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sábado, 15 de junho de 2013

MAIS RESGATES NO PÓS-25 DE ABRIL (M1040 - 170/PM2013)

Noratlas n/c 6404    Foto: Autor desconhecido

Resgate do Luso

Passados uns dias após a anterior missão, lá fui repetir a dose. 
Desta vez ao Luso (Angola também).
A UNITA ocupou o Luso depois de uma “guerra” com o MPLA.
A FAP tinha, no aeroporto, umas pequenas instalações que estavam em desativação, mas alguns agentes da DGS com respectivas famílias, refugiaram-se nas referidas instalações.
Conclusão: nova missão para executar e como já tinha a experiência, lá fui eu.
Repeti o mesmo sistema. Desta vez fui “confraternizar” com os militares da UNITA.
Nesse dia havia avião da DTA e aproveiámos para ir até à aerogare.
Assisti a cenas desagradáveis. Com a desculpa de procura de armas, abriam as bagagens e sacavam o que podiam. Que fazer? Aguentar…
Pouco depois, a informação: “os caixotes já estão carregados”.
Despedidas…
Dessa vez o regresso consistia em deixar os resgatados membros da DGS em Nova Lisboa.

MPLA/UNITA

Anteriormente já dei a entender o comportamento dos diversos movimentos, bem como a nossa adaptação àqueles comportamentos e dificuldades em os enfrentar de modo o mais pacifico possível. Mas por vezes havia mesmo situações complicadas.
Ainda sei o dia, porque foi a última vez que fui a Sá da Bandeira: 13/05/75.
Nesse dia, tinha acabado de descolar de Nova Lisboa (nessa altura ainda sob jurisdição da UNITA) rumo a Luanda, com mais uma “carga” de refugiados. Ao entrar em comunicação com Luanda, perguntam-me se tenho possibilidades de ir até Sá da Bandeira fazer uma evacuação de um ferido grave. 
Como tinha excedente de combustível, dei resposta positiva e voltei para trás, até Sá da Bandeira, que estava nas mãos do MPLA.
Após a aterragem, de imediato apareceram elementos militares do MPLA, querendo saber ao que íamos. 
"Para uma evacuação". Ninguém sabia de nada mas, enquanto se aguardavam esclarecimentos, um dos elementos do MPLA entrou no avião e resolveu revistar os refugiados que transportavamos. Pouco depois ouço um reboliço e ouvia: “mata, mata, mata…” 
O ”rapaz” do MPLA, armado com Kalashnikov, ameaçava matar todos os passageiros por serem da UNITA. 
Perante tal situação disse ao Radiotelegrafista que fosse à Torre e pedisse a alguém superior do MPLA que viesse em nosso socorro.
O meu papel entretanto, foi convencer o “mpla” a ter calma e a ponderar. Consegui que saísse do avião. Aí argumentei como pude, inventei coisas, elogiei-o, tentei acalmá-lo de todas as formas. 
Continuava com o “mata, mata”…
Pouco depois chega um Jeep com um oficial superior do MPLA, que mesmo de cima da viatura dá uma violenta coronhada no dito “rapaz”, que o estendeu logo. 
De seguida apresentou-me desculpas pelo sucedido, dizendo para regressarmos, para "evitar mais problemas". 
Disse-lhe que tínhamos lá ido para uma evacuação sanitária. Respondeu-me que já não era necessária.
Não sei o que se passou. Descolei.


Texto: Cap. (Ref) Fernando Moutinho

sábado, 2 de abril de 2011

O NORATLAS E O DO-27 SOBRE ÁFRICA (M487 - 17AL/2011)

aqui escrevi, na primeira pessoa que, em tempos, tive um "problema" com este avião.
Recapitulada a história, cuja natureza foi a primeva matriz da "fundação" do Pássaro de Ferro, partilhamos algumas fotos já com algumas décadas de envelhecimento, fotos que fazem parte da história da aviação militar nacional, histórias que muitos militares e até civis viveram e testemunharam, na primeira pessoa, envolvidos nas operações ultramarinas ou nas "rotineiras" operações da Força Aérea na metrópole.
O Noratlas (nas versões Nord 2502A e Nord 2501D) foi uma espécie de C-130 Hércules daquele tempo, um obreiro sem hora marcada, sempre pronto a servir a causa.
Aconselhamos, também, uma visita aqui, para compreender mais e melhor a história destes aviões na FA.
Em paralelo, uma fotografia contrastante, do pequeno DO-27, mais um avião carregado de história, que muitos ainda hoje veneram, ao ponto de existir, ainda, um exemplar que enche o céu sempre que há festa.
Mais uma vez, o Pássaro de Ferro agradece ao Carlos Costa a cedência destas fotos da sua colecção, chegadas até nós pela habitual disponibilidade do Paulo Moreno.





 Aspectos da operação do Noratltas em África.

Um DO-27 sobrevoando território africano, com as cores nacionais, algures na décadas de 60/70.

terça-feira, 1 de maio de 2007

O MEU "PROBLEMA" COM O NORATLAS

Crédito da imagem: aqui


Tenho uma familiar que foi militar da Força Aérea, no tempo da guerra no ultramar.
Sendo ele sabedor da minha paixão pelos aviões, um dia, na sequência de uma conversa, obviamente sobre aviões, achou por bem contar-me uma história sobre um certo avião da FAP que fez história no ultramar.
Eu era petiz, rapazote para uns 8 ou 9 anos, em pleno final da década de 70 e tudo o que fossem histórias sobre aviões, faziam-me saltar os olhos das órbitas.
Ora, essa história contava que existia um avião grande, que transportava tropas e carga para as operações militares. O desenho do avião era, dizia ele, esquisito, já que das asas saíam umas "coisas" para trás, onde depois havia uma "asa mais pequena".
Não sabendo ele dizer-me o nome real do avião, sabia, como muitos militares da época, que ele tinha uma alcunha... O "Barriga de Ginguba".
Bom, aquilo pouco me dizia. O que eu queria era saber o o nome a "sério" do avião.
Pouco tempo depois, consegui saber que o "Nord Aviation 2501/2502" era o tal "Barriga de Ginguba".
Mas o caricato da história é que, durante algum tempo, eu não consegui reproduzir o "Barriga de Ginguba". Dizia coisas como "Barriga de Chimpalim" ou "Barriga de Chipuma", tanto quanto me lembro.
Só uns anos mais tarde, depois de familiarizar com a terminologia ultramarina/africana e depois de ter lido algumas vezes algo sobre o Noratlas é que, feliz e satisfeito, consegui pronunciar "Barriga de Ginguba".

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