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sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

KAMOV EX-PROTEÇÃO CIVIL PORTUGUESA A VOAR NA UCRÂNIA [M2575 - 99/2024]

Kamov Ka-32A11BC em 2013 ainda operado pela EMA para a Proteção Civil - Imagem de arquivo
 

Pelo menos um dos Kamov Ka-32A11BC que pertenceram à Proteção Civil Portuguesa, foi visto a voar, alegadamente nos arredores de Kiev, após ter sido doado e transportado para a Ucrânia em Setembro passado.

A frota de seis helicópteros de fabrico russo, operada no combate a incêndios pela EMA - Empresa de Meios Aéreos, S.A., até à sua extinção em 2013, foi posteriormente adjudicada em regime de contrato plurianual, a privados, pelo Ministério da Administração Interna. Contudo, e face às condições de baixa operacionalidade e a uma disputa daí resultante entre o Estado Português e a empresa adjudicatária, a frota transitaria para a gestão da Força Aérea em 2018, nunca tendo chegado a voar desde então. 

Já em 2021, foi alvo de uma peritagem para apurar as condições da frota, e incorporada na Força Aérea em 2022, quando cerca de um mês mais tarde a invasão da Ucrânia pela Rússia, e as sanções que se seguiram, inviabilizarem qualquer hipótese de recuperação das células que ainda poderiam ser colocadas em condições de voo.

O Governo à época, optou então por doar à Ucrânia a totalidade da frota, independentemente da condição das aeronaves (uma acidentada em 2012 apenas poderia servir para fornecer peças e as restantes não possuíam certificado de aeronavegabilidade, e estando em diferentes condições de manutenção). 


A transferência dos helicópteros para a Ucrânia viria a ocorrer apenas em Setembro de 2023, sendo agora nestas imagens que afloraram na rede social X, a primeira vez que alguma dessas células é notada novamente operacional.




quinta-feira, 13 de outubro de 2022

PORTUGAL OFERECE KAMOV DOS INCÊNDIOS À UCRÂNIA [M2351 - 67/2022]

Kamov Ka-32A11BC de combate a incêndios do Estado Português

 Portugal ofereceu à Ucrânia a frota de seis helicópteros Kamov Ka-32 de combate a incêndios, que se encontrava imobilizada desde 2018.

O anúncio da decisão foi feito por Helena Carreiras na tarde de hoje, 13 de outubro de 2022, à saída da reunião de ministros da Defesa da NATO: “A pedido da Ucrânia e em articulação com o Ministério da Administração Interna vamos disponibilizar à Ucrânia a nossa frota de helicópteros Kamov que, em virtude do cenário atual, das sanções impostas à Rússia, deixámos de poder operar, aliás não têm os seus certificados de aeronavegabilidade e nem sequer poderemos repará-los”.

Tal como é de conhecimento público, a referida frota adquirida pelo Estado em 2006, para uso no combate a incêndios e operada pela Empresa de Meios Aéreos (EMA) até à sua extinção em 2013, passou depois a operar em regime de adjudicação a privados, pelo Ministério da Administração Interna (MAI). No início de 2018 contudo, a culminar um longo processo de disputas entre o MAI e a empresa adjudicatária na altura, a frota ficaria definitivamente inoperacional. Então, das seis células Ka-32A11BC, uma encontrava-se acidentada desde 2012, duas estavam em manutenção e sem voar desde 2015, enquanto as restantes três ficaram então imobilizadas por falta de inspeção e certificação.

Segundo a ministra da Defesa Nacional referiu ao anunciar a cedência das aeronaves, “os ucranianos conhecem as condições em que se encontra o material”, sublinhando que a “cadeia logística de helicópteros semelhantes” operados na Ucrânia, permitirá repará-los. 

A frota Kamov Ka-32 havia sido transferida para a esfera da Força Aérea Portuguesa no início de 2022, para reposição das condições de aeronavegabilidade. No entanto, o deflagrar do conflito na Ucrânia, e as sansões impostas pela União Europeia à Rússia, inviabilizariam a intenção, pouco mais de um mês depois.

Helena Carreiras adiantou ainda que a transferência dos helicópteros deverá ocorrer “o mais rapidamente possível” e que serão "muitíssimo úteis à Ucrânia e essa cedência foi muito agradecida pelas nossas contrapartes ucranianas”.




quarta-feira, 14 de abril de 2021

KAMOV DE COMBATE A INCÊNDIOS EM "DILIGÊNCIA TÉCNICA" [M2250 - 38/2021]

Kamov Ka-32 da então EMA

A frota Kamov Ka-32 que transitou da extinta Empresa de Meios Aérea (EMA), e que se encontra imobilizada desde 2018, está a ser objeto de uma "diligência técnica" por parte de representantes do fabricante.

A informação foi avançada pelo ministro da Administração Interna, durante a sessão de ontem, 13 de Abril de 2021, da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, em resposta a interpelação do deputado Duarte Marques do PSD, sobre o futuro da frota de helicópteros bombardeiros pesados de combate a incêndios, de origem russa.

Segundo palavras de Eduardo Cabrita, "desde 2018 que a responsabilidade do futuro dos Kamov pertence à Força Aérea"  e que "neste momento está a ser feita uma diligência técnica com a presença em Portugal dos representantes da empresa fabricante, (...) que foi solicitada pelo Ministério da Defesa Nacional".

Da frota de seis Kamov Ka-32 adquirida em 2006, um sofreu um acidente em 2012, dois foram submetidos a manutenção em 2015 não tendo regressado à operacionalidade, enquanto os restantes três ficaram imobilizados desde o início de 2018.

Ainda segundo Eduardo Cabrita, a aquisição de novos meios aéreos destinados ao combate a incêndios florestais anunciada a 4 de Março passado, é independente do destino dos Kamov.





quarta-feira, 27 de junho de 2018

KAMOV ALUGADOS PARA ASSEGURAR COMBATE A INCÊNDIOS (M1978 - 38/2018)

O segundo Kamov Ka-32T alugado à ANPC que chegou este fim-de-semana a Tires

O Governo garantiu ontem, através do ministro da Administração Interna no Parlamento, que a partir da próxima semana, vai ter três helicópteros Kamov prontos para combater incêndios. Sem mais pormenores sobre a forma do aluguer, o ministro da Administração Interna avançou apenas que os aparelhos irão substituir os Kamov do Estado (ex-EMA), que estão inoperacionais.

"Teremos Kamov alugados este ano que, na próxima semana, entrarão em operação, teremos três Kamov entre julho e outubro numa base contratual", avançou Eduardo Cabrita na comissão parlamentar de Direitos Constitucionais.

Após o hangar onde estão armazenados os três Kamov restantes da ex-EMA ter sido selado no passado mês de Março, numa disputa entre o Estado e a empresa Everjets que os operava, anunciou em Abril passado o MAI, que iria avançar com a contratação externa, para assegurar aeronaves pesadas de asas rotativas, para o combate a incêndios.

Nesta audição, o ministro da tutela também revelou que desde o início do ano já foram registados 5.720 incêndios rurais, que consumiram um total de 5 mil hectares.

A Oposição lembrou contudo, que as condições atmosféricas têm sido o grande aliado deste ano, para a obtenção destes números.

Quando comparados com a média dos últimos 10 anos, referiu ainda o ministro, os dados revelam que há, nesta altura, menos 7% de incêndios e menos 71% de área ardida:"Tivemos até ontem 5724 incêndios com 5098 hectares de área ardida, a média graças a Deus, graças à meteorologia, graças à Autoridade Nacional de Proteção Civil, graças a todos, graças às autarquias, às forças de segurança, aos bombeiros e a todos aqueles que permitiram que a resposta fosse imediata."

Soube o Pássaro de Ferro que os três helicópteros bombardeiros pesados Kamov Ka-32 alugados pelo Estado português, terão origem búlgara.


Actualização 01/07/2018
O Ka-32 matrícula ER-KGA foi primeiro a chegar a Portugal no dia 28/06/2018
Apesar da informação que nos chegou dar conta dos helicópteros serem de origem búlgara, verifica-se pelas matrículas que pertencem de facto à empresa Pecotox-Air, com sede em Chisinau, Moldávia.
Não é contudo ainda claro se se tratará de uma sub-contratação através da Bulgária, ou de facto a empresa moldava é a titular principal do contrato com o Estado português.
Actualizaremos o assunto assim que tenhamos mais informações.


Agradecimentos: Pedro Ramos pela cedência das imagens.


sexta-feira, 10 de novembro de 2017

GOVERNO PONDERA MANTER C-130 PARA COMBATE A INCÊNDIOS (M1937 - 74/2017)

C-130 da FAP em 1994 em demonstração do kit MAFFS de combate a incêndios

Durante o debate do Orçamento de Estado de 2018 o ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, informou que além da aquisição dos  aviões de transporte KC-390 (com capacidade complementar para o combate a incêndios com calda retardante e água), está em estudo a possibilidade de manter a voar a actual frota C-130 - que está previsto ser substituída pelos KC-390 nas principais funções que desempenha actualmente na FAP - para ser usada no combate a incêndios.
O titular da pasta da Defesa adiantou que foi remetido o pedido "price and availability" à Força Aérea dos EUA, após concluídas as especificações técnicas, para a "modernização de cinco dos seis C-130" [NR: Um C-130 perdeu-se em acidente em Julho de 2016], de modo a prolongar o seu potencial de vida para além de 2025. A informação sobre o processo de MLU (mid-life upgrade) estará já em condições de poder ser submetida a decisão. Esta decisão terá em conta não apenas a intenção de usar as aeronaves para o combate a incêndios, mas também a expectativa da futura frota KC-390 estar operacional apenas em 2021.

Ainda a respeito do Orçamento de Estado para o sector da Defesa, o secretário de Estado da Defesa esclareceu que não está previsto a FAP realizar operações de combate directo a incêndios para 2018, dado que "é preciso ter consciência de que a capacidade de operação não se monta de um ano para o outro" e portanto para 2018 " a capacidade de operação não terá tradução orçamental".
Marcos Perestrelo admitiu contudo estar em avaliação "o tipo de operação que a Força Aérea poderá fazer na gestão centralizada e nas operações de comando e controlo" já para o próximo ano. Este tipo de participação já poderá implicar reforço de verbas "que terão de ser avaliadas a tempo de ter tradução orçamental" para 2018.
Relativamente aos helicópteros ligeiros de combate a incêndios pertencentes ao Estado (três AS350 Ecureuil), informou que a operação dos mesmos está contratada a privados até ao final da época de incêndios de 2018.

Não foi no entanto mencionado o destino da frota de Kamov Ka-32, também pertencente do Estado, concessionada a privados até 2019, em condições de operacionalidade limitada a três helicópteros, estando dois parados à espera de reparação e um acidentado sem possibilidade de recuperação.
A operação deste tipo de helicóptero pesado tem estado envolta em polémicas de vária ordem desde que foi adquirida em 2006, mormente no que respeita aos custos e problemas da manutenção.
A Força Aérea terá recusado em 2016 assumir a operação desta frota, sem o necessário reforço de meios humanos e materiais correspondente.

Oito helicópteros SA-330 Puma retirados do serviço operacional na FAP em 2010, estão também parados desde então, à espera de novo dono. Várias vezes têm sido falados como passíveis de ser reaproveitados para o combate a incêndios - pelo menos quatro a seis células em melhores condições - mas nunca uma decisão seria tomada no sentido de os reaproveitar para esse fim.

Em processo de aquisição estão cinco a sete helicópteros ligeiros para a FAP, que estão descritos virem a ter como missão secundária o combate a incêndios. A avaliação das propostas apresentadas pela Airbus Helicopters e Leonardo estava prevista terminar a 31 de Outubro. Contudo, face aos trágicos acontecimentos do mesmo mês e à evidência das vantagens do Estado possuir meios próprios de combate durante todo o ano, chegou a ser ventilada a hipótese deste concurso ser alterado, de modo a contemplar mais unidades. Oficialmente contudo, nada foi assumido oficialmente acerca do tema.

De fora do debate, ficaram ainda (e mais uma vez) meios anfíbios pesados, vulgarmente conhecidos como Canadair, consensualmente os mais eficientes e adaptados às características do nosso país. Normalmente duas a quatro unidades são alugadas para a época de incêndios, ficando a depender de países terceiros, sempre que é necessário reforço, que quase sempre ocorre tarde e com os gastos obviamente inerentes.

Finalmente, e apesar de ser irrealista começar em 2018 a empenhar a Força Aérea no combate directo a incêndio, ficou por estabelecer um prazo para a efectivação dessa promessa e tratar também a problemática dos meios humanos necessários para esse fim.

É certo que tempo poderá ainda ser curto, desde o anúncio da intenção de tornar a Força Aérea na principal entidade gestora dos meios aéreos de combate a incêndios, para ter elaborado um plano consistente, que defina todos os pontos em aberto, que permita ter uma estrutura eficaz, operacional e sustentável, no combate aos incêndios.
Mas espera-se que não suceda como em todas as promessas dos sucessivos Governos nas últimas décadas.
A gravidade das tragédias deste ano e a consciência de todos nós assim o exigem.


domingo, 20 de julho de 2014

NOVO CONCURSO PARA OPERAR KAMOV OFERECE 6000 EUROS À HORA (M1660 - 211PM/2014)

Kamov Ka-32 de combate a incêndios florestais

O primeiro concurso público internacional para a operação e manutenção dos helicópteros Kamov do Estado não avançou porque não apareceram interessados. Dois anos depois da primeira tentativa falhada, o Ministério da Administração Interna (MAI) volta agora a lançar um novo concurso e o prazo para a apresentação de propostas termina a 25 de Agosto.

A intenção do ministro Miguel Macedo, segundo contou ao Jornal i uma fonte do MAI, é ter a operação e a manutenção dos helicópteros pesados russos entregues a privados antes do final de Outubro - de maneira a que a Empresa de Meios Aéreos (EMA) possa finalmente ser extinta, três anos depois do governo ter anunciado o seu fim.

E para garantir que desta vez há interessados no negócio, o MAI aumentou o valor do contrato. "Através da redução das horas a contratar e tornando o contrato mais apetecível do ponto de vista financeiro", revela a mesma fonte. Assim, a hora de voo de cada Kamov passará a ser paga a 5925 euros - contra os 5333 euros previstos no concurso anterior. Por outro lado, o governo eliminou uma série de obrigações que estavam a cargo do adjudicatário, de maneira a tornar a operação dos helicópteros mais barata. E os requisitos para concorrer foram "aligeirados", permitindo que mais empresas possam candidatar--se.

Esta é já a segunda tentativa do MAI de se desfazer da operação dos helicópteros pesados russos - cuja manutenção é uma das mais caras. Só quando aparecer uma empresa interessada é que o MAI poderá fechar a EMA, empresa criada em 2007 para gerir os meios aéreos do Estado. A extinção, que Miguel Macedo anunciou a 30 de Outubro de 2011, tem vindo a ser sucessivamente adiada devido aos Kamov. Há quase três anos, o ministro justificou a decisão com uma poupança anual de oito milhões de euros e explicou que a competência da empresa transitariam para a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).

Dois anos e meio depois, a ANPC já absorveu todas as competências da empresa pública e a operação de todas as aeronaves do Estado já foi entregue a empresas. À excepção dos Kamov, em que ninguém quer pegar e que continuam sob alçada da EMA. A extinção da empresa foi publicada em Diário da República em Janeiro e estava prevista para Abril. Porém, e mais uma vez, o MAI adiou o processo e alargou o prazo para 31 de Outubro. Na altura, o secretário de Estado da Administração Interna justificou a decisão, em declarações ao i, com a época de fogos. "Para não pôr em causa a contínua operação e gestão dos meios aéreos pesados do Estado durante o período crítico dos incêndios florestais", explicou João Almeida.

Entretanto, o conselho de administração da EMA já saiu de cena. Desde Fevereiro, está à frente da empresa uma comissão liquidatária com membros da ANPC para facilitar a transição de competências.

  Fonte: Jornal i

quarta-feira, 26 de março de 2014

PROTEÇÃO CIVIL SEM PILOTOS PARA OS KAMOV (M1497 - 109PM/2014)

Kamov Ka-32A11BC da extinta EMA

Com o anúncio de extinção da EMA, que deverá estar liquidada em outubro, são vários os pilotos Comandante que têm abandonado Portugal rumo ao estrangeiro em busca de um emprego estável.
Em janeiro passado a EMA contava com nove pilotos de Kamov, número considerado suficiente para as operações de inverno, mas já em fevereiro, com o início da liquidação da EMA, quatro pilotos pediram para sair, pelo que a empresa estatal não tem agora tripulações suficientes para garantir a mais exigente época de verão.

Perante este cenário o Estado acaba de abrir candidaturas para pilotos Comandante de helicópteros pesados Kamov, mas o problema é que em Portugal são muito poucos os pilotos com qualificações para tal, o que constitui um sério risco para o preenchimento dos quadros. E sem pilotos, poderá estar em causa a utilização dos cinco helicópteros Kamov Ka-32 operacionais, para a época de combate a incêndios.

Uma das condições para concorrer é ter no mínimo 2500 horas de voo nos Ka-32, o que restringe em muito o número de candidatos elegíveis.

Fonte: RTP
Adaptação: Pássaro de Ferro

quarta-feira, 19 de março de 2014

EMA CONTINUA EM 2014 (M1480 - 95PM/2014)

Kamov Ka-32 da "extinta" EMA

Orçamento do Estado prevê transferência de verbas para a Empresa de Meios Aéreos. São 27 milhões para 40 funcionários e 6 Kamov.

Vinte e sete milhões de euros para pagar a cerca de 40 funcionários e manter seis helicópteros pesados Kamov. A avaliar pelo Orçamento do Estado para 2014, ainda não é desta que a Empresa de Meios Aéreos (EMA) fecha - apesar de a extinção ter sido anunciada com pompa e circunstância pelo governo há já dois anos. Na altura, o ministro da Administração Interna garantia que o desaparecimento da empresa criada para gerir os aviões do Estado permitiria uma poupança de 7 milhões de euros - contabilizando despesas relacionadas com funcionamento, rendas, equipamentos e ordenados. A partir do Peso da Régua, Miguel Macedo explicou que a extinção da EMA seria uma forma de "poupar dinheiro dos impostos dos contribuintes, sem pôr em causa da capacidade operacional dos meios aéreos".

Dois anos depois, boa parte das competências da empresa já transitaram para a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) e a EMA ainda só não foi extinta porque o governo não se consegue livrar da manutenção dos helicópteros Kamov: já foram lançados concursos, mas não tem havido empresas interessadas no negócio. Os problemas começaram quando Miguel Macedo decidiu alterar o modelo da contratação, manutenção e aluguer dos aviões do Estado. Na prática, os concursos deixaram de ser anuais e foi lançado um procedimento concursal a cinco anos, dividido em vários lotes - sendo que um deles englobava apenas os helicópteros russos. Assim que todos os concursos estivessem resolvidos, a EMA seria extinta. Acontece que ninguém quis pegar na manutenção dos Kamov e em Agosto deste ano, para tentar contornar a situação, o governo autorizou a ANPC a abrir um novo concurso para o triénio 2014/2017.

Caso não apareçam interessados, dizia uma resolução publicada em Diário da República, o Ministério da Administração Interna (MAI) poderá recorrer a um "ajuste directo". A mesma resolução autorizava ainda uma transferência de 7,8 milhões de euros para que a EMA se pudesse manter até Dezembro deste ano. Agora, com uma verba de 27,5 milhões de euros inscrita no Orçamento do Estado de 2014, é certo que a EMA se manterá mais um ano. Com cerca de 40 funcionários e a responsabilidade única de gerir uma frota de seis Kamov - sendo que metade dos helicópteros têm estado parados devido a avarias e acidentes.

Fonte: Jornal i

sábado, 1 de março de 2014

GOVERNO COLOCA PUMAS OFICIALMENTE À VENDA (M1448 - 64PM/2014)

SA-330 Puma n/c 19504 um dos últimos a sair de uso operacional

Segundo o despacho 3295/2014 publicado em Diário da República de 28 de fevereiro, foi aberto concurso público para a alienação de 8 helicópteros anteriormente utilizados pela Força Aérea Portuguesa do modelo SA-330 Puma, com os números de cauda 19503, 19504, 19505, 19506, 19508, 19509, 19511 e 19513.

Texto extraído do Diário da República:

Considerando que as aeronaves SA -330 PUMA identificadas com os números de cauda (N/C): 19503, 19504, 19505, 19506, 19508, 19509, 19511, 19513, bem como o respetivo material sobresselente da frota de helicópteros SA -330 PUMA não são necessárias à mobilização das Forças Armadas; Considerando terem sido efetuados os contactos necessários a acautelar o disposto no artigo 2º do Decreto -lei n.º 48/89, de 22 de fevereiro, com a redação que lhe foi conferida pelo Decreto -lei n.º 223/92, de 20 de outubro; Considerando que a transferência de propriedade ou alteração do utilizador final fica pendente da concordância por parte do Governo da França no caso do N/C 19513, para além da autorização por parte do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, caso o destinatário seja estrangeiro:
Determino, nos termos do artigo 1º do Decreto -lei n.º 48/89, de 22 de fevereiro, alterado pelo Decreto -Lei n.º 223/92, de 20 de outubro e da alínea b) do n.º 1 e do n.º 2 do artigo 40.º do Código dos Contratos Públicos, o seguinte:

a) Autorizo a abertura do procedimento por Concurso Público In- ternacional, por analogia com a alínea b) do n.º 1 do artigo 20.º e com o artigo 130.º e seguintes do Código dos Contratos Públicos, para a alienação de oito aeronaves SA -330 PUMA, disponibilizadas pela Força Aérea bem como material sobresselente;
b) Aprovo as peças do procedimento − Programa de Concurso e Caderno de Encargos;
c) Delego no júri a competência para qualquer ato que seja neces- sário praticar, nomeadamente acompanhar as inspeções por parte dos interessados aos bens do objeto do presente procedimento, prestando os esclarecimentos solicitados, e procedo à sua nomeação, nos seguintes termos:

Presidente – Major-General Francisco Miguel da Rocha Grave Pereira (DGAIED).
1.º Membro Efetivo – Coronel Fernando Pedro Teixeira Araújo Albuquerque (DGAIED) (que substitui o Presidente nas suas faltas e impedimentos).
2.º Membro Efetivo – Tenente -Coronel João Rui Ramos Nogueira (Força Aérea).
3.º Membro Efetivo – Tenente -Coronel Horácio Filipe da Conceição dos Santos (DGAIED).
4.º Membro Efetivo – Major Abílio Camisinha Martins (Força Aérea).
5.º Membro Efetivo – Major Nuno Alberto Rodrigues Dias Costa (Força Aérea);
6.º Membro Efetivo – Licenciada Teresa José Jesus Correia Falcão (DGAIED).
1.º Membro Suplente – Capitão -Tenente João Paulo Simões Madeira (DGAIED).
Diário da República, 2.ª série — N.º 42 — 28 de fevereiro de 2014 5993
2.º Membro Suplente Major Luís Miguel Mouta Meireles – (DGAIED).
3.º Membro Suplente – Capitão César Emanuel Teixeira de Sousa (Força Aérea).
4.º Membro Suplente – Licenciada Maria de Fátima da Silva Gonçalves Diogo (DGAIED).
d) Delego no Major -general Manuel de Matos Gravilha Chambel, Diretor -geral de Armamento e Infraestruturas de Defesa a competência para a supervisão do procedimento e condução dos trâmites necessários, bem como para a autorização de adjudicação, prosseguimento dos contactos necessários para a transferência de propriedade das aeronaves com o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal e com o Governo de França.

O Presente despacho produz efeitos na data da sua assinatura.
18 de fevereiro de 2014. — O Ministro da Defesa Nacional,
José Pedro Correia de Aguiar -Branco






quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

GOVERNO QUER COMPRAR CANADAIR (M1444 - 60PM/2014)

Canadair CL-215 espanhol 

O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, anunciou hoje que o Governo pretende adquirir dois aviões Canadair (NR: Atualmente e em rigor são Bombardier) de combate a incêndios florestais através do recurso a fundos comunitários.

No grupo de trabalho para Análise da Problemática dos Incêndios Florestais, constituído no âmbito da Assembleia da República, Miguel Macedo adiantou que está a decorrer um processo para aquisição de dois aviões Canadair, no valor de cerca de 37 milhões de dólares cada um, com recurso a fundos comunitários,

O ministro afirmou que, no final do mês de março, o Governo terá "uma resposta mais conclusiva sobre este processo", mas manifestou esperança que a aquisição de meios aéreos pela via dos fundos comunitários "corra bem".

Segundo Miguel Macedo, o país precisa de ter no dispositivo mais meios aéreos próprios, uma vez que o atual não tem capacidade para resolver o problema de combate a incêndios florestais.

O ministro sublinhou que, no passado, foi feita a opção em não se comprar este tipo de aviões, mas, agora, "há um consenso" que Portugal "precisa de ter, pelo menos, um aparelho Canadiar".

Atualmente, os meios aéreos próprios do Estado são compostos por seis helicópteros pesados Kamov e três helicópteros de transporte e utilitário, sendo a primeira vez que vai adquirir para sua frota aviões Canadair.

O ministro disse também que poderá "demorar mais de um ano" para que Portugal tenha disponíveis os dois aviões Canadair.

Justificando a aquisição destes aviões, o ministro afirmou que é difícil encontrar no mercado estes meios a preços razoáveis para alugar.

"Estes meios não abundam, não tem sido nada fácil", referiu, acrescentando que Portugal "não pode, por sistema, em cada verão, recorrer à generosidade de outros países".

Aos deputados do grupo de trabalho, o ministro reafirmou que a Empresa de Meios Aéreos (EMA) já está em processo de liquidação, ressalvando que o processo de extinção da EMA "é muito complicado".

Após a extinção da EMA, a gestão dos meios aéreos vai passar para a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

Fonte: Jornal i

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

EMA OFICIALMENTE EXTINTA (M1319 - 384PM/2013)

Kamov KA-32 da EMA


"O Conselho de Ministros de aprovou a extinção da EMA - Empresa de Meios Aéreos, S.A., revogando o respetivo diploma de criação e regulando o processo de liquidação desta sociedade.

Com a extinção da EMA, que se insere no esforço de racionalização das estruturas públicas, os respetivos meios aéreos serão transferidos para o património do Estado através da Autoridade Nacional de Proteção Civil, assumindo esta entidade a gestão desse dispositivo, juntamente com a gestão do dispositivo de meios aéreos alugados, que já garante desde o início de 2013.

Transitoriamente e até ao termo do processo de liquidação da sociedade, os meios próprios, manter-se-ão na esfera da EMA" é o que se pode ler no ponto 3 do comunicado do Conselho de Ministros de 12 de dezembro de 2013.

Termina assim o polémico processo de extinção da EMA, iniciado há mais de dois anos. Fica agora por saber o destino dos meios humanos e aéreos da empresa, que, relativamente aos helicópteros Kamov KA-32, não obtiveram licitações no concurso público realizado para a sua operação. 

Apesar de ser um excelente meio de combate a incêndios (senão mesmo o melhor de asas rotativas) a pouca adequabilidade para missões de busca e salvamento e transporte de doentes, realizadas sobre tudo na época de inverno, são fatores que jogam contra os Kamov. Ao que consta, e se não houver novamente interessados nos helicópteros bombardeiros pesados adquiridos em 2007, a venda é mesmo uma hipótese plausível.






quarta-feira, 28 de agosto de 2013

KAMOV DE COMBATE A INCÊNDIOS ATERRA DE EMERGÊNCIA (M1132 - 244PM/2013)

Kamov Ka-32 da Proteção Civil

Um helicóptero Kamov que combatia um incêndio aterrou esta quarta-feira de emergência no aeródromo de Viseu, devido a um problema mecânico, mas sem causar feridos, disse à Lusa fonte do Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) de Lisboa.
"Tratou de uma situação pontual. O helicóptero teve uma falha mecânica e foi forçado a aterrar no aeródromo de Viseu pelas 19:20 devido a um problema mecânico", afirmou o adjunto nacional de operações, Miguel Cruz.
Aquando da aterragem, estavam no interior do aparelho dois pilotos e «ambos estão bem», sem qualquer ferimento, acrescentou o responsável.
O helicóptero mantém-se no aeródromo de Viseu onde vai ser reparado, segundo Miguel Cruz.
Este helicóptero estava a combater um incêndio que lavra desde as 11:47 da manhã na localidade de Bigas/Lordosa, no distrito de Viseu.
Pelas 20:50, combatiam este fogo com uma frente ativa 122 operacionais e 31 veículos, de acordo com a informação disponível na página da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), noticia a Lusa.

Fonte: TVI24

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

GOVERNO ANUNCIA REFORÇO NOS MEIOS DE COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS (M883 - 56PM/2012)


Teve finalmente um fim no passado dia 15 de fevereiro de 2013, a polémica com o concurso para a contratação de 25 helicópteros ligeiros de combate aos incêndios florestais. O resultado estava em suspenso por alegadas falsificações de documentos apresentados a concurso pela Everjects, que agora foi pronunciada vencedora, com uma proposta 1,4M EUR mais barata que a concorrente HeliPortugal.
O contrato a celebrar terá o valor aproximado de 40M EUR, para a operação dos referidos helicópteros durante os próximos cinco anos. De fora ficam ainda os helicópteros bombardeiros pesados Kamov Ka-32, cujo concurso não despertou o interesse de operadores nacionais nem internacionais e cuja operação é para já incerta.
Entretanto e já durante o fim de semana, o Ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, anunciou durante a inauguração do quartel general dos bombeiros de Favaios, que as operações de combate a incêndios florestais vão ser reforçadas com novos meios aéreos e que o novo dispositivo de combate a incêndios irá ser apresentado durante as próximas. Garantiu ainda não ir haver nenhum corte nas estruturas de proteção civil, estando inclusive previsto esse acréscimo de "cinco ou seis meios aéreos".


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

EVACUAÇÃO MÉDICA EM KAMOV KA-32 (M858 -39PM/2012)


Kamov Ka-32 no heliporto do hospital da Universidade de Coimbra
Realizou-se esta tarde mais uma evacuação aero-médica do hospital da Guarda, para o hospital da Universidade de Coimbra num Kamov Ka-32 em operação pela EMA.
Enquanto persiste a incerteza sobre o futuro destes meios aéreos, tanto relativamente ao operador, como aos fins para que é usado, continuam a prestar serviço ao país.
É certo que sendo um excelente meio para o combate a incêndios, para o transporte de doentes estão longe de ser ideais, devido à baixa velocidade de cruzeiro, elevado consumo de combustível e condições de cabine para pacientes e acompanhantes médicos.
Aguarda-se decisão política.


terça-feira, 15 de janeiro de 2013

KAMOV SEM CONTRATO (M832 -15PM/2013)

Kamov Ka-32 com as cores da EMA no combate a um incêndio

Segundo notícias avançadas pelo canal televisivo SIC, o concurso internacional para novo contrato de manutenção e operação dos helicópteros bombardeiros pesados de combate a incêndios Kamov Ka-32, está até ao momento sem interessados e não se prevê venham a aparecer até ao final do prazo.
O contrato no valor de 64M EUR para seis unidades Ka-32 e válido para cinco anos, não despertou o interesse de nenhuma empresa, sendo para já uma incógnita o futuro das operações com estes meios aéreos, que alegadamente o estado tentou já vender também sem sucesso.
De recordar que os custos da frota Kamov para o período de cinco anos transato, foram desde sempre apontados como exagerados.
Incógnita é também o futuro da EMA (Empresa de Meios Aéreos), que opera ainda o modelo apesar de oficialmente extinta em outubro de 2011,  mas desde então sem definição de destino dos meios nem funções  atribuídas, situação que  parece continuar a manter-se, pelo menos relativamente aos Kamov. Os Ecureuil também operados pela EMA, parecem já ter encontrado destinatário em concurso paralelo.
Resta saber que posição irá agora tomar o Governo, face ao atual impasse.


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