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quarta-feira, 30 de agosto de 2023

PORTUGAL COMPRA FROTA P-3C ALEMÃ [M2428 - 60/2023]

P-3C Orion da Marinha Alemã
Foi hoje publicado em Diário de República a autorização para a aquisição seis aviões de patrulhamento marítimo da frota P-3C Orion alemã.

A Resolução de Conselho de Ministros n.º 102/2023, de 30 de agosto, autoriza o gasto de um total de 45M EUR, entre os anos de 2023 e 2027, para a compra de seis das oito aeronaves ao serviço da Marinha germânica.

O documento justifica a aquisição "de todo o inventário da frota proveniente da Alemanha (..) como uma oportunidade de garantir a operação do sistema de armas P-3C CUP+ nos próximos anos sem constrangimentos significativos, assegurando a sustentação com níveis elevados de disponibilidade, pois, sem tais recursos, o incremento das atuais taxas de aprontamento de aeronaves, que progressivamente vão tendo crescentes períodos de indisponibilidade por necessitarem de ações de manutenção para as quais não existe material disponível no mercado, ficará comprometido."

Mais refere ainda que o P-3 é a "única aeronave que assegura a cobertura de toda a área das duas regiões de informação de voo e de busca e salvamento sob jurisdição do Estado Português, contribuindo, assim, decisivamente para as missões de interesse público de busca e salvamento de muito longo alcance no âmbito do Sistema Nacional de Busca e Salvamento Aéreo e Marítimo, em cumprimento das obrigações internacionais quanto à salvaguarda da vida humana nos casos de acidente ou de situações de emergência ocorridos em ambiente marítimo."

O documento salienta ainda que "não se prevê a substituição [da frota P-3 portuguesa] por uma capacidade semelhante a médio prazo". 

De notar que, apesar da grande maioria dos operadores do P-3 a nível mundial ter começado a migrar para o sistema de armas P-8 Poseidon, tal como é o caso da Alemanha (o que motivou a colocação à venda da frota P-3 daquele país), a verdade é que o P-3 tem um alcance e autonomia superiores ao P-8, facto que se reveste de especial importância na vasta região do Atlântico sob jurisdição nacional.

A compra será feita no conceito de "whole package deal" (negócio de pacote completo), incluindo "todo o inventário da sua frota P-3C, constituído por seis aeronaves, conjuntos Mid-Life Upgrade (MLU), sobresselentes, equipamentos de apoio e bancadas de teste, bem como os simuladores de voo e de procedimentos táticos."

Refira-se a título de curiosidade que os seis P-3 da Marinha Alemã têm já origem nos Países Baixos, à semelhança da actual frota de cinco P-3C CUP+ operada pela Esquadra 601 da FAP, terminado por isso Portugal por ficar com onze P-3 ex-Países Baixos.




sexta-feira, 4 de novembro de 2022

ROMÉNIA FORMALIZA COMPRA DE F-16 NORUEGUESES [M2359- 75/2022]

F-16 da Força Aérea Romena adquirido a Portugal

O Ministério da Defesa Nacional da Roménia anunciou a assinatura no dia de hoje, 4 de Novembro de 2022, do contrato para a compra de caças F-16 à Noruega.

A instituição romena acordou com os representantes noruegueses o contrato para a compra de 32 aviões F-16 na configuração M6.5.2, motores sobressalentes e apoio logístico. O valor do contrato assinado hoje com o Governo do Reino da Noruega é de 388M EUR e terá uma duração de três anos, com a primeira aeronave a ser entregue no final de 2023. A aprovação do Parlamento romeno para o negócio, existia já desde dezembro de 2021.

Entretanto, a Noruega, retirou de serviço operacional a sua frota de F-16 no início de 2022, tendo colocado à venda a quase totalidade das células remanescentes, com uma dúzia a ser adquirida epal Draken International, empresa privada norte-americana, ainda em 2021.

F-16 da Real Força Aérea Norueguesa

Segundo o comunicado do Ministério da Defesa romeno, o contrato ora assinado com a Noruega, será desenvolvido com o apoio do Governo dos Estados Unidos da América, tendo o Governo da Roménia enviada uma carta rogatória dirigida ao Governo dos EUA, à qual se prevê receber uma resposta até ao final do ano. Os aviões serão entregues à Roménia em condições operacionais, com recursos suficientes para  permitir a sua operação pela Força Aérea Romena, por um período de pelo menos 10 anos, tendo em vista a transição posterior para caças de 5ª Geração.

Atualmente, a Força Aérea Romena possui 17 aeronaves F-16, adquiridas a Portugal e recebidas entre 2016 e 2021 na configuração M5.2R, que serão alvo de atualização para a configuração M6.6

As missões de Alerta de Reação Rápida / Policiamento Aéreo são presentemente executadas com aeronaves F-16 e MiG-21 LanceR, mas a utilização deste último modelo é uma solução de curto prazo (um ano no máximo), tendo a frota inclusivamente estado parada por problemas de segurança de operação das aeronaves, na primeira metade de 2022.

MiG-21 LanceR romenos

O phase-out gradual das aeronaves MiG-21 LanceR e a necessidade da execução permanente do Serviço de Combate - Polícia Aérea com aeronaves F-16, aliados à evolução do ambiente de segurança regional, determinaram a necessidade de identificar uma solução que permitisse a defesa do espaço aéreo da Roménia e a execução do Policiamento Aéreo com aeronaves F-16, de acordo com os compromissos assumidos com a NATO.

"A compra dos 32 aviões ao Governo do Reino da Noruega representa, de facto, uma transferência de capacidade entre dois Estados membros da NATO, para aumentar a capacidade de defesa da Roménia e assegurar o contributo nacional para a defesa colectiva no seio da Aliança do Atlântico Norte" pode ainda ler-se no comunicado.



domingo, 8 de maio de 2022

NOVO SOFTWARE DOS F-16M DA FAP EM TESTES [M2315 - 32/2022]

Equipa envolvida na campanha de testes na BA5 junto ao protótipo n/c 15109           Foto: BA5
A Força Aérea Portuguesa revelou em notícia no seu sítio de internet, ter decorrido uma campanha de testes da Tape ou OFP (Operational Flight Program - "sistema operativo") S2.3 do sistema de armas F-16 MLU, durante a pretérita semana.

Os trabalhos decorreram a partir da Base Aérea nº 5, em Monte Real, integrados na fase designada “In-country Development Test”, ao longo de 17 missões, e um total de 29 horas de voo.

De acordo com a notícia divulgada pela FAP, o evento, que foi gerido pelos pilotos de teste da BA5, foi acompanhado por uma comitiva de engenheiros americanos da "775th Test Squadron” e do “309th Software Engineering Group”, que irão usar os dados recolhidos para efetuar correções e melhorias no software, antes da implementação na frota operacional a partir de Setembro [de 2022].

Segundo a mesma FAP, a "campanha de testes atingiu todos os objetivos propostos", englobando "o trabalho desenvolvido pelos engenheiros da Direção de Engenharia e Programas e técnicos da “Data Link Management Cell” da Força Aérea, assim como pelas equipas de manutenção e aprontamento da BA5, que garantiram a prontidão das aeronaves a 100%".

O F-16 n/c 15109, um dos protótipos da Tape S2.3 foi captado no radar virtual ADS-B a voar intensamente desde segunda-feira 2 de maio

A Tape 2.3 irá aportar uma melhoria nas capacidades ofensivas dos F-16M portugueses, quer na vertente de luta aérea, quer no ataque a alvos de superfície.

Recomendamos a leitura do seguinte artigo, para uma visão global do que envolve a actualização do sistema operativo dos F-16: 

https://passarodeferro-operations.blogspot.com/2013/01/mantendo-o-f-16-um-caca-de-ultima_6.html






 

sábado, 7 de novembro de 2020

MINISTRO DA DEFESA VISITA ROMÉNIA [M2200 - 118/2020]

Gomes Cravinho assinando o livro de honra na Base Aérea nº86. Em fundo o F-16AM ex-FAP 15122     Foto: MDN

O ministro da Defesa português, João Gomes Cravinho esteve em visita oficial à Roménia esta manhã, onde teve oportunidade de visitar a Base Aérea nº 86 em Borcea, no sudoeste do país, onde estão baseados os F-16 vendidos por Portugal.

 Gomes Cravinho e o Gen. Nicolae–Ionel Ciucă entre outras individualidades      Foto: MDN

Em conferência de imprensa no final da visita oficial, Gomes Cravinho adiantou que o quinto e último F-16 do segundo contrato de alienação, será entregue à Força Aérea Romena em Abril de 2021, acrescentando no entanto que a cooperação em termos de apoio técnico e formação de pessoal, tanto em Portugal, como na Roménia, terminará apenas em 2023.

Já o ministro da Defesa romeno Gen. Nicolae–Ionel Ciucă informou que “está em análise a possibilidade de aquisição de uma segunda esquadra de F-16 num futuro imediato”. Segundo Ciucă, na mesma conferência de imprensa, ainda não se sabe neste momento a proveniência dos aviões, estando a ser identificada a disponibilidade de vendedores, sendo no entanto claro que se trata de células em segunda mão. Estes aviões deverão também ser interoperáveis com a frota já ao serviço da Roménia. 

A totalidade da frota de 17 F-16 MLU adquirida a Portugal, irá entretanto receber uma modernização no valor de 175,4M USD, recentemente aprovada pelos EUA. Apesar de no documento de aprovação da venda pelo Congresso dos EUA, referir que o principal adjudicatário será a Lockheed Martin, os trabalhos deverão ser realizados na Roménia pela Aerostar, com o apoio técnico de portugueses e americanos.

Actividade aérea em Borcea durante a visita dos ministros da Defesa português e romeno   Foto: MDN

O pacote de modernizações inclui a elevação das aeronaves recebidas de Portugal no padrão M5.2 para o M6.XR, com modernização de aviónicos, software, equipamento de comunicações, ajudas de navegação e cockpit. Inclui 8 LN-260 Global Positioning System (GPS); 19 Multifunctional Information Distribution System Joint Tactical Radio Systems (MIDS JTRS); AN/APX-126 Advanced Identification Friend or Foe (AIFF); Radios ARC-210; Aplicações criptográficas KIV-78; outras comunicações seguras, navegação e dispositivos de criptografia; Software Joint Mission Planning System (JMPS); pequenas modificações das aeronaves, integração e suporte de teste, equipamento de suporte, software e suporte de software; treino de pessoal; peças sobressalentes e de reparação; publicações e documentação técnica; serviços de apoio técnico e logístico, de engenharia do Governo e adjudicatários estadunidenses; outros elementos relacionados com apoio logístico e do programa.


MiG-21 LanceR da FA Romena       Imagem de arquivo

A frota MiG-21 LanceR de origem soviética e ainda em operação na Forţele Aeriene Române, permanecerá em actividade nos tempos mais próximos, não havendo planos imediatos para a sua retirada de serviço.





sexta-feira, 30 de outubro de 2020

MAIS DOIS F-16 EX-FAP CHEGARAM À ROMÉNIA [M2197 - 115/2020]

Foto: Adrian Sultanoiu / CER SENIN
Foto: Adrian Sultanoiu / CER SENIN

Realizaram hoje o voo de entrega à Forțele Aeriene Române o terceiro e quarto F-16 MLU, relativos ao segundo contrato de venda de caças ex-Força Aérea Portuguesa.

Foto: Adrian Sultanoiu / CER SENIN

Tal como o Pássaro de Ferro acompanhou, as células ex-FAP 15122 e 15141 tinham sido entregues pela OGMA à FAP já durante Outubro, após terem sido submetidas a trabalhos de manutenção e colocação no padrão de contrato, além de receberem o esquema de pintura "Carpatian Ghost" em uso pela frota romena, seguiram hoje para a Roménia, após a entrega oficial pelo Estado Português ao Romeno, na Base Aérea nº5, em Monte Real.

Foto: 53Sqd War Hawks

Os dois caças, agora com n/c 1613 e 1617 (respectivamente) na Força Aérea Romena, realizaram o voo com escala na base aérea de Aviano em Itália, como de costume, tendo chegado à base de destino em Borcea, na Roménia, pelas 16:00 horas locais.

Com esta entrega, ficará a faltar apenas mais um F-16 (FAP n/c 15134) a entregar já em 2021.









sexta-feira, 14 de agosto de 2020

PRIMEIROS F-16 DO SEGUNDO CONTRATO RUMO À ROMÉNIA [M2167 – 85/2020]

A célula ex-FAP 15132 a tocar a pista da Base Aérea 86 em Borcea, Roménia       Foto: Adrian Sultănoiu/CER SENIN

A célula ex-FAP 15135 agora 1616 da FA Romena       Foto: Adrian Sultănoiu/CER SENIN


Partiram esta manhã da Base Aérea nº5 em Monte Real, com destino à Roménia, os primeiros dois F-16AM relativos ao segundo contrato de alienação com aquele país.

A cerimónia de entrega dos F-16 em Monte Real no dia 13 de Agosto de 2020         Foto: FAP


As duas células à partida de Monte Real na manhã do dia 14 de Agosto

As aeronaves, já com os símbolos da Força Aérea Romena e números de cauda 1614 (ex-FAP 15132) e 1616 (ex-FAP 15135), descolaram pelas 8h00min locais, rumo ao país dos Cárpatos, onde se juntarão aos doze também anteriormente pertencentes à Força Aérea Portuguesa (FAP) e entregues até Setembro de 2017. As aeronaves foram entregues no padrão M5.2 conforme o lote anterior.


A parelha de F-16 na chegada à base aérea de Borcea, Roménia:
Foto: Adrian Sultănoiu/CER SENIN

Foto: Adrian Sultănoiu/CER SENIN

Foto: Adrian Sultănoiu/CER SENIN

Foto: Adrian Sultănoiu/CER SENIN


Até ao final de 2020 deverão ser entregues mais duas células, estando a quinta e última prevista já para o primeiro trimestre de 2021.

Estão entretanto a ser modernizadas na OGMA três células F-16A e uma F-16B para o padrão MLU, de modo a levar a frota da FAP a um número final de 28 F-16 (24 monolugares e 4 bilugares).


sábado, 25 de janeiro de 2020

VOOU NOVO F-16 MLU DA FAP - 15143 [M2089 – 07/2020]



Ontem, 24 de Janeiro de 2020, voou pela primeira vez o novo F-16AM da Força Aérea Portuguesa, com o número de cauda 15143, a partir das instalações da OGMA, em Alverca, mas com passagem por Monte Real.
O voo de experiência foi captado pelo Virtual Radar Server e partilhado na rede social Twitter pela conta LP_ADSB, com o callsign Risky11:




O  LP_ADSB é um perfil do Twitter criado primordialmente para partilhar os movimentos captados pelos descodificadores de ADS-B "caseiros", com especial atenção aos movimentos militares registados no espaço aéreo português.

Esta tecnologia baseia-se em captar o sinal dos transponders das aeronaves, usando uma placa USB de DVB-T (vulgo TDT) e o software “dump1090”.
Os dados obtidos podem ser: ICAO, Squawk, Alt., QNH, Lat/Lon, temperatura do ar, vento, etc. Estes podem depois ser encaminhados para os sites que conhecemos como o FlightRadar24, FlightAware, PlaneFinder e AirNav RadarBox, ou então, visualizados localmente, usando por exemplo, o “Virtual Radar Server”. Nos transponders mais antigos, que informam apenas a altitude, é feita uma triangulação, entre estações, para supor a posição e velocidade da aeronave (tecnologia MLAT)

Os aviões militares são maioritariamente filtrados nos sites públicos, não sendo normalmente "visíveis". Mesmo nos equipamentos "caseiros", apenas são visíveis os que querem (ou podem) deixar-se ver.



O 15143 da FAP corresponde à célula 82-1004, que  foi adquirida por Portugal, englobada no programa Peace Atlantis II.
Antes de chegar a Portugal em 1999, tinha já estado baseada na Europa, mais concretamente em Torrejón de Ardoz, Espanha, onde esteve ao serviço da 401TFW da USAFE, entre Abril de 1984 e Fevereiro de 1989. Depois disso, passou pela 309TFS (Flórida, EUA) e 170TFS (Illinois, EUA), antes de ser armazenada no AMARG no Arizona, em Dezembro de 1994.

Primeiro toque do 15143 na pista de Monte Real

A aeronave receberá ainda na OGMA em Alverca, a pintura táctica em três tons de cinza, comum ao resto da frota, antes de ser finalmente entregue na Base Aérea nº 5, em Monte Real.
O 15143, destina-se, tal como o 15144 e o 15142 (já entregue em 2019), a mitigar os efeitos na frota da Força Aérea Portuguesa, da venda de 12 F-16 realizada por Portugal à Roménia em 2013.








quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

PARLAMENTO ROMENO APROVA COMPRA DE MAIS F-16 PORTUGUESES [M2080 – 67/2019]

F-16 do primeiro lote vendido por Portugal à Roménia

A Câmara dos Deputados, órgão de decisão do Parlamento, aprovou esta quarta-feira o Projecto de Lei para a compra a Portugal de mais cinco caças F-16, na mesma configuração das 12 já adquiridas, de modo a finalmente ter uma Esquadra de Voo operacional completa.
A compra das aeronaves havia sido já aprovada no final de Novembro do corrente ano de 2019, pelo Conselho Supremo de Defesa da Roménia, tendo o Governo local ratificado o Projecto de Lei respectivo.

Segundo a imprensa romena, o valor do negócio para a aquisição dos cinco F-16  é de 333,2M EUR  dos quais 154,7M são relativos ao contrato com o Governo da República Portuguesa e 178,5M referentes ao contrato com os EUA.  Os valores finais contudo, só serão conhecidos exactamente após a conclusão das negociações para a finalização do pacote de bens e serviços.
Recordamos que em Agosto passado, o Executivo português aprovou gastos com a alienação das cinco aeronaves no valor de 130M EUR, tal como o Pássaro de Ferro oportunamente noticiou.

Segundo o chefe de Gabinete do Primeiro Ministro, Ionel Dancă, quatro células de F-16 serão adquiridas em 2020, ficando a última para 2021, estando os valores necessários reservados no projecto de orçamento para o próximo ano.

Os aviões deste segundo lote vendido por Portugal à Roménia, terão - como referido - a mesma configuração dos 12 já entregues em 2016 e 2017, a OFP M5.2. O pacote de bens e serviços prevê no entanto que os 17 F-16MLU (14 monolugares e 3 bilugares) sejam elevados à versão M6.X, podendo incluir a participação da indústria de Defesa romena.

A Força Aérea Portuguesa está previsto ficar com uma frota de 28 F-16MLU - 24 monolugares e 4 bilugares, sendo para tal necessária a modificação na OGMA de três células adicionais para o padrão MLU, entretanto já requisitadas aos EUA.






quinta-feira, 22 de agosto de 2019

VENDA DE F-16 À ROMÉNIA - GOVERNO PORTUGUÊS AUTORIZA GASTOS [M2054 - 41/2019]

F-16 do primeiro lote vendido à Roménia, ainda em Monte Real antes da entrega

Segundo se pode ler no comunicado do Conselho de Ministros português de hoje, 22 de Agosto de 2019, o Governo aprovou uma verba de 130M EUR, para gastos relacionados com a alienação de cinco caças F-16 à Roménia:

"Foi aprovada a resolução que autoriza a realização, pela Força Aérea, da despesa destinada a suportar os encargos decorrentes do contrato a celebrar com a Roménia relativo à alienação de cinco aeronaves F-16.

De forma a não afetar a capacidade operacional da Força Aérea portuguesa, a despesa necessária à concretização da alienação, cujo custo global está estimado em 130 milhões de euros, será integralmente suportada pelas receitas que resultam do contrato a celebrar com a Roménia, o qual permitirá reforçar a cooperação entre os dois países, possibilitando a partilha de custos, a rentabilização das competências técnicas e o incremento da capacidade operacional da Força Aérea Portuguesa."

Estas despesas contemplam, além dos trabalhos para colocar operacionais as cinco aeronaves a alienar, de acordo com os standards previstos em contrato com a Roménia, a transformação de três células F-16 Bloco 15 para o Bloco 20 (MLU) de modo a manter 28 F-16 na frota da Força Aérea Portuguesa.

Os proveitos com a venda (valor final do contrato ainda não foi revelado), serão encaminhados para o programa de manutenção e actualização da totalidade da frota F-16 portuguesa, uma vez que as verbas inscritas na Lei de Programação Militar são insuficientes.

Já as cinco células a vender à Roménia, juntar-se-ão às 12 em actividade no país dos Cárpatos, igualmente provenientes da Força Aérea Portuguesa.




sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

PRIMEIRO MLU EX-OCU JÁ TEM 10 ANOS [M2023 - 10/2019]

O 15104 em voo sobre o mar, a 15 de abril de 2011.

Completou-se no passado dia 18 de fevereiro, uma década desde que o F-16 (93-0468) n/c 15104 fez o seu voo de experiência, depois de convertido no padrão MLU. Foi a primeira aeronave PA-I (Peace Atlantis I) OCU (Operational Capability Upgrade) a ser convertida em MLU - Mid Life Upgrade/Update.

Aterragem em Monte Real, a 4 de julho de 1995, depois de uma missão SWEEP sobre a base, enquanto esta era "atacada" por aviões A-7P, durante o festival aéreo comemorativo de mais um aniversário da Força Aérea.

A 18 de fevereiro de 2009, o 15104 sobrevoa a BA5 depois do seu primeiro voo como MLU.
Foto: Jorge Ruivo

 O 15104 rolando na BA5 depois de concluido com sucesso o seu primeiro voo no padrão MLU.
Foto: Jorge Ruivo

Um marco importante para os 19 de 20 caças Lockheed Martin F-16A OCU Block 15 que Portugal recebeu em 1994 e que, entretanto, desde 2012 estão já todos no padrão MLU.
Atualmente, volvida esta década, o programa MLU está perto de terminar, isto é, as denominadas "tapes" estão perto do fim, indiciando o esgotamento do potencial dos aviões para upgrade.

Aqui, estacionado em Borcea - Roménia, a 14 de outubro de 2017.

Aliás, recentemente, a Bélgica assinalou os 40 anos sobre a entrada ao serviço dos seus F-16, que entretanto começarão, a curto prazo, a dar o seu lugar ao (não consensual)  F-35...
Os F-16 nacionais, pelo menos os do PA-I, assinalam este ano, 25 anos de excelentes serviços na Força Aérea Portuguesa.
E pelo que se percebe, estão ainda para dar muito aos nossos céus e à arma aérea nacional Portuguesa.

domingo, 27 de janeiro de 2019

TESTE E AVALIAÇÃO DOS SISTEMAS DO F-16 NA BA5 [M2017 - 04/2019]

Protótipo da Tape S1.1 dinamarquês carregando bomba Paveway III de 900kg para teste de largada real      Foto: Nuno Freitas

Está a decorrer até ao fim do mês, na Base Aérea nº5 em Monte Real, o Operational Testing and Evaluation (OT&E) do sistema de armas F-16.

Este processo, sobre o qual realizámos um artigo completo publicado na revista Mais Alto, mais não é do que a avaliação operacional da versão Beta do novo sistema operativo do F-16, para os leitores familiarizados com a nomenclatura informática.

É que tal como os vulgares PCs que temos em casa, também os caças de 4ª Geração passaram a ter actualizações periódicas dos seus sistemas (software e hardware), de modo a continuarem compatíveis com os novos armamentos e equipamentos disponíveis no mercado, além de introduzir outras melhorias eventualmente requisitadas pelos utilizadores.

Desde o dia 14 de Janeiro, as forças aéreas portuguesa, belga e dinamarquesa, encontram-se por isso a avaliar o novo Operational Flight Program (OFP ou Tape) S1.1 em F-16 protótipos.

Foto: Nuno Freitas
Foto: Nuno Freitas

Nesse sentido, são voadas missões em cenário próximo da operação real, para validar ou corrigir bugs, antes de serem instalados na totalidade das frotas, para uso operacional.

Apenas deste modo, e quando o F-16 celebra 40 anos de entrada em operação na Bélgica por exemplo, com os restantes países do grupo inicial EPAF (Dinamarca, Noruega e Países Baixos) imediatamente atrás, os seus sistemas continuam na primeira linha da aviação militar mundial.

A frota F-16 belga apesar de ter entrado ao serviço há 40 anos continua perfeitamente actualizada graças às actualizações periódicas dos seus sistemas             Foto: Nuno Freitas

Portugal, apesar de operar o sistema de armas F-16 há menos tempo que os restantes parceiros EPAF, juntou-se ao grupo aquando do programa MLU (Mid Life Upgrade), tendo participado activamente desde então no desenvolvimento dos novos OFP, sendo desta vez o Director de Testes deste OT&E , o TCor Monteiro da Silva, dada a sua experiência operacional e participação em anteriores testes do sistema de armas F-16.

Grupo de pilotos e técnicos portugueses, belgas e dinamarqueses envolvidos no OT&E da Tape S1.1        Foto: FAP

Apesar de Noruega e Países Baixos terem optado por fazer uma avaliação à parte, devido a questões logísticas próprias, Bélgica e Dinamarca deslocaram meios humanos e técnicos para a BA5, de modo a tirar partido das boas condições climatéricas, espaço aéreo disponível e facilidades disponíveis em Portugal, para o efeito.

Aproveitando essas boas condições, a Dinamarca alongou ainda o destacamento em Portugal para realizar o exercício próprio Winter Hide 19, à margem da OT&E do F-16M.

F-16 portugueses, belgas e dinamarqueses durante a OT&E da Tape S1.1        Foto: FAP




quinta-feira, 26 de outubro de 2017

PILOTOS DE CAÇA BÚLGAROS EM GREVE (M1932 - 69/2017)

 MiG-29 búlgaro em Graf Ignatievo           Foto: Hailey Haux/USAF

Numa altura em que a decisão do novo caça para substituir os MiG-29 na Força Aérea Búlgara foi novamente adiada, chegam notícias de que os pilotos da base aérea de Graf Ignatievo se terão recusado a realizar os voos de treino previstos para a manhã de 24 de Outubro de 2017. A missão de policiamento aéreo contudo, terá estado sempre assegurada.

Segundo o jornal online Sofia Globe, oficialmente o vice-ministro da defesa Atanas Zapryanov negou num primeiro momento que quaisquer voos tenham sido suspensos, enquanto o comandante da base aérea alegou razões meteorológicas para o cancelamento dos mesmos voos. Já o ministro da Defesa optou por referir que "alguém está a tentar criar tensão artificialmente" e que iria inteirar-se da situação.

Mas se por um lado as condições meteorológicas na região de Graf Ignatievo eram suficientemente verosímeis para justificar o cancelamento dos voos, o General Tsanko Stoykov confirmou publicamente em entrevista durante as comemorações do centenário da aviação militar no país, o baixo estado anímico que o adiamento da aquisição dos novos caças provocou dentro da Força Aérea local: "sentem-se negligenciados, algo ofendidos e essas razões reflectem-se na sua motivação de continuar na Força Aérea", disse a propósito.

O mesmo órgão de comunicação social, bem como a Rádio nacional da Bulgária, haviam reportado no próprio dia 24 uma "recusa massiva dos pilotos para voar" devido a preocupações de segurança com o estado dos aviões e o adiamento da aquisição de novos caças, invocando por isso estar "psicologicamente inaptos" para voar.

Ainda segundo o Sofia Globe, dez dos doze motores  modernizados dos MiG-29 entregues à Força Aérea, ainda não foram colocados em operação, devido a falhas na documentação dos mesmos. Falta de lubrificantes para os motores, causando a paragem quase total da frota, foi igualmente já assinalada em Maio e Junho transactos.

Entretanto, o canal de televisão BTV confirmou inequivocamente a razão do cancelamento dos voos ser o descontentamento pelo estado da Força Aérea, citando mesmo o vice-ministro da Defesa Atanas Zapryanov que atribuía a falta de confiança dos pilotos ao "treino insuficiente por horas de voo insuficientes". O mesmo interlocutor adiantou ainda que uma reunião com os pilotos iria ser realizada e que os problemas com a documentação dos motores (seis novos e quatro modernizados) estavam a ser tratados.
Segundo Atanas Zapryanov, um relatório do comandante de Graf Ignatievo dava sete MiG-29 como operacionais, e que assim que mais motores ficassem disponíveis, este número aumentaria, permitindo alargar as horas de voo.

Já o próprio ministro da Defesa, acerca do mesmo tema e desenvolvendo a sua teoria de que "alguém está a criar tensões artificialmente" referiu que as prioridades tinham sido definidas: primeiro manutenção e modernização do equipamento existente e depois as negociações e a aquisição de novos caças. Mostrou-se ainda "surpreendido por [os pilotos] terem descoberto que existem problemas no mundo da aviação" e que não fazia ideia por que razão estes pensavam que um novo caça não iria ser adquirido. Rematou o assunto com " já haveria um novo caça se estes fosse um aspirador, em que vais à loja, pagas, traze-lo e usa-lo", admitindo ainda o "estado crítico" em que se encontram as Forças Armadas do país, mas que os problemas não se resolvem com "uma varinha mágica".

Por detrás do atraso na decisão do novo modelo de caça a adquirir, estarão jogadas políticas de bastidores, por parte das facções apoiantes do Gripen e do F-16 principalmente. Apesar do primeiro-ministro Boiko Borissov ser aparentemente um dos apoiantes do Gripen e se ter proposto a avançar com as negociações com a Saab numa primeira fase após o anúncio do gripen como vencedor, o seu partido GERB - que iniciou a investigação parlamentar que resultaria na anulação do primeiro concurso - pretende uma aproximação aos interesses americanos (F-16), sugerindo uma uniformização com as frotas dos países vizinhos Roménia, Grécia e Turquia, todos utilizadores de F-16.
O presidente da Bulgária e ex-Chefe de Estado-Maior da Força Aérea Gen. Rumen Radev, definiu a reviravolta  no processo de aquisição dos caças, como um ataque pessoal, face às acusações de que foi alvo por parte do líder parlamentar do GERB, de ter favorecido o Gripen.

Portugal está envolvido na proposta de fornecimento dos F-16,  recebendo células usadas dos EUA para modernizar na OGMA e posterior exportação para a Bulgária.


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