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sexta-feira, 10 de novembro de 2017

GOVERNO PONDERA MANTER C-130 PARA COMBATE A INCÊNDIOS (M1937 - 74/2017)

C-130 da FAP em 1994 em demonstração do kit MAFFS de combate a incêndios

Durante o debate do Orçamento de Estado de 2018 o ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, informou que além da aquisição dos  aviões de transporte KC-390 (com capacidade complementar para o combate a incêndios com calda retardante e água), está em estudo a possibilidade de manter a voar a actual frota C-130 - que está previsto ser substituída pelos KC-390 nas principais funções que desempenha actualmente na FAP - para ser usada no combate a incêndios.
O titular da pasta da Defesa adiantou que foi remetido o pedido "price and availability" à Força Aérea dos EUA, após concluídas as especificações técnicas, para a "modernização de cinco dos seis C-130" [NR: Um C-130 perdeu-se em acidente em Julho de 2016], de modo a prolongar o seu potencial de vida para além de 2025. A informação sobre o processo de MLU (mid-life upgrade) estará já em condições de poder ser submetida a decisão. Esta decisão terá em conta não apenas a intenção de usar as aeronaves para o combate a incêndios, mas também a expectativa da futura frota KC-390 estar operacional apenas em 2021.

Ainda a respeito do Orçamento de Estado para o sector da Defesa, o secretário de Estado da Defesa esclareceu que não está previsto a FAP realizar operações de combate directo a incêndios para 2018, dado que "é preciso ter consciência de que a capacidade de operação não se monta de um ano para o outro" e portanto para 2018 " a capacidade de operação não terá tradução orçamental".
Marcos Perestrelo admitiu contudo estar em avaliação "o tipo de operação que a Força Aérea poderá fazer na gestão centralizada e nas operações de comando e controlo" já para o próximo ano. Este tipo de participação já poderá implicar reforço de verbas "que terão de ser avaliadas a tempo de ter tradução orçamental" para 2018.
Relativamente aos helicópteros ligeiros de combate a incêndios pertencentes ao Estado (três AS350 Ecureuil), informou que a operação dos mesmos está contratada a privados até ao final da época de incêndios de 2018.

Não foi no entanto mencionado o destino da frota de Kamov Ka-32, também pertencente do Estado, concessionada a privados até 2019, em condições de operacionalidade limitada a três helicópteros, estando dois parados à espera de reparação e um acidentado sem possibilidade de recuperação.
A operação deste tipo de helicóptero pesado tem estado envolta em polémicas de vária ordem desde que foi adquirida em 2006, mormente no que respeita aos custos e problemas da manutenção.
A Força Aérea terá recusado em 2016 assumir a operação desta frota, sem o necessário reforço de meios humanos e materiais correspondente.

Oito helicópteros SA-330 Puma retirados do serviço operacional na FAP em 2010, estão também parados desde então, à espera de novo dono. Várias vezes têm sido falados como passíveis de ser reaproveitados para o combate a incêndios - pelo menos quatro a seis células em melhores condições - mas nunca uma decisão seria tomada no sentido de os reaproveitar para esse fim.

Em processo de aquisição estão cinco a sete helicópteros ligeiros para a FAP, que estão descritos virem a ter como missão secundária o combate a incêndios. A avaliação das propostas apresentadas pela Airbus Helicopters e Leonardo estava prevista terminar a 31 de Outubro. Contudo, face aos trágicos acontecimentos do mesmo mês e à evidência das vantagens do Estado possuir meios próprios de combate durante todo o ano, chegou a ser ventilada a hipótese deste concurso ser alterado, de modo a contemplar mais unidades. Oficialmente contudo, nada foi assumido oficialmente acerca do tema.

De fora do debate, ficaram ainda (e mais uma vez) meios anfíbios pesados, vulgarmente conhecidos como Canadair, consensualmente os mais eficientes e adaptados às características do nosso país. Normalmente duas a quatro unidades são alugadas para a época de incêndios, ficando a depender de países terceiros, sempre que é necessário reforço, que quase sempre ocorre tarde e com os gastos obviamente inerentes.

Finalmente, e apesar de ser irrealista começar em 2018 a empenhar a Força Aérea no combate directo a incêndio, ficou por estabelecer um prazo para a efectivação dessa promessa e tratar também a problemática dos meios humanos necessários para esse fim.

É certo que tempo poderá ainda ser curto, desde o anúncio da intenção de tornar a Força Aérea na principal entidade gestora dos meios aéreos de combate a incêndios, para ter elaborado um plano consistente, que defina todos os pontos em aberto, que permita ter uma estrutura eficaz, operacional e sustentável, no combate aos incêndios.
Mas espera-se que não suceda como em todas as promessas dos sucessivos Governos nas últimas décadas.
A gravidade das tragédias deste ano e a consciência de todos nós assim o exigem.


quinta-feira, 10 de agosto de 2017

SUCESSOR DO ALOUETTE III EM AVALIAÇÃO (M1916 - 53/2017)

Sud-Aviation SE-3160 Alouette III da FAP


O Ministério da Defesa confirmou a recepção de duas propostas para o concurso de substituição dos helicópteros ligeiros Alouette III da Força Aérea Portuguesa. A Airbus Helicopters apresentou-se com o H125 (anteriormente conhecido por AS350B3e), enquanto a Leonardo concorreu com o AW119Kx.

O novo modelo a ser escolhido terá como missão primária a instrução de pilotagem e secundárias de busca e salvamento, apoio no combate a incêndios e evacuações sanitárias.

H125 (então AS350B3) em uso pela Protecção Civil 


O H125 poderá ter como vantagem ser um dos helicópteros mais usados em todo o mundo, acumulando um total  superior a 30 milhões de horas voadas. Está classificado como sendo um excelente helicóptero de montanha, tendo inclusivamente estabelecido o recorde mundial de aterragem e descolagem  uma altitude de 8850m, no Monte Evereste.
Tem também sido extensamente utilizado no combate a incêndios em território nacional, estando algumas unidades em uso pela Protecção Civil , herdadas da extinta EMA. Poderá ser este outro trunfo a favor do H125, caso haja a intenção de integrar os helicópteros da Protecção Civil  no inventário da FAP, para uma desejável uniformização de frotas.

Leonardo AW119Kx Koala                              Foto: Leonardo


Já o AW119Kx Koala da Leonardo está descrito pelo fabricante como o "mais espaçoso e mais potente helicóptero monomotor multifunções", características eventualmente valorizadas para as funções de Busca e Salvamento. Sendo um projecto mais recente que o concorrente da Airbus, poderá igualmente tirar alguns dividendos nos aspectos técnicos. Está em uso em oito países em todo o mundo, entre forças armadas, forças de segurança e particulares.

As propostas estão desde o início de Julho em fase de avaliação por parte da comissão nomeada para o efeito, sendo avaliadas segundo os parâmetros processuais definidos aquando do anúncio do concurso, e que contemplam além do preço, mais-valias técnicas e logísticas.

O valor máximo previsto a gastar com o programa de aquisição, entre 2018 e 2020 é de 20,5M  EUR. O Ministério da Defesa afirmou pretender concluir o processo de aquisição dos helicópteros até ao fim do corrente ano de 2017.





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