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sábado, 2 de agosto de 2025

F-16 EM TESTE DE SISTEMA DE RETENÇÃO DE EMERGÊNCIA NAS LAJES

Gancho de cauda do F-16 em ação  Screenshot do vídeo do canal IslandAviation Terceira Azores

É comum associar o gancho de cauda aos aviões embarcados em porta-aviões, onde é essencial imobilizar as aeronaves num espaço muito restrito. No entanto, também alguns caças de operação terrestre — como os F-16 da Força Aérea Portuguesa, estão equipados com este dispositivo, ainda que com uma função limitada a situações de emergência.

Menos robusto que os modelos navais, é certo, o gancho dos F-16 serve para agarrar cabos de retenção instalados na pista, permitindo a imobilização da aeronave em caso de falha dos travões, pista escorregadia, descolagem abortada, etc.

Este sistema exige manutenção e testes regulares e foi precisamente uma dessas ocasiões que foi captada e partilhada no canal de Youtube "IslandAviation Terceira Azores", mostrando uma cena pouco habitual e para muitos até desconhecida.

Além da chegada da parelha de F-16 à base açoriana das Lajes, para marcar presença no usual dia de base aberta em agosto, as imagens mostram a realização de um teste ao sistema de retenção na cabeceira norte da pista da Base Aérea nº4, aproveitando a visita dos caças normalmente baseados em Monte Real, no continente, sendo possível ver o F-16 n/c 15116 a utilizar o gancho de cauda com sucesso e a consequente imobilização da aeronave em segurança.

Na segunda-feira 5 de agosto, o mesmo procedimento foi realizado, mas no sistema de retenção sul da pista da BA4



sexta-feira, 25 de abril de 2025

CEMFA CONFIRMA PREFERÊNCIA PELO F-35 [M2606 - 30/2025 ]

F-35A Lightning II

Portugal poderá dar um passo decisivo para a modernização da sua Força Aérea, se avançar com a  intenção de adquirir o caça norte-americano de quinta geração, F-35 Lightning II, tido como o mais indicado sucessor da sua frota de F-16 Fighting Falcon, que já ultrapassou os trinta anos de operação. O General João Cartaxo Alves, Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), pronunciou-se sobre o tema durante a Conferência de Defesa Nacional Portuguesa, realizada no passado dia 22 de abril de 2025 na Academia Militar, na Amadora.

O General CEMFA integrou o painel “O que temos – capacitação do sistema de forças”, juntamente com o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas e os Chefes dos Estados-Maiores do Exército e da Armada, na iniciativa promovida pelo Diário de Notícias. Durante a intervenção, destacou dois eixos fundamentais para o futuro das Forças Armadas: o reforço do efetivo e a modernização de capacidades.

Relativamente à substituição dos F-16M, atento ao espaço geostratégico relevante para Portugal onde o Atlântico se insere e que não pode ser descurado, conjugado com a transformação na plenitude para uma nova Força Aérea, explicou “ser imperioso que a próxima aeronave de defesa aérea seja de 5.ª geração”, o que “no quadro das aeronaves disponíveis, apenas uma cumpre atualmente esse requisito, o F-35”.

A conferência contou também com intervenções do Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo - que em março passado revelou estar a ponderar alternativas europeias para substituir a frota F-16 da FAP - bem como do ex-Primeiro Ministro Durão Barroso e de vários especialistas das áreas da segurança, defesa e relações internacionais.



terça-feira, 29 de setembro de 2020

SU-25 ARMÉNIO ABATIDO [M2184 – 102/2020]

Sukhoi Su-25 "Frogfoot"

 No seguimento da escalado do conflito entre a Arménia e o Azerbaijão, foi hoje 29 de Setembro de 2020, reportado o abate de um caça-bombardeiro Su-25 "Frogfoot" arménio, pelas 10h30 locais, no espaço aéreo arménio, sobre a cidade de Vardenis, no norte da Arménia.

Mikoyan-Gurevich MiG-29 "Fulcrum"

Segundo Tom Cooper, conceituado comentador e historiador de assuntos ligados ao Médio e Próximo Oriente, normalmente bem informado apoiado em fontes locais, o Su-25 terá sido abatido por um MiG-29 azeri e não um F-16 turco, conforme foi inicialmente veiculado pelo Ministério da Defesa Arménio, com eco nas redes sociais e comunicação social.

Segundo Cooper, através de fotos de satélite da manhã de hoje, não há evidências de quaisquer F-16 turcos actualmente no Azerbaijão e muito menos na base aérea de Ganja, a escassos 60km da linha da frente do combate, e portanto ao alcance de mísseis terra-ar arménios. 

F-16 turco no exercício Turaz Kartali realizado anualmente no Azerbaijão    Foto: MD Turco

As alegações de que F-16 turcos estariam envolvidos no abate do Su-25, poderão ter a ver com um recente exercício em que estes de facto estiveram destacados no Azerbaijão, bem como o apoio público do regime de Ancara, na disputa com a Arménia na região do Nagorno-Karabakh . O exercício contudo, terminou ainda nos primeiros dias de Agosto, tendo os F-16 entretanto regressado à Turquia.

Os relatos coincidem contudo, em que o piloto do Su-25 terá perdido a vida.


Atualização 30/09/2020

O Ministério da Defesa Arménio divulgou imagens dos destroços do Su-25, insistindo na tese de que terá sido abatido por F-16 turcos que teriam violado espaço aéreo arménio. Do lado azeri, há sugestões de que não um, mas dois Su-25 simplesmente embateram com a montanha, sem intervenção de qualquer aeronave agressora.

A identidade do piloto falecido foi revelada pelo MD Arménio, tratando-se do Major Valeri Danelin.




Fotos: MD Arménia





quarta-feira, 23 de maio de 2018

F-35: BAPTISMO DE FOGO (M1971 - 31/2018)

F-35I Adir em formação com F-16I Sufa         Foto: IAF

A Força Aérea Israelita anunciou na rede social Twitter, que "os aviões Adir já estão operacionais e a voar missões operacionais" citando o Comandante do ramo aéreo das Forças Armadas Israelitas, MGen. Amikam Norkin. O mesmo twit termina com uma frase que não deixa margem para dúvidas:"Somos os primeiros no mundo a utilizar o F-35 em actividade operacional".

Depois de vários rumores, que davam conta da utilização em combate do F-35 "Adir" - como é designado localmente - é a primeira vez que são confirmados oficialmente.


Foto: IAF

A imprensa local cita ainda um discurso do mesmo Gen. Norkin, a 20 chefes de forças aéreas reunidos em Israel, em que terá dito "estamos a voar o F-35 por todo o Médio Oriente e já atacámos por duas vezes em duas frentes diferentes", tendo mostrado na altura uma foto de um F-35 israelita, a sobrevoar Beirute, Líbano. Apesar de não deixar claro em que ataques os caças de 5ª Geração tomaram parte, o General Norkin esclareceu que não tomaram parte nos bombardeamentos de alvos iranianos na Síria, a 10 de Maio.

Tendo recebido os primeiros F-35I na base aérea de Nevatim, a 12 de Dezembro de 2016, integrados na Esquadra 140 "Golden Eagle", a mesma Esquadra foi declarada operacional cerca de um ano depois, contando então já com nove aeronaves.
Desde aí, e dada a intensa actividade de combate em que a Força Aérea hebraica tem estado envolvida, começaria a contagem decrescente para a entrada em combate do "Adir". Alguns analistas referem que o abate de um F-16I "Sufa" em Fevereiro passado na Síria, poderá ter acelerado a decisão de empenhar o F-35 em teatro de guerra.

Das declarações do Gen. Norkin contudo, não é possível depreender se os F-35 foram utilizados como plataforma de armamento, ou como centro de coordenação/informação electrónica.


quinta-feira, 12 de outubro de 2017

ESTABELECIDO CALENDÁRIO DE ENTREGAS DO GRIPEN AO BRASIL (M1926 - 63/2017)

Primeiro voo do protótipo Gripen E sueco           Foto: Saab

A Força Aérea Brasileira revelou na passada semana o programa de entregas das 36 células dos caças F-39E/F Gripen adquiridos em contrato de 2014, pelo valor global de cerca de 5400M USD.

A totalidade das entregas estão previstas ocorrer entre 2019 e 2024, com o processo de certificação a ter início em Janeiro de 2019. O primeiro voo de um  monolugar (E) está previsto ocorrer em Julho desse mesmo ano, estando aprazado o bilugar (F) para Outubro de 2021, em aeronaves instrumentadas para esse fim.

Dos 36 caças, a Saab irá fabricar totalmente 13 células - os dois aviões de pré-série mais onze células monolugares - com entrega do segundo lote prevista para 2021.

As oito unidades monolugares seguintes, serão ainda fabricadas pela Saab, mas com a participação de até cerca de 350 técnicos brasileiros em regime de formação e a montagem final das células a ocorrer no Brasil, no Centro de Projetos da Embraer em Gavião Peixoto, São Paulo.

Modelo à escala real do cockpit da versão brasileira do Gripen E

A cargo da Embraer ficarão integralmente as restantes oito células E e sete células F, a partir de Junho de 2020. A entrega do primeiro Gripen E totalmente fabricado no Brasil está prevista para Setembro de 2023.








quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

F-16 PROCURAM-SE (M1866 - 03/2017)

Um dos F-16 vendidos por Portugal à Roménia

Os últimos meses têm visto um aumento da procura por células F-16, no mercado internacional. E curiosamente as versões mais antigas A/B.

Depois da Roménia ter oficializado o interesse em mais 12 Vipers, no seguimento da aquisição de outros tantos a Portugal, também a Bulgária reiterou em Dezembro, considerar o mesmo tipo de caça para substituir os seus MiG-29.
O interesse Búlgaro é já antigo, tendo o país ainda chegado a manifestar interesse no lote de células portuguesas, que acabariam vendidas à Roménia face ao estado mais adiantado das negociações com Bucareste. Agora, a 9 de Dezembro de 2016,  o Parlamento búlgaro aprovou já uma verba de cerca de 800M USD, destinada à aquisição de 8 caças "novos ou em segunda mão". Portugal e EUA foram inquiridos acerca da disponibilidade para fornecer F-16, passando neste caso o negócio pela modernização em Portugal, de células vindas dos EUA. Segundo garantia do ministro da Defesa português, a actual frota nacional de 30 F-16 é para manter no inventário da FAP.
Mas desta vez, os F-16 contam com concorrência, tendo à Itália sido igualmente solicitada informação acerca do Typhoon e à Suécia do Gripen.


E se o interesse deste dois potenciais compradores não é novo, a novidade é mesmo a Polónia, que a eles se junta no mercado internacional, na busca de células disponíveis de F-16A/B. Segundo notícia veiculada na imprensa daquele país, o Ministério da Defesa estará a ponderar a aquisição de até 96 células, para posterior modernização a nível doméstico.
As razões apontadas para esta escolha são várias, começando pela necessidade de substituição dos vetustos Su-22, mas também os MiG-29 de fabrico russo, entretanto modernizados. Quando a aquisição do F-35 se afigura demasiado cara para o orçamento da Força Aérea local, a modernização de células antigas de F-16 surge como uma opção apetecível. A FA Polaca opera já 48 F-16 modelos C/D recentes e de fábrica, mas estima que os modelos A/B modernizados fiquem por cerca de 30% do valor dos novos. Não é contudo ainda claro o tipo de upgrade pretendido, se similar ao MLU europeu ou a versão V mais avançada.

Na verdade, o elevado preço e incertezas que tem enfrentado o programa F-35, criou um fosso de mercado para os utilizadores que não possam ou não queiram despender verbas tão elevadas, que tem permitido por exemplo, ao acessível caça sueco Gripen estabelecer-se.
E se a Lockheed Martin pretendia numa primeira fase vender o F-35 aos actuais utilizadores de F-16 ou outras frotas da mesma geração, acabaria por desenvolver a versão V,  para F-16 novos ou como upgrade de células antigas.

Coreia do Sul, Taiwan e Singapura, apesar de não estarem a adquirir novas células, estão em fase de modernização das suas frotas de F-16, para um padrão idêntico ao modelo V. Vários outros operadores de F-16 por todo o mundo consideram as mesma possibilidade, em detrimento da aquisição de um novo modelo.

Num âmbito diferente, pelo menos duas companhias privadas que prestam serviços de aviação de combate - vulgo "agressores" - têm sido apontadas como compradoras de células A/B de F-16. A Discovery Air Defence estará na primeira linha para conseguir a autorização de Washington para operar o modelo que, ao contrário dos operadores militares, terá um mínimo de equipamentos electrónicos e armamento de que não necessita, de modo a tirar o máximo proveito das suas reconhecidas capacidades aerodinâmicas.
Este tipo de oferta privada, permite às Forças Aéreas poupar tanto em horas de voo nos seus caças de primeira linha, como no orçamento de Defesa, ao utilizar os serviços externos apenas quando necessário.

O F-16 está por isso ainda para voar, por muitos e muitos anos.



terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

SEXTA GERAÇÃO OU O PRINCÍPIO DO FIM DO F-35 (M1799 - 34PM/2015)

Imagem conceptual da Boeing para um caça de 6ª Geração

Não é segredo nenhum que o F-35 é, a par com o programa de defesa mais caro de todos os tempos, quiçá (ou talvez também por isso) um dos mais polémicos.
Por entre dúvidas sobre as suas capacidades para substituir adequadamente as aeronaves a que se propõe, no inventário da Forca Aérea, Marinha e Fuzileiros dos EUA (F-16, A-10, F/A-18, Harrier...), estão também inúmeros problemas técnicos, atrasos no programa e deslizes orçamentais.

Por entre vozes discordantes dentro e fora dos militares, a posição oficial tem sido a de que “o F-35 será a espinha dorsal das forças americanas”, e vários sistemas de armas foram até colocados como sacrificáveis, de modo a disponibilizar verbas para o F-35.

As entrevistas e informações oficiais divulgadas, de quem com o JSF tem vindo a operar, invariavelmente falam maravilhas do novo caça. Nas últimas semanas contudo, embora de um modo velado, foi possível observar-se uma inflexão na relação oficial com o  F-35. O maior sinal terá sido porventura o anúncio do início de desenvolvimento da 6ª Geração de caças para os EUA, alegadamente para “aproveitar a capacidade técnica acumulada” com o desenvolvimento da 5ª Geração. 

Levantando o véu sobre os objectivos para esta nova geração de caças, verifica-se que pouco tem a ver com a predecessora. Segundo o Chefe de Operações Navais da US Navy, Alm. Johnathan Greenert, o novo caça pode nem sequer ser stealth, nem especialmente rápido. É que por um lado, os avanços tecnológicos em curso podem tornar a tecnologia stealth obsoleta (IRST, radares passivos ligados em rede, etc), o que deita imediatamente por terra a “superioridade” de qualquer caça stealth. Mais ainda: sem a tecnologia stealth ficam a nu as insuficiências destes relativamente a caças convencionais, fruto das limitações impostas pela tecnologia stealth. E a China até já afirma conseguir detectar aeronaves stealth a distâncias  de 240 a 360 milhas (entre 400 a 575 km), o que significa duas a três vezes o alcance do míssil AIM-120 que o F-35 pode transportar. Apesar desta ser uma afirmação ainda por comprovar, a teoria que a sustenta é conhecida e facilmente compreensível: processando vários sinais provenientes de frequências rádio e a sua duração, de comunicações tácticas, equipamento de medição de distância, radar e sistema de identificação amigo/inimigo (IFF), para além da fonte de calor que continuarão a ser sempre os motores, ou até mesmo as perturbações aerodinâmicas causadas pela passagem de um aeronave na atmosfera, é possível detectar uma aeronave furtiva.

Por outro, os custos de desenvolvimento das aeronaves stealth, acabaram por levar ao paradoxo de os tornar “bons de mais” para por vezes serem usados na linha da frente, devido ao receio de perder aeronaves sobre território inimigo. Devido aos riscos que isso implica em termos do enorme custo das aeronaves em si, ou de permitir o acesso a essa tecnologia pelo inimigo (como já aconteceu na Sérvia e no Irão por exemplo). 

Por outro ainda, as limitações de venda de tecnologia de ponta a aliados, acabam por tornar os programas de desenvolvimento mais caros. O F-22 por exemplo não obteve permissão de exportação, apesar do interesse de vários aliados. O B-2 não está sequer estacionado permanentemente em qualquer base fora dos EUA, devido ao receio de fugas de informação na sua tecnologia.

O programa de caça de 6ª Geração, baptizado F-X (USAF) ou F/A-XX (US Navy), pode ainda assim incorporar novas armas entretanto em promissor desenvolvimento, como o laser (ou “energia dirigida” como é designado), ou outras que consigam suprimir as defesas inimigas sem colocar em risco a aeronave, colocando por isso a ênfase em destruir as capacidades inimigas e não em tentar esconder a aeronave atacante.O novo caça poderá ainda ser tripulado ou não, mas as capacidades de comunicação em rede serão certamente um dos pontos fortes do projecto.

A velocidade não será também um dos principais quesitos do novo caça, mais ou menos pelas mesmas razões do stealth. O novo conceito aponta em não desperdiçar recursos para tentar contrariar o inevitável. E ser suficientemente rápido para fugir a mísseis capazes de atingir Mach 4,5 entra decididamente no critério.

Mais sinais de que o F-35 poderá passar ao lado da carreira que para ele se pretendia, são igualmente a possibilidade de criar uma nova aeronave para substituir especificamente o A-10 nas funções de Apoio Aéreo Próximo, tal como anunciado este mês pelo Gen. Hawk Carlisle, Chefe do Comando de Combate Aéreo, com uma cimeira a decorrer já em Março de 2015, com representantes dos diversos ramos das FAs americanas, no intuito de definir opções para esta missão, em que o F-35 tem sido especialmente apontado como inadequado.

Já do lado da US Navy, a desconfiança relativamente ao F-35 mantém-se para substituir os F/A-18, apesar dos irrepreensíveis testes de mar realizados no final de 2014. Uma prova disso são as baixas encomendas que a Marinha mantém do JSF (apenas 9 unidades actualmente em serviço e encomendas de somente 2 para 2015 e  4 para 2016), deixam perceber o pouco entusiasmo no JSF, por contraste com a agora aberta possibilidade de “saltar” o F-35 como “faz-tudo” da aviação embarcada,  e passar directamente do Super Hornet ao F/A-XX.

Contudo, é ainda naturalmente cedo, para saber se a carreira do F-35 poderá vir a ser considerada bem-sucedida ou não. Programas anteriores com inícios difíceis (F-14, F-16), acabaram por ter desfechos felizes, mas o contrário é igualmente  verdade ou mais ainda (F-111, F-4, ...). O que a história não deixa de ensinar no entanto, é que sempre que se pretende que uma aeronave seja boa em tudo, acaba por não ser a melhor em nada. E embora oficialmente o F-35 não esteja para já a ser enjeitado pelos principais operadores, provavelmente devido aos principais aspectos económicos para todas as partes envolvidas (fabricantes, investidores, governos, operadores, ...) os sinais de alarme vão-se sucedendo. 

No mínimo, pode afirmar-se que a carreira do F-35 tem um grande ponto de interrogação perfeitamente visível, rodeado de muitas reticências.



terça-feira, 13 de janeiro de 2015

IRÃO INICIA "PRODUÇÃO EM MASSA" DE CAÇA LOCAL (M1761 - 05PM/2015)


Segundo notícia veiculada pela agência noticiosa oficial iraniana Fasr, Teerão iniciou a produção em massa do caça Saeghe (raio), desenvolvido localmente.
Apesar de claramente baseado no F-5 também em uso na Força Aérea do país, com algumas nuances de F/A-18, ao contrário do Qaher F-313, é mesmo um avião a sério, tendo sido mostrado em voo de formação com um F-5F. Ainda segundo fontes oficiais iranianas, as performances em voo e de equipamentos, são mesmo equiparadas às dos F/A-18C, embora não seja possível para já avaliar a a veracidade destas afirmações.


Segundo a agência de notícias Fars, o país persa tem atualmente já "várias esquadras" operacionais equipadas com o novo caça. Revelado inicialmente em 2007, até à divulgação da notícia, acreditava-se que apenas três Saeghe estariam em operação, na Esquadra 23 sedeada em Tabriz no noroeste do Irão. 


Embora não haja dados oficiais, a imprensa iraniana adianta que um total de 24 unidades dos 141 F-5E/F fabricados na década de 70 e entregues à FA Iraniana, deverão ser transformados para o novo padrão Saeghe pela HESA.







quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

HOLLANDE NO BRASIL: TUDO PELO RAFALE (M1317 - 382PM/2013)

Dassault Rafale

O presidente francês François Hollande desembarca no Brasil trazendo na agenda uma ousada proposta de negociação para o caça Rafale. Uma demonstração de quão resoluto Hollande está, em propor um acordo irrecusável, é a participação na sua comitiva, do Presidente e CEO do fabricante francês, Eric Trappier, para pessoalmente explicar todos os detalhes técnicos, políticos e financeiros envolvidos na oferta.

O Diretor da Dassault International do Brasil, Jean-Marc Merialdo, antecipou ao Defesanet os mais atualizados detalhes da proposta francesa, para o caça Dassault Rafale, um dos concorrentes finais no F-X2, a concurso público para compra de 36 aviões de caça para a Força Aérea Brasileira.

Uma oferta de “independência” em Defesa Aérea

Eric Trappier, Presidente e CEO da Dassault Aviation, regista eno seu currículo grande parte do sucesso mundial do antecessor do Rafale, o Mirage, cuja venda em largos números no Oriente Médio tem sua assinatura. Quando perguntado sobre as perspetivas do caça conquistar um desempenho de vendas semelhante, guardadas as devidas proporções da realidade atual de redução do número de aeronaves e restrições orçamentárias, Monsieur Trappier afirma que o momento dos resultados está em franco caminho de concretização. Ele explica que o processo de venda de aeronaves militares tem um tempo absolutamente próprio, principalmente se levarmos em conta as transformações em curso.

“O Rafale incorpora hoje um Radar AESA operacional, peça imprescindível a um caça de primeira linha. Isso é um exemplo da maturidade e consolidação das capacidades do nosso produto, ajustadas à realidade, e que o mantém na vanguarda, apto a competir com as mais modernas tecnologias”, define. Outro aspeto levantado em defesa do caça da Dassault, é independência. “Uma vantagem que podemos oferecer, é o acesso dos nossos clientes, a uma plataforma que permite a incorporação de desenvolvimentos próprios nacionais de cada operador”, e complementa que, no caso do Brasil, a Dassault e o Governo François Hollande já garantiram oficialmente todos os itens da oferta ao Governo Brasileiro, o que inclui 100% de transferência de tecnologia, inclusive repassar à Força Aérea os códigos-fonte do Rafale, o “coração digital” dos programas de computador que controlam a aeronave e as suas armas.

Além do que acredita ser a melhor oferta para o Brasil, Trappier tem confiança no que chama de “parceria ideológica e política natural”, uma vez que “a visão socialista da França é a que mais se assemelha com a do Governo Brasileiro”, definindo o seu ponto de vista sobre as vantagens estratégicas acerca de tal decisão.

Os detalhes da proposta

Jean-Marc Merialdo, Diretor da Dassault International do Brasil, explica que a oferta francesa se pautou pelo integral atendimento às exigências da RFP (request for proposal) do Governo Brasileiro, sem aspas em nenhum item, nem pendências referentes à sujeição de autorizações. Aquando da oferta da Dassault, havia já então, plena aprovação da República Francesa para todas as questões sensíveis de transferência de tecnologia e conhecimento.

“O ponto de partida da nossa oferta, foi oferecer a transferência de autonomia ao Brasil para fazer melhorias ao avião, integrar novas capacidades e novos armamentos, além de incorporar itens específicos de desenvolvimento, adequados à realidade brasileira. Também já no início da formatação da proposta, a capacidade de fazer toda a manutenção do avião no próprio país, tendo em vista o que aconteceu no passado com os Mirage, cujos motores tinham que ser enviados a França. Esta foi a primeira linha geral”, especifica o Diretor da Dassault.

“A segunda linha geral foi a imposição da transferência de tecnologia para a indústria brasileira e para a própria Força Aérea, o que significa que o DCTA será um dos principais recetores desta tecnologia”, completa Merialdo.

Diferencial competitivo da oferta francesa

O coração da oferta está “articulado em torno de todos os pedidos de modificações do Rafale feitos pela FAB, por volta de 18 itens, que envolve um leque de especificidades muito brasileiras”. A execução deste processo já está desenhada de forma concreta, segundo Merialdo, em três etapas. Na primeira, técnicos e engenheiros brasileiros vão para a França receber uma formação, que inclui toda a documentação física e electrónica do Rafale, o que faz parte da NAP - National Autonomy Package, para poder intervir no próprio Rafale. Depois disso, ainda em França, junto com técnicos e engenheiros franceses, os brasileiros irão começar a trabalhar nas primeiras modificações a serem implantadas no avião. Numa segunda etapa, brasileiros e franceses vão deslocar-se para o Brasil nas respetivas empresas ou entidades, como no caso do DCTA, e vão continuar a desenvolver e adequar novas capacidades no avião, no Brasil, sob supervisão francesa. Na terceira etapa, então, o comando destas modificações passa em definitivo aos técnicos e engenheiros brasileiros, ficando os seu pares franceses no apoio, até terminar todo o conjunto de modificações previstas. Merialdo define que “este esquema é o coração da nossa oferta de transferência prática e real de tecnologia e conhecimento”.

Além do próprio caça, autonomia de armamentos

No que diz respeito ao armamento ar-ar, utilizado para interceções e combate aéreo, foi oferecido o míssil MICA (Missile d'Interception et de Combat Aérien), como também foi considerada a pedido da FAB, a integração de todos os outros mísseis disponíveis no inventário ou programas da Força, como o A-Darter. Para missões ar-solo foi oferecido o AASM (Armement Air-Sol Modulaire - com capacidade para ataque a seis alvos diferentes ao mesmo tempo), além da integração de qualquer outro na posse do Brasil. Merialdo destaca que o próprio Ministério da Defesa Francês já aprovou a disponibilização e desenvolvimento conjunto com o Brasil, de novos armamentos a serem integrados no Rafale. “Dentro da oferta da Dassault, também foi oferecido o Pod de designação de alvos, Damocles, e obviamente, já foi aberta a possibilidade de integrar outros Pods no inventário da FAB, como o LITENING”, esclarece.

Offset -  As contrapartidas do contrato

Hoje, já celebrados, são 78 acordos com empresas e universidades. À Embraer, por exemplo, estão previstos desde todos os testes em voo à produção de asas de aviões de caça supersónicos, dentre outras partes e sistemas. Num número global, o percentual de compensação da oferta da Dassault, alcança os 160%, nas contas de Merialdo, que também aborda o cronograma destas contrapartidas: “Em termos de tempo, tudo o que está relacionado com o desenvolvimento de novas funções no Rafale Brasileiro, evidentemente está enquadrado no prazo de entrega da ordem de 3 anos a partir do T-zero”, quantifica.

O Diretor da Dassault ressalta a carta oficial em que o Governo Francês se compromete à comprar no mínimo dez KC-390, para as Forças Armadas daquele país, aquando da escolha do Rafale pelo Brasil.

Para ilustrar concretamente o tipo de qualificação internacional que favoreceria empresas e profissionais brasileiros, Merialdo menciona o caso da empresa Omnisys, sediada em São José dos Campos. “A Omnisys foi criada por engenheiros brasileiros, trabalhando em diversos projetos de radares, e em 2000 a Thales adquiriu participação na empresa transferindo à Omnisys a produção de radares de vigilância aérea para a aviação civil. Depois de produzir esse radar, passou a desenvolver novas funções e performances para este produto, passando a exportar do Brasil para diversos países como Singapura, China e a própria França. Está prevista para a Omnisys receber a tarefa de desenvolver a nova parte do software do radar AESA do Rafale e também produzir as antenas ativas do próprio radar, para os aviões brasileiros e para futuros compradores no exterior. A previsão é que ela possa dobrar a sua mão de obra com esse aumento de carga do programa Rafale”, esclarece.

Merialdo complementa destacando que a oferta da Dassault é mais focada em transferência de tecnologia do que a transferência de carga industrial. “A nossa experiência demonstra que essa tecnologia gera atividade económica, não só restrita a uma área específica, mas sim estendendo-se a outras áreas tecnológicas, tão logo absorvida pelo próprio país”, defendendo o que em ditado local se traduz em “ensinar a pescar tem mais valia do que simplesmente dar o peixe”, conclui.

Fonte: DefesaNet
Adaptação: Pássaro de Ferro

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

MINISTRO DA DEFESA CONFIRMA INTENÇÃO DE VENDA DE F-16 (M825 -11PM/2013)

Lockheed Martin F-16 MLU da Força Aérea

O Ministro da Defesa Aguiar-Branco confirmou hoje, aquando da sua presença na inauguração das instalações da Polícia Marítima em Ponta Delgada, a intenção de alienar parte da frota F-16 ao serviço da Força Aérea.
Tal como o Pássaro de Ferro havia informado oportunamente, quando vieram a lume notícias que davam o negócio como fechado, primeiro com a Roménia e depois com a Bulgária, as negociações decorrem ainda com estes dois países. Tal como então noticiado também, Aguiar-Branco afirmou estar ainda em aberto o número final de F-16 a vender, que acrescentou hoje, deverá estar entre as 9 as 12 unidades.
Ainda segundo o titular da pasta da Defesa, a venda dos caças deverá beneficiar tanto a Força Aérea como o país.
Portugal tem atualmente uma frota  de 35 F-16 MLU, devendo esse número ser de 39 em meados do corrente ano, com a conclusão da modernização das últimas 4 unidades.




sexta-feira, 22 de junho de 2012

CAÇA TURCO ABATIDO SOBRE A SÍRIA? (M675 - 65PM/2012)


Um F-4E Phantom II da Força Aérea Turca                    Foto: Turkish Air Force

Uma aeronave militar turca despenhou-se sobre a Síria, de acordo com relatos da imprensa. Uma testemunha local disse à RT Arabic que o avião se despenhou em território sírio e os dois tripulantes foram capturados. 
O avião parece ter sido abatido, quando as defesas anti-aéreas sírias abriram fogo, refere o canal libanês Al-Mayadeen.
Outros testemunhos não confirmados sugerem que as defesas sírias abriram fogo sobre duas aeronaves turcas tendo abatido uma delas, ao entrar em espaço aéreo sírio.

"Testemunhas identificaram dois aviões provenientes de território turco. Um dos aviões caíu em águas territoriais sírias e o outro conseguiu escapar apesar de danificado" diz Ihad Sultan, jornalista sírio à RT Arabic.

"Fontes das forças de segurança síria confirmam a um correspondente da Manar em Damasco ter abatido um caça turco" reporta a Al-Manar TV

Fontes oficiais apenas confirmam o despenhamento de um avião no Mar Mediterrâneo, ao largo da província de Hatay, que faz fronteira com a Síria. O diário turco Hurriyet também relata o resgate de tripulantes das águas, por helicópteros turcos.

É referido que embarcações sírias efetuaram simultanemante operações de busca, imediatamente após os turcos terem perdido contacto-radar e radio com a aeronave. Os aviões eram procedentes de Erhac na província de Malatya, tendo descolado às 10:00 horas locais.
Segundo o serviço da CNN na Turquia, um dos F-4 Phantom II caíu em águas internacionais, a cerca de 8 milhas de águas territoriais sírias.
Sendo originário de Erhac, o modelo em concreto deverá ser um F-4E, uma vez que os RF-4E se encontram estacionados em Eskisehir.

Após a deserção de um piloto sírio para a Jordânia durante o dia de ontem 21 de junho de 2012, onde pediu asilo político, as forças sírias estarão de sobreaviso e em clima especialmente tenso em zonas fronteiriças.

Apesar de pouco claros ainda os detalhes do incidente, do despenhamento de um F-4E parece não haver dúvidas. Saber-se-ão porventura durante as próximas horas, os verdadeiros contornos em que tudo ocorreu.


Fonte. RT Arabic adaptação Pássaro de Ferro

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