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domingo, 15 de junho de 2025

NRP D. JOÃO II - Apresentação da Futura Plataforma Naval Multifuncional da Marinha Portuguesa


O futuro navio da Marinha Portuguesa NRP D. João II, foi o destaque da conferência IDEIA deste ano, realizada a 29 de maio na Academia de Marinha.

O processo de aquisição desta nova Plataforma Naval Multifuncional da Marinha Portuguesa teve início com a definição do conceito de emprego e os requisitos operacionais, que se traduziriam depois no caderno de encargos do projeto, a realizar em tempo recorde, devido às restrições temporais impostas pelo programa de financiamento do PRR.


A embarcação, que inaugura uma nova classe de navios (Multi-Purpose Support Ship) seria assim projetado para realizar missões de caráter científico, vigilância e de apoio à proteção civil, incluindo busca e salvamento, fiscalização marítima e evacuação em zonas de conflito, com capacidade para sistemas marítimos não tripulados nos três ambientes: aéreo, superfície e subaquático.



Com 100 metros de comprimento e velocidade superior a 15 nós, cumpre todos os requisitos ambientais e técnicos, que se exigem atualmente. O convés permitirá operação de drones VTOL (descolagem e aterragem vertical) e de asa fixa. Tem pista para helicópteros pesados tipo EH101 Merlin (em uso na Força Aérea Portuguesa), embora o hangar apenas possa albergar helicópteros médios (até 10 ton à descolagem) tipo NH90 ou SH-60.


Dentro do navio, um hangar multifunções, com cerca de 400 m², albergará uma oficina para os drones, e terá capacidade para embarcar 18 contentores de 20 pés (6m), ou cerca de 18 viaturas do tipo URO VAMTAC ou ambulâncias ou 10 lanchas/embarcações semi-rígidas.

Irá dispor ainda de um hospital, laboratórios e capacidade para embarcar 42 elementos além da guarnição do navio, podendo ir até mais 200 pessoas em emergência, utilizando o espaço do hangar dos guinchos e o paiol geral.

Dispõe ainda de uma grua com capacidade de 30 ton a 14m, que permite autonomia para realizar operações de carga-descarga em portos longínquos e uma frame para colocar e retirar drones marítimos à ré.

Vídeo com a apresentação completa do futuro NRP D. João II pelo Comodoro Barbosa Rodrigues


Construção

O corte da chapa foi iniciado em outubro de 2024 nos estaleiros da Damen na Roménia, decorrendo presentemente a montagem dos blocos estruturais, alguns já posicionados no fundo da doca. Neste momento, 98% dos equipamentos já foram adquiridos e parte deles testados em fábrica, estando prontos para instalação.  A flutuação está prevista para 20 de janeiro de 2026, marcando o início da fase de testes e comissionamento. A entrega provisória está prevista para agosto do mesmo ano, após o que o navio virá a navegar até Lisboa, onde será finalmente içada a bandeira nacional e comissionado como NRP D. João II.


Ilustrações: Marinha Portuguesa



quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

NRP D. JOÃO II COM PROPULSÃO ALEMÃ [M2584 - 08/2025]

Futuro NRP D. João II        Ilustração: Damen
 

O sistema de propulsão da futura Plataforma Naval Multifuncional da Marinha Portuguesa, batizado D. João II, foi adjudicado à alemã Schottel.


Ilustração: Damen


O pacote oferecido pela Schottel inclui dois sistemas de propulsão principais EcoPeller type SRE 560 de 2600 kW cada, que permitirão uma velocidade de 15,5 nós, e também um TransverseThruster tipo STT 3 FP de 800 kW, que permitirá uma maior manobrabilidade à embarcação de 107m de comprimento, por 20m de largura, que deslocará cerca de 7000 ton.

EcoPeller type SRE 560       Ilustração: Schottel

SCHOTTEL TransverseThruster STT     Ilustração: Schottel

Recordamos que o NRP D. João II, além de plataforma para a operação de drones (ar, mar e submarinos) estará equipado com laboratórios e alojamento para pessoal científico ou de emergência. Irá dispor de um convés de voo de 94x11 m que permitirá a operação de helicópteros tripulados, além dos UAVs.

Com contrato assinado em novembro de 2023, o NRP D. João II  está a ser construído pelo Damen Shipyards Group em Galați, na Roménia, estando a entrega prevista para 2026.




quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

A FUTURA PLATAFORMA NAVAL MULTIFUNCIONAL DA MARINHA PORTUGUESA (com vídeo) [M2469 – 14/2024]

Ilustração do futuro NRP D. João II da Marinha Portuguesa          Ilustração: Damen

Os estaleiros navais Damen, nos Países Baixos revelaram recentemente no sitio de internet da empresa, mais detalhes sobre a nova classe de navio (Multi-Purpose Support Ship -MPSS), que irá equipar a Marinha Portuguesa a partir de 2026.

O contrato para o navio, que irá ser designado NRP D. João II e será financiado através de fundos do PRR, foi assinado em Novembro de 2023, com entrega prevista para 2026. Está a ser codesenvolvido pela Damen, segundo o conceito da Marinha Portuguesa, que será o cliente de lançamento. 

Trata-se de uma solução para o uso crescente da tecnologia de drones em combate e vigilância. Além da sua função principal, o MPSS está ainda projetado para cumprir uma ampla gama de tarefas adicionais, incluindo funções auxiliares.

A Damen já iniciou a construção do navio português, que deslocará 7000 ton, mas irá disponibilizar também uma versão maior de 9000 ton. a futuros clientes. O MPSS 7000 tem dimensões de 107 x 20 metros, enquanto o MPSS 9000 medirá 130 x 20 metros e terá logicamente capacidade acrescida para missões.

MPSS 7000 (esq) e 9000 (dir)      Ilustração: Damen

Prevê-se que o D. João II necessitará de uma tripulação de 48 tripulantes, com instalações adicionais para até 100 pessoas e acomodação temporária extra para 42 pessoas, por exemplo no caso de operação de socorro em catástrofes naturais. 

Ilustração: Damen
Segundo a Damen, o equipamento elétrico, de comunicação e navegação instalado no MPSS será de classe militar, mas irão ser usadas também soluções padronizadas de tecnologia comercial pronta para uso, sempre que possível. Isto inclui, por exemplo, os módulos de equipamento específicos para a missão, que permitem ao navio a sua capacidade multifuncional. Quando não for necessário desempenhar a função principal, o MPSS pode ser adaptado para uma ampla gama de tarefas, incluindo gestão de drones (ar, mar e submarinos), apoio anfíbio, socorro em emergências / desastres, busca e salvamento, apoio de mergulho, realização de operações de resgate de submarinos e operações de helicópteros. 

Ilustração: Damen

O conceito modular do projeto, permite ao navio ser utilizado durante todo o ano e também uma manutenção mais fácil, além de maior rapidez na construção. A classe MPSS poderá permanecer no mar por períodos de pelo menos 45 dias, pelo que todos estes fatores contribuirão para o valor geral do navio, com o aumento significativo do tempo de atividade operacional.

Piet van Rooij, gerente comercial do departamento de defesa e segurança da Damen, disse a propósito do novo navio: “A gama MPSS é uma resposta ao uso crescente da tecnologia de drones que vemos em situações modernas de combate e vigilância. Podemos ver que estas capacidades são de crescente importância para os países que querem manter a sua soberania. Ao mesmo tempo, este é um navio multiuso que pode ser utilizado numa ampla gama de operações adicionais, oferecendo valor pelo dinheiro dos contribuintes. Esse objetivo é ainda mais conseguido, usando tecnologia comercial pronta para uso, que garante uma construção económica, de uma plataforma fiável. Estamos ansiosos para mostrar este novo navio, inclusive em exposições, nos próximos meses.”

Vídeo


Para informação mais detalhada, recomendamos o extenso e completo artigo na Revista da Armada, que pode ser consultado no link abaixo:   https://www.marinha.pt/conteudos_externos/Revista_Armada/PDF/2024/RA_592.pdf





sexta-feira, 24 de novembro de 2023

ASSINADO CONTRATO PARA CONSTRUÇÃO DA PLATAFORMA NAVAL MULTIFUNCIONAL DA MARINHA PORTUGUESA [M2450 – 82/2023]

A futura Plataforma Naval Multifuncional, o NRP D. João II    Ilustração: Marinha Portuguesa

Nesta manhã de 24 de Novembro de 2023, foi assinado o contrato para a construção da Plataforma Naval Multifuncional, para a Marinha Portuguesa.

O navio de 107m de comprimento e que deslocará até 7000 ton, será a construir pela empresa neerlandesa Damen e irá chamar-se NRP D. João II. Terá como missões principais o reforço da capacidade operacional científica, resposta a acidentes marítimos, apoio direto a populações, resposta a crises, vigilância e fiscalização e busca e salvamento.
Imagem: Marinha Portuguesa

É fruto de um novo "conceito revolucionário", de cariz modular, que permitirá uma rápida adaptação à missão a desempenhar. Terá uma convés de voo capaz de operar helicópteros pesados como o EH101 Merlin e capacidade orgânica para helicópteros de médio porte como o NH90. Terá ainda um hangar para drones e capacidade para lançar drones de asa fixa por catapulta.
Imagem: Marinha Portuguesa

Irá ser operado por uma guarnição de 48 pessoas, seguindo o conceito de guarnição reduzida através da robotização de atividades. Terá ainda capacidade para embarcar 42 investigadores para as missões científicas e 200 passageiros adicionais, em caso de emergência.
Imagem: Marinha Portuguesa

Terá ainda muitas capacidades para drones marítimos de superfície e subsuperfície, lanchas e diversas outras funcionalidades navais. 

O contrato, financiado pelo PRR, foi assinado pelo Diretor de Navios da Marinha Portuguesa Contra-Almirante Jorge Pires e o CEO dos estaleiros Damen, Jam Wim Decker.

Imagem: Marinha Portuguesa

À cerimónia compareceram, entre outras individualidades civis e militares, o primeiro-ministro António Costa e a ministra da Defesa Helena Carreiras.

O contrato, que inclui projeto, construção e equipamento do navio, está orçado em 132M EUR, com conclusão em 2026.


Vídeo da cerimónia de assinatura








domingo, 29 de maio de 2022

MARINHA PORTUGUESA ANUNCIA PROJECTO DE NOVO NAVIO POLIVALENTE [M2319 - 36/2022]

Plataforma Naval Multifuncional    Ilustração: Marinha Portuguesa
 A Marinha Portuguesa tem um novo conceito de navio multifunções que quer desenvolver e construir nos próximos anos. Quem o apresentou foi o próprio Chefe de Estado Maior da Armada (CEMA) Almirante Gouveia e Melo, em entrevista à TSF na passada semana.

Provisoriamente designado "Plataforma Naval Multifuncional", o projecto irá ser desenvolvido com recurso a fundos do Programa de Recuperação e Resiliência (ou PRR, vulgo "Bazuca Europeia"), com uma verba alocada de 94,5M EUR e envolvendo a "indústria portuguesa, a academia portuguesa e a ciência que se faz em Portugal", segundo Gouveia e Melo.

Seguindo a tendência de outros ramos e outros programas de reequipamento recentes, o navio terá possibilidade de dupla utilização civil e militar, nomeadamente no apoio a emergências civis e ambientais, vigilância marítima e investigação científica.

Ilustração: Marinha Portuguesa

Seguirá também o novo conceito "modular", que permitirá readaptar "semana a semana" o navio a diferentes requisitos e ao local geográfico onde tiver que actuar. De acordo com o CEMA, o navio terá capacidade para actuar nos "quatro domínios", o que será conseguido através do uso de drones, tanto aéreos como submersíveis, ou veículos tripulados.

Ilustração: Marinha Portuguesa

Relativamente à utilização de meios aéreos, nas especificações para a Plataforma Naval Multifuncional descritas na documentação do Governo constam:

"-Capacidade de suportar o lançamento / aterragem e descolagem de meios robóticos aéreos, quer de asa fixa quer de asa rotativa (de preferência vertical 'take-off and landing', mas eventualmente recorrendo a 'launch pads', redes de captura, catapulta);

-Possuir um helideck à proa compatível com helicópteros operados pela Marinha Portuguesa

-Duas esquadras aéreas de Drones de asa fixa e rotativa."

Na mesma entrevista, o Almirante Gouveia e Melo deixou ainda antever o objectivo de preparar o caminho com a indústria e academia nacionais neste projecto, para ser possível desenvolver navios do mesmo tipo e mais evoluídos, para um "futuro de médio prazo, em que temos de substituir as fragatas, que estão a chegar ao fim de vida".

Não havendo ainda calendário divulgado para o desenvolvimento e construção do navio, sobra apenas o balizamento temporal decorrente do PRR, que define em geral o ano de 2030 como horizonte para a execução das verbas.

Dada a escassa informação divulgada para já acerca deste projecto, não é por enquanto ainda possível perceber se este navio é suposto ser complementar, em substituição, ou se de algum modo poderá interferir com o longamente desejado Navio Polivalente Logístico, de execução adiada há largos anos, apesar de consagrado nas sucessivas Leis de Programação Militar.




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