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sexta-feira, 13 de setembro de 2024

EXERCÍCIO MORSA SATER 2024 DE BUSCA E SALVAMENTO TERRESTRE [M2529 - 73/2024]

EH101 Merlin no exercício MORSA SATER 24
O exercício MORSA SATER 2024 decorreu entre os dias 10 e 11 de setembro, destinado a colocar em prática os meios de emergência, em resposta a missões de Busca e Salvamento (SAR) Aéreo, em ambiente terrestre. 

Nele foi colocado à prova a prontidão na resposta das diferentes entidades envolvidas, a coordenação entre os meios e atuação nos locais de operação, sob o cenário simulado de um acidente envolvendo um avião que desapareceu dos radares. 

Pelas 09h00, o Centro Coordenador de Busca e Salvamento de Lisboa (RCC Lisboa) recebeu o alerta para o desaparecimento de um avião civil dos radares, pouco depois do piloto ter relatado problemas técnicos. No momento da perda de sinal, a aeronave atravessava a região de Viseu, depois de ter descolado de Aveiro com destino a Castelo Branco com 13 pessoas a bordo. Desconhecendo o paradeiro da aeronave, e enquanto entidade responsável pelas ações de Busca e Salvamento Aéreo, a Força Aérea acionou os meios aéreos e terrestres para dar resposta à ocorrência, mais concretamente para rastreio do local, por via aérea e terrestre, à procura da aeronave e dos passageiros.

Avião C295M da Esquadra 502 - Elefantes da FAP

Numa primeira fase foi acionado um avião C295M da Esquadra 502, juntando-se logo depois um helicóptero NH90 do Ejército del Aire y del Espacio, que se encontrava nas imediações, e um helicóptero AW119 Koala da Esquadra 552.

Helicóptero NH90 do Ejercito del Aire espanhol      Fotos: FAP

Após terem sido encontrados os destroços da aeronave, percebeu-se que alguns os passageiros tinham abandonado o local, divididos por dois grupos, por forma a encontrarem rede móvel que permitisse contactar os serviços de emergência. 

Helicóptero AW119 Koala da Esquadra 552 - Zangões da FAP

Encontrados os restantes passageiros, alguns juntos a escarpas de difícil acesso, foi deslocado o helicóptero AW119 Koala para proceder ao resgate, juntando-se de seguida o helicóptero EH101 Merlin da Esquadra 751. 

No resultado final do simulacro, foram encontrados todos os passageiros, havendo a registar uma vítima mortal. 

Um plano de operações foi montando pelo RCC Lisboa, contando com o apoio do Centro Coordenador de Busca e Salvamento de Madrid (RCC Madrid). Desde a prontidão na resposta das diferentes entidades à atuação dos meios nos locais de operação, o dia serviu para colocar à prova a atuação numa missão de Busca e Salvamento terrestre, num cenário bastante exigente com açāo repartida em três diferentes locais.





Helicóptero EH101 Merlin da Esquadra 751 - Pumas da FAP

O avião C295M e os helicópteros AW119 Koala e EH101 Merlin, da Força Aérea Portuguesa, e o helicóptero NH90 espanhol, testaram a capacidade de monitorização do local de um acidente envolvendo um meio aéreo em ambiente terrestre e consequente recolha de sobreviventes (alguns com diferentes lesões) e vítimas mortais. Todos os procedimentos foram acompanhados pela açāo das equipas de Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Guarda Nacional Republicana (GNR) e Bombeiros que se encontravam no local, seguindo ainda equipas de saúde do Núcleo de Evacuações Aeromédicas da Força Aérea. 

Um dia cheio e exigente para os participantes do MORSA SATER 2024, que terminou na Base Aérea nº8, em Ovar, com o debriefing da missão e cerimónia de encerramento do exercício. O Coronel Agostinho Rocha, Chefe do Centro de Operações Aéreas da Força Aérea, agradeceu a participação de todos realçando a oportunidade que estes exercícios oferecem e a "importância da missão de Busca e Salvamento com interoperabilidade".

O MORSA é um exercício que se realiza desde 2001, duas vezes por ano, como resultado de um acordo de cooperação entre Portugal e Espanha para Operações de Busca e Salvamento Aéreo, onde são treinados procedimentos em ambiente marítimo e/ou terrestre, alternando a organização entre os dois países. O objetivo principal passa por aperfeiçoar a resposta a cenários de missões de Busca e Salvamento Aéreo, treinando a coordenação e interoperabilidade entre diferentes organizações dos dois países participantes, nas diferentes fases de planeamento, execução e apoio.

Texto: FAP
Adaptação: Pássaro de Ferro



segunda-feira, 6 de março de 2023

C295M DA FAP NO CURSO ETAP-C EM ESPANHA [M2385 - 17/2023]

C295M da FAP

A Esquadra 502 - "Elefantes" da Força Aérea Portuguesa (FAP) encontra-se a participar com uma aeronave C295M, no curso ETAP-C, organizado pelo Centro Europeu de Transporte Aéreo Tático (ETAC), na Base Aérea de Saragoça, Espanha, entre 26 de Fevereiro e 10 de Março.

No curso 23-1 participam sete aeronaves de transporte: 1 A400M da Alemanha, 1 CN235 de França, 1 C295M de Portugal, 1 C-27 da Roménia, 1 C-27 de Itália e 1 A400M da Ala 31 e 1 C295 da Ala 35 do Ejército del Aire espanhol, para um total de cerca de 120 elementos, entre tripulantes, mecânicos, instrutores e pessoal de apoio, planeamento e coordenação, além de pessoal do European Air Transport Command (EATC).

A400M alemão

CN235 francês

Segundo refere o ETAC, "o curso ETAP-C oferece um programa de treino completo e ambicioso, que inclui cerca de 20 horas de conteúdo teórico online, antes do início do curso e conteúdo académico prático, que compreende nove missões de voo ao longo de duas semanas, durante o qual são cumpridas as missões previstas no syllabus do curso, cuja complexidade aumenta gradualmente". 

Estão contempladas missões diurnas e nocturnas, planeamento avançado de missões intra-teatro, voos tácticos com presença de ameaças superfície-ar e ar-ar, lançamentos de para-quedistas (pessoal e carga), manobras táticas de aproximação e aterragem, assalto com extrações e infiltrações de pessoal e descargas de combate. 

C295M espanhol
C-27 italiano

Os voos a baixa altitude serão realizados na extensa área reservada, que ocupa parte das províncias de Saragoça, Teruel e Navarra, sendo as principais operações realizadas no Aeródromo Militar de Ablitas (Navarra), no Campo de Tiro Las Bardenas Reales (Navarra ) e no Campo de Manobras de San Gregorio (Saragoça). Da mesma forma, estão programadas missões nas proximidades de Caudé (Teruel) e no Aeroporto de Teruel.

O ETAP-C vem sendo realizado de forma regular desde a criação da ETAC em Saragoça em 2017, como centro multinacional responsável pela gestão do programa ETAP, para melhorar a formação e as capacidades militares dos países europeus neste domínio. O curso termina com uma cerimónia internacional de graduação da tripulações.

A400M alemão

C295M espanhol

Além do ETAP-C (direccionado a instrução táctica), o ETAC realiza os cursos ETAP-I (para pilotos instrutores), ETAP-S (simpósio para troca de experiências) e o ETAP-T (exercício de treino anual adaptado às necessidades das tripulações de aeronaves de transporte europeias, também aberto à participação de países não integrantes da ETAC). 

Entre 2 e 14 de Julho de 2023, Portugal irá acolher o curso ETAP-T (anteriormente EATT) pela quinta vez, a realizar na Base Aérea nº11 em Beja. 






quarta-feira, 24 de novembro de 2021

TRIPULAÇÃO DE C295M DA ESQUADRA 502 TERMINA ETAP EM ESPANHA [M2280 - 68/2021]

C295M da Esquadra 502 durante o ETAP 21-4 em Espanha      Foto: aviationphoto11

A Esquadra 502 da Força Aérea Portuguesa terminou a participação no curso ETAP (European Tactical Airlift Programme) realizado em Saragoça, Espanha, entre 7 e 19 de novembro de 2021.

Segundo o ETAC (European Tactical Airlift Centre) divulgou, no curso 21-4 participaram cerca de 160 militares com um total de oito aviões de transporte, de sete países diferentes: Alemanha e Espanha com A400M, Chéquia, Espanha, Portugal e Polónia com C295M, Noruega com C-130J e Lituânia com C-27J.

Participaram ainda dois pilotos búlgaros com observadores e uma equipa de Controladores Aérea Táticos polacos.

O programa do curso incluiu 20 horas de instrução teórica, seguidas de nove missões de voo por tripulação. A fase de voo do curso desenrolou-se principalmente na base aérea de Saragoça, aeroporto civil de Teruel, zonas de lançamento de Bardenas e São Gregório e zona de aterragem de Ablitas. 

Momento da inversão de impulso dos motores do C295M durante uma aterragem tática em Ablitas   Foto: aviationphoto11

As missões começaram pelo planeamento e tiveram tipologias abarcando as principais tarefas do transporte aéreo militar como a largada de tropas ou carga de paraquedas, voos táticos com presença de ameaças terra-ar e ar-ar, voo a baixa altitude, extrações e infiltrações de pessoal, manobras táticas de aproximação e aterragem, descarga de combate, ou operações de carga e descarga com motores em marcha. Segundo a estatística realizaram-se 43 EROs (Engine Running Operations), 6 COL (Combat Off Load), 6 SL (Static Line para-droppings), 3 ADGE (Air Delivery Gravity Extraction), 1 ADPE (Air Delivery Parachute Extraction), 20 SATB (Standard Air Training Bundle), 43 Assault Landings e Tactical Approaches, 53 Ground to Air Threat Reaction, distribuídos por mais de 60 voos e cerca de 120 horas. 

Como resultado do curso, 37 tripulantes de oito tripulações graduaram-se com sucesso. Além disso, três loadmasters de Bulgária, Itália e Portugal qualificaram-se como instrutores.

A cerimónia de graduação teve lugar no dia 18 de novembro, na base aérea de Saragoça.


Agradecimentos: Esteban Maiza



sábado, 14 de agosto de 2021

DESTACAMENTO C295 DA FAP- HÁ TRÊS MESES NO MALI [M2266 - 54/2021]


A assinalar três meses do destacamento da Força Aérea Portuguesa, na Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização do Mali (MINUSMA), com uma aeronave C295M da Esquadra 502 - Elefantes e elementos do NOTP - Núcleo de Operações Táticas de Projeção (ex-Unidade de Proteção Força), o Estado Maior General das Forças Armadas partilhou nas redes sociais imagens de algumas das atividades desenvolvidas, desde o início da missão.


Além da atividade operacional, as imagens divulgadas mostram ainda aspetos do dia a dia do destacamento, que envolvem ações de manutenção destinadas a manter a prontidão da aeronave, bem como atividades que visam a manutenção da segurança, capacidades, saúde e bem-estar dos seus militares, sob quaisquer condições atmosféricas.



Segundo pode ler-se ainda no texto que acompanha as fotos, "além de realizar voos de transporte de passageiros e carga, esta Força Nacional Destacada trouxe à MINUSMA uma capacidade de reconhecimento aéreo única a este teatro de operações, a qual tem sido elogiada" [internacionalmente].

O destacamento iniciado em Maio pretérito, tem a duração total de seis meses.


Fotos via EMGFA



segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

FORÇA AÉREA PORTUGUESA - BALANÇO 2020 [M2214 - 1/2021]

Airbus Military C295M

A Força Aérea Portuguesa revelou hoje em comunicado de imprensa, o balanço do ano de 2020, com um resumo das horas de voo e missões realizadas durante o agora pretérito ano.

No mesmo, pode por isso ler-se que foram completadas mais de 1200 missões de soberania e de apoio aos portugueses nos arquipélagos dos Açores e da Madeira, e em Portugal Continental.

Tendo 2020 sido marcado pela pandemia, a FAP realizou 35 missões de apoio logístico aéreo específicas no combate contra a COVID-19, acumulando com o funcionamento do dispositivo de alerta para dar resposta às mais diversas solicitações.

Assim, foram realizadas mais de 710 horas de voo em missões de vigilância do espaço aéreo, reais e de treino, pelas tripulações do F-16M, em prontidão máxima na Base Aérea N.º 5 em Monte Real.

Lockheed Martin F-16AM de alerta na BA5

As tripulações do EH101 Merlin, C295M e Falcon 50 descolaram para realizar 504 transportes médicos urgentes, entre ilhas e/ou das ilhas para o continente, apoiando 639 doentes, 31 resgates a navios e 30 missões de busca e salvamento, com 39 missões de acompanhamento.

Leonardo EH101 Merlin

Dassault Falcon 50

A aeronave Falcon 50, além de realizar transportes médicos de longa distância, esteve também empenhada em 30 missões de transporte de órgãos para transplante, quatro delas do estrangeiro para Portugal. As aeronaves C-130H e C295M realizaram mais de 36 missões de apoio aéreo logístico.

Lockheed Martin C-130H Hercules

Lockheed Martin P-3C CUP+ Orion

Com recurso às aeronaves C295M, P-3C CUP+, AW119Mk.II Koala e aos Sistemas Aéreos Não Tripulados (UAS), a Força Aérea realizou mais de 744 horas de voo em missões de reconhecimento e avaliação integradas no Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais e no apoio ao combate a incêndios.

Leonardo AW119 Mk.II Koala

As aeronaves P-3C CUP+ e C295M realizaram 137 missões de vigilância marítima em território nacional e internacional, o equivalente a mais de 770 horas de voo.

A Força Aérea continuou ainda a cumprir os seus compromissos internacionais com Forças Nacionais Destacadas nos diferentes teatros operacionais: Mali (MINUSMA), Polónia (ASSURANCE MEASURES) e Sul de Espanha (FRONTEX).


No total, foram realizadas mais de 4200 horas de voo ao serviço do país, suportadas por muitas mais horas de treino, preparação e manutenção, sem as quais não seria possível manter os níveis de operacionalidade e prontidão necessários.




domingo, 19 de janeiro de 2020

C295M NO MALI EM MAIO DE 2020 [M2085 – 03/2020]

O sensor FLIR vigilância do C295M da FAP debaixo do nariz da aeronave

Apesar de não ter meios de asas rotativas disponíveis para poder reforçar a missão na República Centro Africana, Portugal irá  aumentar o contingente na missão das Nações Unidas no Mali (MINUSMA), com 70 militares e um avião C295M, a partir de Maio, e até Outubro de 2020.

A revelação foi feita pelo ministro da Defesa João Gomes Cravinho na sexta-feira, 17 de Janeiro, em Paris, onde esteve numa conferência com a sua homóloga francesa Florence Parly, com quem se encontrou depois, em reunião bilateral.

"A partir de maio e até outubro teremos mais cerca de 70 portugueses da Força Aérea, que estarão lá [no Mali] com a aeronave C295, que é muito competente para a recolha de informações, equipada de muitos sensores que permite desenvolver uma visão integrada e completa num espaço imenso" referiu o governante, complementando ainda que esse contingente poderá ser aumentado em 2021, para depois prosseguir: "É absolutamente fundamental estarmos presentes no Sahel. Não podemos deixar que a degradação da situação securitária no Sahel continue, porque o resultado terá um impacto na Europa. (...) Seria uma irresponsabilidade virarmos costas. (...) É uma área em que tenho colaborado com a minha colega francesa e espanhola, na tentativa de sensibilizar os outros países europeus, quantos às necessidades de fazer face aos desafios no Sahel" rematou.

Portugal tem actualmente 19 militares no Mali, 17 integrados na missão de Treino da União Europeia e dois na missão integrada das Nações Unidas, de estabilização do país.

A Força Aérea Portuguesa dispõe de uma frota de doze C295M em três versões diferentes: PG01, 02 e 03. Sendo a versão PG01 a básica de transporte (aeronaves 16701 a 07), a aeronave a destacar no Mali deverá ser do modelo PG02 (n/c 16708 a 10) ou PG03 (16711 e 12), uma vez que se trata dos modelos com capacidades ampliadas em termos de sensores de vigilância. Todas as versões contudo, possuem, ou podem ser equipadas com meios de defesa electrónica adicionais, para fazer face às ameaças que poderão encontrar durante o destacamento.

O Mali e os países do Sahel estão numa situação de deterioração da segurança preocupante para comunidade internacional. Segundo a ONU, mais de 4000 pessoas foram mortas em ataques terroristas em 2019 no Burkina Fasso, Mali e Níger, onde os jihadistas têm intensificado as acções. O número de pessoas deslocadas aumentou 10 vezes, aproximando-se já de um milhão. Esta instabilidade na região, aliada à situação na Líbia, ameaça aumentar o número de migrantes, que tentam entrar ilegalmente na União Europeia através do Mediterrâneo, com todas as consequências sociais e humanitárias que o fenómeno acarreta. Portugal tem participado aliás assiduamente, tanto com meios aéreos (C295M e P-3C Cup+) como marítimos, também na vigilância do Mediterrâneo, contra o tráfico humano e outras operações ilegais.

Apesar de no passado dia 13, o Presidente francês, Emmanuel Macron, ter anunciado o envio de mais 220 soldados para o Sahel, para fortalecer a força militar francesa na Operação Barkhane, os EUA no sentido inverso, admitiram reduzir a sua presença militar em África, o que pode colocar em risco a situação, na luta contra os grupos jihadistas.

A Esquadra 502, que opera o C295M na Força Aérea Portuguesa, já anteriormente esteve destacada no Mali, tal como o Pássaro de Ferro então deu conta, em artigo publicado na revista Sirius.


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