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sábado, 1 de fevereiro de 2014

UMA CONVERSA COM CHUCK YEAGER (M1407 - 32PM/2014)

Foto: USAF

"O dever!"
É esta a resposta do Brig.Gen Chuck Yeager à pergunta que toda a gente quer saber a resposta: "O que significa ser a primeira pessoa a quebrar a barreira do som?"

"Eu era um tipo da manutenção e uma vez que compreendia os sistemas, fui designado para o X-1, o primeiro avião a chegar a velocidades supersónicas" disse Yeager. "Se estiveres no sítio certo, à hora certa, consegues fazer coisas que nunca ninguém fez".

Uma lenda viva

A conversa com Chuck Yeager foi realizada na base aérea de Beale, perto de Penn Valley onde Chuck vive. Não é homem de falar muito acerca de si próprio - talvez os ícones não precisem de muitas palavras. Mas outros, tais como o Cor. Phil Stewart, comandante da 9ª Ala de Reconhecimento de Beale, prestam-lhe tributo: "O Brig.Gen. Yeager é uma lenda vida. É raro que o nome de alguém se torne sinónimo de um feito de topo numa área específica", disse. "Para a arte referimos Picasso. para a música Beethoven. E para voar há Chuck Yeager".

O homem mais rápido

Yeager e a sua esposa Victoria, concordaram com uma curta conversa durante o pequeno-almoço num café em Grass Valley, durante os últimos dias de dezembro.
Yeager, o antigo piloto de caça e voos de teste, agora com 90 anos, de olhos azuis nítidos, diz que voou 361 tipos diferentes de aeronaves militares, ao longo de oito décadas, incluindo F-15 e F-16 durante os últimos anos. Mas ele é conhecido por ter sido "o homem mais rápido", após quebrar a barreira do som pela primeira vez, a 14 de outubro de 1947. Ia a 47.000 pés num X-1 de alcunha "Glamorous Glennis" (com referência à sua primeira mulher Glennis), quando ultrapassou a barreira do som a cerca de 700 milhas/hora (mph).

Chuck Yeager junto ao Bell X-1 "Glamorous Glennis"    Foto:USAF

Vontade de regressar

Yeager cresceu na Virgínia Ocidental e alistou-se na Aviação do Exército três meses após os japoneses bombardearem Pearl Harbour. Começou a carreira na manutenção de aviões, antes de se tornar oficial de manutenção e ser atribuído a uma esquadra de caças. Os requisitos para a admissão de pilotos mudaram entretanto e Yeager encontrou-se dentro do cockpit na escola de aviação.
"Ele praticava muito. Queria ser o melhor que pudesse ser" disse Victoria Yeager." Tinha uma grande vontade de regressar para a Glennis e para os seus pais".

Durante 1944 e 1945, à medida que a II Guerra Mundial atingia o pico, Yeager voou P-51 Mustang na Europa e numa só missão chegou a abater cinco aviões inimigos: "Enviaram-nos para o outro lado do Atlântico e deram-nos Mustangs, que é o melhor caça que alguma vez combateu numa guerra" disse Yeager. Foi também abatido sobre a França ocupada pelos nazis, mas conseguiu evitar ser capturado.

A Era Global Hawk

Hoje-em-dia, os militares modernos têm a opção de enviar uma aeronave tripulada ou sem tripulação para uma zona de guerra. E nas proximidades de Bale existem ambas. "Beale é uma base especializada e ficou à frente com o Global Hawk" diz Yeager. O RQ-4 Global Hawk é uma aeronave de vigilância não tripulada, capaz de fazer o levantamento de dezenas de milhares de quilómetros quadrados de superfície durante um dia. "Qualquer coisa que possas fazer, em que não tenhas que sangrar é um sacana de um um bom sistema" termina Yeager com uma gargalhada.

O recordista tinha o que era preciso

Chuck Yeager chegaria  a Mach 2,44 no X-1 a 12 Dez. 1953      Foto:USAF

Chuck Yeager, 90 anos General de uma estrela reformado, serviu no Corpo de Aviação do Exército e na Força Aérea durante 34 anos e vive agora em Penn Valley.
Durante a II Guerra Mundial pilotou caças P-51 Mustang.
Dpois da Guerrra, Yeager tornou-se piloto de testes de numerosas aeronaves experimentais, incluindo o X-1 que ultrapassou a barreira do som em 14 de outubro de 1947.
Voltou a estabelecer um novo recorde de velocidade ao voar o X-1 a Mach 2,44 num voo que quase terminaria em desastre com o avião a cair em voo descontrolado cerca de 16.000m. Chuck conseguiu recuperar o controlo e aterrou sem problemas.
Voou tanto o U-2 como o SR-71, duas das aeronaves que estiveram baseadas em Beale.
Foi comandante de Esquadra de voo durante a guerra do Vietname.
Foi figura de destaque no livro de 1979 de Tom Wolfe "The Right Stuff", sobre o programa de astronautas do Projeto Mercury, tendo sido encarnado o seu papel por Sam Shepard no filme homónimo de 1983 (Os Eleitos - em Portugal).
Foi agraciado com uma Estrela de Prata e uma Estrela de Bronze entre outras condecorações.




Fonte: appealdemocrat.com
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro


segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

PARA TERMINAR 2012 (M811 - 158PM/2012)


Foto:Scott Slocum/mybombshells.com


...e de P-51 Mustang entramos em 2013!
Bom Ano Novo


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

FESTA AL CEL 2012 - BARCELONA (M735 - 99PM/2012)

O A-1 Skyrider francês que marcou presença em Barcelona

No passado dia 30 de setembro na Praia de Marbelha (Barcelona), levou-se a cabo a 21ª edição da Festa al Cel, o airshow de Barcelona. Este ano há que destacar que a participação não foi tão grande devido ao contexto económico que se atravessa, havendo ainda a considerar a coincidência com o  Malta Airshow nos mesmos dias, que fizeram com que o festival não brilhasse tanto como em ocasiões anteriores.
Não é por isso no entanto que se pode desprezar o trabalho da organização, já que até ao último minuto do evento, levaram a cabo um trabalho intenso, para que o mesmo não se desvirtuasse em nenhum momento, por falta de variedade de aeronaves.
 
Um dos Sukhoi Su-26 da Patrulha Repsol 3

A intenção inicial era efetuar os treinos na sexta-feira 28 de setembro a partir das 15:30h na zona de exibições, para que todos os pilotos tomassem as referencias necessárias e manter em todos os momentos a segurança necessária a este tipo de eventos. O final dos treinos estaria a cargo do Swip Team com uma demo que mistura acrobacia com pirotecnia. Há que dizer que todos estes planos foram suspensos devido ao temporal que durante essa sexta-feira caiu sobre Barcelona e arredores. Foram efetuados vários briefings para avaliar a situação durante a manhã até ao meio-dia, mas a chuva intensa e o teto de nuvens muito baixo, fizeram com que as previsões de cancelamento dos treinos se cumprissem.

No sábado, o festival deveria começar pelas 10 horas da manhã, assim a meteorologia o permitisse. Os prognósticos confirmaram-se e o sol rompia nessa manhã por entre algumas nuvens. A Organização decidiu dar início ao festival às 11 horas, aproveitando essa primeira hora entre as 10 e as 11 horas para os treinos, que não se tinham chegado a efetuar na véspera, para os pilotos que nunca se haviam exibido em Barcelona.
O festival teve por isso início às 11 horas com os Swip Team, uma atuação em parelha de peter Wells e Guy Westmore, que não deixou indiferente a ninguém. Já havia boas indicações acerca desta dupla e dos seus aviões de treino de fabrico caseiro, depois da sua presença no festival de San Nicole na Bélgica.
 
O F-16 da II Guerra Mundial: o P-51 Mustang!

A Fundação Parque Aeronáutico da Catalunha fez a sua aparição com um Zlin Z-526 Akrobat, dois Buckers Jungmann e um recém-restaurado Beech T-34 Mentor, que após várias passagens na caixa de exibição, deram lugar a um dos históricos vindo de França, um P-51 Mustang que com o "relinchar" do seu motor a máxima potência, deixou a todos de boca aberta. Uma bonita pintura prateada da USAF fazia brilhar o Sol, de cada vez que refletia na fuselagem.
 
O Airbus A320 da Vueling

Depois de alguns tonneaux e loopings, retirou-se ao aeroporto de origem em Sabadell, dando lugar a um dos "gigantes" da manhã, um A320 da companhia Vueling, que efetuou uma exibição submetendo a aeronave a limites insuspeitos para um avião comercial, de tal modo que muitos dos ali presentes continuam a perguntar-se até hoje como tal foi possível. Nicolas Ivanoff, piloto comercial e da Red Bull Air Race de origem italiana, mas radicado em França fez uma demo de 16 minutos com o seu Edge 540, em que deixou claro porque tem o curriculo que tem e os títulos e campeonatos mundiais que averbou. Uma execução excelente e fina aos comandos de uma aeronave que é levada desde o minuto inicial aos máximos Gs positivos e negativos.
Um "carrossel" de aviões e helicópteros do Aeroclub Barcelona - Sabadell tranquilizou um pouco o público, depois da exibição de Ivanoff.
 
O eterno Supermarine Spitfire
 
O Hawker Sea Fury já passou também por Portugal em 2009

Um Supermarine Spitfire e um Hawker Sea Fury de coleção privada, realizaram uma apresentação memorável fazendo recordar épocas passadas com o simples barulho dos seus motores. Um Douglas Skyrider com uma decoração de acordo com o avião e armamento simulado nos drops sob as asas, tornaram mais realista a exibição, não a centrando apenas nas manobras.
Há que destacar que quase todos estes warbirds pertencem a particulares ou coleções privadas, e muitas vezes, para não dizer sempre, são aviões extremamente raros, que merecem todos os cuidados que recebem.
O projeto Alas realizou um salto base de 15.000 pés (cerca de 5km) a partir de um EC120 Colibri, para demonstrar como se pode planar sem avião. De destacar que esta equipa de paraquedistas formada por Santi Corella, Alvaro Bulto e Toni López, tem no seu currículo, façanhas como atravessar o Estreito de Gibraltar, lançar-se na cratera do teíde (Canárias) ou realizar um salto na Antártida.
 
 
Os EC-135 da Emergência Médica e Guardia Civil

Os helicópteros da Guardia Civil do Serviço de Emergências e da Polícia Autonómica, realizaram uma exibição operativa conjunta, com várias passagens táticas demonstrando o trabalho que efetuam diariamente.
A equipa Bravo Repsol 3, anteriormente conhecida como Patrulha Culebra, composta por Castor Fantoba e Juan Velarde, ambos pilotos de acrobacia ilimitada, de reconhecido prestígio, brindaram o público com uma demo muito trabalhada e cuidada, com formações cerradas e manobras de dificuldade de execução muito alta.
Para encerrar a Patrulha Aspa, de helicópteros do Ejército del Aire, composta por instrutores da Ala 778 da escola de helicópteros com sede em Armilha Granada.
Uma exibição aguardada como "água no deserto" já que devido aos cortes orçamentais, não se esperava a presença da Força Aérea no evento.
Há que agradecer o esforço da organização, porque apesar da situação económica e das inclemências do tempo, não diminuíram o seu empenho na realização do festival, bem como ao Ejército del Aire pelo esforço que envidaram para estar presentes com os meios descritos.
Esperamos que no próximo ano todos possam assistir a este festival.

A Patrulha Aspa foi a surpresa num evento dominado pelos warbirds

Texto e fotos: Alejandro de Prado Garcia  







quarta-feira, 25 de julho de 2012

PAULO DÉRMIO APRESENTA: RED TAILS (M692 - 77PM/2012)



Como eu gostava de poder falar bem deste filme! Contudo, logo nas primeiras cenas tive o vislumbre de que não ia ser fácil.
Desde que desaparece o logótipo da 20th Century Fox que é sempre a descer. Primeiras imagens e instala-se a dúvida se estamos a ver uma longa metragem ou a apresentação da última versão de um jogo da Playstation. Logo a seguir o lettering com título, que nos deixa mais preocupados e confusos se a intenção era assemelhar as letras a uma banda desenhada da década de 40, ou puro e simples mau gosto estético.
Mas a malta como eu, que estava cheia de boa-vontade, até perdoava se o que viesse depois justificasse. 
Mas não justifica. Apesar de uma ou outra cara conhecida e estabelecida em Hollywood (incluindo a Daniela), há desempenhos sofríveis para não dizer medíocres até por parte de atores já bem rodados. 
Os diálogos parecem mais uma sucessão de frases isoladas, do que diálogos propriamente ditos. 
Há imensas cenas gratuitas, o desenrolar dos acontecimentos é altamente previsível e até os discursos de cariz moralista/anti-racismo acabam por se tornar pouco convincentes, de tal modo estão mal feitos.
E a atravessar tudo isto, as insistentes imagens descaradamente geradas em bites de computador. 
Curioso que, mesmo as cenas rodadas com imagens reais apresentam o mesmo aspeto artificial, desconheço se por tentativa de homogeneização com as cenas "postiças", ou se por uma qualquer opção artística que me ultrapassa.
Ainda cheguei a pensar que seria da versão de baixa qualidade que vi primeiro, mas verifiquei em BluRay e a impressão manteve-se.
Apenas para não dizerem que falei mal só porque estava chateado com o mundo, sem sequer ver o filme, a história trata do esquadrão de aviadores de raça negra (Red Tails) que lutou na II Guerra Mundial pela bandeira americana e pelo direito a serem tratados como iguais entre a hegemonia branca.
Já mesmo no fim há um ou outro pormenor que até pode passar por fantasia mas que foi de facto real: a cena em que o herói da fita acaba por morrer, mas abatendo o adversário, aconteceu mesmo com um Ás da II Guerra, felizmente com melhor desfecho, uma vez que o autor da proeza na escapou ileso.
O combate com os Me-262 também foi verdadeiro, tal como a primeira vitória de uma caça a hélice sobre um jato por um piloto do 332 Sqd. 
Afinal enganei-me, não foi sempre a descer, ainda subiu um pouco mesmo no final.
À semelhança dos "Cavaleiros do Céu" de que falei aqui já há algum tempo, vou ter que repetir o mesmo refrão: perdeu-se uma boa oportunidade de fazer um grande filme.



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