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quinta-feira, 2 de maio de 2019

REAL THAW 2019 - NO OUTONO PELA PRIMEIRA VEZ [M2034 - 21/2019]

F-16 no regresso de uma missão durante o Real Thaw 2015

Realizado normalmente nos primeiros meses de cada ano, o exercício Real Thaw, empenha os meios operacionais da Força Aérea Portuguesa, num ambiente conjunto com meios dos outros ramos das Forças Armadas portuguesas e combinado com forças estrangeiras.

C-130 belga e holandês, C295M da FAP, C-212 Aviocar espanhol e F-15 da USAF no Real Thaw 2016

Desde 2009 com esta designação, o maior exercício de responsabilidade de Força Aérea Portuguesa, tomou por opção a realização preferencialmente durante os meses de Janeiro, Fevereiro ou Março, de modo a poder atrair Esquadras de voo de outros países, normalmente bastante limitadas pela meteorologia nessa época do ano. Até ao momento a edição que se realizou mais tarde, aconteceu em 2011, quando decorreu entre 28 de Março e 8 de Abril.

Este ano porém, o calendário das várias Esquadras da FAP especialmente preenchido durante a primeira metade do ano, impossibilitaram manter o exercício fiel à época que lhe deu o nome (Thaw - Degelo).

Nomeadamente, e desde o início do ano, realizaram-se na Base Aérea nº 5 em Monte Real, o Treino Operacional e Avaliação do novo software da frota F-16 (OT&E da Tape S1.1), o exercício Winter Hide (destacamento de F-16 dinamarqueses) e o destacamento de F-16 da USAF; seguidos do destacamento das duas Esquadras de F-16 baseadas na BA5, para a Polónia, ao abrigo das Medidas de Tranquilização da NATO. Em Maio começará ainda o curso FWIT nos Países Baixos, que implicará igualmente destacamento de meios técnicos e humanos em Leeuwarden, por vários meses.

Além das Esquadras 201 e 301 que operam o F-16, também a Esquadra 601 (P-3C Orion) teve um início de 2019 bastante movimentado, com a participação no exercício Obangame Express 2019 no Golfo da Guiné, seguido de destacamento na Polónia, e novamente regresso a águas africanas para o patrulhamento marítimo na operação Junction Rain 2019, iniciada na passada semana.

Já a Esquadra 502, teve também um C295M com a agência FRONTEX no Mediterrâneo, no âmbito do patrulhamento de fronteiras do Sul da Europa.

C295M da Esquadra 502 embarca tropas para-quedistas no aeródromo de Seia - Reat Thaw 2015

Os C-130 da Esquadra 501 por sua vez, têm estado envolvidos em múltiplas missões operacionais, seja com o transporte de tropas de, e para os destacamentos das Forças Nacionais (Iraque, República Centro Africana, Polónia, Afeganistão, etc), bem como no auxílio humanitário a Moçambique.

EH101 Merlin da Esquadra 751 na Covilhã - Real Thaw 2011

A Esquadra 751, teve também em Março o exercício MORSA de Busca e Salvamento, onde empenhou um helicóptero EH101 Merlin e meios humanos nas Canárias, a adicionar obviamente aos três alertas permanentes que mantém no Montijo (BA6), Lajes (BA4) e Porto Santo (AM3).

A Esquadra 552, encontrando-se na fase de transição do Alouette III para o AW119 Koala, não deverá participar.

A edição de 2019, será assim a primeira a realizar-se na segunda metade do ano, estando agendada para o período de 23 de Setembro a 4 de Outubro.

AS550 dinamarqueses - Real Thaw 2015

Não há por enquanto ainda confirmação dos meios aéreos estrangeiros que irão participar, nesta 11ª edição.


domingo, 18 de março de 2018

BRASIL - EXERCÍCIO CRUZEX REGRESSA EM 2018 (M1958 - 18/2018)

Formação dos caças participantes na última edição do Cruzex, em 2013


Após cinco anos de interregno, regressará em Novembro de 2018 o maior exercício de aviação militar da América Latina, o Cruzex.
A regularidade do exercício organizado bianualmente pela Força Aérea Brasileira (FAB) até 2013 em Natal, foi interrompida por razões de vária ordem, nomeadamente a protecção aérea de grandes eventos realizados no país - Jogos Olímpicos e Mundial de Futebol, mas também pela reestruturação interna da própria FAB, nos últimos anos.
Será realizado novamente entre 18 e 30 de Novembro do corrente ano, na mesma base aérea do Nordeste brasileiro.

A Conferência Inicial de Planejamento - ou Initial Planning Conference (IPC) teve lugar entre 5 e 9 de Março na Ala 10 de Natal, tendo estado presentes representantes de Portugal, Reino Unido, França, Suécia, Canadá, EUA, Colômbia, Chile, Equador, Peru, Uruguai e Argentina, com o objectivo de apresentação do planeamento inicial, bem como recepção dos requisitos operacionais e de suporte das delegações estrangeiras.

No total foram convidadas 21 Forças Aéreas, que poderão participar activamente ou apenas como observadores.

O Cruzex 2018 será no formato LIVEX, em que o objectivo é o treino das esquadras de voo em perfil operacional, com a mínima utilização da estrutura e dos sistemas de Comando e Controlo. Pretende-se também manter a actualização das tácticas, técnicas e procedimentos em missões aéreas compostas para os cenários de guerra convencionais, em que Forças Aéreas de diferentes países operam em conjunto. Outro objectivo é ainda incluir parte do treino em missões que permeiem o cenário de conflitos de guerra irregular, como as missões de paz da ONU, além de valorizar e estreitar as relações da FAB com as Forças Aéreas de Nações Amigas.

Até ao momento apenas a Força Aérea Chilena revelou os meios com que irá participar, no caso F-16AM/BM do GAv 7 e um KC-135 de reabastecimento aéreo, naquela que será a segunda participação do país dos Andes no Cruzex.

A Força Aérea Portuguesa deverá participar apenas com um observador, tal como em 2018.

A próxima reunião com delegações estrangeiras terá lugar em Agosto, denominada Final Planning Conference (FPC), na qual serão apresentados os resultados dos requisitos do IPC, bem como a exposição do cenário operacional do exercício.




domingo, 15 de fevereiro de 2015

EATT 2015 GANHA FORMA (M1796 - 32PM/2015)



A semana passada reuniram-se em Eindhoven cerca de 80 peritos das onze nações envolvidas, para definir os objectivos de treino do maior exercício de Transporte Aéreo da Europa - European Air Transport Training (EATT 15).
O exercício, a desenrolar-se a partir da BA11 em Beja, entre 14 e 26 de Junho próximo, congrega a comunidade de transporte aéreo militar europeia, e irá apoiar-se num cenário que permita atingir os objectivos do treino, e incluirá Intel, ameaças aéreas e terrestres, evacuações aero-médicas, largada de equipamento e pára-quedistas, além de Operações Aéreas Combinadas (COMAO).
O treino terá início com sessões académicas  e voos de familiarização, mas rapidamente evoluirá para missões complexas com várias aeronaves e COMAO.

Os onze países marcarão presença em Beja com as seguintes aeronaves:

1.Bélgica (1x C-130H)
2.Alemanha (1x C-160D)
3. Finlândia (1x C-295)
4.França (1x C-130H, 1x CN235)
5. Itália (1x C-130J)
6. Lituânia (1x C-27J)
7.Países Baixos (1x C-130H)
8.Portugal (1x C-130H, 1x C295M)
9.Roménia (1x C-27J)
10.Suécia (2x C-130H)
11.Reino Unido (1x C-130J)

À direita o TCor Lourenço em Eindhoven na reunião no ETAC    Foto: ETAC

Uma novidade neste exercício anual, é a inclusão de tropas pára-quedistas das nações participantes, que aproveitarão a oportunidade para  realizar treinos em ambiente multinacional, tal como a maioria das operações reais actuais, efectuando certificação de equipamentos em diferentes aeronaves, garantindo uma inter-operabilidade das tropas com várias plataformas aéreas de diferentes nações.
Esta inter-operabilidade garantirá no futuro maior flexibilidade e eficiência na utilização das frotas de transporte europeias, da responsabilidade do European Air Transport Command (EATC).

A organização do EATT é patrocinada pela Agência Europeia de Defesa e é a primeira vez que Portugal é a nação anfitriã.




terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

PLANETA A-10 (M873 - 50PM/2012)










sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

REAL THAW 2012 (2) - (M591 - 9PM/2012)

 
O cenário desenvolvido para o exercício Real Thaw 2012 cria uma situação geo-política fictícia e com propósitos unicamente centrados na condução de um exercício para fins de treino específicos.
Deste modo, foram criados três países fictícios ocupando unicamente o espaço geográfico de Portugal continental. A norte, um país confinado pela fronteira natural de Portugal a norte e com a fronteira a sul delineada por uma linha imaginária traçada entre Sabugal, a este, e Figueira da Foz a oeste e que se designará para o presente fim como o país A. Mais abaixo, um segundo país, o país B, que outrora pertencera ao primeiro mas que após algumas disputas étnicas se tornou independente e ocupando uma pequena área junto à fronteira natural de Espanha e entre o Sabugal a norte e Monfortinho a sul. Finalmente, um terceiro país a sul, o país C, estendendo-se até o Algarve e caracterizado por políticas progressistas e abertas, típicas do mundo ocidental.
O país A apresenta um sistema político-militar com algumas semelhanças com outros reais e que normalmente potenciam situações de crise e conflito, devido ao seu autoritarismo, tentativa de limpeza étnica e dificuldade em aceitar e aplicar internamente os princípios das sociedades modernas e desenvolvidas.
O início da crise regional começa precisamente por decisões políticas exacerbadas no que diz respeito ao acesso aos recursos naturais disponíveis na zona em ambos os lados dos países A e B. Por outro lado, a fronteira física que ficou estabelecida após a independência do país B do país A, não reflecte verdadeiramente a distribuição étnica da região pelo que se poderá encontrar uma mistura das etnias destes dois países em ambos os lados da fronteira.
No seguimento das políticas expansionistas do país A, a minoria étnica do país B a viver no primeiro, sente-se perseguida e violada nos seus mais elementares direitos de cidadania pelo que se começa a gerar um conflito entre as autoridades do país A e a minoria étnica do país B a viver no primeiro.
As condições de segurança rapidamente se degradam provocando a deslocação forçada daquela minoria para o país B a fim de escapar à perseguição de que era alvo pelas forças militares e militarizadas do país A. Esta situação vai provocar o aparecimento de campos de refugiados junto da fronteira sem as condições mínimas de higiene pelo que acabam por aparecer os primeiros focos de doenças relacionados por má nutrição e falta de higiene.
Para agravar esta situação, existe ainda um terceiro fator destabilizador no cenário representado por um grupo armado de libertação, constituído por membros da etnia do país A e apoiados pelas autoridades deste país. Este grupo socorre-se de extremistas radicais a viverem no país B e cuja objectivo passa por sustentar a política do seu país de origem, pelo que desenvolvem acções terroristas separatistas no território do país B.
Esta situação de crise humanitária chamou a atenção da comunidade internacional, nomeadamente das Nações Unidas (UN), pelo que foram tomadas medidas no sentido de encontrar uma solução para o problema. Na sequência de várias resoluções emitidas pelas UN, foi implementada uma zona de exclusão, livre da influência das autoridades do país A e destinada a permitir uma zona de segurança para os refugiados. Adicionalmente, foi solicitada à NATO a responsabilidade de constituir e enviar para a região uma força militar no sentido de implementar e cumprir as resoluções das UN. Assim, esta força internacional constituída essencialmente por meios aéreos (representada pelos participantes do exercício) destacou para o país C (representado pela Base Aérea de Monte Real) de onde começará a operar a fim de cumprir as missões que lhe forem atribuídas.
Deste modo, os militares são essenciais não só para garantir que exista auxílio imediato às populações afectadas pelo conflito, como para garantir as condições securitárias para que as Organizações Não Governamentais (ONG's) possam prestar também o auxílio necessário.
A partir daqui serão planeados e executados diariamente vários tipos de missões como extracção de não combatentes e apoio sanitário e logístico, com recurso a largada de tropas aerotransportadas, transporte táctico por helicópteros e protecção armada facultada pelos aviões de combate F-16 e helicópteros ALLIII.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

REAL THAW 2010 - BALANÇO (M355-6PM/2010)









  
  




Entre os dias 18 de Janeiro e 4 de Fevereiro de 2010 decorreu na Base Aérea nº5, Monte Real, o exercício Real Thaw 2010.
Este exercício, com génese na Esquadra 301 - Jaguares, vem ao encontro das necessidades de treino Operacional das Esquadras de Monte Real (E201- Falcões e E301 – Jaguares), na sua constante preparação e adaptação ao contexto internacional e aos possíveis cenários de aplicação do avião F-16AM.
Este exercício, que vai já na sua terceira edição, tem contado desde o início com a participação de esquadras estrangeiras a operar em F-16AM, correspondentes aos países pertencentes às European Participating Air Forces (EPAF), nomeadamente a Dinamarca e a Bélgica.
Os cenários criados variaram entre missões de Close Air Support (CAS) até missões mais complexas, como Composite Air Operations (COMAO), Personnel Recovery, Slow Mover Protection, High Value Airborn Protection (HVAA), Anti- Surface Warfare (ASUW), de dia e de noite e em quaisquer condições atmosféricas.
Este exercício tem tido igualmente a participação de outros meios da Força Aérea, como o ALIII (a Esq.552 tem vindo a participar neste exercício desde o seu início e na maioria das missões voadas), EH-101, C-295, C-130, bem como do Control and Reporting Center (CRC), das equipas Tactical Air Control Parties (TACP), Unidade de Protecção da Força /UPF) e o apoio logístico da Base Aérea nº5 e do Comando Aéreo da Força Aérea.
Este exercício tem crescido de ano para ano, com cada vez mais apoio do Comando Aéreo da Força Aérea, principalmente dos seus meios de Intel, Planos e Operações.
O Real Thaw não teria o sucesso que tem tido se não fosse a ligação e participação de forças do exército e da Marinha Portuguesa, numa cooperação estreita e num ambiente táctico realista.


Em resumo, foram executadas 483 saídas com 768h e 20m de voo das quais 163h e10m à noite em apenas 3 semanas de Operação.

Texto: Maj PILAV Luís  Morais

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