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domingo, 29 de setembro de 2024

FORÇA AÉREA RETIRA CIDADÃOS PORTUGUESES DO LÍBANO [M2533 – 77/2024]

 
KC-390 empenhado na ponte aérea entre Lanarca e Lisboa

A Força Aérea Portuguesa mobilizou duas aeronaves para o repatriamento dos cidadãos portugueses que manifestaram interesse em deixar o Líbano, na sequência do agravar da violência entre o Hezbollah e Israel. O plano de segurança foi solicitado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros ao Ministério da Defesa Nacional.

A operação foi realizada em duas fases, com o transporte, no dia 27 de setembro, de 28 passageiros (dos quais oito crianças) entre Beirute (Líbano) e Lanarca (Chipre)  num Falcon 50 da Esquadra 504 - Linces. 

Falcon 50 à chegada a Lanarca com o KC-390 já visível no solo

Reabastecimento do KC-390 dos "Rinocerontes" em Lanarca

A operação ficaria concluída ao final do dia de ontem, 28 de setembro, com um KC-390 (n/c 26902) da Esquadra 506 - Rinocerontes, a transportar um total de 44 passageiros entre Lanarca e Lisboa. 

Embarque dos 44 passageiros no KC-390 em Lanarca, Chipre

Acondicionamento de bagagens pelo loadmaster dos "Rinocerontes"

Distribuição de víveres durante o voo Lanarca- Lisboa a bordo do KC-390 da Esquadra 506 da FAP



Chegada ao AT1 em Figo Maduro ao final do dia de ontem

Já o  Falcon 50 (n/c 17401) dos "Linces" empenhado na mesma missão, regressou a Portugal quase em simultâneo, aterrando no Aeródromo de Trânsito nº1, pelas 20h43.

Fotos: FAP







quinta-feira, 20 de maio de 2021

CROÁCIA ESCOLHE RAFALE [M2256 - 44/2021]


Segundo a imprensa local, o Governo croata decidiu-se pela compra de uma dúzia de caças Rafale F3, para substituir a envelhecida frota de MiG-21 da sua Força Aérea, em decisão tomada hoje me Conselho de Defesa. A decisão deverá ser anunciada oficialmente pelo Governo no Dia das Forças Armadas. 

De acordo com as informações disponíveis, a Croácia deverá pagar um pouco abaixo de 1000M EUR pelo pacote, que inclui células com até 10 anos, treino e armamento. Após a decisão oficial do governo de aceitar a oferta francesa, seguir-se-ão as negociações do contrato.

Aparentemente o negócio será portanto, feito em moldes semelhantes à Grécia, que também recentemente adquiriu células de Dassault Rafale, usadas pelo Armée de l'Air francês.

Além dos Rafale franceses em segunda mão, a Croácia recebeu ofertas de F-16 Block 70 novos dos EUA, Gripen C/D novos da Suécia e  F-16 Block 30 usados de Israel.

O presidente Zoran Milanovic disse pouco depois que o Governo não havia recebido ainda uma recomendação sobre o tipo de aeronave a ser comprada, mas esperava "que ele e o primeiro-ministro se entendessem bem". Questionado se sabia que modelo de avião estávamos comprando, ele respondeu "Sem comentários".

A ser assinado ainda este ano o contrato, a França estará em posição de entregar os seis primeiros aviões em 2024 e os seis restantes um ano depois. Já o presidente Milanović, por outro lado, disse que os aviões devem chegar à Croácia até 2024, o mais tardar.




segunda-feira, 17 de agosto de 2020

CAÇAS ISRAELITAS TREINAM PELA PRIMEIRA VEZ NA ALEMANHA [M2169 – 87/2020]

F-16C Barak da Esquadra 101 da IAF aterra em Nörvenich, Alemanha    Foto: Team Luftwaffe

Caças da Força Aérea de Israel (IAF) chegaram hoje à Alemanha, para pela primeira vez na história realizar um exercício conjunto com a Luftwaffe em solo alemão. Durante as próximas duas semanas, seis com as Estrela de David treinarão em com caças alemães, estando igualmente previsto sobrevoar em conjunto o campo de concentração de Dachau e o aeroporto de Furstenfeldbruck.

Este exercício, denominado Blue Wings 2020, é o único exercício internacional que a IAF irá realizar no exterior este ano, devido à pandemia de COVID-19, cancelado que foi por exemplo exercício Iniochos na Grécia, que a IAF costuma integrar regularmente.

F-16D Barak da Esquadra 105 da IAF (Escorpião) no exercício Iniochos 2017 na Grécia

O exercício Blue Wings tem por objectivo aprimorar as capacidades da IAF, manter a sua prontidão para enfrentar vários cenários e continuar a fortalecer os laços e cooperação com forças aéreas aliadas. Vem aliás na sequência da participação da Luftwaffe nas últimas edições do exercício Blue Flag em Israel

Typhoon da Luftwaffe no exercício Blue Flag 2019 em Israel


"A IAF participará no exercício pela primeira vez como convidada da Alemanha", compartilha o TCor. A, Comandante da Esquadra 105 ("Escorpião"), e do destacamento. “Esta é uma oportunidade de mostrar as nossas capacidades e aprender sobre as técnicas de combate e treino da NATO".

Vídeo do momento de entrada do Comandante da IAF em espaço aéreo alemão

Como parte do exercício, seis aviões de combate "Barak" (F-16C/D), duas aeronaves "Re'em" (Boeing 707) e duas aeronaves "Nachshon-Eitam" (Gulfstream G-550) ficarão destacadas na base de Nörvenich na Alemanha. Os membros da tripulação irão treinar ao longo de duas semanas  vários cenários aéreos ao lado de países da NATO, como parte dos exercícios "MAG (Multinacional Air Group days)" - um evento internacional que ocorre quatro vezes por ano.

Emblema do destacamento israelita no exercício Blue Wings 2020

Serão treinados dogfights (combate aéreo dentro do alcance visual), supressão de mísseis terra-ar e outros cenários em território inimigo. O exercício é uma oportunidade de realizar voos tácticos e enfrentar uma variedade de ameaças com tecnologia avançada, num território desconhecido. "Este treino é muito efectivo e único, uma vez que treinamos num ambiente e um território desconhecidos" disse a propósito o TCor. A. "Iremos voar num ambiente diferente do que estamos habituados em Israel, com diferentes plataformas e regras de voo.Os voos serão realizados com a doutrina de combate da NATO em vez da nossa, o que cria desafios ao piloto e ao operador de sistemas no cockpit", continua o TCor. A. "O exercício irá simular um cenário de guerra, devido à incerteza e à diferença dos treinos [que fazemos] em Israel", completou.

 Na terça-feira, 18 de Agosto de 2020, será realizado o voo "Memória para o Futuro" com o sobrevoo conjunto, liderado por um Gulfstream G550 da IAF ladeado por caças israelitas F-16 e  Eurofighter Typhoon alemães, sobre o campo de concentração de Dachau, em memória das vítimas do Holocausto e também aeroporto "Fürstenfeldbruck" perto de Munique, em memória dos 11 membros da delegação olímpica israelita que foram assassinados no ataque terrorista dos Jogos Olímpicos de 1972. O Comandante da IAF, Gen. Amikam Norkin liderará a formação no Gulfstream G550 ao lado do Chefe da Luftwaffe, Tenente-General Ingo Gerhartz, e da primeira comandante feminina de uma Esquadra da IAF,  TCor. G. Comandante da Esq. 122 (que opera os G550).

Gulfstream G-550 da Esquadra 122 da IAF
Após o sobrevoo, será realizada uma cerimónia oficial  no campo de concentração de Dachau. A cerimónia contará com a presença da Ministra Federal da Defesa da Alemanha, Annegret Kramp Karrenbauer, o Embaixador de Israel na Alemanha, Jeremy Issacharoff, os Comandantes das Forças Aéreas e outros dignitários. O Vice-Comandante da Esquadra 109, Maj. Y, neto de um sobrevivente do Holocausto do campo de concentração de Dachau, falará na cerimónia. Além disso, uma leitura de "Yizkor" será realizada pelo Rabino Mendel Moraity. A cerimónia será transmitida ao vivo nas plataformas digitais da IAF e da IDF (Forças de Defesa de Israel).

Segundo o comunicado da IAF, este destacamento é estrategicamente significativo e influencia muito a IAF, as IDF e todo o Estado de Israel, acrescentando que a cooperação israelita-alemã e a chegada de aeronaves da IAF a solo alemão são eventos históricos. Na mesma comunicação a IAF refere que conduz e continuará a conduzir exercícios conjuntos com outras forças aéreas para manter a sua aptidão e prontidão, bem como para promover relações e estimular e fortalecer a cooperação entre as forças. 

A nível táctico, temos a incrível oportunidade de aprender com outras forças aéreas e treinar em território desconhecido e em condições desafiadoras. Do ponto de vista estratégico, estamos fortalecendo nossa capacidade de cooperar com outras nações e forças aéreas". concluiu o TCor. A. 






quarta-feira, 23 de maio de 2018

F-35: BAPTISMO DE FOGO (M1971 - 31/2018)

F-35I Adir em formação com F-16I Sufa         Foto: IAF

A Força Aérea Israelita anunciou na rede social Twitter, que "os aviões Adir já estão operacionais e a voar missões operacionais" citando o Comandante do ramo aéreo das Forças Armadas Israelitas, MGen. Amikam Norkin. O mesmo twit termina com uma frase que não deixa margem para dúvidas:"Somos os primeiros no mundo a utilizar o F-35 em actividade operacional".

Depois de vários rumores, que davam conta da utilização em combate do F-35 "Adir" - como é designado localmente - é a primeira vez que são confirmados oficialmente.


Foto: IAF

A imprensa local cita ainda um discurso do mesmo Gen. Norkin, a 20 chefes de forças aéreas reunidos em Israel, em que terá dito "estamos a voar o F-35 por todo o Médio Oriente e já atacámos por duas vezes em duas frentes diferentes", tendo mostrado na altura uma foto de um F-35 israelita, a sobrevoar Beirute, Líbano. Apesar de não deixar claro em que ataques os caças de 5ª Geração tomaram parte, o General Norkin esclareceu que não tomaram parte nos bombardeamentos de alvos iranianos na Síria, a 10 de Maio.

Tendo recebido os primeiros F-35I na base aérea de Nevatim, a 12 de Dezembro de 2016, integrados na Esquadra 140 "Golden Eagle", a mesma Esquadra foi declarada operacional cerca de um ano depois, contando então já com nove aeronaves.
Desde aí, e dada a intensa actividade de combate em que a Força Aérea hebraica tem estado envolvida, começaria a contagem decrescente para a entrada em combate do "Adir". Alguns analistas referem que o abate de um F-16I "Sufa" em Fevereiro passado na Síria, poderá ter acelerado a decisão de empenhar o F-35 em teatro de guerra.

Das declarações do Gen. Norkin contudo, não é possível depreender se os F-35 foram utilizados como plataforma de armamento, ou como centro de coordenação/informação electrónica.


sábado, 31 de março de 2018

CROÁCIA COMPRA F-16 ISRAELITAS (M1961 - 21/2018)

F-16D Barak israelita

O Governo croata confirmou na quinta-feira 29 de Março de 2018, a aquisição de uma dúzia de caças F-16 a Israel, confirmando a recomendação do Conselho de Defesa do país, que avaliou as propostas recebidas.

A proposta israelita superou a competição de EUA, Grécia e Suécia, que responderam ao concurso lançado em 2017, pelo país da antiga da antiga federação jugoslava, para substituição da esquadra de MiG-21 da Força Aérea local.

O negócio está avaliado em 500M USD, a pagar ao longo de uma década. A proposta inicial contemplaria o modelo A/B "Netz", retirado de serviço da IDF no início de 2017, que entretanto teria sido melhorada para o modelo C/D "Barak", para poder superar a competição, principalmente da Suécia, que propôs Gripen C/D novos por 700M EUR.

Os EUA propuseram igualmente F-16V novos, mas por cerca de 1700M USD. A oferta grega de F-16C/D usados terá sido a mais barata, mas não conseguiu bater a globalidade da oferta de Telavive, que incluía um pacote de contrapartidas económicas na área da Defesa, com a investimentos avultados de empresas israelitas na Croácia, além de simuladores de voo e treino inicial de pilotos e mecânicos.

Os F-16 deverão ser entregues entre 2020 e 2022.


domingo, 8 de outubro de 2017

F-16 CONTRA GRIPEN (OUTRA VEZ) (M1924 - 61/2017)

Formação mista de Gripen e F-16

Não se trata de uma luta nos céus, mas sim na "secretaria".
F-16 e Gripen vêm-se confrontando nos últimos concursos para aquisição de caças, em vários países à volta do globo.
Acresce que, com a gradual obsolescência das frotas de caças de origem soviética, agravada pelo resfriar das relações com a Rússia, devido à anexação da Crimeia em 2014, vários países do antigo Bloco Leste europeu, vêm solicitando soluções no mercado para substituir os seus MiGs.

E se, tal como escrevemos antes, numa primeira fase o F-16 terá perdido algum terreno para o caça de origem sueca, muito devido ao desinvestimento da Lockheed Martin na plataforma de armas F-16 em favor do novel F-35, o gigante estadunidense do armamento corrigiu mais tarde a mão e começou a apresentar versões modernizadas do F-16, como uma solução mais económica, direccionada aos países que não estejam interessados ou não possam "embarcar no comboio" do F-35.
Os últimos exemplos da rivalidade que referimos, são a Croácia e a Eslováquia.

MiG-21bisD da FA Croata       Foto: Tomislav Haraminčić/Wikimedia

O primeiro país, saído do desmembramento da antiga Jugoslávia, opera uma dúzia de MiG-21, que apesar de recentemente terem sofrido algumas modernizações realizadas na Ucrânia, destinadas principalmente à compatiblização com os sistemas de navegação/comunicação da NATO, têm estado envolvidos em polémica. É que cinco dos doze MiG-21 modernizados que foram incorporados na Arma Aérea do país do Adriático, estavam  armazenados em Odessa, alegadamente pertencentes a uma encomenda cancelada pelo Iemen. Uma investigação contudo está a ser conduzida para determinar ao certo de que células se trata, dado que os números de série terão sido adulterados, sendo na verdade os cinco MiG-21 ex-búlgaros.
Por todas esta razão e as já enunciadas, o Governo de Zagreb está por isso interessado em renovar a frota de caças do país, tendo realizado em Julho passado, um pedido de propostas à Suécia, EUA, Coreia do Sul, Grécia e Israel.
Destes cinco países, surpreendentemente a Coreia do Sul não avançou com o seu KAI AT-50, resumindo-se as propostas abertas na semana transacta, a EUA, Israel e Grécia com F-16 em segunda mão e a Suécia com o Gripen. Segundo o ministro da Defesa croata, uma decisão será tomada dentro dos dois próximos meses, tendo em conta "para além das características e capacidades das aeronaves, (...) três parâmetros: contrato intergovernamental, preço e pacote de cooperação económico-financeiro".

MiG-29 eslovaco
A Eslováquia é outro país no mercado, em busca de 14 caças que possam substituir os doze MiG-29 actualmente ao serviço da sua Força Aérea, pese embora tenha adiado mais uma vez uma decisão definitiva, esperada que era até ao fim de Setembro de 2017.
Embora reconhecendo que retardar a decisão prolongará a dependência de material russo, o ministro da Defesa de Bratislava, Peter Gadjos justificou o adiamento com a necessidade de equilibrar os gastos da Defesa entre Força Aérea e Exército, igualmente necessitado de renovar equipamento. A opinião local é contudo, que o Gripen terá ascendente sobre o F-16, uma vez que os vizinhos República Checa e Hungria já utilizam o modelo, propiciando por isso a uma uniformização de frotas na região.

Em "banho-maria" está ainda a decisão da Bulgária em adquirir oito unidades de um novo modelo que substitua os seus MiG-29, num processo que já esteve decidido em favor do caça sueco, mas que seria revertido pelo novo Governo de Sófia, alegando que o anterior Governo interino que tomou a decisão, não tinha competências para o fazer. De recordar que Portugal é um dos países que apresentou proposta neste concurso, contemplando F-16 vindos dos EUA em segunda mão, a modernizar em solo luso. Concorreu ainda a Itália com Eurofighter Typhoon igualmente em segunda mão.
Fontes não-oficiais dizem esperar-se uma decisão final até ao fim do corrente ano de 2017.

Num outro segmento de marcado, o das empresas particulares que fornecem serviços de treino de combate aéreo, o F-16 estará em fase de aquisição por duas conhecidas empresas do ramo (Discovery Air Defence e TacAir), de modo a proporcionar ameaças credíveis para os caças de 5ª Geração.
A Saab entretanto, pretende intrometer-se neste nicho de mercado com uma versão adaptada do Gripen C (com algumas melhorias da versão E), conforme revelou o seu chefe de Vendas e Marketing Richard Smith, na feira de equipamentos de Defesa DSEI em Londres, em Setembro passado. Apesar de se falar já no interesse da ASDOT (britânica) e AdAir (americana) no Gripen Aggressor, não está claro se esta solução pretende aproveitar células provenientes do mercado de segunda-mão (a Suécia irá trocar a totalidade da sua frota de Gripen C/D por novos E/F nos próximos anos), ou se estará limitada a células novas construídas de raiz nesta nova configuração.

A Grécia foi um dos países a apresentar proposta à Croácia para a venda de F-16 Bloco 30. Em fundo a cauda de um Gripen checo

F-16 e Gripen têm por isso muitos duelos pela frente, apesar de estarem normalmente do "mesmo lado das trincheiras".





sábado, 4 de fevereiro de 2017

F-35 MAIS BARATO (M1868 - 05/2017)

Lockheed Martin F-35 Lightning II


A Casa Branca emitiu um comunicado ontem, 3 de Fevereiro de 2017, a anunciar o acordo entre o Departamento de Defesa e a Lockheed Martin, relativamente aos custos do último lote de produção do polémico caça de 5ª Geração F-35.

O Lote de Produção Inicial nº10, coloca os custos do modelo A abaixo dos 100M USD, pela primeira vez. Os modelos B (STOVL) e C (Marinha), embora igualmente mais baratos, relativamente ao contrato anterior, estão ainda acima da marca dos 100M USD, conforme a lista apensa:

·        F-35A:  94.6M USD (7.3% redução do Lote 9)
·        F-35B: 122.8M USD (6.7% redução do Lote 9)
·        F-35C  121.8M USD (7.9% redução do Lote 9)

A redução de custo no modelo A é contudo a mais relevante, uma vez que este representa cerca de 85% do programa geral. Relativamente ao Lote 1, a redução de preço situa-se já em cerca de 60%.

O Lote 10, que contempla 90 células de F-35, significa igualmente um aumento no número de células fabricadas, na ordem dos 40% relativamente ao lote anterior, que consistiu em 57 caças.
A distribuição de células do Lote 10, pelos países integrantes do Programa será de acordo com a lista discriminada abaixo:

·        44 F-35A USAF
·        9 F-35B US Marines
·        2 F-35C U.S. Navy
·        3 F-35B Reino Unido
·        6 F-35A Noruega
·        8 F-35A Australia
·        2 F-35A Turquia
·        4 F-35A Japão
·        6 F-35A Israel
·        6 F-35A Coreia do Sul

O Lote 10 significa por isso uma redução de um total de 728M USD, relativamente aos preços do Lote 9.

De notar que a administração Trump tem sido particularmente crítica do Programa F-35, mesmo ainda antes da tomada de posse. A par com as reduções de custos que reclamava e agora conseguidas, terá já ordenado um estudo comparativo com o F-18E/F Super Hornet da Boeing, para aferir até que ponto este modelo ou uma evolução dele, poderá substituir  parcialmente o F-35 nas Forças Armadas americanas.







quinta-feira, 6 de novembro de 2014

ISRAEL DÁ ASAS AO F-35 (M1718 - 310PM/2014)

Linha de montagem da Lockheed Martin nos EUA     Foto: Lockheed Martin

Anunciado por oficiais dos EUA e Israel como um marco na cooperação das indústrias de defesa dos dois países, a companhia estatal Israel Aerospace Industry (IAI) inaugurou a linha de produção esta terça-feira 4 de novembro de 2014, para o fabrico de asas para os caças Lockheed Martin F-35 Lightning II.

Num acordo de cooperação industrial estimado em 2500M USD, o complexo da IAI em Lahav irá produzir 811 pares de asas ate 2030, ao ritmo de quatro por mês.

As asas serão destinadas a encomendas de caças para a Força Aérea dos EUA, Israel e futuros clientes de exportação. Os trabalhos já começaram, com a entrega do primeiro par de asas construídas em Israel a ser entregue em meados de 2015.

O acordo constitui uma fatia considerável do total de 4000M USD de encomendas da Lockheed Martin a indústria israelita, decorrentes da decisão do país judaico datada de 2010, em adquirir o F-35. O pacote poderá aumentar até aos 5000M USD, caso a encomenda projetada de 44 aeronaves venha a ser ampliada.

Foto: Lockheed Martin

Patrick Dewar vice-presidente executivo da Lockheed Martin International  justificou a decisão de entregar a IAI componentes críticos como as asas, com três décadas de cooperação bem-sucedida nos programas F-16 e T-38. Realçou ainda, que a Lockheed Martin quase duplicou as contrapartidas de 1000M USD, pela aquisição do F-16I, porque “a IAI fabrica os melhores produtos e escolhemo-los para trabalharem connosco”.

Fonte: Defense News
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro


quinta-feira, 17 de julho de 2014

ISRAEL INICIA OFENSIVA TERRESTRE EM GAZA (M1659 - 210PM/2014)

Forças aéreas e terrestres israelitas estão agora em conjunto na Faixa de Gaza

Os militares israelitas iniciaram uma ofensiva terrestre contra militantes palestinianos na Faixa de Gaza.

As Forças de Defesa Israelitas (IDF) comunicaram que estenderão a Operação Protective Edge, que dura já há 10 dias. Justificaram a ação como sendo uma resposta ao continuado disparo de rockets, e com a intenção de aplicar um "golpe significativo no Hamas", que controla Gaza.

Durante ontem quarta-feira, houve tréguas humanitárias durante cinco horas, mas a troca de fogo continuou, mal terminou o período.
Até ao momento 230 palestinianos e um israelita são dados como mortos, em consequência dos confrontos, durante a Operação Protective Edge.

No comunicado das IDF pode ler-se: "Depois de 10 dias de ataques do Hamas por terra, ar e mar, e depois de repetidas recusas das ofertas de acalmar a situação, as IDF iniciaram uma operação terrestre dentro da Faixa de Gaza".

Fonte: BBC
Tradução: Pássaro de Ferro

quarta-feira, 9 de abril de 2014

ISRAEL COM B-52? (M1519 - 44AL/2014)

B-52H

Depois de falhadas ou sem efeitos práticos, as negociações com o Irão, os Estados Unidos já pesam em recorrer à pressão militar, como meio para refrear o apetite/ímpeto nuclear iraniano.
O presidente Obama já sinalizou com a promessa de vetar a legislação que ameaça ser mais rígida nas sanções económicas contra o Irão. Isso deixa a pressão militar como a única opção. Mas depois de a administração Obama ter "permitido" a deterioração da situação na Síria e na Ucrania, o Irão, compreensivelmente, não tem porque temer a ameaça de um ação militar dos EUA.
Os EUA já reconheceram a importância da pressão militar israelita contra o programa de armas nucleares do Irão, altamente fortificado e, segundo consta, "enterrado" no subsolo daquele país. Em 2012, o Presidente Obama assinou um acordo com Israel através da entrega de aviões reabastecedores e armamento capaz de penetração no subsolo e bunkers.
Os EUA deverão prosseguir com essa pretensão, fornecendo a Israel a capacidade de alcançar e destruir as instalações nucleares iranianas, supostamente mais profundamente enterradas. Os EUA poderiam fazer isso, então, fornecendo um número adequado de bombas GBU-57, conhecidas como o Massive Ordnance Penetrator ou MOP, e vários bombardeiros B-52.
O Pentágono desenvolveu a bomba MOP especificamente para destruir alvos de grande dureza e resistência. Ela pode penetrar até 200 metros de profundidade antes de detonar, facto que seria mais do que o suficiente para causar danos significativos para o programa nuclear iraniano. Não há limitações legais ou políticas sobre a venda de MOPs para Israel, e o stock operacional destas bombas na Base Aérea de Whiteman, no Missouri, têm o suficiente no seu arsenal para ceder a Israel.
Contudo, Israel não possui uma aeronave para transportar a MOP, o que significa que os EUA seriam obrigados a emprestar/ceder aviões capazes de transportar uma carga tão pesada. Apenas dois tipos de aeronaves podem fazer: o B-52 e o B-2.



Os EUA têm apenas vinte bombardeiros B-2 e o pentágono seguramente não vai permitir a cedência desses aviões. Com os planos para um novo bombardeiro de longo alcance adiados devido aos cortes no orçamento de defesa a situação "obriga" a manter os B-52 no ativo pelo menos por mais 20 anos.
Todavia, há mais de uma dúzia dos relativamente “novos” B-52H - construídos na década de 1960 - que especialistas afirmam poderem ser alguns entregues a Israel. Não há, igualmente, impedimentos legais ou políticos quanto à sua transferência. Bastaria a apenas a introdução de algumas alterações estruturais nesses aviões a ceder, de modo a que pudessem transportar e largar as MOP.
Assim, ao transferir para Israel as MOP e os B-52H, a administração Obama, enviaria um claro sinal de que o seu aliado, que já tem a vontade, agora tem a capacidade de impedir que o Irão se torne possuidor de armamento nuclear.
Obama disse em 2012: “Nós vamos fazer o que for preciso para preservar Israel, porque Israel deve ter sempre a capacidade de se defender, por si só, contra qualquer ameaça.”

Fonte: The Wall Street Journal 
Tradução e adptação: Pássaro de Ferro

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

ARGENTINA PROCURA KFIRs EM ISRAEL (M1385 - 20PM/2014)

IAI Kfir C10 da FA Colombiana    Foto:USAF

Com o negócio para a aquisição de Mirage F1M espanhóis dado como cancelado, a Argentina está atualmente a negociar com Israel a compra de18 Kfir Bloco 60.

Esta última atualização do caça envolve revisão total do motor General Electric J79, o reequipamento do aparelho com o novo radar AESA da Elta Systems EL/M-2052 e novos aviónicos incluindo ecrãs multi-funções (MFDs).

Segundo o site infodefensa.com o negócio rondará os 500M USD, com a entrega imediata de seis aeronaves e montagem das restantes doze na Argentina, com transferência de tecnologia. E é esta segunda parte do negócio que está a levantar algumas dúvidas, quanto à capacidade da Fábrica Argentina de Aviones para realizar as modificações necessárias.

Entretanto, Londres já fez chegar a Tel-Aviv as suas preocupações com o território insular das Falklands/Malvinas, reclamado pela Argentina à longos anos. O Ministério da Defesa britânico terá por isso exigido saber em detalhe a eletrónica com que serão fornecidos os caças.
A exploração de petróleo nas Falklands/Malvinas, veio aguçar ainda mais as pretensões argentinas e as preocupações britânicas.











quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

EXERCÍCIO BLUE FLAG EM ISRAEL (M1306 - 373PM/2013)

Formação conjunta de F-16I israelitas e F-16C grego    Foto: IAF

Terminou no dia 28 de novembro de 2013, a primeira edição do exercício Blue Flag, que juntou cerca de uma centena aeronaves das forças aéreas de Israel, EUA, Itália e Grécia e foi oficialmente o maior exercício multinacional realizado em Israel.

F-16 israelitas das Esquadras Netz e Barak   Foto:IAF
O exercício está planificado para simular vários cenários realistas, baseados nas anteriores experiências da IAF em conflitos na região. O Blue Flag foi criado em parte para permitir a Israel participar num grande exercício internacional, desde que as forças do país hebraico foram impedidas de participar em exercícios NATO, devido a objeções levantadas pela Turquia.

F-15C israelita em Uvda     Foto: IAF

A IAF participou com as Esquadras "Knights of Twin Tail"  "Edge of the Spear" de Tel Nof, "Knights of the North" e "First Jet" de Ramat David, "Knights of the Orange Tail" de Hatzerim,  e "One" e "Bat" de Ramon. A Esquadra "Flying Dragon" é a anfitriã, na base aérea de Uvda. As aeronaves voadas com a Estrela de David, incluíram F-16C/D, F-16I e F-15C/D

Forças americanas e israelitas     Foto: Lee Osberry/USAF

Apesar de poder parecer um pormenor despiciendo, o facto de realizar todo o exercício com comunicação em inglês, é para as forças israelitas uma das características a realçar: "o Blue Flag é um exercício avançado, com um nível muito elevado e temos que comunicar em inglês, que é algo a que não estamos habituados" referiu a propósito o Ten. Omri, da Esquadra "Knights of the Orange Tail".
F-15E Strike Eagle da USAF          Foto: Lee Osberry/USAF

Já as forças americanas, que participaram com F-15E Strike Eagle da base de Lakenheath (Reino Unido), realçaram também o treino logístico que um exercício do tipo permite fazer, com a projeção de forças necessária para uma região, historicamente instável.

O gigante C-17 Globemaster no apoio aos caças da USAF     Foto: IAF
F-16C gregos e F-15C israelita     Foto: IAF




A Itália participou com AMX e Tornado, enquanto que a Grécia trouxe os seus F-16C/D.  

Os primeiros dias foram destinados à ambientação das forças estrangeiras ao território, enquanto na segunda semana se realizou o exercício propriamente dito, com missões ar-ar e ar-solo integradas num plano estratégico global.

Participam ainda como observadores 22 outros países (Canadá, Alemanha, Reino Unido, Bulgária, etc), que avaliarão a possibilidade participação ativa em edições futuras, planeadas para ocorrer de dois em dois anos.

O patch oficial do exercício Blue Flag            Foto: IAF



domingo, 3 de novembro de 2013

ISRAEL COMPRA SEIS V-22 AOS EUA (M1251 - 88AL/2013)

MV-22 Osprey dos USMarines. 
Brevemente será possível observar este tipo de aeronave com as cores de Israel. Créditos na imagem.

O governo dos Estados Unidos concordou recentemente com a venda de seis aparelhos Bell Boeing V-22 a Israel, muito embora oficiais norte-americanos não adiantem a versão a ceder ao estado hebraico. 
O Secretário de Estado da Defesa, Chuck Hagel confirmou há dias (em 31 de outubro) a venda, alegando que os EUA e Israel, em conjunto terão que se precaver contra as ameaças no médio oriente, resultantes da instabilidade latente na região, nomeadamente nos países vizinhos de Israel, como são os casos do Egito e Síria.
Segundo Hagel e tendo em conta a urgência manifestada por Israel, os V-22 serão entregues no prazo de dois anos, não levantando o político americano "segredo" sobre qual a versão a entregar, se a MV-22 que é usada pelos USMarines ou a mais avançada, CV-22, usada na USAF.

Fonte: Flightglobal
Edição e adaptação: Pássaro de Ferro

segunda-feira, 6 de maio de 2013

OS RAIDES ISRAELITAS NA SÍRIA (M983 - 128PM/2013)


F-16 I Sufa israelita   Foto: IAF

Apesar de terem passado já alguns dias desde as primeiras informações de que aeronaves israelitas terão perpetrado ataques contra instalações sírias, dados concretos são ainda difusos.
Durante o dia de hoje, observadores internacionais alegam terem perecido 42 soldados sírios, em consequência dos ataques, com cerca de uma centena de de possíveis óbitos ainda por confirmar.
Os raides ocorreram durante a passada sexta-feira e no domingo de manhã, visando um armazém de armamento nos arredores de Damasco e/ou uma coluna de veículos transportando mísseis iranianos Fateh-110, alegadamente para uso por parte do Hezbollah, no Líbano, contra alvos em Israel.

Segundo algumas fontes, o uso de equipamento de guerra eletrónica terá permitido à Força Aérea Israelita efetuar os bombardeamentos, sem qualquer interferência das forças sírias.  Outras fontes contudo, alegam que as aeronaves israelitas não terão chegado a sobrevoar espaço aéreo sírio, tendo desferido os ataques a partir do Líbano, justificando assim a passividade das defesas sírias, que não esboçaram qualquer tipo de reação. Esta segunda versão é  perfeitamente verosímil, considerando o uso por parte da aviação da Estrela de David, de mísseis ar-solo do tipo Rafel Popeye ou Spice fabricados localmente, dado o raio de ação atribuído a estas armas, bem como o poder explosivo.

Apesar de numa primeira fase não ter havido confirmação dos ataques por parte de fontes oficiais israelitas, segundo informações mais recentes de fontes não-oficiais, estes terão sido aprovados numa reunião de segurança, presidida pelo Primeiro Ministro Netanyahu. Apesar de não confirmarem que o alvo seriam armas químicas, que vêm sendo faladas como estando a ser usadas na guerra civil síria, os alvos visados nos raides israelitas, foram descritos por oficiais deste país, como sendo "capazes de mudar o rumo dos acontecimentos".

Pelo resto do mundo, Rússia  e China expressaram alarme pelas repercussões que os ataques israelitas podem ter no equilíbrio delicado da região. Já dos EUA, que oficialmente alegam não ter sido informados previamente por Israel da iminência dos ataques, o executivo de Obama reafirma a intenção de não enviar tropas americanas para o conflito.



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