisição de helicópteros de evacuação, prevista na Lei da Programação Militar.
Recordamos que a falta de helicópteros de uso táctico para apoio das missões das Forças Nacionais Destacadas em África, vem sendo extremamente penalizante, tendo estas que se apoiar em operadores terceiros.


sexta-feira, 29 de novembro de 2019

KC-390 MILLENNIUM TESTA SISTEMAS DE DEFESA ELECTRÓNICA [M2078 – 65/2019]

Teste do sistema de largada de flares do KC-390 Millennium      Foto: Sar. Bianca Viol/FAB


A Ala 3 da Força Aérea Brasileira, em Canoas (Rio Grande do Sul), foi o local de um teste inédito da aeronave multimissão KC-390 Millennium. Os três lançamentos de chaff e flares, o primeiro parcial e os dois últimos com carga completa, foram realizados no final de Outubro em dois voos, com imagens registadas a partir da rampa traseira de um C-105 Amazonas (designação local do C295M).

“O objetivo do ensaio foi realizar todas as manobras nos limites do ‘envelope’ da aeronave para garantir que, em termos de segurança, o avião possa empregar todos os chaffs e flares da melhor maneira possível”, explica o Tenente Engenheiro Rafael Macedo Trindade, do Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV), um dos militares que acompanha os ensaios do KC-390 Millennium pela Força Aérea Brasileira (FAB).

O C-105 e o KC-390 Millennium foram nivelados a cerca de 10.000 pés de altitude e a uma distância de 25 milhas – aproximadamente 40 quilómetros – da costa, permitindo a captação das imagens. Além disso, o próprio KC-390 Millennium foi equipado com câmeras que registaram o ensaio para análise. E, ainda, outra aeronave – um Phenom – foi utilizada para que houvesse captação de imagens da lateral do avião.

Lançadores de cauda 

Segundo o Gerente Operacional do Projeto KC-390 Millennium no Comando de Preparo (COMPREP), Major Aviador Reinaldo Alves da Silva, os dispositivos irradiadores de infravermelho e partículas metálicas chamados de flares e chaff, respectivamente, são contramedidas defensivas essenciais a uma aeronave militar. “O KC-390 é uma aeronave multimissão e, em algum momento, podemos ter que entrar em território inimigo. Então, esse sistema autónomo de defesa é utilizado para despistar armamentos, radares e outras aeronaves”, ressalta o Major.

O primeiro KC-390 Millennium foi entregue à FAB em setembro de 2019 e está sedeado na Ala 2, em Anápolis (Goiânia). Ao todo, 28 aeronaves vão compor o acervo da Força Aérea Brasileira. Após cada certificação, as tripulações passam a operar as diversas funcionalidades do avião até atingir a capacidade final de operação (Final Operational Capability – FOC), que estará disponível em todos os KC-390 Millennium da FAB.

Portugal assinou um contrato com a Embraer para a aquisição de já 5 unidades do KC-390, destinadas à Esquadra 501, no Montijo, com a primeira entrega prevista para 2023. Os equipamentos de guerra eletrónica (EW Suite) das aeronaves destinadas à Força Aérea Portuguesa foram contudo, alvo de um contrato separado com a Elbit Systems, no valor aproximado de 45M EUR.







terça-feira, 24 de setembro de 2019

FROTA C-130 PORTUGUESA RUMO À GRÉCIA? [M2065 - 52/2019]

C-130H Hercules da Esquadra 501 "Bisontes" da Força Aérea Portuguesa


Notícias ontem veiculadas na Grécia, dão conta que aquele país será "um dos interessados" na aquisição de "três C-130H com 42 anos" da Força Aérea Portuguesa, segundo pode ler-se no site ProNews.

A Força Aérea Helénica procura reforçar a sua frota de 15 C-130B/H, que se encontra em níveis de operacionalidade bastante baixos, não sendo no entanto certo se as aeronaves actualmente ao serviço da Esquadra 501 da FAP, servirão para fornecimento de peças ou para voar operacionalmente.

Já o site Defence Point revela que "segundo informações seguras" o negócio está agora depende dos trabalhos de inspecção preliminar das aeronaves da FAP, pela parte grega.

As mesmas fontes da notícia, não especificam se a iniciativa do negócio partiu de Atenas ou Lisboa.

Esta recente revelação vem contrariar a intenção divulgada pelo anterior CEMFA Gen. Manuel Rolo, bem como do Ministério da Defesa, de utilizar os C-130 da FAP em funções de combate a incêndios, após a entrada em serviço dos KC-390. De igual modo, e dado que segundo a calendarização de entrega dos KC-390, ao ritmo de um por ano, entre 2023 e 2027, está prevista a sobreposição da utilização das frotas C-130 e KC-390, fica por isso a dúvida de como será realizado o período de transição, caso a frota C-130 seja alienada antecipadamente.

A Força Aérea Portuguesa tem actualmente quatro C-130H em uso operacional, de um total de cinco aeronaves. A frota celebrou recentemente as 80.000 horas de voo, que começou a operar em 1977. Está previsto realizarem-se trabalhos de modernização dos sistemas de navegação e comunicações nos quatro C-130 operacionais, de modo a manterem-se no activo até que a frota KC-390 esteja totalmente capaz de assumir as missões atribuídas aos "Bisontes".


terça-feira, 6 de agosto de 2019

VALORES DO PROGRAMA KC-390 [M2051 - 38/2019]

O Embraer KC-390 que irá voar com as cores portuguesas a partir de 2023

Na sequência da decisão de aquisição dos aviões de transporte militar Embraer KC-390, deliberada no Conselho de Ministros do passado dia 11 de Julho de 2019, foi publicado em Diário de República a 29 do mesmo mês, a Resolução nº120/2019, que aprova as despesas relacionadas com o referido Programa.

No documento é por isso assim possível saber com mais pormenor os sub-programas que constituem o Programa global de aquisição do KC-390, bem como as verbas alocadas a cada um, repartidas do seguinte modo:

1 — Autorizar a despesa com:
a) A aquisição de cinco aeronaves KC -390, com a calendarização de entrega prevista no anexo I
da presente resolução e que dela faz parte integrante, e de um simulador de voo, ao consórcio constituído por Embraer, S. A., e Embraer Portugal, S. A., até ao montante máximo de €606.158.571,00 a que acresce imposto sobre o valor acrescentado (IVA) à taxa legal em vigor;
b) A contratação dos serviços de sustentação logística das aeronaves e do simulador de voo,
ao consórcio constituído por Embraer, S. A., e Embraer Netherlands B. V., até ao montante máximo
de € 109.817.204,00, a que acresce IVA à taxa legal em vigor;
c) A aquisição dos equipamentos de guerra eletrónica (EW Suite) para as aeronaves KC -390, à
Elbit Systems EW and Sigint — Elisra, até ao montante máximo de € 44.969.053,00, a que acresce
IVA à taxa legal em vigor.

2 — Autorizar a realização de despesas, não incluídas no número anterior, necessárias à plena
concretização do programa de aquisição e sustentação das aeronaves KC -390, até ao montante
máximo de € 66.388.172,00, a que acresce IVA à taxa legal em vigor, nomeadamente:
a) A aquisição à International Aero Engines AG (IAE) dos serviços de sustentação logística
dos motores;
b) A aquisição ao Governo dos Estados Unidos da América (EUA) dos equipamentos a fornecer pelo Estado Português à Embraer para instalação nas aeronaves (Government Furnished
Equipment — GFE);
c) A aquisição dos equipamentos de apoio no solo (Ground Support Equipment — GSE) e
demais equipamentos específicos não incluídos nos contratos a que se refere o n.º 1, necessários
à execução dos vários elementos de missão;
d) A aquisição da infraestrutura SI/TIC para suportar os sistemas de treino e apoio à missão;
e) A construção e ou adaptação das infraestruturas necessárias à sua operação a partir da
Base Aérea n.º 6; e
f) As demais despesas indispensáveis ao acompanhamento e fiscalização do programa.


O número 3 do documento refere ainda que as verbas referidas nos números anteriores são provenientes da Lei de programação Militar.


Tal como havíamos já noticiado, as aeronaves serão entregues ao ritmo de uma por ano, entre 2023 e 2027, patente no anexo I do documento, conforme referido acima.


Os encargos financeiros serão repartidos por 12 anos, entre 2019 e 2030, de acordo com o seguinte quadro:



quinta-feira, 11 de julho de 2019

OFICIAL: PORTUGAL COMPRA KC-390 [M2045 - 32/2019]



No comunicado do Conselho de Ministros de hoje, 11 de Julho de 2019 pode ler-se:

"O Conselho de Ministros aprovou hoje a aquisição de cinco aeronaves KC-390, assim como a contratação dos serviços de sustentação logística das aeronaves e do simulador de voo e a aquisição dos equipamentos de guerra eletrónica.

A aquisição das aeronaves KC-390 e de um simulador de voo, e respetiva sustentação logística, com as configurações e especificações técnicas, operacionais e logísticas definidas pela Força Aérea, permitirá reforçar as atuais capacidades de transporte aéreo, de busca e salvamento, evacuações sanitárias e apoio a cidadãos nacionais, nomeadamente entre o Continente e os Arquipélagos, incluindo-se, também, as capacidades adicionais de reabastecimento em voo e de combate a incêndios florestais, o que possibilita que Portugal disponha de aeronaves com funções de duplo uso (civil e militar), que respondem a necessidades permanentes do país.

As características únicas da aeronave KC-390 estabelecem um novo padrão para o transporte militar estratégico, até aqui apenas possível de assegurar com aeronaves quadrimotores, de superiores dimensões e capacidades, constituindo-se assim, nesta classe, como a solução que satisfaz integralmente os requisitos definidos pelo Estado Português, bem como os exigidos para participação nas operações militares que poderão decorrer das alianças de que Portugal faz parte".

O negócio está avaliado em 827M EUR, com a primeira entrega esperada para Fevereiro de 2023, após o que o ritmo de entregas deverá ser mantido em uma nova aeronave por ano até 2027. A manutenção incluída no contrato é para os primeiros 12 anos de operação.

Os KC-390 substituirão os C-130H Hercules atualmente ao serviço da Força Aérea Portuguesa na Esquadra 501 - Bisontes. A Força Aérea, juntamente com o Ministério da Defesa e o Ministério da Administração Interna, estudam contudo ainda a possibilidade de manter a frota de C-130 operacional para o combate a incêndios, mesmo após a entrada em serviço do KC-390.




sexta-feira, 12 de outubro de 2018

MONTIJO - ACORDO PELA REORGANIZAÇÃO DOS MEIOS DA FORÇA AÉREA (M2005 - 65/2018)

Estuário do Tejo e Base Aérea nº6, Montijo


A desmobilização parcial dos meios da Força Aérea Portuguesa da Base Aérea nº6, no Montijo, custará 115M EUR, a serem suportados integralmente pela ANA- Aeroportos de Portugal.
Incluirá a relocalização da Esquadra 751, que opera os helicópteros EH101 Merlin, para a BA1 em Sintra e da Esquadra 502 dos C295M para a BA11, em Beja.

Os Lynx da Esquadrilha de Helicópteros da Marinha, assim como a Esquadra 501 que operará futuramente os KC-390, continuarão a operar na BA6.

O acordo que terá já sido alcançado, segundo garante o jornal "Público", faz parte de um plano mais alargado, e que contempla ainda reajustes nas áreas utilizadas pela Força Aérea no aeroporto de Lisboa. Nomeadamente o  Aeródromo de Trânsito nº1, irá mudado de sítio e será convertido num verdadeiro "aeroporto de Estado", onde os Falcon 50 da esquadra 504 da FAP (transporte VIP) continuarão a operar. Já o hangar utilizado normalmente pelas Forças Nacionais Destacadas será deslocalizado para o Montijo, passando o embarque de tropas para o estrangeiro a realizar-se portanto, na margem Sul.

Sintra, passará a ser uma base essencialmente para os helicópteros militares, ao concentrar aí a frota EH101 Merlin e os novos AW119 Koala, que substituirão a curto prazo os Alouette III, até agora sedeados em Beja. Em Sintra ficará também a partir de 2021 o Centro Multinacional de Treino de Helicópteros da Agência Europeia de Defesa, caso a candidatura portuguesa seja vencedora.

A Beja, regressará depois de cerca de uma década em Sintra, a Esquadra 101, que opera os TB-30 Epsilon, de instrução básica de pilotagem.






segunda-feira, 25 de junho de 2018

AEROPORTO NO MONTIJO NÃO AGRADA A GREGOS NEM TROIANOS (M1977 - 37/2018)

C295 e C-130 são duas das frotas a ser afectadas pela adaptação da BA6 a aeroporto civil

À medida que a decisão de tornar a Base Aérea nº6 (BA6) localizada no Montijo, o aeroporto secundário de Lisboa se vai afigurando cada vez mais firme dentro dos círculos políticos, vão-se multiplicando as vozes críticas em relação a esta solução, vindas dos mais diversos quadrantes.

Seja pelos custos da relocalização das Esquadras de voo da Força Aérea e Marinha actualmente sedeadas no Montijo (501 - C-130; 502 - C295; 504 - Falcon 50, 751 - EH101; EHM - Lynx), seja por questões de operacionalidade dessas mesmas Esquadras, questões ambientais, ou pura e simplesmente técnicas, a solução Portela + Montijo está longe de ser consensual.

Certo é que, os custos associados à transformação da BA6 em aeroporto civil, serão muito mais elevados, do que à primeira vista poderia parecer. Há quem defenda até que modernizar a linha de caminho de ferro, para o já existente aeroporto de Beja, fica muito mais barato que a adaptação da base Montijense.

Depois da Força Aérea ter alertado para os inconvenientes do ponto de vista da aviação militar, conhece-se agora a posição da Associação de Pilotos Portugueses de Linha Aérea (APPLA) que dá o ponto de vista da aviação civil, relativamente ao aproveitamento do Montijo, como complemento ao aeroporto da Portela.

Trata-se de uma apresentação, elaborado pela APPLA em parceria com o Eng. José Furtado, especialista na concepção e construção de aeroportos, à Assembleia da República numa iniciativa da Comissão de Economia, que aqui disponibilizamos. Pela proveniência e informação técnica que contém, vale a pena ler com atenção e  reflectir.

Com tantos e tão fortes argumentos contra, convém saber a quem (ou se) realmente interessa a adaptação da BA6 a tráfego civil.

Porque a factura, todos sabemos no fim quem paga.



















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CRÉDITOS

Os textos publicados no Pássaro de Ferro são da autoria e responsabilidade dos seus autores/colaboradores, salvo indicação em contrário.
Só poderão ser usados mediante autorização expressa dos autores e/ou dos administradores.

 
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