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sexta-feira, 29 de junho de 2012

SMOKEWINGS - PARTE 2 (M679 - 68PM/2012)











Não se pense que formar e manter uma patrulha acrobática é fácil. Além dos óbvios custos com a aquisição das aeronaves, combustível e manutenção, há a contabilizar os custos na vida pessoal. Há que treinar para manter a performance com treinos específicos. E se as manobras básicas podem ser feitas nos batismos de voo, já o programa para as exibições requer atenção especial antes da época de festivais aéreos.
Entre vida profissional, treinos e exibições, a família acaba por sofrer algo com a dedicação à patrulha, embora Jorge Fachadas ressalve que mantendo um calendário equilibrado, acaba por haver compreensão por parte da família, que reconhece também a realização proporcionada pela patrulha.
Os Yak-52 em que voam, apesar de serem aeronaves de grandes dimensões (se compararmos com os Extra 300 por exemplo ou similares) sendo usados militarmente como aeronaves de treino, são "dóceis" e perdoam quase tudo, sendo de tato fácil e preciso.




São aeronaves no entanto que requerem bastante manutenção, "trabalho de chão". Gastam muito óleo e combustível, o que levou a equipa a estabelecer um regime de inspeções muito para além do indicado para o modelo. Preocupações com as condições das máquinas são a última coisa que pilotos e respetivas famílias precisam, bastando para tal o risco intrínseco que encerra a atividade da acrobacia aérea em si.
Os custos, numa primeira fase completamente sustentados pelos próprios pilotos são insustentáveis apenas nesse regime. Os patrocinadores são por isso essenciais para manter a atividade. Alguns patrocínios foram surgindo de forma pontual, embora segundo Jorge Fachadas, seja de estranhar numa atividade que proporciona tanta visibilidade como a acrobacia aérea, não haver mais adesão por parte de empresas que poderiam beneficiar dessa visibilidade. 




Quando confrontado com a pergunta acerca do futuro próximo dos Smokewings, Jorge Fachadas não adianta muitos pormenores, deixando no entanto subentender boas surpresas.
Qualquer que seja esse futuro, o público vai de certeza querer estar lá para ver!



quinta-feira, 28 de junho de 2012

SMOKEWINGS - PARTE 1 (M678 - 67PM/2012)










Habituados desde sempre a que o voo acrobático em formação fosse praticamente monopolizado pelas formações militares, devido principalmente a toda a logística e custos inerentes dificilmente suportáveis por particulares, este status quo mudaria com os Smokewings.
Apresentando-se pela primeira vez ao público em 2007, após cerca de dois anos de maturação da ideia, Marco Rodrigues e Jorge Fachadas, embora com background distinto em termos de formação (o Marco na Nortavia e o Jorge na Força Aérea), ambos pilotos da TAP, uniram esforços para criar aquela que seria a primeira patrulha acrobática civil em Portugal.
Eleito o Yak-52 como a plataforma de voo destinada a dar asas à dupla, pelas similaridades com os clássicos "warbirds" e pelas performances acrobáticas de que é capaz, segundo Jorge Fachadas, a escolha pelos Yakovlev foi "fácil e natural".
Escolhidos os aviões de entre os disponíveis no mercado, foi uma outra aventura trazer as máquinas para Portugal.


Seguiram-se os treinos de manobras básicas individuais e em formação e finalmente a preparação de um leque de manobras que permitissem adaptar a demo às condições existentes, sendo por isso necessário treinar pelo menos duas sequências novas todos os anos (uma mais flat para tetos baixos e outra sem limitações de teto). Não repetir as demos de ano para ano, é mesmo um dos pontos de honra da patrulha.
Durante os cinco anos que se seguiram a 2007, os Smokewings exibiram-se um pouco por todo o território continental, tendo sido convidados para praticamente todos os eventos aeronáuticos (civis e militares) realizados no país, transformando-se num caso de popularidade inédito.
Nem toda a popularidade de que granjeiam no entanto, se deve à forma como espalham pelos céus o prazer com que visivelmente voam. Tal como falar dos Smokewings é fácil, também falar com os Smokewings o é. A simpatia com que tratam todos os que com eles contactam também marcam pontos, mesmo estando no chão. 


Jorge Fachadas, invariavelmente de sorriso no rosto quando entre os aviões, pertence também à Seleção Nacional de Acrobacia, que estará no final de julho na Hungria a representar as cores nacionais uma vez mais. A ambição de trazer mais praticantes para a modalidade, bem como proporcionar batismos de voo acrobático, têm sido algumas das atividades extra-patrulha que os Smokewing vão realizando.
Apesar da redução de exibições ditada pela crise económica, a parceria estabelecida com a marca de relógios Bell&Ross permite traçar planos para o futuro e eventualmente abrir portas além-fronteiras, para a próxima época.



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