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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

PORQUE CONTINUA A VOAR O F-117 - Finalmente a explicação (M1748 - 336PM/2014)

Um dos últimos voos operacionais do F-117A Nighthawk    Foto: Kim Frey/USAF

No seguimento de imagens divulgadas extensivamente no ciberespaço e aqui no Pássaro de Ferro, que mostravam claramente o F-117 ainda em operação, e a onda de especulação que se lhe seguiu, a Forca Aérea dos EUA (USAF) respondeu às perguntas que lhe foram colocadas acerca do assunto.
Segunda a explicação oficial, o F-117 Nighthawk foi retirado mas mantido na condição “Type 1000” (à semelhança do que se planeava fazer com o A-10, antes da reforma deste modelo ser vetada pelo Congresso dos EUA).

O armazenamento de aeronaves na condição Type 1000 significa que estas devem ser mantidas em condições de serem reincorporadas no serviço ativo, caso seja necessário. Deverão por isso estar em condição inviolada, com alto potencial de regressar a estado de voo, sem que lhe sejam retiradas peças. A cada quatro anos são represervadas.  Para voltarem a condições de voo serão necessários entre 30 a 120 dias, dependendo do tempo em que se encontraram na condição Type 1000.
Por isso, para que haja a certeza de que as aeronaves não se degradaram e já não se encontram na condição Type 1000, de tempos a tempos, estas são “acordadas” para verificar as condições em que se encontram.

Nota oficial da USAF:
“Desde a retirada de estado de serviço ativo em 2008, a frota de F-117 Nighthawk tem sido mantida nos hangares originais em condições climatericas amigáveis, na base de testes em Tonopah, Nevada. Dados os custos de fazer instalações com estas condições no Aircraft Maintenance and Regeneration Center (AMARC em Davis-Monthan, Arizona), a USAF preferiu manter os F-117, ainda que retirados de serviço, nas instalações de Tonopah. De acordo com as ordens do Congresso inscritas no National Defense Authorization Act FY07, as aeronaves foram colocadas na condição Type 1000 de armazenamento, em condições de voo, para potencialmente serem chamadas a serviço, no futuro. De modo a confirmar a efetividade do programa de armazenamento em condições de voo, alguns F-117 são ocasionalmente voados.”

Tal como nos assuntos religiosos, provavelmente cada um irá continuar a acreditar naquilo que acreditava, independentemente dos argumentos dirimidos. Das provas apresentadas, ou da falta delas.


segunda-feira, 19 de outubro de 2009

100 ANOS DE AVIAÇÃO EM PORTUGAL



Está cumprido um século desde o primeiro voo em Portugal.
Está a cumprir-se o ancestral sonho de voar. Todos os dias.
Nestes tantos dias que têm 100 anos, tanta coisa mudou. No Mundo e nos aviões.
Chegou-se à Lua, ligam-se continentes, "anulam-se" os mares, conquistam-se os ares.
Entre o conforto, a velocidade e a necessidade de partir e chegar, o céu tornou-se estrada e caminho e nele, diariamente, milhões de pessoas (civis, militares) alcançam as suas metas, cumprem os seus sonhos ou simplesmente, trabalham. A bordo dos novos Pássaros de Ferro, hoje robustos, muito mais seguros sem serem perfeitos, mas sempre os pássaros de ferro.
Foi por olhar as aves, os "pássaros" que o sonho de voar se quis cumprir.
Fez-se caminho. Faz-se caminho.
Pelo céu e voando!

sábado, 4 de outubro de 2008

VOAR NUM DIA PERFEITO

Serra do Açor - Foto: (c) A. Luís

F-16A - Foto: Luigino Caliaro

Dou aulas numa escola com vista para as Serras do Açor e da Estrela.
É um privilégio estar no sopé da primeira serra que, não sendo muito alta, tem um encanto estranhamente fascinante.
Ontem, sexta-feira, esteve um dia absolutamente notável em termos de visibilidade. Um vento de Norte moderado a forte limpou a atmosfera de tal modo que as coisas se revelavam de uma nitidez invulgar.
A dada altura, um F-16 rasgou o céu, rumo à montanha.
Ao vê-lo, fui tomado de assalto por uma inveja que não soube conter. É até provável que conheça o piloto que voava aquele aparelho. Tenho a sorte de conhecer muitos dos que voam o Viper.
Mas o meu sentimento foi apenas relativo à possibilidade que estes homens têm de contemplar a natureza de um modo vedado ao comum mortal. Num dia como o de ontem, voar sobre as montanhas ou simplesmente voar, deverá ser (porque apenas imagino) o mais fascinante dos exercícios, qualquer coisa que nos faça esquecer as complicações que os pés assentes na Terra nos proporcionam a cada momento.
Por todas as razões, estas e outras que me escapam, ontem terá sido um dia perfeito para voar!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

HUMBERTO E EUSÉBIO

Algures sobre o Atlântico, rumo ao Porto

O porto de Leixões

Um dos "dois motores do 'Eusébio' "

Numa inesperada e recente viagem aérea, fui transportado pelo "General sem medo" na ida, e pelo "Eusébio" no regresso.
Lisboa - Funchal - Porto, a bordo de Airbus 319.
Voar é sempre bom, mesmo que estejamos rodeados de mais cento e tal pessoas.
Uma simples janela abre-nos os olhos para a suprema sensação do voo, mesmo que muito "disfarçada" pelas comodidades de um avião de carreira.
Seja como for e como diz o meu amigo "Aviador": «Entre Voar e Voar, antes Voar!»

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

SORTUDO

Foto: Mika Ganzauge - Airliners.net


Foto: Dan Valentine - Airliners.net

Infelizmente para mim, não voo muito. Mas pelos voos que já fiz, felizmente já não chegam os 10 dedos da mão para os contar, cada um deles foi diferente do outro.
Neles, frequentemente, tento entrar no espírito do "Homem do Monolugar", aquele que voa sozinho com a sua máquina, não aquele que, como eu, voa com mais 100 ou 200 pessoas, muitas vezes longe da janela para onde se espreita o imenso céu sobre as coisas, ouvindo os sons que a Terra tem nos seus dias. O céu é fuga. Voar é a busca do silêncio, duma cama feita de nuvens, ter e Terra aos pés e o sol como companheiro de brilho... É ver tudo e não ver nada, é assumir por mil verdades que a nossa escala é imensamente pequena ante a grandeza do que nos cobre todos os dias e todas as horas.
Por tudo isto, como é sortudo, o "Homem do Monolugar"!

quinta-feira, 22 de maio de 2008

EQUILÍBRIOS



Equilíbrio.
Tudo se resume a isso. Os aviões voam porque existem equilíbrios.
Basicamente, uma força empurra o avião para a frente (Thrust) e uma força igual mas de sentido contrário puxa o avião para trás (Drag). Uma força levanta o avião (Lift) e outra igual mas de sentido contrário puxa o avião para o centro da terra (Weight).
De uma forma simplista este equilíbrio de forças faz com que os aviões voem. Se tivermos mais Thrust que Drag o avião acelera, se mais Lift que Weight o avião sobe e vice-versa. Quem actua os comandos de um avião está, na realidade a actuar nestas forças e a alterar este equilíbrio para que o avião suba, desça, acelere ou desacelere.
Estranhas combinações estas que fazem os aviões voar…

O Aviador

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

(POUCO) PÁSSARO DE FERRO

Como Comandante do "Pássaro de Ferro", cabe-me informar todos os leitores que por aqui voam que, como está bom de ver, o "Pássaro de Ferro" tem voado pouco, vítima do ritmo estival e tão marcadamente de Agosto que o tomou de assalto. Digamos que foi um "August Strike" que o deitou em terra sem poder voar...
Contudo, brevemente, voltará em pleno, cumprindo as suas missões em total operacionalidade.
Obrigado pela vossa fidelidade e por não deixarem de voar um pouco por aqui.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

PÁSSARO DE FERRO



Muitas vezes penso que este gostar dos “passarinhos de lata” extravasa a dimensão da loucura, que vai muito para além da demência, sobretudo pelo tempo que avança e pela constatação simples de que cada vez que nos pedem para explicar o porquê deste sentir, parece que cada vez menos conseguimos articular as palavras que pudessem tornar o nosso discurso inteligível.
Daí que, desde há algum tempo, deixei de tentar, e de me importar tão pouco que em surdina me chamem nomes estranhos e que olhem para mim de forma diferente.
Respiro (suspiro) fundo e limito a minha atenção a ouvir o cantar dos pássaros, vê-los gracejar pelos céus, e inalar o aveludado e aromático perfume que se lhes escapa por entre as penas.
E sentir, em todos os sentidos do meu corpo, a sua força extrema e crua da sua mais pura potência.


Texto e fotos: Rui "A-7 5513" Ferreira

sábado, 10 de março de 2007

VIPER 1.1

Falcon 2.1 sobre o mar, visto da bolha do Viper 1.1 - (c) A. Luís
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Viper 1.1 - Tower, Viper 1.1 ready for departure.
Tower - Viper 1.1, clear for take off, runway 01, contact departure on chanel 16.
O Pw F-100/220E atrás do meu assento dispara em full ab. Menos de 1 km de pista é engolido em segundos.
Eu, de costas coladas à cadeira, respiração suspensa e... de repente... o Viper 1.1 é puxado quase na vertical, penetrando as nuvens e atingindo, em menos de nada, um céu limpo e de um azul de arco-íris.
Quando as nuvens passam a ser o nosso chão, tudo o que deixamos em terra parece demasiado precário.
Voamos agora pouco acima das nuvens, sem um palmo de terra à vista. O "meu" piloto leva o Viper 1.1 em direcção ao alvo, uma ponte ferroviária no interior, que une um vale feito de pedras brutas e cinzentas, rasgadas por um rio bravo e estreito.
Passamos de novo para baixo das nuvens e o Viper 1.1 encaixa-se, pouco depois, no respectivo vale, serpenteando entre este e os montes que o ladeiam a 400 nós. Visto da bolha que me cobre, tudo acontece numa vertigem louca. "Largamos" o armamento e o Viper 1.1 aponta de novo o nariz ao céu, à medida que se vira para Oeste, rumo ao mar.
De repente, as nuvens aparecem-me por baixo da cabeça, e o estômago dá uma volta. O Viper 1.1 roda sobre o seu eixo, a "brincar", comigo exangue, de olhos trocados e respiração suspensa.
Meia dúzia de segundos e tudo volta ao normal.
3 ou 4 minutos volvidos, contacto visual com uma outra formação. Os Falcon 2.1 e 2.2 juntam-se a nós, ainda rumo à costa que haveria de tornar-se nosso chão pouco depois.
O "meu" Viper 1.1 toma a liderança da formação e rumamos a casa.
1000 pés. Casas, estradas, árvores, um ou dois rios, tudo devorado numa vertigem de 500 nós.
Mais uns minutos e a formação muda de rumo para aproximação à pista 01.
"Raspamos" a pista (coisa para uns 100 pés ou menos...) e eu, feito passageiro, fico de novo exangue e atordoado, envolvido no looping da praxe à vertical da pista. Tudo demasiado depressa e as coisas a trocarem de posição por artes mágicas.
Viper 1.1 - Tower, Viper 1.1 ready to land.
Tower - Viper 1.1 clear to land on runway 01.
Uma hora de vôo, um turbilhão de emoções, e um despertador a anunciar-me mais um dia de trabalho...
...Há dias em que não apetece acordar!

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

VOAR - CAPTAR O INSTANTE

(c) Rui Ferreira

Desde o início dos tempos que o homem sonha em voar.
Trata-se no fundo de nada mais do que na perseguição do nosso inato espírito científico para desvendar os segredos da Natureza.
Todos nós sentimos um fascínio inexplicável pela mística que envolve o vôo em todas as suas formas. Porém, nem todos podemos dar asas aos nossos sonhos encontrando, quem sabe consolo, na arte de captar um momento, o momento mágico que dura um vôo, através de um instante, uma visão, que nos é proporcionada pela fotografia.

Rui "A-7 5513" Ferreira

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