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quinta-feira, 13 de março de 2025

F-35 POR UM CANUDO [M2594 - 18/2025 ]

F-35A da Real Força Aérea Norueguesa
 

O (ainda) ministro da Defesa, Nuno Melo, disse em entrevista ao Público e Rádio Renascença, que a substituição dos F-16 terá que ser ponderada à luz da nova "envolvente geopolítica", nomeadamente a posição dos EUA no contexto NATO e no atual plano geoestratégico internacional.

Acrescentou ainda, quando confrontado com a pergunta se aprovará a compra de F-35, caso seja reconduzido como ministro da Defesa, num hipotético novo Governo da AD, que há várias opções a ser consideradas, principalmente dentro da produção europeia.

Ora, considerar a compra de outra aeronave que não seja o F-35, vai contra o ensejo já assumido por parte da Força Aérea Portuguesa (FAP), que elegeu o caça fabricado pela americana Lockheed Martin, como o substituto ideal para o F-16 e para manter as capacidades de combate aéreo da FAP na linha da frente mundial, e a par com os nossos aliados mais próximos na Europa que anteriormente utilizaram o F-16.

Embora as preocupações, e até desconforto revelados por vários utilizadores do F-35 sejam legítimas, muito devido às tomadas de posição da administração Trump em relação à NATO e a tradicionais aliados, no caso português a situação merece algumas considerações adicionais.

Em primeiro lugar, porque Portugal ainda não está comprometido com o programa F-35, o que impõe por si só um horizonte de pelo menos cinco anos, até receber a primeira aeronave, altura em que já não estará em funções o atual presidente dos EUA. 

Em segundo lugar, embarcar em qualquer outra solução que não seja o F-35 atualmente, representa investimentos da mesma ordem de grandeza, para no final ficar com uma aeronave ao nível do que é possível conseguir, apenas modernizando a atual frota F-16 ao padrão V. O F-16 no entanto, é também de origem americana, pelo que uma modernização profunda terá que passar obrigatoriamente por material da mesma procedência.

Por outro lado, optar por aderir a um programa de desenvolvimento de um novo caça europeu, como o Global Combat Air Programme  (que engloba para já Reino Unido, Itália e Japão), aporta imensos riscos, tanto do ponto de vista financeiro, como de prazos e até sustentação a longo prazo, se tivermos em conta os problemas que programas similares têm enfrentado (Eurofighter, A400, NH90...).

A verdade é que alternativas viáveis ao F-35, pura e simplesmente não existem ao dia de hoje. Qualquer escolha que seja feita, que não seja o F-35, vai ter consequências ao nível da capacidade de combate da Força Aérea para as próximas décadas. Seja por operar com uma aeronave inferior, ou seja por ter de aguardar muito mais tempo para ter uma ao mesmo nível. 

Podemos ainda admitir que a tomada de posição do atual ministro da Defesa não passe apenas de um jogo diplomático, para pressionar os americanos e tentar tirar dividendos num futuro negócio com o F-35, seja lá quando isso venha a acontecer. A pressa com que foi assumida no entanto, sugere que a atual resistência a comprar material americano, não é mais do que um álibi fácil que caiu no colo dos governantes lusos, para justificar o adiamento (ou cancelamento) de um programa dispendioso, numa altura em que se fala em rever a Lei de Programação Militar, de acordo com as novas exigências internacionais.

Contudo, e sabendo como funciona o nosso país  (ie: só se faz alguma coisa de vulto quando vem dinheiro de Bruxelas), o mais provável é que se esteja a empurrar o problema com a barriga, para ser resolvido com recurso aos fundos do anunciado programa de rearmamento da Europa. Que virá naturalmente com uma exigência de "Made in EU", o que nos remete para as considerações já tecidas acima.

Seja qual for o caso, o futuro próximo não se avizinha brilhante para a aviação de caça portuguesa, que se arrisca a desbaratar as capacidades e know how adquiridos ao longo das últimas décadas com muito esforço, que colocaram a FAP ao nível das melhores do mundo, mas que com o passar dos dias (meses, anos) vão enfraquecendo.

Nota final/Adenda 15h10 13/03/2025

Ao contrário de alguns mitos que se foram perpetuando, o F-35A tem atualmente um custo de aquisição inferior ao do Rafale ou Eurofighter Typhoon, com custos de sustentação similares aos destes, mas sendo um caça de geração seguinte, com capacidades inigualáveis pela geração anterior. Já o Gripen E, além de mais caro que um F-16V, apresenta ainda imensas debilidades operacionais, bem como sistemas americanos, pelo que não se constitui como uma alternativa ao F-16 em nenhum aspeto.



segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

P-3 DESTACADO EM ITÁLIA DE REGRESSO A CASA [M2566 - 90/2024]


Foto via EMGFA

O destacamento de um  P-3C CUP+ da Esquadra 601 da Força Aérea Portuguesa regressou a "casa", à Base Aérea nº11, em Beja, ontem 8 de dezembro de 2024, depois de aproximadamente dois meses de destacamento em Sigonella, Itália, durante o qual foi empenhado nas missões IRINI da União europeia e Sea Guardian da NATO.

Segundo nota de imprensa do Estado Maior General das Forças Armadas, estas missões, concluídas com sucesso, "tiveram como principal objetivo contribuir para a segurança e manutenção da liberdade de navegação no Mar Mediterrâneo, com o foco nas atividades de apoio ao combate de tráfico de estupefacientes, armas e pessoas, vigilância do tráfego marítimo e poluição marítima".​


Foto via EMGFA

No total das duas missões, em que participaram dois contingentes de 39 militares, realizaram-se mais de 160 horas de voo, percorreram-se mais de 70.000 km, e foi vigiada uma área 45 vezes superior à de Portugal continental, detetando mais de 30.000 contactos.


Foto via EMGFA

Na cerimónia de receção da Força Nacional Destacada, que decorreu durante o dia de hoje, 9 de dezembro, o Comandante Aéreo, Tenente-General Matos Branco destacou o contributo significativo das missões realizadas para a segurança marítima da UE e NATO, sublinhando ainda a importância do trabalho de equipa, destacando o apoio logístico, técnico e operacional como fundamentais para o sucesso da missão, que recebeu elogios de vários quadrantes internacionais.

Foto: FAP







sexta-feira, 26 de novembro de 2021

LOBOS PATRULHAM MEDITERRÂNEO PARA NATO E UE [M2281 - 69/2021]

 

P-3C CUP+ da Esquadra 601 da FAP

O Estado Maior General das Forças Armadas deu conta através da rede social Facebook de mais uma missão realizada no dia 11 de novembro pela Esquadra 601 - “Lobos” da Força Aérea Portuguesa (FAP),  no âmbito da operação da NATO “Sea Guardian”, de patrulhamento e vigilância no Mar Mediterrâneo.

Nesta missão, a aeronave P-3C CUP+, a operar a partir da Base Aérea N.º 11, em Beja, patrulhou uma área superior a 300 mil Km2, durante 8h50 de voo, tendo realizado 3240 contactos, entre os quais se encontravam 19 embarcações relacionadas com o tráfico de estupefacientes e uma embarcação de imigração ilegal. A tripulação portuguesa identificou, assim, 14 migrantes e coordenou o seu resgate das águas do Mediterrâneo.

A operação “Sea Guardian” tem como objetivo promover a segurança marítima no Mar Mediterrâneo, garantindo a liberdade de navegação e o conhecimento situacional deste mar, com foco nas atividades de tráfico de estupefacientes, armas e pessoas, vigilância do tráfego marítimo e poluição marinha. Até ao final de 2021, os Lobos irão realizar mais 6 missões no âmbito desta operação. 

A Esquadra 601 tem além disso, outra aeronave P-3C CUP+ destacada em Málaga, Espanha, a realizar patrulhamento do Mediterrâneo até ao dia 2 de dezembro, no caso atribuída à operação Índalo, da agência europeia FRONTEX.



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