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sexta-feira, 8 de agosto de 2025

NOVO CONCURSO PARA SUBSTITUIR O CHIPMUNK

DHC1 Chipmunk Mk.20
 

Foi publicado ontem, 7 de agosto de 2025, em Diário da República, o anúncio de procedimento para novo concurso para a "aquisição de aeronaves de instrução elementar" de pilotagem, para a Força Aérea Portuguesa, o que parece significar que o anterior concurso de outubro de 2024, para encontrar um substituto da frota Chipmunk Mk.20 terá ficado sem efeito, ou o contrato daí decorrente sido resolvido.

Ao que nos é dado a perceber, o Caderno de Encargos deste novo concurso público é sensivelmente idêntico ao do ano transacto, que terá tido como vencedor aeronaves Cirrus, de modelo específico que não chegou a ser conhecido.

O valor global base mantém-se nos 7,317M EUR para sete aeronaves, sistemas de treino sintéticos e demais bens e serviços, tendo no entanto sido recalendarizados os pagamentos para os anos 2026 a 2030.

O prazo para apresentação de propostas é de apenas 30 dias, propostas essas que serão válidas por mais 120, pelo que, sendo o concurso bem sucedido, até ao final do ano deverá ser conhecido o sucessor do venerável Chipmunk, que voa já há 74 anos com a Cruz de Cristo.



sexta-feira, 11 de outubro de 2024

CONCURSO PARA SUBSTITUTO DO CHIPMUNK NA FAP JÁ A DECORRER [M2558– 82/2024]

Chipmunk Mk.20 com a pintura azul comemorativa dos 70 anos de serviço, em formação com outro na última versão da pintura standard da frota, após a modernização na década de 1990
 

Pouco tempo depois de ter sido publicado em Diário da República a autorização para realizar a despesa com a aquisição de aeronaves novas para instrução elementar, por parte da Força Aérea Portuguesa (FAP), o concurso foi já lançado na plataforma eletrónica acinGov no dia 4 do corrente mês de outubro, com prazo de 30 dias para entrega das propostas, a um preço base de cerca de 7,32M EUR.

No caderno de encargos pode por isso ler-se que o objeto da aquisição serão "sete Aeronaves de Instrução Elementar, de asa fixa, na condição “Novo de Fábrica”, incluindo sistemas de treino sintéticos e demais bens e serviços", com um prazo de execução do contrato de 70 meses.

Na prática, os sistemas de treino sintéticos e demais bens e serviços traduzem-se em dois simuladores de voo, um sistema de treino por computador, seis dispositivos de treino por realidade virtual e seis sistemas de planeamento de missão e debriefing. Está ainda contemplada a formação inicial de seis instrutores e até 21 mecânicos e pessoal de terra e provisões de material durante cinco anos, documentação e apoio técnico.

A adjudicação será feita à proposta que tiver o melhor resultado na fórmula que valora o preço total a 90% e vinte requisitos técnicos e logísticos, com diferentes graus de ponderação para os restantes 10%.

Depois de 4 de novembro de 2024 será por isso conhecido o sucessor do Chipmunk, depois de mais de sete décadas a servir nas cores portuguesas.




quinta-feira, 20 de maio de 2021

CROÁCIA ESCOLHE RAFALE [M2256 - 44/2021]


Segundo a imprensa local, o Governo croata decidiu-se pela compra de uma dúzia de caças Rafale F3, para substituir a envelhecida frota de MiG-21 da sua Força Aérea, em decisão tomada hoje me Conselho de Defesa. A decisão deverá ser anunciada oficialmente pelo Governo no Dia das Forças Armadas. 

De acordo com as informações disponíveis, a Croácia deverá pagar um pouco abaixo de 1000M EUR pelo pacote, que inclui células com até 10 anos, treino e armamento. Após a decisão oficial do governo de aceitar a oferta francesa, seguir-se-ão as negociações do contrato.

Aparentemente o negócio será portanto, feito em moldes semelhantes à Grécia, que também recentemente adquiriu células de Dassault Rafale, usadas pelo Armée de l'Air francês.

Além dos Rafale franceses em segunda mão, a Croácia recebeu ofertas de F-16 Block 70 novos dos EUA, Gripen C/D novos da Suécia e  F-16 Block 30 usados de Israel.

O presidente Zoran Milanovic disse pouco depois que o Governo não havia recebido ainda uma recomendação sobre o tipo de aeronave a ser comprada, mas esperava "que ele e o primeiro-ministro se entendessem bem". Questionado se sabia que modelo de avião estávamos comprando, ele respondeu "Sem comentários".

A ser assinado ainda este ano o contrato, a França estará em posição de entregar os seis primeiros aviões em 2024 e os seis restantes um ano depois. Já o presidente Milanović, por outro lado, disse que os aviões devem chegar à Croácia até 2024, o mais tardar.




segunda-feira, 6 de abril de 2020

F-16 DA BULGÁRIA AVANÇAM [M2115 – 33/2020]

Lockheed Martin F-16V Viper    Ilustração: Lockheed Martin

A 2 de Abril de 2020, a Lockheed Martin recebeu um contrato no valor de 512M USD, para o fabrico de oito F-16 Bloco 70, destinados à Força Aérea da Bulgária. Os caças destinam-se a substituir finalmente a frota MiG-29 em actividade desde os tempos do Pacto de Varsóvia.

Após um longo caminho, que chegou a contemplar os F-16 que Portugal acabaria por vender à Roménia, com inúmeros avanços, retrocessos e reviravoltas, o processo de renovação da aviação de caça búlgara, parece finalmente ter chegado ao fim. Portugal chegaria mesmo a apresentar uma proposta para o fornecimento de F-16MLU a modernizar na OGMA, que perdeu então para a os suecos com JAS39 Gripen C/D novos. Por entre eleições e pressões políticas dos mais diferentes quadrantes, este concurso seria mais tarde anulado, tendo sido emitido novo pedido de propostas (Request For Proposals - RFP) a 2 de Julho de 2018.

MiG-29 búlgaro e F-16 da USAF  no exercício Thracian Star 2014      Foto: USAF

Responderam positivamente a 1 de Outubro de 2018, os EUA (com F-16 e F-18 novos), Suécia (Gripen C/D novos) e Itália (Typhoon usados). França, Alemanha, Israel e Portugal não apresentaram nova proposta desta vez.

A 10 de Julho de 2019, o Conselho de Ministros de Sófia aprovou finalmente o pré-acordo com os EUA, para a primeira fase do programa de renovação de caças da sua Força Aérea, a incluir seis F-16V monolugares e dois bilugares, no valor de 1250M USD, pagos a 12 de Agosto do mesmo ano.

O custo unitário por célula de F-16V rondará assim os 64M USD. A diferença entre o valor total do contrato com a Lockheed Martin e a verba consagrada para a primeira fase, está destinada à aquisição de armamento, equipamento auxiliar, logística e ao programa de acompanhamento, treino e assistência técnica.

A segunda fase, que inclui outros oito F-16V, prevê pagamentos parcelares e segundo o Ministério da Defesa búlgaro, deverá ser consideravelmente mais barata, uma vez que a maior parte dos equipamentos auxiliares serão adquiridos na primeira fase.

Os trabalhos de construção e montagem dos caças serão levados a cabo em Forth Worth, Texas e Greenville na Carolina do Sul, EUA, estando a última entrega prevista até 31 de Janeiro de 2027.

Depois do Barém e Eslováquia, a Bulgária irá tornar-se o terceiro utilizador de F-16V novos. A versão pode, no entanto, ser também aplicada a aeronaves já em operação, através de kits de modernização, semelhantes ao processo MLU, tal como tem vindo já a fazer Taiwan com a sua frota de F-16A/B e irão fazer Marrocos, Grécia, Coreia do Sul e Singapura com F-16C/D.

Já a Croácia, que tinha a decorrer um concurso para aquisição de caças destinados a substituir o seus MiG-21, tendo solicitado propostas para F-16V e Gripen novos, além de Rafale, Typhoon e F-16 usados, adiou o prazo das respostas de 7 de Maio, para data a definir, devido à pandemia causada pelo COVID-19.


segunda-feira, 23 de abril de 2018

KOALA AGUARDA PELO TRIBUNAL DE CONTAS PARA SUBSTITUIR ALOUETTE (M1967 - 27/2018)

Leonardo AW119 Koala


O AW119 Mk.II Koala da Leonardo, aguarda pela aprovação do Tribunal de Contas, para substituir o lendário helicóptero Alouette III na Força Aérea Portuguesa.

Ao concurso lançado em Maio de 2017, corresponderam Airbus Helicopters e Leonardo com o H125 Ecureuil e AW119 Koala. Tendo a proposta da Airbus sido eliminada - não se conhecendo oficialmente as razões para tal ter sucedido - ficaria a Leonardo sozinha na corrida para o fornecimento de cinco a sete unidades de um helicóptero ligeiro, que permitisse substituir o Alouette na missão primária de formação de pilotos na Força Aérea Portuguesa, e secundárias de busca e salvamento, apoio a incêndios e evacuações sanitárias.

Em Novembro, já depois do prazo de 31 de Outubro, definido para a escolha do modelo vencedor, o Ministério da Defesa rejeitou o recurso da Airbus, confirmando o modelo da Leonardo como único concorrente a preencher todos os requisitos concursais. O vencedor do concurso contudo, não chegaria a ser divulgado oficialmente, julgando-se então que a razão pudesse ser a vontade expressa pelo Governo, de adquirir mais meios para o combate a incêndios, ainda no rescaldo da tragédia de Outubro de 2017, que poderia ditar uma redefinição dos parâmetros do concurso.

Sabe-se agora, segundo notícia veiculada no dia de ontem pelo Correio da Manhã, que o contrato estará mesmo assinado desde 27 de Dezembro de 2017, mas o Tribunal de Contas devolveu o processo ao Ministério da Defesa, há já "mais de duas semanas", solicitando documentação adicional. Será esta a razão para não ter havido um anuncio oficial do substituto do Alouette.

O concurso previa 28 meses para o fornecimento de todas as unidades. Contudo, as duas primeiras estavam previstas chegarem ainda antes do final de 2018, situação que poderá agora ficar comprometida, devido às tramitações em curso.

Segundo a opinião de elementos ligados à avaliação das propostas, o modelo da Leonardo era mesmo o mais forte e o que reunia mais consensos, independentemente da desclassificação do H125 da Airbus.

A Força Aérea utiliza já doze EH101 Merlin e a Marinha cinco Lynx Mk.95 (actualmente em modernização),  modelos igualmente da Leonardo.






quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

USAF AVANÇA COM AVIÃO DE ATAQUE LEVE [M1951 - 11/2018]

O A-29 Super Tucano da brasileira Embraer, a ser construído pela Sierra Nevada para a USAF, casa vença a avaliação

Na sexta-feira passada, 16 de fevereiro de 2018, a Secretária da Força Aérea dos EUA (USAF), Heather Wilson, revelou que tem reservados 2400M USD para gastar numa nova frota de aviões de ataque leve, ao longo dos próximos cinco anos.

O mesmo ramo das forças armadas americanas, já tinha anunciado no início do corrente mês, o cancelamento da demonstração de combate planeada para este segmento de aviões, em detrimento de um segundo teste, que colocará frente a frente, desta vez apenas dois dos concorrentes iniciais.

No primeiro Light Attack Experience, realizado em Holloman, Novo México, em Agosto de 2017, estiveram em avaliação o Textron Scorpion, AT-802, o Beechcraft AT-6B Wolverine e o A-29 Super Tucano da Embraer/Sierra Nevada.

O AT-6 Wolverine será uma vez mais o concorrente do avião de origem brasileira

Desta vez, apenas o AT-6 e o A-29 estarão em competição, entre Maio e Julho próximos na base de Davis-Monthan, Arizona. Segundo Heather Wilson, a intenção é "trabalhar de perto com a indústria para testar a manutenção, redes de dados e sensores, nos dois aviões de ataque leve mais promissores". Segundo a Secretária da USAF, "isto permitirá reunir a informação necessária para uma rápida encomenda".

O Teste de Holloman custou 6M USD e foi pensado para determinar a utilidade militar das plataformas participantes. Um total de 16 tripulantes da USAF formaram a equipa de avaliação, incluindo 12 pilotos e 4 oficiais de armamento. Participaram ainda dois crew chiefs, quatro mecânicos de armamento. 13 engenheiros avaliaram os aviões e seis controladores de voo controlaram as missões de teste.

Após esta fase, a USAF inicialmente planeou enviar os finalistas para o Comando Central da USAF para "demonstrações de combate", em que voariam missões reais de combate. Chegariam entretanto à conclusão de ter já "a informação certa" para poder seguir em frente.

Segundo um email da porta-voz da USAF, Maj Emily Grabowski, desta vez a ênfase será colocada nos "requerimentos de logística e manutenção, questões de sensores e armamento, validação de programas de treino (syllabus), redes e futura interoperabilidade com outros parceiros". O mesmo documento revela ainda que "a Força Aérea irá igualmente testar a construção e operação de uma nova rede, exportável e económica, que permita às aeronaves comunicar com forças conjuntas e multinacionais, bem como centros de Comando e Controlo".

Segundo a Secretária da USAF, o número de aeronaves a adquirir ainda não está definido: "Quando terminarmos o teste, veremos quantos queremos comprar, a que ritmo, começando em que ano e que sensores queremos neles. (...) É essa a intenção de testar e seguir rápido em frente. Vamos adicionando coisas enquanto avançamos".

Além de pretender uma aeronave de combate de baixo custo, que permita aliviar o esforço de combate nos caças de 4ª e 5ª Geração, a USAF quer utilizar o presente programa de testes, como modelo para aligeirar futuros concursos de aquisição de aeronaves.




quinta-feira, 26 de outubro de 2017

PILOTOS DE CAÇA BÚLGAROS EM GREVE (M1932 - 69/2017)

 MiG-29 búlgaro em Graf Ignatievo           Foto: Hailey Haux/USAF

Numa altura em que a decisão do novo caça para substituir os MiG-29 na Força Aérea Búlgara foi novamente adiada, chegam notícias de que os pilotos da base aérea de Graf Ignatievo se terão recusado a realizar os voos de treino previstos para a manhã de 24 de Outubro de 2017. A missão de policiamento aéreo contudo, terá estado sempre assegurada.

Segundo o jornal online Sofia Globe, oficialmente o vice-ministro da defesa Atanas Zapryanov negou num primeiro momento que quaisquer voos tenham sido suspensos, enquanto o comandante da base aérea alegou razões meteorológicas para o cancelamento dos mesmos voos. Já o ministro da Defesa optou por referir que "alguém está a tentar criar tensão artificialmente" e que iria inteirar-se da situação.

Mas se por um lado as condições meteorológicas na região de Graf Ignatievo eram suficientemente verosímeis para justificar o cancelamento dos voos, o General Tsanko Stoykov confirmou publicamente em entrevista durante as comemorações do centenário da aviação militar no país, o baixo estado anímico que o adiamento da aquisição dos novos caças provocou dentro da Força Aérea local: "sentem-se negligenciados, algo ofendidos e essas razões reflectem-se na sua motivação de continuar na Força Aérea", disse a propósito.

O mesmo órgão de comunicação social, bem como a Rádio nacional da Bulgária, haviam reportado no próprio dia 24 uma "recusa massiva dos pilotos para voar" devido a preocupações de segurança com o estado dos aviões e o adiamento da aquisição de novos caças, invocando por isso estar "psicologicamente inaptos" para voar.

Ainda segundo o Sofia Globe, dez dos doze motores  modernizados dos MiG-29 entregues à Força Aérea, ainda não foram colocados em operação, devido a falhas na documentação dos mesmos. Falta de lubrificantes para os motores, causando a paragem quase total da frota, foi igualmente já assinalada em Maio e Junho transactos.

Entretanto, o canal de televisão BTV confirmou inequivocamente a razão do cancelamento dos voos ser o descontentamento pelo estado da Força Aérea, citando mesmo o vice-ministro da Defesa Atanas Zapryanov que atribuía a falta de confiança dos pilotos ao "treino insuficiente por horas de voo insuficientes". O mesmo interlocutor adiantou ainda que uma reunião com os pilotos iria ser realizada e que os problemas com a documentação dos motores (seis novos e quatro modernizados) estavam a ser tratados.
Segundo Atanas Zapryanov, um relatório do comandante de Graf Ignatievo dava sete MiG-29 como operacionais, e que assim que mais motores ficassem disponíveis, este número aumentaria, permitindo alargar as horas de voo.

Já o próprio ministro da Defesa, acerca do mesmo tema e desenvolvendo a sua teoria de que "alguém está a criar tensões artificialmente" referiu que as prioridades tinham sido definidas: primeiro manutenção e modernização do equipamento existente e depois as negociações e a aquisição de novos caças. Mostrou-se ainda "surpreendido por [os pilotos] terem descoberto que existem problemas no mundo da aviação" e que não fazia ideia por que razão estes pensavam que um novo caça não iria ser adquirido. Rematou o assunto com " já haveria um novo caça se estes fosse um aspirador, em que vais à loja, pagas, traze-lo e usa-lo", admitindo ainda o "estado crítico" em que se encontram as Forças Armadas do país, mas que os problemas não se resolvem com "uma varinha mágica".

Por detrás do atraso na decisão do novo modelo de caça a adquirir, estarão jogadas políticas de bastidores, por parte das facções apoiantes do Gripen e do F-16 principalmente. Apesar do primeiro-ministro Boiko Borissov ser aparentemente um dos apoiantes do Gripen e se ter proposto a avançar com as negociações com a Saab numa primeira fase após o anúncio do gripen como vencedor, o seu partido GERB - que iniciou a investigação parlamentar que resultaria na anulação do primeiro concurso - pretende uma aproximação aos interesses americanos (F-16), sugerindo uma uniformização com as frotas dos países vizinhos Roménia, Grécia e Turquia, todos utilizadores de F-16.
O presidente da Bulgária e ex-Chefe de Estado-Maior da Força Aérea Gen. Rumen Radev, definiu a reviravolta  no processo de aquisição dos caças, como um ataque pessoal, face às acusações de que foi alvo por parte do líder parlamentar do GERB, de ter favorecido o Gripen.

Portugal está envolvido na proposta de fornecimento dos F-16,  recebendo células usadas dos EUA para modernizar na OGMA e posterior exportação para a Bulgária.


quarta-feira, 25 de outubro de 2017

BULGÁRIA RELANÇA CONCURSO PARA AQUISIÇÃO DE CAÇAS (M1930 - 67/2017)

Alinhamento de caças F-16 semelhantes aos que Portugal se propõe fornecer à Bulgária

A Bulgária irá lançar um novo concurso para a aquisição de oito caças destinados a substituir a frota de MiG-29 actualmente a desempenhar a missão de defesa aérea do país.

Contrariando a recomendação de um grupo Ministério da Defesa que aconselhava a aquisição de Gripen novos, após o primeiro concurso ao qual Portugal e Itália também concorreram, com F-16 e Typhoon usados, respectivamente, a Assembleia Nacional búlgara votou a favor da reabertura do processo concursal.

A escolha do Gripen cedo foi contestada pelo novo Governo empossado em Sófia, pouco tempo depois da decisão tomada pelo anterior Governo de gestão em Abril passado. No início do corrente mês de Outubro de 2017, uma comissão parlamentar emitiu finalmente um relatório, recomendando o relançamento do concurso, relatório esse que seria aprovado com 126 votos a favor, 59 contra de duas abstenções.

Acerca do assunto, em entrevista à televisão búlgara, o ministro da Defesa Krasimir Karakachanov revelou que apesar de pessoalmente preferir aviões novos, isso só deverá acontecer se estes puderem ser pagos ao longo de um período de tempo mais alargado do que o inicialmente previsto.
Com alguma surpresa, afirmou ainda que o país deveria investir na modernização da actual frota de MiG-29 e Su-25 de origem russa.
Adiantou ainda que pretende levar o novo programa de concurso a conselho de Ministros, no início de Novembro.

Portugal terá por isso uma nova oportunidade para melhorar a proposta de fornecimento de caças F-16 à Bulgária. De recordar que a proposta lusa contemplava o fornecimento de células de F-16 usadas, vindas dos EUA e modernizadas na OGMA, aproveitando as capacidades criadas com o programa MLU de modernização da frota de F-16 da Força Aérea Portuguesa.

Portugal entregou recentemente o último lote de doze F-16 vendidos à Roménia em condições similares, embora com a nuance de se ter tratado de aeronaves operadas pela Força Aérea Portuguesa, o que não será o caso na eventualidade de ganhar o concurso da Bulgária.


quinta-feira, 10 de agosto de 2017

SUCESSOR DO ALOUETTE III EM AVALIAÇÃO (M1916 - 53/2017)

Sud-Aviation SE-3160 Alouette III da FAP


O Ministério da Defesa confirmou a recepção de duas propostas para o concurso de substituição dos helicópteros ligeiros Alouette III da Força Aérea Portuguesa. A Airbus Helicopters apresentou-se com o H125 (anteriormente conhecido por AS350B3e), enquanto a Leonardo concorreu com o AW119Kx.

O novo modelo a ser escolhido terá como missão primária a instrução de pilotagem e secundárias de busca e salvamento, apoio no combate a incêndios e evacuações sanitárias.

H125 (então AS350B3) em uso pela Protecção Civil 


O H125 poderá ter como vantagem ser um dos helicópteros mais usados em todo o mundo, acumulando um total  superior a 30 milhões de horas voadas. Está classificado como sendo um excelente helicóptero de montanha, tendo inclusivamente estabelecido o recorde mundial de aterragem e descolagem  uma altitude de 8850m, no Monte Evereste.
Tem também sido extensamente utilizado no combate a incêndios em território nacional, estando algumas unidades em uso pela Protecção Civil , herdadas da extinta EMA. Poderá ser este outro trunfo a favor do H125, caso haja a intenção de integrar os helicópteros da Protecção Civil  no inventário da FAP, para uma desejável uniformização de frotas.

Leonardo AW119Kx Koala                              Foto: Leonardo


Já o AW119Kx Koala da Leonardo está descrito pelo fabricante como o "mais espaçoso e mais potente helicóptero monomotor multifunções", características eventualmente valorizadas para as funções de Busca e Salvamento. Sendo um projecto mais recente que o concorrente da Airbus, poderá igualmente tirar alguns dividendos nos aspectos técnicos. Está em uso em oito países em todo o mundo, entre forças armadas, forças de segurança e particulares.

As propostas estão desde o início de Julho em fase de avaliação por parte da comissão nomeada para o efeito, sendo avaliadas segundo os parâmetros processuais definidos aquando do anúncio do concurso, e que contemplam além do preço, mais-valias técnicas e logísticas.

O valor máximo previsto a gastar com o programa de aquisição, entre 2018 e 2020 é de 20,5M  EUR. O Ministério da Defesa afirmou pretender concluir o processo de aquisição dos helicópteros até ao fim do corrente ano de 2017.





sexta-feira, 19 de maio de 2017

BULGÁRIA: F-16 PORTUGUESES AFINAL... TALVEZ (M1898 - 35/2017)

F-16A MLU modernizado em Portugal


Apesar da divulgação da proposta sueca, como vencedora do concurso do programa de aquisição de caças para a Força Aérea Búlgara, o novo ministro da Defesa daquele país veio hoje informar que irá rever as ofertas, entre as quais se encontra a portuguesa.

Tal como o Pássaro de Ferro oportunamente noticiou a 26 de Abril de 2017, o então governo interino anunciou o Saab JAS-39 Gripen como vencedor. O timing da decisão contudo foi algo estranho, dado ter acontecido a escassos dias da tomada de posse do novo Governo.

E é esta precisamente a razão invocada pelo novo ministro da Defesa de Sófia, Krasimir Karakachanov : "o novo Governo irá rever e discutir as três ofertas para a compra de novos caças modernos para a Defesa búlgara. (...) O Governo interino actuou precipitadamente quando apresentou um relatório sobre as ofertas no Conselho de Ministros, sabendo que não teriam tempo para olhar para ele", proferiu em entrevista à rádio búlgara Focus.
Concluindo ainda: "as ofertas serão calculadas de novo, para avaliar as possibilidades para o Estado búlgaro. O contrato irá custar uma soma considerável, cerca de 1500M BGN [Nota: cerca de 770M EUR], pelo que o Governo tem de evitar cometer erros".

Reabrem-se assim as possibilidades, para que a oferta apresentada por Portugal de F-16 vindos dos EUA e modernizados em Portugal, possa ser a escolhida por Sófia, para substituir a envelhecida frota de MiG-29 da FA Búlgara.
Itália com Typhoon igualmente em segunda mão e Suécia com Gripen novos, foram os restantes países presentes ao concurso.




quarta-feira, 27 de novembro de 2013

MINISTRO DA DEFESA BRASILEIRO: F-X2 É PARA CONTINUAR (M1292 - 361PM/2013)




Em entrevista  ao jornal Folha de S. Paulo, o Ministro da Defesa brasileiro Celso Amorim respondeu a todas as perguntas incómodas e temas quentes da atualidade militar do país e da aviação em particular, como o programa de aquisição do novo caça para a FAB F-X2, a retirada dos Mirage 2000, o fim de vida dos Hercules e outras hipóteses ventiladas na comunicação social brasileira.

O Pássaro de Ferro transcreve seguidamente os excertos relacionados com a aviação:


"O que está faltando para ser encerrado o programa da compra dos caças? O chamado F-X2?
Eu estou muito confiante de que vai ter um bom andamento, mas quanto menos eu falar dele melhor.

Pelo que entendi o sr. já disse até que o Brasil poderia negociar uma parceira de construção de caças de quinta geração com a Rússia, me corrija se eu estiver errado. A Rússia que está desenvolvendo esses modelos de quinta geração. Houve alguma evolução aí nessa área?

Olha, isso é uma possibilidade para o futuro. Volto a insistir, nós não podemos ter todos os ovos em uma única cesta. Nós não sabemos o que é o futuro do mundo. Nós gostamos de pensar que o mundo é uma coisa certinha, de que todo mundo vai se comportar sempre de uma mesma maneira, mas não é assim. Veja bem, eu sou de uma geração que viu a Guerra Fria. A Guerra Fria acabou, não existe mais bipolaridade, existe multipluralidade de informação, o mundo mudou muito e eu não sei nesse mundo novo, cheio de incertezas, o que vai acontecer. Então eu tenho que ter uma diversificação. Eu acho que isso é essencial para a segurança do Brasil. Então, sobre esse aspecto é que, digamos, nós estamos abertos a uma cooperação para um caça de quinta geração com qualidades que o de quarta e meia, com dizem, não terá, com a Rússia e com, eventualmente, outros. Não é só com a Rússia. A Rússia sugeriu essa hipótese também. É uma hipótese que nós temos que considerar. De qualquer maneira isso é uma coisa que ainda terá que ser para o futuro porque de imediato nós temos que preencher a necessidade que existe hoje. Essa necessidade de hoje nós vamos ter que preencher ainda com os caças de quarta geração. Eles dizem quarta e meia porque eles já estão um pouco melhorado. E é isso que nós estamos tratando de fazer.

Ainda que seja para o futuro, o caça de quinta geração, uma coisa está entrelaçada com a outra. Se fosse possível esse acordo com a Rússia, os caças de quinta geração, o desenvolvimento deles
Hoje o Brasil é um Bric, né? O Brasil participa de vários O Brasil tem essa vantagem, o Brasil não é de nenhuma aliança militar, nem com os Brics, obviamente, nem com nenhuma outra. Então o Brasil tem a liberdade de ter um avião com um, de ter um sistema antiaéreo com outro, de procurar fazer um submarino com terceiro e com isso ele vai aprendendo mais. Porque se você tem só uma único fornecedor, você fica na mão dele, em todos os sentidos, económico e tecnológico.

Tem uma especulação aí no mercado sobre o seguinte, por que eu perguntei do caça de quinta geração dos especialistas: uma solução intermediária acertando, eventualmente, para o futuro sobre essa parceria de caças com a Rússia, o Brasil poderia, eventualmente fazer leasing de caças russos

Não está em consideração.

Não?
Não está em consideração.

Não há essa hipótese?

Não há essa hipótese, tanto quanto eu saiba. 

Parece que o ministro [da defesa da Rússia] Sergei Shoigu... 
Eles gostariam que a gente fizesse um leasing, mas isso não nos dá nada porque nós queremos ter...Veja bem...

Seria cancelado o F-X2, é isso?
É óbvio que nós não faremos isso. O F-X2 vai se realizar.

Vai ser comprado, não vai ter essa história de leasing então?
Não.

Qual é o cronograma do F-X2? Porque isso já tem mais de uma década, bem mais de uma década já. Qual é a sua expectativa realista, vamos dizer assim?
A minha expectativa realista, eu sou sempre muito otimista, porque eu acho que otimismo faz parte da descrição do homem público, porque senão ele tem outros objetivos. Eu como não tenho nenhum outro, sou otimista. Portanto, a minha expectativa é para que algo muito breve ocorra.

O sr. acha que dentro do governo da presidente Dilma Rousseff que termina em dezembro do ano que vem, no mandato atual da presidente Dilma, o Brasil vai ter concluído esse programa de compra dos caças?
Olha, veja bem. Entre uma decisão final para comprar determinado caça e a chegada dele no Brasil levará algum tempo. Eu creio que a decisão final será tomada bem antes disso.

A presidente tem falado para o sr. que vai tomar essa decisão?
Minhas conversas com a presidenta são, do meu ponto de vista, totalmente privadas. Se ela quiser conversar a esse respeito ela pode, eu não.

Em que medida esse episódio aí da espionagem, da NSA, acabou afastando um pouco a possibilidade da Boeing vencer essa concorrência dos caças?

Eu devo dizer o seguinte: tanto quanto eu sei, a decisão sobre esse tema será técnica. Técnica levando em conta os elementos de performance, transferência de tecnologia, inclusive acesso a código fonte, e preço. Três elementos. Ficaram três países na concorrência. Caças de três países, eu quero dizer. Quanto a isso não há recuo mais, são esses três mesmo.

Ou há ainda possibilidade de haver até revisão disso?
Você sabe que eu filosoficamente não gosto de falar em coisas absolutas, mas eu não vejo nenhuma possibilidade de revisão disso. Não vejo, não está no horizonte, não está nas considerações.
(...)

O sr. falou dos Hercules que estão chegando aí ao final do ciclo de vida útil deles. Os caças Mirage também, parece que no final de ano terão que ser aposentados, é isso? Haverá um buraco aí entre a aposentadoria dos caças e a chegada dos novos, o que vai se fazer nesse hiato?

Há duas coisas que eu tenho que lhe dizer. Primeiro, os nossos caças mais antigos foram todos modernizados, que é claro que não é a mesma coisa, mas eles têm, digamos, uma aviónica moderna, uma capacidade de tiro modernizada, então nós não vamos ficar desprotegidos. A segunda coisa que eu quero dizer é que eu não sei qual caça que vai ser escolhido, mas qualquer um deles, todos eles ofereceram soluções intermediárias também enquanto não ficar pronto o primeiro caça que for encomendado. Então nós estaremos --claro que não tão bem protegidos como gostaríamos--, mas não vamos ficar pior do que estávamos com o Mirage, que aliás já se tornou caríssimo, cuja manutenção se tornou muito cara.

Ou seja, o fornecedor desses caças vai oferecer uma solução de transição aí para que o país não fique sem esse equipamento no período em que os novos não chegam?
Isso, seguramente. Os novos, em relação aos quais a ideia é progressivamente produzi-los no Brasil, numa proporção crescente. É preciso também que isso fique... é muito importante. É muito diferente dos caças do passado, que vinham prontos."


Entrevista completa da Folha de S.Paulo em: http://www1.folha.uol.com.br/poder/poderepolitica/2013/11/1377119-leia-a-transcricao-da-entrevista-de-celso-amorim-a-folha-e-ao-uol.shtml

terça-feira, 5 de novembro de 2013

CONCURSO 100 ANOS DE AVIAÇÃO MILITAR EM PORTUGAL (M1253 - 329PM/2013)



No âmbito das comemorações do Centenário da Aviação Militar em Portugal, que se vão iniciar em 2014, a Força Aérea Portuguesa lança ao público um desafio – a criação de um logótipo representativo da efeméride.

Para a elaboração e apresentação das propostas, os participantes deverão consultar o regulamento do concurso, sendo que a data limite para receção dos trabalhos será o dia 4 de dezembro de 2013.

Mostre a sua criatividade e faça parte da história da Aviação Militar!

Consulte o Regulamento


Fonte: Força Aérea

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

FIM DE SEMANA ENTRE AVIÕES REAIS E MINIATURAS (M1184 - 74AL/2013)

Vai acontecer no próximo fim de semana, o XIII Concurso de Modelismo de Maceda/Ovar, juntamente com as comemorações no AM1 dos 61 anos da Força Aérea.
O Pássaro de Ferro associar-se-á à iniciativa, através da atribuição de menções honrosas aos modelos a concurso e que assim o mereçam.
Vá. Passe bons momentos junto dos aviões, de todos os tamanhos e feitios. Aprecie a arte do modelismo, esteja perto de algumas das máquinas que fazem o dia a dia da FAP e de aviões que já não voam mas que, pertencendo ao núcleo local (AM1) do Museu do Ar, ainda nos trasnportam nas asas das suas memórias!
Se for no domingo, dia 29, vote e vá ver ou vá ver e depois vá votar! São dois deveres cívicos!
Clique nos cartazes e leia o programa. Ajuste-o à sua agenda!




sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

BATISMO DE VOO EM C-130 - CONCURSO JORNAL TAKE-OFF (M838 -21PM/2013)

Litografia da nova pintura comemorativa           Ilustração:Miguel Amaral

O C-130 da Força Aérea Portuguesa comemorou 70.501 horas de voo, havendo lugar a uma pintura memorativa deste feito.

O jornal Take-Off Jornal abraçou esta iniciativa e foi um dos patrocinadores da pintura especial de um dos C-130 ao serviço da FAP, a par também da ANA - Aeroportos de Portugal e da Associação Portugal Spotters.
Assim sendo, vai haver um baptismo de voo de C-130 e o Take-Off tomou a iniciativa de presentear um dos seus seguidores do Facebook com um convite para esse voo.

O feliz contemplado, será o vencedor da melhor frase postada no Facebook do Take-Off, e poderá desfrutar do voo em C-130, a realizar na próxima segunda-feira, 21 de janeiro de 2013.
A frase deve conter as seguintes palavras:
- Jornal Take-Off
- Força Aérea Portuguesa ou FAP
- C130
- 70.501 horas de voo
- ANA - Aeroportos de Portugal ou ANA

Facebook do Take-Off:
http://www.facebook.com/takeoff.jornal

sábado, 29 de setembro de 2012

CONCURSO DE MODELISMO MACEDA 2012 (M718 - 89PM72012)



Está a decorrer este fim de semana no AM1 em Ovar- Maceda a XII Exposição de Modelismo / VII Concurso de Modelismo, integrados no programa de comemorações do 60º Aniversário da Força Aérea para aquela unidade.
O Pássaro de Ferro terá o prazer de se associar ao evento, atribuindo 3 Menções Honrosas a outros tantos modelos/dioramas que retratem temas de aviação.
Do programa, para o dia de amanhã, constam ainda várias atividades, de acordo com o programa seguinte, com destaque para a oportunidade de poder observar num mesmo local modelos e aeronaves reais:

30 de setembro de 2012

10H00 - Abertura ao público;

- Abertura da exposição/ concurso de modelismo;

- Mostra de atividades operacionais;

- Stand do Centro de Recrutamento da Força Aérea;

- Visitas ao Pólo do Museu do Ar;

- Exposição estática de aeronaves;

- Batismos  em viatura blindada APC Condor;

10H15 e 14H30 - Demonstração da Secção de Assistência e Socorro;

10H30 e 15H45 - Demonstração cinotécnica;

11H15 e 15H00 - Exibição de aeromodelismo;

11H45 e 16H30 - Voo de exibição da aeronave DO-27 do Museu do Ar;

16H30 - Encerramento do concurso de modelismo e atribuição de prémios;

17H00 - Encerramento.

Localização do AM1 (clicar)
Coordenadas GPS:  40°55'26.18"N    8°38'6.69"W 




sábado, 3 de março de 2012

E O VENCEDOR É... (M610-20PM/2012)


A-29 Super Tucano da Força Aérea Brasileira

O truque não é novo, mas tal como num bom número de ilusionismo, a segunda vez não deixa de causar espanto. Após o anúncio do vencedor do concurso para a aquisição de um caça para funções LAS (Light Air Support) para a USAF em dezembro passado, dá-se (mais uma vez) o golpe de teatro (ou magia) e sob o argumento de "insatisfação com a qualidade da documentação que sustenta a decisão de aceitação da oferta da Embraer", o Secretário da Força Aérea Norte-Americano dá o dito pelo não dito e cancela a compra de 20 aviões Embraer A-29 Super Tucano no valor de USD 355M.

Num processo aparentemente encerrado com a decisão favorável ao avião do consórcio Embraer/Sierra Nevada, já anteriormente a Hawker Beechcraft fabricante do AT-6 Texan II também a concurso, havia protestado alegando irregularidades processuais, apesar da aeronave brasileira ser manifestamente superior tecnicamente.

Após a decisão Norte-Americana, a Embraer emitiu um comunicado lamentando este volte-face, em que reafirma ter entregado toda a documentação requerida pelo concurso.

Na memória recente dos concursos para aquisição de aeronaves da USAF está ainda bem presente a multimilionária renovação da frota de aviões-tanque, ganha pela europeia Airbus, mas entregue à Boeing após alguns truques de prestidigitação do Tio Sam.

Tal como em 2008 com o concurso de tankers para a USAF, 2012 é também ano de eleições nos EUA e o estado económico da nação sabe-se, não é o melhor. A alienação de compras de material militar não é vista com bons olhos por democratas nem republicanos.

A medalha no entanto pode ter o seu reverso na aquisição de caças avançados para a Força Aérea Brasileira, em que está a concurso o F/A-18 Super Hornet de fabrico estadunidense. E no Palácio do Planalto em Brasília, na hora de decidir a quem atribuir os cerca de USD 3000M  respeitantes aos 36 caças a voar com o cocarde brasileiro, a história recente será certamente tida em conta. "Time to payback", ao estilo de Hollywood, mas com sotaque brasileiro.


segunda-feira, 2 de novembro de 2009

MODELISMO EM MACEDA 2009











Decorreu durante o passado fim-de-semana mais um concurso/exposição de modelismo em Maceda, onde os modelistas nacionais e internacionais puderam apresentar algumas das suas melhores criações.
Desde monumentos em cartão, passando por navios em madeira, figuras da BD, modelos de series de ficção científica, submarinos, porta-aviões, tanques de guerra e como quase sempre, especial incidência na aviação.
Alguns excelentes exemplares puderam ser vistos por quem passou pela Junta de Freguesia de Maceda, local que albergou o evento. Cuidadosamente detalhados, envelhecidos, alterados para representar um modelo em particular, ou simplesmente exóticos. Um mundo à escala, paralelo ao real, eternizando momentos históricos ou simplesmente imaginados como foram, ou podiam ser.

Este ano contou ainda com o aliciante da visita à secção museológica do Aeródromo de Manobra nº1 – que fica a poucos quilómetros do local da exposição – promovida pela organização da exposição e contando com a gentileza da Força Aérea, que permitiu certamente tirar muitas dúvidas aos modelistas acerca deste ou aquele pormenor que as fotos disponíveis não permitiam dissipar; para buscar inspiração para novos modelos, ou simplesmente fazer um “walkaround” despreocupado, só pelo gosto de ver, tocar, ou até sentar-se dentro de uma dessas maravilhosas máquinas voadoras que marcaram épocas ao serviço da FAP.

Curiosamente os modelos nacionais este ano não estiveram particularmente em evidência na exposição, salvo honrosas excepções, não representativas do muito que se fez e faz por cá, numa altura em que até existem no mercado muitos mais modelos e decalques que há alguns anos atrás.

Nesse aspecto, é de louvar o esforço de algumas marcas que têm lançado decalques de muitas aeronaves históricas portuguesas, permitindo suprir uma lacuna muitas vezes difícil de contornar com qualidade.

É igualmente digna de registo a quantidade de kits, decalques e acessórios disponíveis na loja BigCat (patrocinadora do certame), quando muitas fecham, remetendo os modelistas para compras à distância.

Quem venceu o V Concurso de modelismo de Maceda, será porventura o menos importante de um fim-de-semana bem passado e como sempre para o ano espera-se mais e melhor.

No modelismo o único limite é a imaginação. É disso que vive o seu brilho.


Fotos da visita ao AM1:

Fiat G-91R3 s/n 5452


Cessna T-37C s/n 2427 e CASA C-212 Aviocar s/n 16503


Cessna FTB-337G s/n 13710


Northrop T-38A Talon s/n 2608 e Dornier Alpha Jet s/n 15246


Sudaviation - SE 3160 Alouette III s/n 19368 (heli de alerta busca e salvamento - activo)



domingo, 25 de outubro de 2009

MINGOS & OS SAMURAIS


"Crepúsculo"


"Canopy glow"


"Beating around the bush"

"Manhã de nevoeiro"



"Gémeos siameses"


"Dias de tempestade"

"Modelo à escala"


"Mirror, mirror"



Já dizia Carlos Tê, famoso letrista de Rui Veloso, no álbum deste último datado de 1990 intitulado Mingos & Os Samurais, que o mundo está ofuscado com histórias de triunfo e sucesso. Quando grande parte das nossas vidas se faz de insucessos e de momentos banais.
Mingos & Os Samurais é um álbum conceptual que ao longo de 22 temas conta a história de uma banda "que se arrastou sem glória, mas com alegria e sedução, por diversos palcos durante os primórdios dos anos 70"
As fotos que aqui apresento hoje, à semelhança da foto vencedora pertencem à colecção que submeti ao concurso "Spotting Flash", mas ao contrário dessa já aqui publicada anteriormente e afixada para a posteridade no museu da Base Aérea nº5, não conheceram as luzes da ribalta.
Não é por esse facto que menos gosto delas, pelo que para lhes fazer justiça, qual pai zeloso de todos os seus filhos, aqui lhes concedo os 15 minutos de fama que (também) creio merecerem.
Como os Mingos & Os Samurais também sem glória, mas decididamente com alegria e porventura sedução.


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