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sábado, 15 de março de 2014

JAPÃO PRETENDE CLASSIFICAR CARTAS DE KAMIKAZES NA UNESCO (M1473 - 88PM/2014)


Partida de piloto kamikaze       Foto: Hayakawa

O Museu da Paz em Minami-Kyushu, na província japonesa de Kagoshima, tem a intenção de fazer entrar no património mundial 333 cartas de kamikazes, que estão entre cerca de 14.000 documentos sobre a II Guerra Mundial à guarda da instituição.  A UNESCO lançou no dia 25 de fevereiro o seu convite anual à apresentação de candidaturas para o Registo Internacional da Memória do Mundo, fundado em 1997 para promover o património documental da humanidade.

A iniciativa não é contudo ao gosto de Pequim, que acusa o Império do Sol Nascente de tentar reescrever a História.

Os referidos documentos constam essencialmente de algumas linhas de despedida enviadas a parentes por pilotos, na véspera da sua missão suicida. Muitos expressam aí seu o orgulho em morrer pelo país. Entrevistado pela BBC, Tadamasa Itatsu de 89 anos, reuniu várias dezenas dessas cartas. Uma das mais surpreendentes assina pelo Tenente Ryoji Uehara e contrasta com o suposto fanatismo da sua missão: "Amanhã, quem acreditava na democracia irá deixar este mundo. Pode parecer solitário, mas o seu coração está cheio de satisfação. A Itália fascista e a Alemanha Nazi foram vencidas. O autoritarismo é construir uma casa com pedras partidas".

Itatsu foi ele mesmo kamikaze voluntário em março de 1945. Tinha 19 anos. Mas uma falha no motor obrigou-o a aterrar antes de chegar ao alvo. Envergonhado, considerou o suicídio durante bastante tempo, antes de iniciar em 1970 a sua valiosa coleção, para "manter a memória" dos seus camaradas caídos em combate. 

A partir de 1944 a formação de esquadras especiais de combate, compostas principalmente por estudantes voluntários, pretendia permitir ao Império japonês parar o avanço do inimigo. Os pilotos kamikaze permaneceriam no imaginário popular, como a encarnação de um passado complexo, marcado pelo peso esmagador da tradição.

A intenção do Museu de Kagoshima não foi do agrado de Pequim, cujas relações com o Japão se têm deteriorado nos últimos meses, especialmente devido ao diferendo territorial em torno das ilhas Senkaku/Diaoyu e da polémica visita do ministro conservador Shizo Abe ao memorial Yasukuni Jinja.
A 10 de fevereiro, um porta-voz do ministério do Exterior chinês disse em conferência de imprensa: "Ao apresentar o pedido de registo de objetos kamikaze na Memória do Mundo da UNESCO, o Japão pretende embelezar a história da sua agressão militarista e visa basicamente minar as conquistas da guerra anti-fascista mundial e ordem internacional do pós-guerra. 
Na sequência, Pequim fez ainda saber que irá submeter à UNESCO uma série de documentos sobre o massacre de Nanking perpetrado em 1937 por forças japonesas, bem como relatos da agência France 24. O Congresso Nacional do Povo também declarou dois dias de comemoração nacional, 3 de setembro e 13 de dezembro, datas da rendição japonesa e do massacre de Nanking.

Fonte: Le Figaro
Tradução: Pássaro de Ferro



terça-feira, 26 de novembro de 2013

EUA DESAFIAM NOVA ZONA DE IDENTIFICAÇÃO E DEFESA AÉREA CHINESA (M1289 - 358PM/2013)

Boeing B-52 Stratofortress   Foto: Kevin J. Gruenwald/USAF


Segundo noticiou o Wall Street Journal, uma parelha de B-52 da USAF voou hoje sobre as ilhas disputadas por China e Japão no Mar da China Oriental
O voo realizou-se sem prévio aviso a Pequim, que no passado dia 23 estabeleceu unilateralmente uma Zona de Identificação e Defesa Aérea cobrindo as ilhas Diaoyu (Senkaku em japonês).
Segundo informações prestadas por fontes oficiais americanas, os bombardeiros descolaram da base de Guam e entraram no espaço aéreo reclamado pela China, pelas 19 horas de Washington (onde ainda era dia 25).

Alegadamente, o voo dos B-52 da Base Aérea de Anderson em Guam, fazem parte do exercício Coral Lightning, planeado já há bastante tempo. Os bombardeiros não estavam armados e não levavam escolta de caças. 

Mas o "voo de rotina" tomou especial relevo devido ao anúncio no passado fim-de-semana por parte da China, e contraria a tentativa de Pequim de aumentar a sua preponderância na região.
Apesar dos avisos de que a violação do espaço aéreo reclamado poderia desencadear uma resposta militar, as fontes oficiais americanas referiram não houve qualquer contacto por parte de aeronaves chinesas, enquanto os B-52 estiveram na "zona proibida".

Com o anúncio da criação da nova Zona de Identificação e Defesa Aérea, Pequim passou a requerer que as aeronaves que atravessem a região identifiquem o  transponder e a frequência rádio. O Cor. Steve Warren, porta-voz do Pentágono, disse que os EUA não iriam cumprir estas exigências.

As autoridades chinesas ainda não comentaram o episódio.


Fonte: Wall Street Journal
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro






terça-feira, 26 de março de 2013

SU-35 PARA A CHINA (M927 - 87PM/2013)


Sukhoi Su-35      Foto: Sukhoi Company

No seguimento das negociações de que o Pássaro de Ferro deu conta há cerca de uma ano atrás, a Rússia e a China concluíram um acordo para o fornecimento dos caças de Geração 4.5 Sukhoi Su-35.
Os dois países são parceiros de longa data no que toca a material militar, embora o fornecimento de material de topo por parte de Moscovo a Pequim, tenha acontecido apenas a espaços.
O cenário parece estar prestes a mudar.
São conhecidas as colaborações de técnicos russos nos programas mais recentes de desenvolvimento de aeronaves chinesas como o J-10, JF-17, L-15 e até o helicóptero de ataque Z-10. Mesmo o desenvolvimento do J-11 só foi possível graças à obtenção de documentos técnicos russos,que em conjunto com a aquisição do T-10 experimental ucraniano permitiram também o desenvolvimento do J-15 naval.
Ainda assim, a cooperação não é para já suficiente para garantir à China aeronaves de topo, até porque o mundo não pára enquanto Pequim desenvolve projetos próprios, a partir de outros já existentes. É neste contexto que a China pretende adquirir os Su-35. Por outro lado, existia do lado de Moscovo alguma apreensão, dado que foi a partir de 24 Su-30 comprados por Pequim, que foi desenvolvido o caça J-16 (cujas linhas não deixam margem para dúvidas).

As capacidades do Su-35 são apetecíveis     Foto:Sukhoi Company

Para já não são conhecidos detalhes do acordo alcançado, mas dada a apetência dos chineses para a cópia não autorizada de material estrangeiro, a ideia de Moscovo seria vender um número mínimo de aeronaves (entre 50 a 100) que garanta uma margem de segurança que não penalize o fabricante caso o cliente copie o modelo como fez no passado, ao mesmo tempo que no contrato ficaria incluída clausula altamente penalizante para Pequim, em caso de cancelamento ou redução do número de aeronaves acordado.

Fonte: Voz da Russia
Adaptação: Pássaro de Ferro





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