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terça-feira, 21 de janeiro de 2025

LOBOS RECEBEM TERCEIRO P-3 ATUALIZADO [M2580 - 04/2025]

Elementos da Esquadra 601 em Halifax, Canadá     Foto: @esquadra601

Tal como o Pássaro de Ferro partilhou nas redes sociais nos últimos dias, a Esquadra 601 - Lobos recebeu a terceira aeronave atualizada no Canadá, pela General Dynamics Mission Systems-Canada.

Trata-se do P-3C CUP+ n/c 14810, que foi agora entregue, menos de um ano depois do primeiro (n/c 14808). 

Em publicação na rede social Instagram, a Esquadra 601 da Força Aérea Portuguesa (FAP) dá conta do regresso da tripulação, depois de estarem "uma semana no Canadá empenhados na modernização da (...) frota".

A modernização Bloco I, de que fala a mesma publicação, inclui atualização do sistema IFFT (transponder de identificação amigo-inimigo) para o Modo 5, Link-16 (transmissão de dados) e DMS (Sistema de Gestão de Missões).

Já em outubro de 2024, e depois de ter sido iniciado o processo de modernização Bloco I, foi aprovada pelo Ministério da Defesa (MDN) uma modernização adicional para os sistemas acústicos da frota CUP+, no valor de 6,265M EUR, não havendo contudo informação se esta modernização será incorporada na lista de trabalhos a realizar nas aeronaves induzidas após a aprovação das verbas, ou se pelo contrário todas as aeronaves serão alvo de trabalhos dedicados para esta modernização. A única informação relevante que se pode extrair do Despacho do MDN acerca da calendarização, é de que as verbas correspondentes e provenientes da Lei de Programação Militar, deverão ser executadas até 2026.

Foto de P-3C CUP+ da FAP presumivelmente no Canadá, partilhada na conta da Esquadra 601 na rede Instagram

Ao que tudo indica a próxima aeronave dos "Lobos" será o n/c 14807, que foi captado pela conta LP-ADSB da rede X, no radar virtual ADSB- Exchange, na chegada às instalações da General Dynamics Mission Systems-Canada, em Halifax, no passado dia 8 de janeiro de 2025, apesar da rota e a identificação da aeronave não serem absolutamente claras.


Já da frota de P-3C CUP-II recentemente adquirida à Marinha Alemã, das quais a FAP recebeu quatro, de um total de seis, mas que incluem kits de modernização MLU (com reforços estruturais para as asas), também não há qualquer informação sobre calendarização de trabalhos, ou da operacionalização das aeronaves.

A Esquadra 601 deverá passar a contar com uma frota total de onze P-3 Orion até ao final de 2025, sendo cinco CUP+ e seis CUP-II, com a missão primária  de executar operações de patrulhamento marítimo e de deteção, localização, seguimento e ataque a submarinos e meios de superfície, e como missão secundária, executar operações de busca e salvamento e de minagem.



segunda-feira, 16 de outubro de 2023

PRIMEIRO P-3C CUP+ DA FAP ENTROU EM MODERNIZAÇÃO [M2440 – 72/2023]

Foto: GDMS-C
 
O primeiro de cinco P-3C CUP+ da Esquadra 601 da Força Aérea Portuguesa foi induzido em trabalhos de modernização, na passada segunda-feira 9 de Outubro de 2023.

A aeronave n/c 14808 voou até Halifax no Canadá, onde será submetida pela General Dynamics Mission Systems–Canada e IMP Aerospace & Defence à substituição dos sistema de comunicação “Link 16”, do transponder (dispositivo de comunicação eletrónico), e a instalação de um novo sistema de missão, com capacidade de evolução.

Foto: GDMS-C

Segundo o Despacho que aprovou os trabalhos, há sensivelmente um ano atrás, as modernizações ora iniciadas, são essenciais "por forma a respeitar os mandatos de operação da NATO"

Isso mesmo foi reforçado pelo Brig. General João Nogueira, Diretor de Engenharia e Programas da FAP, em discurso na ocasião: "Este programa de modificações é crucial para a nossa frota de P-3C, de modo a assegurar que a plataforma responde adequadamente aos cenários do presente e do futuro".

Brig. General João Nogueira durante o discurso em Halifax    Foto: GDMS-C

Segundo notícia veiculada pela FAP no sítio de internet da instituição, a primeira aeronave deverá regressar a Portugal até ao final do primeiro trimestre de 2024, para posteriormente cumprir na Base Aérea nº 11 (Beja) a última fase dos trabalhos de modificação e realizar os testes finais de aceitação, enquanto o programa de modernização dos restantes quatro aeronaves deverá prolongar-se até 2025.

Com a recente aquisição da frota P-3C Orion ex-Marinha Alemã pelo Estado Português, não está para já claro se as restantes quatro células a actualizar serão todas da frota até agora em operação pela Esquadra 601, ou se haverá inclusão de alguma(s) célula(s) recentemente adquiridas à Alemanha.



quinta-feira, 27 de outubro de 2022

MODERNIZAÇÃO DOS P-3 DA FAP VIA CANADÁ [M2355- 71/2022]

P-3C CUP+ da Força Aérea Portuguesa
Através de um contrato avaliado em 24M USD, a General Dynamics Mission Systems-Canada irá modernizar a frota de aeronaves de P-3C CUP+ da Força Aérea Portuguesa. O acordo foi divulgado pela Canadian Commercial Corporation (CCC), que refere tratar-se de um contrato governo-a-governo, estando no caso mandatada para assinar contratos em nome do Governo do Canadá.

Segundo o mesmo comunicado de imprensa, será a General Dynamics a fornecer equipamentos e tecnologia para atualizar comunicações e eletrónica de missão das aeronaves, baseadas nas modernizações fornecidas à Royal Canadian Air Force, sublinhando ainda que o Sistema de Gestão de Missões oferecido a Portugal tem mais de 50 instalações em aviões e helicópteros de patrulhamento marítimo, em todo o mundo.

A CCC orgulha-se de simplificar e agilizar a aquisição de conhecimento e tecnologia canadianos por Portugal – um aliado NATO e importante parceiro comercial,” comentou Mathieu Lacroix, Director de Contas da CCC, Sector Aeroespacial.

Estamos muito satisfeitos em fazer parceria com a Força Aérea Portuguesa, alavancando o investimento do Canadá e o compromisso de longo prazo com a frota P-3”, disse Matt Young, Diretor Sénior de Sistemas Navais e Aéreos Internacionais da General Dynamics Mission Systems–Canadá . "À medida que os padrões e as ameaças evoluem, temos orgulho de apoiar os nossos clientes em todo o mundo para acompanhar o ambiente em mudança."

A Força Aérea Portuguesa conta com cinco células P-3C atribuídas à Esquadra 601 "Lobos", adquiridas aos Países Baixos em 2005 e modernizadas até 2012 ao padrão CUP+ (duas pela Lockheed Martin nos EUA e três na OGMA em Portugal).

Assinatura do contrato pelo Cor. Jorge Nunes pela parte portuguesa e Mathieu Lacroix pelo Canadá  Foto via General Dynamics 

O contrato anunciado no dia 17 de outubro corrente, parece corresponder às modernizações aprovadas pelo Despacho 2339/2022, de 23 de Fevereiro, assinado pelo então ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, e que justifica as modernizações da frota "Considerando que a atualização de mandatos de operação de missões da NATO impõe determinadas capacidades, em particular o mandato do sistema IFF modo 4 terminou em junho de 2020 e o sistema Link-16 não encriptado termina em dezembro de 2021, tornando-se necessário acompanhar a evolução tecnológica para participar em missões da Aliança. (...) Considerando que a configuração atual do P-3C+ tem o IFF modo 4 e o Link-16 não encriptado, torna-se necessária dotar esta aeronave da capacidade de IFF Modo 5 e Link-16 Crypto Modernization (CM), por forma a respeitar os mandatos de operação da NATO".

O contrato governo-a-governo é também justificado no mesmo documento "Considerando que o Governo do Canadá opera a mesma versão do P-3C que Portugal e desenvolveu uma modificação por blocos, sendo que o primeiro bloco inclui a integração do IFF Modo 5 e Link-16 (CM), e que esta solução poderia ser transposta para as aeronaves da Força Aérea, acomodando os requisitos operacionais definidos por este Ramo das Força Armadas"

Contudo, os encargos previstos no referido Despacho, a despender entre os anos 2022 e 2025, estavam limitados a 16.75M EUR, pelo que não é claro a que se refere concretamente a diferença de valores para o contrato agora assinado, dado que a atual valorização do dólar americano não justifica, por si só, a discrepância de verbas.



quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

LOCKHEED MARTIN - O ARQUIVO (M806 - PM155/2012)




 Versões alternativas do que viria a ser o F-16

"De vez em quando, os trabalhadores da Lockheed Martin têm que limpar a casa. Revolvem as suas secretárias e arquivos de ficheiros, para deitar fora material antigo e desnecessário e arranjar espaço para novos". Começa assim um recente artigo da revista Code One da Lockheed Martin, intitulado "Arqueologia de Aviação", onde são revelados inúmeros projectos da Lockheed Martin e de algumas das empresas entretanto anexadas como a General Dynamics.
Alguns evoluiriam para conhecidos aviões, outros para coisa nenhuma. Mas não deixa de ser interessante vê-los a todos.
Há desde bombardeiros movidos a energia nuclear, a variantes do F-16 e F-111, esboços do B-1, a caças-parasita previstos para voar a Mach 6, um caça VTOL (descolagem e aterragem vertical) com 6 motores e os primeiros VANT/UAV (veículos não tripulados).
A companhia norte-americana que este ano atingiu um século de existência, prepara agora uma galeria onde irá reunir estas fantásticas peças da sua própria história, que se confunde amiúde com a própria história da aviação, ao ter produzido alguns dos conceitos e aviões mais revolucionários de todos os tempos.

Avião-parasita previsto para voar a Mach 6 movido a propano
Versão subsónica do que viria a ser o B-1
 
Versão alongada do F-111
O L-225 foi a segundo esboço para um bombardeiro movido a energia nuclear
Esboço de 1970 para um VANT
O projeto 506 possuiria 6 reatores, sendo 4 para a sustentação vertical





quarta-feira, 17 de outubro de 2012

BAE SYSTEMS - E AGORA? (M734 - 98PM/2012)

Os interesses dos diferentes países europeus são muito difíceis de conciliar

O fracasso das negociações para a fusão da britânica BAE com o consórcio europeu EADS, deixou em aberto um grande ponto de interrogação sobre o futuro de ambas as companhias.
A união aparentemente seria favorável às duas partes e criaria a maior companhia de defesa mundial (em volume de negócios), numa percentagem de 40% para os acionistas da BAE e 60% para a EADS.
A BAE pretendia com a fusão aumentar a sua participação no mercado civil, após ter vendido a sua participação de 20% na Airbus em 2006, enquanto a EADS pretendia aumentar o seu departamento militar.

Do outro lado do Atlântico, várias são agora as empresas do ramo que olham para a BAE como uma boa oportunidade para aumentar cota de mercado, bem como entrar em novos mercados onde a BAE possui vantagem, nomeadamente no fabrico de submarinos nucleares, veículos e aviões militares e guerra eletrónica.
Embora os gestores da BAE se esforcem por afirmar que a tentativa de fusão com a EADS não é um convite implícito a qualquer outra empresa, agora que as negociações falharam, a verdade é que a posição da companhia britânica está fragilizada.
Só nos EUA, Lockheed Martin, Boeing e General Dynamics foram citadas pelo canal Bloomberg, como potenciais interessados na BAE. Reservas no entanto já vieram a lume por parte de alguns atuais clientes da BAE, que não vêem com bons olhos passar a ser fornecidos por mãos americanas, nomeadamente a Arábia Saudita que pretende manter os dois países fornecedores de armamento em separado.
Por outro lado, a EADS,  que é dada como a culpada do fracasso, alegadamente por pressões alemãs temendo perder influência no consórcio, terá que continuar a procurar um parceiro, o que na Europa  não se afigura nada fácil dada a escassez de opções, limitadas praticamente à Finmeccanica ou Thales. A opinião alemã, é de que a solução deverá estar no mercado extra-europeu.

A Defesa e indústrias associadas na Europa, parecem não ser mais do que o espelho da guerra civil económica que vem grassando silenciosamente há vários anos no Velho Continente. Se pontualmente para responder a necessidades conjuntas se consegue alguma coisa, a incapacidade para encontrar consensos duradouros e plataformas de entendimento para trabalhar em conjunto, é por vezes gritante.
Com as brechas criadas a serem aproveitadas por terceiros, a máxima militar de "dividir para conquistar", não é necessário ser aplicada na Europa.
Já estamos divididos.



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