Mostrar mensagens com a etiqueta interceçao aerea. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta interceçao aerea. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 30 de abril de 2018

F-16 DE ALERTA INTERCEPTAM A400 DA RAF (M1968 - 28/2018)



A parelha de alerta rápido (QRA) de F-16 na Base Aérea nº5, Monte Real, foi accionada no Domingo, 29 de Abril de 2018, pelas 11:15 horas.
Missão: interceptar uma aeronave não identificada, a entrar em espaço aéreo de responsabilidade portuguesa.

Na verdade, desta vez tratou-se apenas de um treino, aproveitando um sobrevoo de um Airbus A400M da Royal Air Force, em rota para Marrocos.




Outras vezes contudo, é mesmo a sério, contando-se uma média superior a 20 situações reais por ano.
As mais mediáticas dos últimos tempos, serão porventura os bombardeiros russos, que por vezes vêm testar a prontidão das defesa aéreas da NATO.
A maioria são contudo aeronaves sem comunicações ou plano de voo, havendo também a assinalar voos relacionados com o tráfico de drogas.

Numa das fotos pode verificar-se que um dos F-16 se trata do 15136, adornado da cauda pelo falcão da Esquadra 201, armado com mísseis AIM-9L Sidewinder reais, tal como a lista amarela indica.

A imagens foram divulgadas pela Esq.XXIV da RAF, à qual pertence o A400 em questão, incluindo mesmo um pequeno vídeo da intercepção:


Fotos e vídeo: RAF XXIV Sqd/Crown

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

BOMBARDEIROS RUSSOS À VISTA (outra vez) (M1871 - 08/2017)


Mirage 2000-5F da Esquadrilha das Cegonhas e os "Blackjack" russos

O Armée de L'Air (ForçAérea Francesa), divulgou já imagens de dois bombardeiros russos Tupolev Tu-160, interceptados esta tarde no Golfo da Biscaia.

Antes ainda foram seguidos pelas parelhas de alerta da Royal Air Force em Lossiemouth e Coningsby (Typhoon FGR4), quando contornavam o norte da Escócia e costa ocidental da Irlanda. 



Imagens da intercepção pela RAF


Os bombardeiros estratégicos supersónicos da Força Aérea Russa, conhecidos no Ocidente como "Blackjack", inverteram a rota já no Golfo de Biscaia, acompanhados por uma parelha de alerta francesa, constituída por dois Mirage 2000 da famosa "Esquadrilha das Cegonhas". 

Um avião tanque KC-135 francês esteve também afecto à operação de intercepção e acompanhamento, de modo a prestar apoio aos dois caças, na eventualidade dos bombardeiros se demorarem tempo superior à autonomia dos Mirage. O mesmo havia já sucedido no Reino Unido, no caso um A330 Voyager da RAF, que descolou de Brize Norton para apoio aos Typhoon.






Ao contrario do ultimo episódio semelhante, desta vez não chegaram ao espaço de jurisdição portuguesa. À hora que escrevemos esta noticia (16h30min), estão descritos como regressando ao Norte.

Os dois bombardeiros possuíam número de cauda RF-94100 e RF-94108 e mantiveram-se sempre em espaço aéreo internacional.


Grafismo: Daily Mail






terça-feira, 22 de novembro de 2016

INTERCEPÇÃO DE AERONAVES MILITARES RUSSAS - Actualização 22/11/2016 (M1862 - 42/2016)

Tupolev Tu-95 da Força Aérea Russa

A notícia ontem avançada pelo Pássaro de Ferro, em que os F-16 do Alerta de Reacção Rápida (QRA) da Força Aérea Portuguesa (FAP) teriam sido accionados nas primeiras horas da madrugada de 17 de Novembro de 2016, para interceptar uma aeronave (ou mais) russa, foi hoje confirmada.

Fontes oficiais da FAP confirmaram o accionamento do Alerta no horário descrito, para identificar duas aeronaves vindas de Norte, em direcção ao espaço aéreo de responsabilidade nacional. As aeronaves seriam identificadas como sendo dois Tupolev Tu-95, que percorreram ao largo, toda a costa ocidental portuguesa, até à Ponta de Sagres, tendo invertido a rota nesse ponto, rumo a Norte novamente. Ainda segundo a mesma fonte, não houve violação do espaço aéreo português em qualquer momento, nem qualquer manifestação de hostilidade por parte dos bombardeiros russos. Não houve ainda qualquer contacto rádio entre os caças portugueses e os bombardeiros russos.

Há todavia ainda vários dados confusos, relativamente ao mesmo período, envolvendo aeronaves militares russas e que poderão explicar as notícias contraditórias que têm surgido e que envolveriam ainda outras aeronaves, nomeadamente aviões de reabastecimento e caças de escolta.

No mesmo dia 17 de Novembro de 2016, o Ministério da Defesa Russo divulgou um vídeo de uma missão alegadamente realizada nesse mesmo dia, com o último modelo do quadrimotor a hélice da Tupolev, o Tu-95MS, em que mostra a largada de armamento. Pode ler-se no descritivo, que os mísseis de cruzeiro foram "lançados contra alvos na Síria", "a partir das águas do Mediterrâneo". Pormenoriza ainda que foram "realizados dois reabastecimentos nos mais de 11.000 km" de uma rota que passou pelo "Mar do Norte e Atlântico Oriental", "tendo regressado à base de origem [não especificada] após largada dos mísseis".



Ao minuto 0:12 e 0:18 do vídeo, é possível verificar a escolta de caças Su-35. Não é contudo possível inferir em que parte(s) da missão tal ocorreu (apesar de ser obviamente de dia), admitindo que todas as imagens e dados são referentes à missão da data referida. Certo é que as imagens da largada do míssil foram captadas a partir de um caça. Houve contudo envolvimento de caças Su-33 e Su-30, a operar a partir do porta-aviões Admiral Kuznetsov e da base de Hmeymim na Síria, respectivamente, ainda segundo a descrição do vídeo.

A suportar a versão russa, há relato de que o QRA em Bodo, no Norte da Noruega, terá sido chamado a indentificar oito aeronaves ainda nas últimas horas do dia 16 de Novembro, sendo 3 Tu-95MS, 3 Il-78 (reabastecedores) e duas aeronaves de escolta não especificadas. Além de uma gravação audio alegadamente das comunicações HF russas, não há menção relativamente à origem nem fidedignidade destas informações, que no entanto foram colocadas na internet num espaço temporal compatível com a missão (23:37h de 16/11/2016).

As notícias veiculadas pela imprensa espanhola, das quais demos eco no Pássaro de Ferro, falavam apenas num caça Su-35, acompanhado por um avião de reabastecimento, que teria contornado a Península Ibérica até Rota e regressado para trás, após esse ponto no Sul de Espanha. Não é mais uma vez citada a fonte, nem a sua idoneidade. Esta versão, pelo espaço temporal coincidente e o alegado envolvimento dos F-16 portugueses, é categoricamente negada pela FAP, que efectuou contacto sim, mas com dois Tu-95, que inverteram o curso na zona da Ponta de Sagres.

Seria possível uma segunda formação ter passado mais afastada de Portugal sem ser detectada? Atravessar todo o Mediterrâneo nas mesmas condições (com alguns pontos de estrangulamento, como sejam Gibraltar, Sardenha, Sícilia, Grécia)? Em nenhuma destas regiões há até ao momento relato da passagem das aeronaves russas naquela data.
Contudo, e ao contrário de outras ocasiões, nenhuma das forças aéreas comprovadamente envolvidas emitiu qualquer comunicado acerca dos acontecimentos.

Aguardam-se novos desenvolvimentos, que possam trazer alguma luz, ao que realmente ocorreu na madrugada de 17 de Novembro.








segunda-feira, 21 de novembro de 2016

FORÇA AÉREA VOLTA A INTERCEPTAR AERONAVE RUSSA (M1861 - 41/2016)

Caça F-16AM da Força Aérea Portuguesa em configuração de defesa aérea

Passados cerca de dois anos sobre as intercepções de bombardeiros russos Tu-95 ao largo da costa portuguesa, acontecimentos profusamente comentados na época, novo episódio terá sucedido nas imediações do Espaço Aéreo nacional.

Segundo noticiou a imprensa espanhola, um caça russo Sukhoi Su-35 (modelo por confirmar) efectuou uma incursão possivelmente a partir de Solsty (a Sul de São Petersburgo) até Rota no Sul de Espanha, tendo sido acompanhado sucessivamente pelos alertas aéreos de Noruega, Reino Unido, França, Espanha, Portugal e novamente Espanha (Sul).

Tal como referido, a situação não é virgem nos últimos anos, mesmo numa região tão distante da Rússia, como Portugal. Além dos referidos episódios com os Tu-95 em Outubro de 2014, mais recentemente passaram ao largo de Portugal bombardeiros supersónicos Tu-160, em missão de ataque para a Síria. A novidade desta vez, prende-se com o facto de alegadamente se ter tratado de um caça e não de bombardeiros de longo alcance.

O episódio terá decorrido na noite de 16 para 17 de Novembro passado. Após ser interceptado e acompanhado por F-16 noruegueses, Typhoon britânicos e Rafale franceses, pela 1:23h de quinta-feira, os EF-18 do alerta aéreo espanhol em Saragoça, interceptaram o caça russo, que de deslocava sem transponder activo, sendo por isso uma aeronave não identificada.

Pela zona de Gijón, o caça vindo do Norte voltou a Oeste, para contornar toda a costa setentrional galega, sempre escoltado pelos EF-18. Ao voltar de novo a Sul e atingindo Finisterra, a parelha de F-16 de alerta da Força Aérea Portuguesa, descolada de Monte Real pela 1:10h, rendeu os congéneres espanhóis no espaço de influência lusitano. Após contornar toda a costa ocidental portuguesa, e atingindo a zona do Cabo S. Vicente pelas 2:18h da madrugada, o alegado Su-35 ter-se-á dirigido de novo em direcção a zona espanhola, tendo por isso sido accionado o alerta em Espanha mais uma vez.

Pelas 2:27h os EF-18 espanhóis estabeleceram novamente contacto com o(s) russso(s) na zona do litoral de Huelva, tendo seguido sobre o Golfo de Cádiz. Após ter passado pela base aeronaval de Rota, terá invertido a rota e regressado à sua base de origem.

A acompanhar todo o percurso seguiria ainda um avião reabastecedor, sem o qual seria impossível percorrer toda a distância para um caça.

Este episódio tem, tal como referido, várias nuances relativamente aos anteriores que se sucederam junto do espaço aéreo português, nomeadamente o facto de se tratar de um caça e não bombardeiros de longo alcance e também por se tratar (caso se confirme) de um Su-35, o modelo mais recente no inventário russo.
Outra possibilidade é a de que se trate do "irmão" Su-34, relativamente parecido com o Su-35, mas de ataque ao solo e não um caça de superioridade aérea como o Su-35.

Caças russos Su-35 (esquerda) e Su-34 (direita)
Este tipo de actividade por parte dos russos, com vários episódios que temos relatado no Pássaro de Ferro, tem normalmente como objectivo testar tempos de reacção das defesas da NATO, bem como explorar eventuais pontos fracos em zonas fronteiriças e na coordenação entre as diversas forças aéreas. Poderá ainda servir para aferir o alcance do radar dos diversos caças em uso na NATO. De notar que na rota realizada, foram efectuados contactos com quatro modelos diferentes de caças ocidentais (F-16AM, Typhoon, Rafale e EF-18M).

Já em Abril de 2015 e tirando partido das condições definidas pelo Tratado de Armas Convencionais de Viena, que permite a inspecção de instalações militares dentro nos países signatários do tratado, uma delegação russa solicitou mesmo comparência na base aérea de Lossiemouth, que assegura o alerta aéreo do norte do Reino Unido, tendo "por coincidência" presenciado o lançamento da parelha de alertada RAF, para interceptar... dois bombardeiros russos.

Não há até ao momento confirmação oficial dos acontecimentos. A descolagem da parelha de alerta portuguesa foi comentada nas redes sociais à hora referida de quinta-feira, 17 de Novembro de 2016.

Ler actualização de 22/11/2016

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

MINISTRO DA DEFESA VISITA FORÇAS NACIONAIS NO BÁLTICO (M1719 - 311PM/2014)


Aguiar Branco no hangar dos F-16 de alerta em Siauliai       Foto: António Cotrim/Lusa 

O ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar Branco, deslocou-se hoje à Lituânia para visitar a força nacional destacada integrada na missão da NATO nos países bálticos, encontrando-se igualmente com o seu homólogo lituano.

A visita, de um dia, começou com uma reunião entre Aguiar Branco e o ministro da Defesa da Lituânia, na capital, Vilnius.

O ministro da Defesa português deslocou-se de seguida, de avião, para a Base Aérea de Siauliai (norte da Lituânia, a 210 quilómetros de Vilnius) onde assistiu a uma apresentação da missão,  almoçando depois com a força nacional destacada.

Portugal lidera a missão "Baltic Air Policing" nos últimos quatro meses de 2014, operando a partir da Base Aérea de Siauliai, com um contingente nacional constituído por setenta militares da Força Aérea Portuguesa, seis F-16 e o reforço de um avião de patrulhamento marítimo P-3.

Além dos F-16 estará também um  P-3C nacional destacado no Báltico              Foto: António Cotrim/Lusa

"Foi reforçado este ano especialmente com o P-3, dadas as medidas de tranquilização definidas pela NATO em função da crise Ucrânia/Rússia", explicou aos jornalistas o ministro.

Portugal "voltará a assegurar a missão em 2016, referiu Aguiar Branco, explicando que essa responsabilidade tem cabido às forças nacionais de dois em dois anos desde 2007.

Estas missões de vigilância aérea do Báltico, em que participam também forças do Canadá, da Alemanha (na base de Amari, Estónia) e do Países Baixos (na base de Malbrok, Polónia), destinam-se a assegurar capacidades que os países bálticos não tinham quando aderiram à NATO, afirmou o ministro.

A "foto de família" com o contingente português em Siauliai       Foto: António Cotrim/Lusa

Esta visita ocorre numa altura em que têm sido detectados aviões militares russos no espaço aéreo europeu, incluindo no Báltico e em espaço aéreo sob responsabilidade portuguesa.

"Não devemos ter uma perspectiva de dramatismo da situação. A verdade é que o contexto internacional no último ano alterou-se no que diz respeito à ameaça concreta do leste europeu, e também daquilo que são as evidências do chamado flanco sul, com o designado Estado Islâmico", afirmou Aguiar Branco.

Para o ministro, não é "saudável entrar-se numa lógica de escalada", mas argumentou que "é necessário encontrar formas de resposta mais rápida, quer do ponto de vista operacional, quer do ponto de vista da decisão politica".

Fonte: Ministério da Defesa
Adaptação: Pássaro de Ferro

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

"YOU WILL BE SHOT DOWN!" (M1713 - 307PM/2014)

Eurofighter Typhoon FGR4

Os céus europeus têm andado bastante ativos com interceções e situações algo tensas. No mesmo dia da perseguição aos Tu-95 russos, que chegaram a espaço aéreo português depois de atravessar todo o Atlântico Norte, no Reino Unido descolou a parelha de alerta desde Coningsby, para intercetar um avião de carga, que não comunicava com o controlo de tráfego aéreo.

O avião, um Antonov AN-26 de registo letão (YL-RAA) foi intercetado nas proximidades de Londres e obrigado a aterrar no aeroporto de Stansted, no nordeste da capital, tendo a polícia britânica tomado conta da ocorrência, uma vez no solo.

Durante a interceção, a parelh de Typhoon foi autorizada a voar a velocidades supersónicas, causando um "boom sónico" no sueste de Inglaterra. As aeronaves militares apenas estão autorizadas a voar a velocidades supersónicas sobre terra, quando estritamente necessário.

A proximidade da aeronave sem comunicações do centro de Londres, levou a que a situação fosse tratada com extrema seriedade, para mais quando existe presentemente conhecido risco ocorrência de atentados terroristas.

Nas comunicações entre os caças e o avião então por identificar, divulgadas pela BBC, pode ouvir-se claramente " I’m instructed by Her Majesty’s government of the UK to warn you if you do not respond you will be shot down", ou seja "estou autorizado pelo Governo de Sua Majestade do Reino Unido para avisar de que se não responderem serão abatidos".





quarta-feira, 29 de outubro de 2014

OUTRA VEZ OS RUSSOS. AGORA PORTUGAL (M1711 - 306PM/2014)

F-16AM da FAP em configuração ar-ar sobre o Atlântico


A NATO detetou e monitorizou quatro grupos de aeronaves russas em manobras militares significativas, dentro de espaço aéreo europeu sobre o Mar Báltico, Mar do Norte e Oceano Atlântico, a 28 e 29 de outubro. Este grupo representa um aumento invulgar no nível de atividade aérea no espaço aéreo europeu.

Aproximadamente às 3:00 da manhã (2:00 em Lisboa) de 29 de outubro, radares da NATO detetaram oito aeronaves a voar em formação sobre o Mar do Norte. F-16 da Real Força Aérea Norueguesa foram chamados a intercetar e identificar as aeronaves, que revelaram serem quatro bombardeiros estratégicos Tu-95 Bear H e oito Il-78 de reabastecimento aéreo. A formação provinha da Rússia continental e foi intercetada sobre o Mar da Noruega em espaço aéreo internacional. Seis dos aviões regressaram então para trás para nordeste em direção à Rússia, enquanto dois dos Tu-95 continuaram para sudoeste, paralelos à costa da Noruega. Prosseguiram depois pelo Mar do Norte, quando caças Typhoon da Royal Air Force responderam ao alerta a partir do Reino Unido.

A interceção pelos Typhoon britânicos       Foto: RAF via NATO

Já sobre pleno Oceano Atlântico a Oeste de Portugal, os dois bombardeiros foram intercetados por F-16 MLU da Força Aérea Portuguesa, que descolaram de Monte Real, Base Aérea nº5 . As aeronaves russas voltaram então rumo a nordeste, voando em direção ao ocidente do Reino Unido. Aeronaves deste país e da Noruega estavam ainda a postos, enquanto equipamento de deteção da NATO no ar e no solo seguiram os movimentos russos.
Aparentemente dirigiram-se para a Rússia, mas às 16:00 (15:00 de Lisboa) encontravam-se ainda no ar.

Os bombardeiros e aviões-tanque russos não possuíam plano de voo nem efetuaram qualquer contacto rádio com as autoridades de controlo aéreo civil, não utilizando também transponders.
Esta atitude representa risco potencial para o tráfego civil, uma vez que os controladores civis não conseguem detetar as aeronaves nesta condições, nem garantir que não aconteça interferência com o tráfego aéreo civil.


Fonte: NATO
Tradução: Pássaro de Ferro

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

PRIMEIRO ALERTA LANÇADO DE LOSSIEMOUTH (M1677 - 222PM/2014)

Encontros sobre o Mar do Norte    Foto: MoD/Crown

O Alerta de Reação Rápida (QRA) foi pela primeira vez acionado, desde que a base aérea de Lossiemouth assumiu as funções de defesa de todo o espaço aéreo norte do Reino Unido. 
Os caças Eurofighter Typhoon foram lançados para identificar aeronaves em espaço aéreo internacional. Os intrusos eram bombardeiros Tupolev Tu-95 Bear russos, que não chegaram a entrar em espaço aéreo britânico.

Imagem dum dos Typhoon do 6 Sqd lançados de Lossiemouth para a primeira interceção    Foto:MoD/Crown


O Comandante da base aérea de Lossiemouth comentou a propósito: "O primeiro lançamento bem-sucedido do QRA Norte é aquilo para que todo o pessoal de Leuchars e Lossiemouth trabalharam os últimos meses". 
Continuando depois: "a relocalização de duas esquadras de Typhoon foi um desafio significativo, que foi abraçado por toda a nossa equipa. Os muitos meses de preparação e melhoras nas infraestruturas deixaram-nos prontos para este momento e mostra que estamos na melhor posição para proporcionar o serviço ao Reino Unido, para o qual a Royal Air Force foi inicialmente criada - a proteção do nosso espaço aéreo".

Os dois Tu-95 Bera russos intercetados nas vizinhanças de espaço aéreo britânico   Foto: MoD/Crown

Lossiemouth iniciou uma nova era a 1 de setembro de 2014 quando assumiu o QRA Norte no Reino Unido, uma tarefa desempenhada pela Esquadra 6 da RAF. O piloto que liderou a primeira interceção disse que "foi uma honra fazer parte deste marco na história da RAF e de Lossimouth. Mudar o QRA de Leuchars para Lossiemouth, foi uma enorme tarefa para muita gente. O facto de termos lançado um alerta sem qualquer falha e intercetado dois Bears russos, foi o testemunho do árduo trabalho e empenhamento envolvidos. Um momento de muito orgulho, não só para os pilotos que realizaram a interceção, mas para os mecânicos que fizeram um trabalho fantástico, bem como todo o pessoal na base, constantemente envolvido neste compromisso permanente" terminou.




quarta-feira, 5 de março de 2014

F-16 TURCOS INTERCETAM AVIAO RUSSO (M1454 - 69PM/2014)

F-16C da FA Turca em configuração ar-ar      Foto: FA Turca

Em comunicado divulgado ontem terça-feira 4 de março, a Força Aérea Turca informou terem descolado oito  F-16  para intercetar um avião de reconhecimento russo.
A aeronave era um Ilyushin Il-20 russo, usado para alerta radar, mapeamento, escutas rádio e fotografia aérea. 
O quadrimotor percorria a costa turca que faz fronteira com o Mar Negro, tendo permanecido no espaço aéreo internacional, não entrando em espaço aéreo turco.

A interceção aconteceu num período em que as tensões são elevadas entre a Ucrânia, Moscovo e a comunidade internacional, que denuncia o envio de tropas russas para a Crimeia, a região no sul da Ucrânia que é composta principalmente por habitantes considerados "pró-russos".

Além de mais de  duas centenas de caças F-16C e D, a FA Turca possui ainda no ativo F-4 Phantom II e F-5, distribuídos por 19 esquadras de combate.

Fonte: Defense Aero
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

F-16 INTERCETAM AERONAVES INTRUSAS (M1114 - 233PM/2013)

Parelha de F-16 descola em Monte Real

A parelha de alerta de F-16 (Quick Reaction Alert) intercetou na manhã de hoje duas aeronaves ligeiras que entraram em espaço aéreo nacional através da zona de Mértola, vindas de Espanha, sem a devida autorização. Após estabelecer contacto visual e rádio, as aeronaves foram escoltadas e forçadas a aterrar no aeródromo de Lagos, onde eram aguardadas no solo pelas forças de segurança.
Pode ler-se em comunicado da Força Aérea sobre a ocorrência:

"No âmbito do trabalho diário da vigilância e controlo do espaço aéreo nacional foram identificadas duas aeronaves provenientes de Espanha, que entraram no espaço aéreo nacional, na zona de Mértola, cerca das 10h45, sem autorização dos serviços competentes", lê-se num comunicado da Força Aérea.
"De imediato, a Força Aérea empenhou uma parelha de caças F-16, de alerta na BA5, que intercetou os infratores. Em coordenação com as forças de segurança, os caças acompanharam as movimentações das aeronaves suspeitas, mantendo sempre o controlo sobre as mesmas e aplicando os procedimentos definidos para estas situações", 
A missão foi realizada por solicitação da Autoridade Aeronáutica Nacional.

Ainda segundo informação prestada pela Força Aérea, as duas aeronaves desrespeitaram as normas em vigor, não tendo efetuado os procedimentos de navegação, identificação e comunicação obrigatórios.
A  aterragem das aeronaves intrusas deu-se  pelas 12h05, no aeródromo de Lagos.







terça-feira, 4 de dezembro de 2012

CONSIDERAÇÕES SOBRE UMA INTERCEÇÃO AÉREA (M784 - PM135/2012)

Os "olhos" do  Litening TGP bem em evidência do lado da entrada de ar

Sobre a interceção de uma aeronave não identificada no espaço aéreo nacional, na madrugada do passado dia 2 de dezembro, muito já se escreveu e opinou.
Agora que começa a baixar a poeira sobre o assunto, vários pontos convém clarificar ou até realçar, a bem da honestidade intelectual e cívica:

1- O sistema de alerta da Força Aérea funcionou segundo os parâmetros definidos: Dado o alerta às 6:06 horas, descolaram os F-16 em Monte Real às 6:18, portanto 12 minutos depois, ou seja, dentro dos 15 minutos de prontidão definidos. Às 6:35 já os pilotos de F-16 tinham contacto visual com a aeronave na zona de Elvas.

2- A aeronave desconhecida foi realmente intercetada pelos F-16 e registados os seus dados nos sensores óticos (Litening TGP) dos F-16.

3- Foi avaliado o nível de risco da aeronave para o país, que não constituindo perigo iminente não justificava ações por parte dos F-16 no sentido de abater a mesma, decisão que não pode naturalmente ser tomada de ânimo leve, nem sem uma razão objetiva muito forte. Ameaça concreta para as populações por parte da aeronave não existiu. O que sucedeu e foi possível verificar, foi um procedimento irregular por parte de uma aeronave, que não justificou medidas mais drásticas.

4- Para obrigar a aeronave a aterrar, conforme já aconteceu em situações anteriores, seria necessária uma pista e condições adequadas para a dita aeronave aterrar em segurança, o que não acontece na quase totalidade da zona sobrevoada (zona fronteiriça entre Elvas e Sabugal, aproximadamente)

5- A informação acerca da zona provável de aterragem foi fornecida às autoridades em terra, responsáveis pelo seguimento da operação no terreno. Os F-16 perderam o contacto com o avião desconhecido, devido à grande diferença de velocidades e teto mínimo de operação entre os dois tipos de aeronave, que impedia os F-16 de voar em formação constante com o avião ligeiro. Os F-16 mantiveram-se ainda no local durante mais algum tempo, de modo a prosseguir com a perseguição caso a aeronave retomasse o voo, o que não veio a suceder. Uma aeronave do tipo e dimensão em questão é extremamente fácil de aterrar e esconder em pouco tempo, sendo que, a tratar-se efetivamente de tráfico de droga, teria com certeza ajudas no terreno.

6- Em qualquer outro país da NATO em iguais condições, teria sido exatamente o mesmo o procedimento, consequentemente com os mesmos resultados (o sistema de defesa aérea espanhol por exemplo, teve exatamente o mesmo procedimento e desfecho). O treino dos pilotos nacionais está de acordo com o que é o standard NATO e as aeronaves (F-16) estão ao nível do que de mais atual existe na Europa. Os procedimentos tomados foram os adequados à situação e à gravidade da mesma.

7- Do mesmo modo que é impossível impedir o tráfico de droga no terreno em muitos sítios do país, onde é impossível ter "um polícia em cada esquina", também os meios para fazer face a procedimentos aéreos deste tipo são limitados e têm limitações, sendo algumas técnicas e outras de ordem financeira, como a relação custo/benefício.

8- Caso este tipo de procedimento se torne recorrente, aí sim, será eventualmente necessário ao Estado Português avaliar a aquisição e operação de meios especializados para fazer face a este tipo de situações.


ARTIGOS MAIS VISUALIZADOS

CRÉDITOS

Os textos publicados no Pássaro de Ferro são da autoria e responsabilidade dos seus autores/colaboradores, salvo indicação em contrário.
Só poderão ser usados mediante autorização expressa dos autores e/ou dos administradores.

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Laundry Detergent Coupons
>