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| F-16AM da Força Aérea Portuguesa |
O Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, reiterou hoje, durante a audição sobre a apreciação na especialidade do Orçamento de Estado para 2026, que o processo formal de substituição da frota de caças F-16 da Força Aérea Portuguesa ainda não foi iniciado.
Em resposta a insistentes questões de um deputado sobre a aquisição de novos aviões de combate, nomeadamente os F-16, o Ministro adotou um tom sóbrio, sublinhando que a decisão final dependerá da avaliação do "melhor equipamento" disponível no "mundo livre", no momento oportuno.
Nuno Melo reconheceu a sua "declaração genérica e convicta" sobre a necessidade de reforçar o pilar europeu de defesa, citando as alterações geoestratégicas dos Estados Unidos no Indo-Pacífico e o apelo a que a União Europeia faça mais pela sua própria defesa: "Temos que produzir mais na Europa e temos que comprar mais na Europa e temos de produzir mais em Portugal e garantir que se compre mais em Portugal, e esta é a teoria geral."
Contudo, Nuno Melo estabeleceu uma clara ressalva: se a União Europeia não dispuser do "melhor equipamento" (...) "obviamente que também consideramos outras possibilidades de um lado e do outro do Atlântico."
Posto isto, o ministro da Defesa recusou endossar o apoio a qualquer modelo específico, seja ele o Gripen, o Rafale ou o F-35, face à ausência de um processo aberto, concluindo a sua clarificação afirmando categoricamente: "Dito isso, nada está excluído, mas nada está decidido."
Nuno Melo defendeu que a existência de "vários concorrentes" no mercado internacional, tanto na Europa como nos EUA, na verdade é "muito boa" porque "significa que o preço baixa e as contrapartidas não são dadas apenas por uma [empresa]." O processo irá por isso "seguir o seu curso" no devido tempo, para garantir o melhor equipamento para a Força Aérea Portuguesa, ponderando "todas as outras circunstâncias que são atendíveis ao caso."


18:34
Paulo Mata

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