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sábado, 30 de abril de 2016

UMA NOVA GUERRA FRIA OU UM CERTO CALOR DA COMUNICAÇÃO? [M1839 - 19/2016]

 Voo rasante de um Su-24 russo a um vaso de guerra norte-americano.

Basta fazer correr as páginas das redes sociais e de informação - com as cautelas que se recomendam na voragem por vezes pouco cerebral dos dias atuais - para perceber que nos últimos tempos tem aumentado o número de incidentes entre aeronaves dos dois "blocos", se é que (ainda?) se pode dizer isso.
Se aqui há alguns anos, não muitos, os incidentes se reportavam a aparições de aeronaves russas em zonas demasiado "próximas" de nós (ocidentais) e que foram amplamente noticiadas até aqui em Portugal, agora a "fenomenologia" verifica-se com o protagonismo intrusivo alternado, ora russos a rasar navios americanos, ora aviões americanos demasiado próximos de lugares catalogados e por isso, intercetados à escola Top Gun, por caças russos, em estilo provocador ou então provando à cinefilia ianque que também do lado de lá da antiga cortina de ferro, pilotos artistas há.
A tensão sempre existiu, é sabido, mas tem-se adensado, fazendo com que uma espécie de nova "guerra fria" seja lembrada quase diariamente. Ou então são as redes noticiosas e sociais, que funcionam ao segundo e que tem horror ao vazio, que estão a fazer a excitação que se nota por baixo do tecido do tempo.
E claro, tudo isto se passa nas barbas da Europa, essa distraída com as suas estruturas económicas, a Comissão Europeia a decidir sobre os destinos comuns, descurando a sua própria defesa, os governos de orelhas a arder pelo (in)cumprimento cego dos défices, a salvar bancos afogando milhões de euros e limpando a cara dos respetivos e incompetentes caciques, etc., enquanto o mundo pula e avança e grupos radicais nos rebentam bombas aos pés.
Para provar que a História se repete, é preciso vir o arauto Obama do lado de lá da banheira atlântica, explicar à bonacheira Europa que é preciso olhar mais para a defesa e, por muito que doa, destinar-lhe mais alguns trocos, em vez de tentar salvar quem anda a cavar a sua própria cova e a dos paisanos incautos.
É fácil dizer que tudo o que é gasto em armas é mal gasto, que há fome, que há miséria - fora e dentro da Europa - mas o que é facto é que o mundo - realmente - é um local perigoso, não raras vezes com má frequência e, portanto, a defesa de valores e princípios que foram conquistados com anterior sangue, suor e lágrimas, tem de ser feita, na pior das hipóteses com... sangue, suor e lágrimas...
As coisas, tendo mudado, sim, não mudaram contudo defenitiva e radicalmente a natureza humana e por causa disso, muita sabedoria de séculos não se risca por decreto em meia dúzia de anos, por mais conforto económico que pareça existir.
"Se queres a paz, prepara-te para a guerra!"

Texto: António Luís/Pássaro de Ferro


quarta-feira, 9 de abril de 2014

ISRAEL COM B-52? (M1519 - 44AL/2014)

B-52H

Depois de falhadas ou sem efeitos práticos, as negociações com o Irão, os Estados Unidos já pesam em recorrer à pressão militar, como meio para refrear o apetite/ímpeto nuclear iraniano.
O presidente Obama já sinalizou com a promessa de vetar a legislação que ameaça ser mais rígida nas sanções económicas contra o Irão. Isso deixa a pressão militar como a única opção. Mas depois de a administração Obama ter "permitido" a deterioração da situação na Síria e na Ucrania, o Irão, compreensivelmente, não tem porque temer a ameaça de um ação militar dos EUA.
Os EUA já reconheceram a importância da pressão militar israelita contra o programa de armas nucleares do Irão, altamente fortificado e, segundo consta, "enterrado" no subsolo daquele país. Em 2012, o Presidente Obama assinou um acordo com Israel através da entrega de aviões reabastecedores e armamento capaz de penetração no subsolo e bunkers.
Os EUA deverão prosseguir com essa pretensão, fornecendo a Israel a capacidade de alcançar e destruir as instalações nucleares iranianas, supostamente mais profundamente enterradas. Os EUA poderiam fazer isso, então, fornecendo um número adequado de bombas GBU-57, conhecidas como o Massive Ordnance Penetrator ou MOP, e vários bombardeiros B-52.
O Pentágono desenvolveu a bomba MOP especificamente para destruir alvos de grande dureza e resistência. Ela pode penetrar até 200 metros de profundidade antes de detonar, facto que seria mais do que o suficiente para causar danos significativos para o programa nuclear iraniano. Não há limitações legais ou políticas sobre a venda de MOPs para Israel, e o stock operacional destas bombas na Base Aérea de Whiteman, no Missouri, têm o suficiente no seu arsenal para ceder a Israel.
Contudo, Israel não possui uma aeronave para transportar a MOP, o que significa que os EUA seriam obrigados a emprestar/ceder aviões capazes de transportar uma carga tão pesada. Apenas dois tipos de aeronaves podem fazer: o B-52 e o B-2.



Os EUA têm apenas vinte bombardeiros B-2 e o pentágono seguramente não vai permitir a cedência desses aviões. Com os planos para um novo bombardeiro de longo alcance adiados devido aos cortes no orçamento de defesa a situação "obriga" a manter os B-52 no ativo pelo menos por mais 20 anos.
Todavia, há mais de uma dúzia dos relativamente “novos” B-52H - construídos na década de 1960 - que especialistas afirmam poderem ser alguns entregues a Israel. Não há, igualmente, impedimentos legais ou políticos quanto à sua transferência. Bastaria a apenas a introdução de algumas alterações estruturais nesses aviões a ceder, de modo a que pudessem transportar e largar as MOP.
Assim, ao transferir para Israel as MOP e os B-52H, a administração Obama, enviaria um claro sinal de que o seu aliado, que já tem a vontade, agora tem a capacidade de impedir que o Irão se torne possuidor de armamento nuclear.
Obama disse em 2012: “Nós vamos fazer o que for preciso para preservar Israel, porque Israel deve ter sempre a capacidade de se defender, por si só, contra qualquer ameaça.”

Fonte: The Wall Street Journal 
Tradução e adptação: Pássaro de Ferro

domingo, 12 de janeiro de 2014

BRASIL, O GRIPEN E O RESTO DO MUNDO (M1375 - 12PM/2014)

Saab JAS39 gripen

A opção brasileira pelos aviões de caça suecos no concurso que contrapôs caças americanos e franceses e, no início, também os russos da Sukhoi mostra, além de uma disputa técnica, também uma nova atitude de política externa do Brasil. Esta é a opinião do Professor José Niemeyer, diretor dos cursos de Relações Exteriores do IBMEC, prestigiado instituto de economia do Brasil. O Professor Niemeyer fala também dos bastidores da política brasileira, nas ações que resultaram na compra dos 36 aviões Gripen, do fábricante sueco Saab.

– Como  analisa a escolha pelo governo brasileiro do avião Gripen da Suécia para o fornecimento dos aviões militares e renovação da Força Aérea Brasileira?

– Não era uma escolha esperada, na verdade a maior expectativa era em relação a uma parceria com a França. Houve uma mudança no rumo das negociações que não ficou muito clara. Acho importante a gente pensar esse acordo entre Brasil e Suécia por duas perspectivas.
Primeiramente, pela perspectiva estratégico-militar, visto que o Gripen é um avião menor, mais leve, com menor autonomia de combate. Ele vai ficar localizado em Anápolis e a gente tem que entender que de Anápolis ele terá uma autonomia que vai chegar às margens da fronteira com a Venezuela, às margens da costa brasileira, às margens da Amazónia, e também ao sul do país. Ou seja, o raio dele vai ser um raio de menor alcance comparado, por exemplo, ao Sukhoi que foi cogitado no começo da licitação, tendo também uma autonomia menor do que o avião norte-americano e que o avião francês. 
Do ponto de vista técnico, tem uma outra questão que é a troca de tecnologia, que foi uma variável estratégica para a aeronáutica brasileira. A troca de tecnologia no setor militar sempre foi muito importante, mas hoje ganha uma importância especial porque o mundo caminha para o que a gente chama de sistema multilateral aberto, então não faz muito sentido países que não detêm tecnologia aceitarem uma imposição de não haver troca de tecnologia. Se o mundo caminha para um multilateralismo aberto, ficou mais fácil do ponto de vista diplomático para os países que não detêm tecnologia negociar tecnologia, tanto no campo civil quanto no militar, para acabar um pouco com aquele engessamento norte-sul entre os possuidores de tecnologia e dos não possuidores de tecnologia.

Tem uma questão importante também, além da troca de tecnologia, é o tamanho do contrato. Parece que durante o termo do contrato, a compra pode chegar a 160 aeronaves. Então é um acordo interessante do ponto de vista da quantidade e da qualidade do recurso de poder, que no caso é o avião. Agora partindo do aspeto da viabilidade política do acordo, esse acordo terá que ser melhor analisado no tempo e no espaço. Pois o Brasil optou por um avião sueco, e não por um avião norte-americano ou francês.
Nesse caso, a ação brasileira é uma ação alternativa, pois os Estados Unidos sempre foram parceiros estratégicos do Brasil, principalmente no campo da Segurança do Estado e segurança regional. E a França, que foi, principalmente durante o segundo mandato do governo Lula, tratada como principal parceiro do Brasil, inclusive há um acordo entre Brasil e França para construção e aprimoramento dos nossos submarinos convencionais, os Tucuna. Ou seja, a França já tem uma parceria com o Brasil no campo militar, assim como a Itália teve no passado.

– Aliás, o Brasil já comprou à França o porta-aviões São Paulo.


– Há um acordo para a melhoria e produção de submarinos convencionais entre Brasil e França. Portanto, era esperado que o avião fosse o francês, mas o Brasil escolheu o caminho do meio e isso não tem jeito, nas relações internacionais isso implica um risco. Até porque tem um outro complicador, pois a França e os Estados Unidos são competidores no campo estratégico militar. A França não acompanha os Estados Unidos em todas as decisões no Conselho de Segurança da ONU. A França tem uma autonomia militar desde a II Guerra Mundial. A França faz testes nucleares e tem uma forma muito controlada de realizar esses testes, o que sempre incomoda os Estados Unidos e vice-versa. A França investe muito em energia nuclear para fins civis.

Portanto, quando a gente analisa o que a França e os Estados Unidos pensam em relação à potência do Estado, os dois países não são necessariamente países parceiros. Eles têm agendas no campo da potência do Estado muito específicas. Foi uma ação alternativa o Brasil buscar um avião sueco. Agora, é um avião europeu.

– Por que motivo, na sua opinião, foram necessários cinco mandatos presidenciais brasileiros, dois do Fernando Henrique Cardoso, dois do Lula e um da presidente Dilma Rousseff, para a escolha do avião sueco para a substituição da Força Aérea brasileira? Você partilha da opinião de que os Estados Unidos foram descartados em função das denúncias do Edward Snowden de que o Brasil foi espionado pelos Estados Unidos?

– Eu vou começar pela segunda pergunta. Acho que a questão do Snowden foi fundamental para a decisão de não comprar o avião norte-americano. Os militares brasileiros devem ter começado a perceber que seria muito fácil para o setor de segurança e informação americano conseguir ter algum controlo sobre a forma como o Brasil utilizaria os aviões, pois a aviónica de uma aeronave está muito ligada à questão da comunicação. Se o Brasil está a ser investigado naquele nível, também não é difícil controlar um meio militar.

E a primeira questão tem a ver com algo que até hoje se discute no Brasil, que é como a sociedade brasileira entender os gastos militares. Portanto, quando temos outras questões da área das políticas públicas para serem resolvidas, na área da educação, saúde, segurança pública, talvez o tempo que se levou para tomar a decisão tenha muito a ver com esse cuidado com a opinião pública.

– Qual seria a repercussão?

– A opinião pública poderia não gostar do gasto, pois é um gasto considerável. Outro ponto importante também é que a compra do avião sueco mostra uma leve divisão dentro do executivo federal, dentro do governo brasileiro.

Pois o ministro da Defesa, Celso Amorim, é uma pessoa de inteira confiança de Lula. Foi ministro das Relações Exteriores quando a França foi colocada como principal parceira no acordo de compra dos caças, depois volta como ministro da Defesa, mas parece que o que prevaleceu foi a decisão da equipa técnica da Força Aérea. Acho que aí há uma disputa muito interessante dentro do governo, dentro dos grupos que formam o governo.

Por exemplo, o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, que foi ministro do Trabalho no governo Lula, é considerado um nome muito forte para uma futura presidência, e a informação que eu tenho é que já há uma fábrica da Saab, montadora de camiões e que monta o Gripen, ali naquela região do ABC paulista. Eu soube que Marinho fazia um movimento já há algum tempo para que o Gripen fosse o vencedor da licitação. Inclusive, até criando numa Universidade, em São Bernardo, um grupo para se estudarem as questões ligadas à defesa nacional, estudos estratégicos, para já começar a mostrar dentro da cidade a importância da compra desses aviões. Ele foi à Suécia pessoalmente fazer um lobby, visitando a Rainha da Suécia, o Rei da Suécia. E essa foi uma vitória de Luiz Marinho, porque o avião vai ter que ser montado, você terá que fabricar algumas peças, vai criar toda uma indústria direta e indireta para esse processo, e isso vai ficar centrado ali em São Bernardo. Portanto, é uma grande vitória de Luiz Marinho, inclusive eu diria que, do ponto de vista político, é o maior vencedor.

Então isso é importante, porque a gente começa a perceber que no PT começa a surgir uma nova geração de lideranças que vai se colocar à disposição do Partido e Luiz Marinho é um deles. Outro ponto importante é discutir porque é que o Brasil decidiu essa ação mais alternativa de comprar um avião sueco. Será que Ministério da Defesa, a Abin (Agência Brasileira da Inteligência), a presidência da república, o gabinete de segurança nacional, o conselho de defesa nacional, perceberam que o Brasil tem espaço nesse mundo que caminha para um multilateralismo aberto, que o Brasil tem espaço para ocupar, e que seria mais interessante que Brasil tivesse mais autonomia num momento como este? E a compra do Gripen traz mais autonomia para o Brasil? Isso tem que ser pensado.

No último domingo, na Folha de São Paulo, o Fernando Henrique escreveu um artigo interessante, no qual ele defendeu que o Brasil volte a ter um relacionamento mais próximo com os Estados Unidos e com a Europa e que não fique tratando a política externa como uma política pública, uma política de estado de stop and go, de se aproximar de alguns países, aí depois volta, se aproxima, tenta recuperar o Mercosul, ao mesmo tempo quer uma aproximação com os países do norte do continente, depois tem alguns acordos com a Europa, mas ao mesmo tempo não abre mão de ter um relacionamento com a China e com a Índia. E isso faz parte do multilateralismo aberto que eu falo, porém o Fernando Henrique quer deixar claro, e eu concordo com ele, que em diplomacia o tempo e recursos são esgotáveis. Nós não temos diplomatas suficientes para fazer acordo com todo e qualquer país. Também não temos tempo para isso. A negociação exige tempo.

Isso mostra bem o que o PSDB pensa em relação à política externa se voltar ao poder. O PSDB tem uma visão mais focada de política externa, principalmente com os seus parceiros tradicionais, Estados Unidos e Europa, e tentar melhorar as relações do Brasil com os países do Sul, principalmente a partir do Mercosul. E a compra do Gripen, se a gente for analisar as notícias da imprensa argentina, pode mostrar para o nosso principal parceiro no sul, que é a Argentina, e também a Venezuela (agora também no Mercosul), que o Brasil busca uma autonomia de criar acordos com países alternativos, e não com França e Estados Unidos. E isso pode incentivar Argentina e Venezuela a fazerem o mesmo, ou incentivar, por exemplo, a Argentina a ter uma postura mais próxima dos Estados Unidos. Então, a Venezuela pode pensar o seguinte: o Brasil busca uma postura mais alternativa ao aproximar-se da Suécia, então o governo venezuelano pode solidificar ainda mais a sua parceria com a Rússia no campo estratégico-militar.

Então uma ação como esta do Brasil pode fazer com que outros países da América Latina, principalmente Argentina e Venezuela, comecem a buscar também acordos alternativos no campo da segurança e da defesa nacional. Então, por mais que o Brasil não seja um player relevante no campo da segurança internacional, e definitivamente não é, e Suécia também não é, pois é uma fornecedora de tecnologia militar, eu sinto que nós vamos precisar de um bom tempo para ver como ficam as relações Brasil-Estados Unidos, pois acordos como estes refletem-se também em acordos de comércio, acordos de cooperação económica, acordos de troca de tecnologia no campo civil.


Fonte: A Voz da Russia
Edição: Pássaro de Ferro

sábado, 24 de novembro de 2012

LAJES: AMERICANOS AFASTAM-SE CHINESES APROXIMAM-SE (M772 - PM125/2012)

Base Aérea º4 nas Lajes, Terceira

Segundo notícia divulgada ontem pela Agência Lusa, a administração norte-americana informou o Governo português da sua intenção de reduzir significativamente a presença na Base Aérea das Lajes nos Açores.
Apesar de ser atualmente ponto de passagem e apoio para a aviação norte-americana, principalmente nas ligações de e para o Médio Oriente, novos tempos parecem avizinhar-se, com o consequente impacto que terá para a economia dos Açores e política externa nacional.
Esta decisão do executivo de Obama, vem na continuidade do que parece ser uma política de desinvestimento em bases externas, já que em 2006 os EUA abandonaram a utilização de outra base no Atlântico, mais concretamente em Keflavik na Islândia, tendo desde então o espaço aéreo desta nação nórdica sido patrulhado rotativamente pelos aliados da NATO (incluindo Portugal em agosto e setembro últimos).

Entretanto (e talvez por isso) têm circulado rumores do interesse da China na insular base aérea portuguesa, levantados especialmente pela passagem pouco previsível do Primeiro-Ministro chinês pelas Lajes em Junho passado, no regresso de uma visita oficial ao... Chile, que não fica propriamente em caminho.
O Primeiro-Ministro chinês e sua comitiva estiveram quatro horas de visita à base e ilha Terceira apesar de oficialmente a passagem ter sido designada como "escala técnica".
Do ponto de vista estratégico para a China, ter uma base no Atlântico Norte seria uma forma excelente de impor a sua presença entre EUA e a Europa, bem como contrabalançar o incómodo que é a a influência americana em Taiwan, um espinho cravado no orgulho chinês.

Se houver habilidade política nacional, é certamente uma situação a explorar no interesse do país.


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