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sexta-feira, 30 de outubro de 2020

MAIS DOIS F-16 EX-FAP CHEGARAM À ROMÉNIA [M2197 - 115/2020]

Foto: Adrian Sultanoiu / CER SENIN
Foto: Adrian Sultanoiu / CER SENIN

Realizaram hoje o voo de entrega à Forțele Aeriene Române o terceiro e quarto F-16 MLU, relativos ao segundo contrato de venda de caças ex-Força Aérea Portuguesa.

Foto: Adrian Sultanoiu / CER SENIN

Tal como o Pássaro de Ferro acompanhou, as células ex-FAP 15122 e 15141 tinham sido entregues pela OGMA à FAP já durante Outubro, após terem sido submetidas a trabalhos de manutenção e colocação no padrão de contrato, além de receberem o esquema de pintura "Carpatian Ghost" em uso pela frota romena, seguiram hoje para a Roménia, após a entrega oficial pelo Estado Português ao Romeno, na Base Aérea nº5, em Monte Real.

Foto: 53Sqd War Hawks

Os dois caças, agora com n/c 1613 e 1617 (respectivamente) na Força Aérea Romena, realizaram o voo com escala na base aérea de Aviano em Itália, como de costume, tendo chegado à base de destino em Borcea, na Roménia, pelas 16:00 horas locais.

Com esta entrega, ficará a faltar apenas mais um F-16 (FAP n/c 15134) a entregar já em 2021.









quinta-feira, 22 de outubro de 2020

OGMA ENTREGA MAIS UM F-16 PARA A ROMÉNIA [M2194 - 112/2020]

Descolagem do 15122 em Alverca rumo a Monte Real    Foto: OGMA

A OGMA entregou à Força Aérea Portuguesa (FAP) na passada segunda-feira 19 de Outubro de 2020, mais uma célula de F-16 MLU destinada à Roménia, após cumprir manutenção e receber o esquema de pintura da Forțele Aeriene Române.

A célula com número de cauda 15122 da FAP (ex-USAF 82-0918) integrará com o 15141, tal como  noticiámos anteriormente, a segunda remessa pertencente ao segundo contrato de alienação de F-16, com destino ao país dos Cárpatos, onde lhe serão atribuídos os números de cauda 1613 e 1617, respetivamente.

Os dois caças deverão seguir para a Roménia em finais de Outubro ou princípios de Novembro de 2020. Ficará apenas a faltar a fornecer mais um F-16 (n/c FAP 15134), a entregar já em 2021, para completar os cinco previstos neste contrato

Após a alienação destes cinco caças, a Força Aérea Portuguesa irá receber três células de F-16 adicionais (n/c 15145 a 15147), modernizadas na OGMA para o padrão MLU, de modo a levar o número final da frota portuguesa para 28 unidades (24 monolugar e 4 bilugar).



quinta-feira, 15 de outubro de 2020

OGMA ENTREGA MAIS UM F-16 DESTINADO À ROMÉNIA [M2191 - 109/2020]

O  F-16 n/c 15141 pertence ao segundo lote vendido por Portugal à Roménia    Foto: OGMA

A OGMA anunciou através da rede social Twitter a entrega à Força Aérea Portuguesa no passado dia 8 de Outubro de 2020, de mais um F-16 destinado à Roménia.

De facto, após ter sido submetida a manutenção, para a colocar de acordo com os standards contratuais e receber o esquema de camuflagem da Força Aérea Romena, a célula com registo FAP 15141 (ex-USAF 82-0975) foi captada pelo programa de radar virtual ADSB Exchange com o callsign "VLAD50", no trajecto entre as instalações da OGMA em Alverca e a Base Aérea Nº5, em Monte Real.

Screenshot do programa ADSB Exchange via LP-ADSB



A Roménia adquiriu um segundo lote de F-16 da Força Aérea Portuguesa compreendendo cinco células monolugares, duas das quais foram já entregues em Agosto do corrente. O 15141 (que deverá receber a matrícula 1617 na FA Romena) fará parte da segunda remessa juntamente com o 15122, a entregar à Roménia no final de Outubro ou início de Novembro de 2020, segundo informação prestada pelo ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho. O último do lote (FAP n/c 15134) será entregue já em 2021.

Dos cinco caças da FAP agora vendidos, três serão repostos por células ex-USAF a modernizar igualmente na OGMA, levando o número final da frota portuguesa para 28 (24 monolugar e quatro bilugar).




sexta-feira, 14 de agosto de 2020

PRIMEIROS F-16 DO SEGUNDO CONTRATO RUMO À ROMÉNIA [M2167 – 85/2020]

A célula ex-FAP 15132 a tocar a pista da Base Aérea 86 em Borcea, Roménia       Foto: Adrian Sultănoiu/CER SENIN

A célula ex-FAP 15135 agora 1616 da FA Romena       Foto: Adrian Sultănoiu/CER SENIN


Partiram esta manhã da Base Aérea nº5 em Monte Real, com destino à Roménia, os primeiros dois F-16AM relativos ao segundo contrato de alienação com aquele país.

A cerimónia de entrega dos F-16 em Monte Real no dia 13 de Agosto de 2020         Foto: FAP


As duas células à partida de Monte Real na manhã do dia 14 de Agosto

As aeronaves, já com os símbolos da Força Aérea Romena e números de cauda 1614 (ex-FAP 15132) e 1616 (ex-FAP 15135), descolaram pelas 8h00min locais, rumo ao país dos Cárpatos, onde se juntarão aos doze também anteriormente pertencentes à Força Aérea Portuguesa (FAP) e entregues até Setembro de 2017. As aeronaves foram entregues no padrão M5.2 conforme o lote anterior.


A parelha de F-16 na chegada à base aérea de Borcea, Roménia:
Foto: Adrian Sultănoiu/CER SENIN

Foto: Adrian Sultănoiu/CER SENIN

Foto: Adrian Sultănoiu/CER SENIN

Foto: Adrian Sultănoiu/CER SENIN


Até ao final de 2020 deverão ser entregues mais duas células, estando a quinta e última prevista já para o primeiro trimestre de 2021.

Estão entretanto a ser modernizadas na OGMA três células F-16A e uma F-16B para o padrão MLU, de modo a levar a frota da FAP a um número final de 28 F-16 (24 monolugares e 4 bilugares).


quinta-feira, 4 de julho de 2019

ROMÉNIA COMPRA NOVO LOTE DE F-16 A PORTUGAL [M2043 -30/2019]

F-16AM do primeiro lote vendido por Portugal à Roménia

O ministro da Defesa romeno Gabriel Les, anunciou ontem 3 de Julho de 2019, a compra de um novo lote de cinco células F-16 a Portugal. Em conferência de imprensa Gabriel Les referiu:

"O Parlamento romeno aprovou ontem, conforme exigido por lei para uma aquisição superior a 100M EUR, o início do procedimento do Ministério da Defesa para a adjudicação do contrato de aquisição de um pacote de cinco aeronaves ao Governo Português e, claro, o pacote de bens e serviços ao Governo dos EUA. 
Serão cinco aviões para completar a nossa Esquadra [de F-16]. Ficará completa quando tivermos todos os 17, quando [os novos cinco] se juntarem aos doze que possuímos actualmente. As novas aeronaves, quando recebidas terão a mesma configuração que as que temos, de modo a possuirmos uma capacidade uniformizada".

Este desenvolvimento confirma a notícia que avançámos em Abril passado, dando conta das negociações entre os dois países. Isto significará portanto, que a frota da Força Aérea Portuguesa irá ficar com um número final de 28 F-16 (25 monolugar e 3 bilugar), sendo modernizadas na OGMA  três células adicionais às duas actualmente em acabamentos.

Sobre o lote a alienar, sabe-se apenas que se trata de quatro F-16AM (monolugar) e um F-16BM (bilugar), com o sistema operativo Tape 5.2R. Aos Estados Unidos deverão ser adquiridas peças sobressalentes, equipamento electrónico e armamento, necessários para o uso operacional dos caças.

Não há ainda data para rubricar o contrato, nem tão-pouco datas definidas para a entrega das aeronaves, ou mesmo o valor final do negócio.


sábado, 20 de abril de 2019

ROMÉNIA OFICIALIZA INTERESSE EM MAIS CINCO F-16 PORTUGUESES [M2033 - 20/2019]

F-16 do primeiro lote vendido por Portugal à Roménia

O ministro da Defesa romeno Gabriel Les, confirmou em conferência de imprensa, a intenção de comprar  cinco células F-16 a Portugal: "Todos os documentos foram já enviados para o nosso parceiro português. Só nos falta percorrer os últimos metros de distância. Acredito firmemente que é possível assinar ainda este ano o contrato para os cinco aviões" referiu.

Segundo informação adicional ventilada na imprensa romena, apenas quatro das células serão destinadas a voar, juntando-se assim às 12 do primeiro lote adquirido em Portugal, actualmente a operar a partir de Borcea, na Roménia, para perfazer um total de 16. A quinta célula destinar-se-á ao fornecimento de peças para a frota operacional.
Ainda segundo a imprensa local, as cinco células virão do AMARG nos EUA, sendo modernizadas na OGMA, em Alverca, para o padrão MLU.

O potencial negócio tinha já sido anteriormente assumido pela parte portuguesa, tanto pelo Ministério da Defesa, como pela Força Aérea, na pessoa do Gen. Manuel Rolo. Em Janeiro passado, na Comissão Parlamentar de Defesa, o então CEMFA revelou ser a alienação de cinco células F-16, a solução encontrada para financiar a modernização e operacionalidade da restante frota portuguesa. Isto significa que - ao contrário da informação veiculada na Roménia e pelo MDN inicialmente - as células a transferir para a Roménia sairão da frota nacional e não serão repostas, ficando por isso a frota da Força Aérea Portuguesa reduzida a 25 aeronaves.
A lógica subjacente a esta decisão, é de que estas cinco células têm estado paradas nos últimos anos, por falta de verbas para as manter operacionais, sendo por isso a sua venda irrelevante para a execução das operações que é possível manter actualmente.

Não há, por enquanto, informação oficial acerca dos valores envolvidos no negócio.


quinta-feira, 19 de julho de 2018

F-16 PARA A ROMÉNIA SAIRÃO DA FAP (M1987 - 47/2018)

F-16 portugueses (esq) e romenos (dir) na base aérea de  Monte Real


No seguimento da notícia que aqui divulgámos na passada segunda-feira 16 de Julho, dando conta do interesse romeno em adquirir mais F-16 portugueses, ficou a dúvida sobre a proveniência das células a alienar.

Em resposta à Agência Lusa, o Ministério da Defesa confirmou esta quinta-feira a venda à Roménia, tendo adiantado que as aeronaves sairão do "inventário nacional", sendo posteriormente repostas por outras adquiridas aos EUA: "Tal como no programa anterior, as aeronaves a alienar fazem parte do inventário nacional, sendo repostas por aeronaves adquiridas aos EUA que são sujeitas a um programa de atualização, `Mid-Life Upgrade´, conduzido pela Força Aérea Portuguesa e pela Indústria de Defesa Nacional".

Em resposta ao pedido de informação realizado pela Roménia, o ministro da Defesa Azeredo Lopes deu despacho favorável ao processo, tendo a Força Aérea Portuguesa respondido poder ceder "até cinco aeronaves adicionais" [às 12 já alienadas].

O negócio necessita contudo ainda da anuência dos EUA, de onde são oriundos os F-16, mas dado o anterior processo de venda, bem como a parceria também estabelecida com Portugal para similar venda à Bulgária, será de crer não existirem impedimentos desse quadrante. Apesar da Roménia ter feito saber pretender as aeronaves com a maior brevidade possível, a calendarização da venda está, ainda assim, dependente destes aspectos burocráticos a resolver.

Ao contrário do que sucedeu com a primeira encomenda para a Roménia, em que nove aeronaves estavam no mercado como excedentes, a frota em uso na Força Aérea Portuguesa está actualmente reduzida ao número considerado ideal para as necessidades nacionais (30 células). Na verdade está ainda abaixo desse número, dado que as três células adquiridas aos EUA para completar as três dezenas definidas, não foram ainda entregues à FAP pela OGMA, onde se encontram em processo de modernização.

Entre compromissos da NATO  (NRF e patrulhamento aéreo de países aliados), patrulhamento aéreo do espaço aéreo nacional e treino de pilotos, o número de aviões disponíveis é por isso exíguo. Se retirarmos ainda os aviões em manutenção e o baixo número de mecânicos de material aéreo para lhes fazer face, este número é ainda menor. Qualquer alienação pode implicar por isso, uma redução da capacidade operacional da Arma Aérea nacional.

Apesar do comunicado do Ministério da Defesa referir que os aviões de reposição serão sujeitos ao programa Mid Life Upgrade (MLU), será também de questionar esta lógica, de continuar um programa que está em final de vida, quando existe já o padrão V, que torna as aeronaves compatíveis com caças de última geração e a par com a tecnologia "state of the art" dos aliados.

Esperamos para ver se há capacidade política para transformar numa oportunidade de modernização, aquilo que à partida parece ser apenas mais uma delapidação da capacidade de defesa nacional.





segunda-feira, 16 de julho de 2018

ROMÉNIA QUER MAIS F-16 PORTUGUESES (M1985 - 45/2018)

F-16 romenos e portugueses: uma parceria para continuar


O ministro da Defesa romeno revelou na passada sexta-feira 13 de Julho de 2018, a intenção de adquirir mais cinco F-16 a Portugal, a adicionar à encomenda inicial de doze, entregues entre 2016 e 2017, e a operar no país dos Cárpatos.

Em declarações à imprensa local, Mihai Fifor acrescentou que o pedido foi realizado pelo secretário de Estado Mircea Dusa, durante a visita que este realizou a Portugal no início de Julho.
A intenção é de aumentar a actual frota de F-16 romena que inclui nove versões monolugares e três bilugares, com mais quatro monolugares e um bilugar.

Sobre os valores envolvidos no potencial negócio, Mihai Fifor não se alongou, tendo adiado a questão para depois:"Falaremos sobre o montante a pagar por estes aviões mais no final do ano, quando temos a intenção de levar uma Lei ao Parlamento, para continuar o programa F-16. É ainda cedo para falar de custos neste momento", concluiu acerca do assunto.
A Roménia pagou um total de 628M EUR pela dúzia de F-16 iniciais, embora este valor incluísse treino de pilotos e técnicos, bem como material de apoio e armamento.

As ambições da Roménia de aumentar a sua frota de F-16 não se esgotam contudo nesta segunda encomenda a Portugal: "No próximo período, discutiremos também os outros 36 F-16 que queremos comprar. Temos várias possibilidades em equação, falámos com vários Estados que têm F-16 e que os podem disponibilizar para venda, incluindo os EUA, Israel ou Grécia".

Esta vontade de criar mais Esquadras de voo equipadas com F-16 tinha já sido expressa anteriormente pelo executivo romeno, podendo actualmente ter ganho maior força, com o acidente com um MiG-21, que vitimou o piloto e levou à paralisação da frota por motivos de segurança.
Os MiG-21 romenos, apesar de modernizados, estão já em fim de vida, necessitando de substituição.

Da parte portuguesa não se conhecem ainda comentários oficiais acerca do tema. Sabe-se contudo que Portugal realizou no ano passado uma oferta à Bulgária para o fornecimento de oito F-16 MLU, que viriam dos EUA e seriam modernizados pela OGMA em Portugal, para depois seguirem para a Bulgária. Será por isso de acreditar, que os moldes deste potencial negócio com a Roménia, estejam dentro do mesmo princípio, o que não implicaria por isso uma redução da frota de F-16 ao serviço da Força Aérea Portuguesa, estabelecida em 30 aeronaves.

A OGMA está aliás,a  concluir a modernização das três últimas células, que completam os 30 F-16 da frota nacional, depois da saída dos doze aviões com as cores romenas.
Quer a venda à Roménia, quer à Bulgária, permitiriam à OGMA manter a linha de modernização de F-16 em aberto, por mais alguns anos.










quinta-feira, 28 de setembro de 2017

F-16 PARA A ROMÉNIA - FIM DE CICLO (M1920 - 57/2017)


Fechou-se ontem com a cerimónia e hoje com a partida dos aviões, um ciclo (pelo menos a parte principal e mais visível dele) inédito na Força Aérea, com a entrega do último trio de caças F-16 (MLU) transformados em Portugal e na Base Aérea nº5, e com destino à arma aérea da Roménia.
Tendo em conta todo o processo, tratou-se de algo que, sendo novo, foi também motivo de orgulho para todos os que foram parte ativa (mais e menos) em todo o processo.
Os três aparelhos descolaram hoje, rumo aos Cárpatos e atrás deles seguramente duas sensações distintas. O trovão dos seus motores rumo à Roménia anunciou o seu poder e as suas capacidades, fruto também da mestria de todos os que neles trabalharam rumo ao objetivo final e, depois do trovão, o silêncio da sua partida definitiva e o vazio, digamos, que se instala.
Fica o registo oficial e mais três fotos dos aviões já no céu, rumo ao seu destino.




Texto e edição: António Luís
Fotos: Força Aérea Portuguesa e Marco Casaleiro

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

DIA DE BASE AÉREA ABERTA [BA5-MONTE REAL] (M1858 - 38/2016) [Parte II]


A segunda edição é inteiramente dedicada aos F-16MLU que em breve vão operar na Força Aérea Romena, que já voaram sob as cores nacionais e cujo historial de aquisição e adaptação para a arma aérea romena já foi amplamente noticiado nas nossas edições.

[Se quiser saber mais sobre todo este processo, experimente colocar na caixa de pesquisas desta página a designação "F-16 Roménia" e avance.]


Todo este programa de venda/aquisição destas aeronaves por parte da Roménia a Portugal foi absolutamente pioneiro, no sentido do aprontamento das aeronaves em território nacional, com o "know how" dos técnicos e pilotos da Força Aérea (particularmente dos F-16) que, para além do trabalho nos aviões, formaram os técnicos romenos, desde a manutenção até às tripulações.
As primeiras seis aeronaves seguem dentro de dias para a Roménia, iniciando uma fase inédita na arma aérea daquele país dos Cárpatos.
No domingo passado, alguns F-16 romenos evoluíram em Monte Real, sendo que entre aparelhos ainda com as cores nacionais e alguns já com o padrão adotado pela Roménia, foi uma espécie de oportunidade para a despedida.








Edição e texto: Pássaro de Ferro
Fotografia: Paulo Fernandes e Rui Ferreira

domingo, 24 de abril de 2016

DE PORTUGAL PARA A ROMÉNIA, COM ORGULHO (M1838 - 18/2016)


Em 2013, Portugal vendeu doze caças F-16AM/BM à Roménia.
Para não variar e sobretudo no meio político e nas mesas de café, foi assunto para polémicas mais ou menos estéreis e outras vezes histéricas, num processo habitual de auto-má língua e pior auto-conceito do ser-se português.
Esta dúzia de aeronaves (9 monolugares e 3 bilugares) fazem parte do lote do Peace Atlantis II e foram consideradas dispensáveis tendo em conta que a decisão de ter 30 aeronaves F-16 foi considerada suficiente e equilibrada para as necessidades da Força Aérea Portuguesa, no plano interno e no cumprimentos dos compromissos no âmbito da NATO.
Não se tratou de uma venda, apenas, mas sim de um processo bem mais completo e complexo que incluiu a formação das tripulações e dos técnicos e a cedência de know how que a Força Aérea Portuguesa adquiriu, empiricamente, desde 1994, altura em que os primeiros F-16 portugueses voaram com as cores nacionais.
Todo o conhecimento que se construiu no nosso país em torno da operação dos F-16, sempre numa espiral ascendente, seria impensável num passado relativamente recente, quando a operação das aeronaves estava limitada a isso mesmo, fruto de constrangimentos de vária ordem, quanto mais não seja das próprias mentalidades.


Posto isto, é curioso, digamos, que na véspera de uma data tão simbólica na nossa História, percebamos que um certo miserabilismo endémico é combatido diariamente por muitas pessoas, civis e militares que, por vezes de forma anónima e longe do afã mediático que tanto nos enche os dias e afronta o nosso interesse - não raras vezes sem pedir licença higiénica - dá de si e do muito que sabe e tem em torno do país, sem solicitação de favores ou reconhecimentos encomendados. Apenas leva bem e longe o nome de Portugal e do bom que cá se faz. Ponto.
A Base Aérea nº5, em Monte Real é um dos locais do mundo onde mais e melhor se sabe sobre o F-16 e foi - é - lá que os Romenos aprenderam a voar o Viper, instruídos por excelentes profissionais, com milhares de horas de voo dedicadas à aeronave, é lá que os técnicos aprenderam a preparar os doze F-16 para que o treino seja possível, dando de si o que melhor sabem do avião, numa cedência sem condições à construção segura de um orgulho que motiva e em prol de um profissionalismo de excelência.



Presentemente, a simples observação dos F-16 romenos, já com as suas novas cores e ainda com as matrículas nacionais é, pois, o culminar de um processo que os levará, daqui por menos de um ano, aos céus dos Cárpatos, levando com eles muito do bom que se faz e sabe em Portugal, numa "silenciosa" revolução de mentalidades, muitas vezes bem mais revolucionária do que aquelas que apenas se auto-proclamam, não provando nada sobre si próprias.
As revoluções são, aliás, crenças que acabam para que outras comecem! E não se decretam.
Fazem-se!


Texto: António Luís/Pássaro de Ferro
Fotografias: Marco Casaleiro

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