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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

FESTIVAL FAP '88 - Parte III

Cessna T-37C - Asas de Portugal (formação clássica)


Cessna T-37C - Asas de Portugal (formação clássica)


Formação de Fiat G.91


Como tinha falhado o festival de 86 por ter sido erradamente anunciada a data na Mais Alto, e o de 87 também já dei conta dos contratempos que o rodearam, o Festival de 88 tinha que compensar tudo o que estava para trás. Tanto mais que era um verdadeiro caso de “a montanha foi a Maomet” porque o Festival se realizava em Coimbra de onde sou natural.
Mas a nuvem negra que ataca mesmo no dia de céu mais limpo, aguardava a oportunidade para ensombrar o acontecimento, sob a forma do casamento de um familiar.

Para o tão aguardado fim-de-semana do festival estava reservada uma boda. Conflito de interesses incontornável. Todos os argumentos esbarraram na inflexibilidade dos meus pais preterirem o casamento para ir ao festival aéreo. O melhor que consegui foi a promessa de seguir para o aeródromo de Cernache onde se realizava o evento, mal acabássemos de comer.
Como toda a gente sabe as coisas não se passam assim tão linearmente, e entre mais dois dedos de conversa e o sai-não sai, chegámos a Cernache já o festival decorria. Dois quilómetros a correr a pé porque devido a chegar tarde tudo estava engarrafado, e perdemos a atracção maior, o A-7 a lançar um míssil (ou disparar o canhão, as opiniões divergem).
O resto do festival foi de boa memória e registei mesmo numa cassete áudio no gravador do ZX Spectrum (foi o melhor que se arranjou porque não tinha câmara de vídeo) sons dos T-37, T-33, G-91 e ainda a exibição solo do A-7, conforme o António Luís também já tinha mencionado, na sua versão dos acontecimentos.
Alguns destes sons ainda ouço todos os dias, ao iniciar e encerrar o Windows do meu computador (que já não é o Spectrum!)
Mas ficou a mancha de não ter sido ainda o festival para desfrutar de uma ponta à outra.

À semelhança do ano anterior em que os Dire Straits ficaram ligados ao NTM87, a banda sonora de 88 foi o tema "Mine all mine" dos Van Halen. Não há uma vez que ouça essa música que não seja transportado no tempo e no espaço para aqueles momentos, apesar de tudo inesquecíveis.


sábado, 2 de maio de 2009

BAPTISMO DE VOO


Conforme tive oportunidade de referir neste espaço virtual, o ano de 1988 sobre o qual se completaram já duas décadas, foi para mim especialmente fértil em acontecimentos aeronáuticos.
A cereja no topo do bolo no entanto, foi o meu tão desejado e aguardado baptismo de voo.
As notas na escola tinham sido boas (à semelhança do ano anterior, quando me garantiram a ida ao festival no Montijo – NTM87).
O prémio escolar de 1988 era por isso o baptismo de voo, garantidos os critérios mínimos impostos às notas. Sim, porque estas coisas não eram gratuitas e obedeciam sempre a um longo e apurado processo de aprovação.

E assim foi: Depois das emoções vividas no festival aéreo a 10 de Julho, a 10 de Agosto regressei ao aeródromo de Cernache para experimentar “the real thing” num Morane Saulnier do Aeroclube de Coimbra (do qual desconheço o modelo ao certo - a aviação civil nunca foi o meu forte...), em viagem de ida e volta a Viseu.
O voo de cerca de uma hora para cada lado, a uma altitude de 4000 pés, foi pacato e deu para ver do alto a casa dos meus pais (Penacova fica precisamente no caminho entre estes dois aeródromos), bem como toda a albufeira da barragem da Aguieira, então a maior do país.
Bom, e o almoço no Clube de Caçadores de Viseu também não foi despiciendo.

Mas para a história, o que contou realmente foi o momento de tirar os pés do chão e poder berrar aos pássaros que já não me faziam inveja.




quinta-feira, 11 de setembro de 2008

ASAS DE PORTUGAL '88


Foto original tirada a 10 de Julho de 1988


Foto tratada em Photoshop em 2008

No seguimento das estórias relacionadas com festivais aéreos, aproveito para mostrar uma das fotos registadas no festival aéreo de 1988 em Coimbra, com a saudosa formação dos Asas de Portugal de 6 T-37, por muitos anos o orgulho da Força Aérea Portuguesa e do país.
Cheguei até a concorrer com essa foto àquele que creio ter sido o primeiro concurso de fotografia promovido pela revista Mais Alto, não logrando contudo qualquer sombra de prémio.

Tinha já algumas boas noções de fotografia, fruto da leitura de dois manuais que ainda hoje possuo e de uns bons rolos batidos. Sabia que devia fazer a leitura da luz do céu antecipadamente porque a falta de programas automáticos a isso obrigava. E ter a focagem permanentemente no infinito com o diafragma tanto fechado quanto possível, de modo a melhorar a nitidez e aumentar o campo de focagem (não fosse o diabo tecê-las)

A intervenção do fotógrafo amador no entanto, terminava no momento de accionar o obturador. Daí para diante, revelação, impressão, qualquer tipo de manipulação, estava vedado ao comum mortal.
Já para não falar nos imponderáveis, como uma bomba de fumo encravada num dos aviões, que estragou a simetria exigida a uma patrulha acrobática.
Quantidade de flair q.b.(tema sempre polémico entre os fotógrafos) mas inevitável numa foto tirada directamente contra o Sol, bem como a forma dos mesmos flairs (mesmo não desgostando do efeito dos flairs, os hexágonos ditados pelo diafragma da minha Pentax não eram das formas mais atraentes).

Do alto dos meus treze anos (a queimar os catorze) a foto foi a possível, com os meios possíveis na época.
Foram precisos 20 anos para que chegasse a ter o aspecto final que o fotógrafo de então sonhou.

Felizmente hoje já existe o Photoshop. E os Asas de Portugal até já voltaram a ter asas.

A foto, essa, serviu na época para aprender que uma quase boa fotografia, não é, ainda assim, uma boa fotografia.


terça-feira, 12 de agosto de 2008

COIMBRA, JULHO DE 1988, Cap. II

Formação de T-38 e T-33 - Foto: André Carvalho


Fiat G-91 executando a tradicional "faca" - (Autor desconhecido)


Asas de Portugal, com T-37C - (Autor desconhecido)


O Festival Aéreo de Coimbra que a FAP organizou, inserido nas comemorações do seu 36º aniversário ficou, por múltiplas razões, cravado na minha memória.
Nesse dia 8 de Julho e como em tantas aventuras com aviões, estava comigo o Paulo Mata. Para além da sua máquina de fotografar, se não me engano uma bela (na altura) reflex Pentax, estava conosco um gravador de cassetes.
Ora, com ele e na falta do suporte vídeo, nós gravámos os sons daquele festival aéreo, com natural e particular destaque para os que envolveram o "nosso" A-7P.
Para além desse, a cassete, que ainda hoje existe, tem sons do T-33, T-38, Fiat G-91, Asas de Portugal, Puma e praticamente tudo o que sobrevoou o aeródromo de Cernache naquela tarde.
Lembro-me de, em sessões incontáveis, nos juntarmos para ouvirmos essa cassete, sempre com o mesmo entusiasmo púbere, que substituía com parcimónia a ausência das imagens. Elas estavam cravadas nas nossas memórias visuais.
Eram tempos interessantes, onde a vulgarização da imagem digital de hoje não era sequer cogitada por nós e onde, por esse facto, tudo o que se conseguia e ultrapassava a norma era considerado absolutamente precioso. Teremos passado por "maluquinhos" para quem nos visse com o volumoso gravador em riste, apontado aos céus para melhor apanhar os sons,
Apaixonados pelos aviões, alimentávamos essa paixão com estas pequenas "loucuras". Volvidos estes 20 anos e já homens de hoje, ao olharmos para esses tempos percebemos como é afinal tão simples gostar de aviões e de como essa paixão, como já escrevi várias vezes, sobrevive ao desgaste do tempo e aos ventos contrários que por vezes os dias carregam no seu regaço.
Certas coisas estão condenadas à imortalidade.
***
Nota: Caso algum leitor conheça os autores das fotos exibidas, solicito os seus bons ofícios para a identificação das mesmas. Fica sempre bem o seu a seu dono. Obrigado!

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

O T-BIRD

T-33 fotografado em Beja, a 29 de Junho de 2007

Sempre tive um especial "carinho" pelo T-33.
Tenho boas memórias de o ver voar, com a sua silhueta em "T" e o ruído característico do seu motor a jacto Allison.
Uma das mais impressivas recordações que guardo do T-33 ocorreu no Festival Aéreo de Coimbra, em 1988, ano em que a FAP por cá fez a sua "Expo" e respectivo festival aéreo no Aeródromo Bissaya Barreto.
O T-33 arrancou uma poderosa exibição de performance executando algumas manobras que pareceriam "impossíveis" a um avião com as suas características.
Uns dias antes, na minha aldeia, a cerca de 20 km de Coimbra, um T-33 executou uma passagem quase a tocar a copa das árvores, facto que me deixou com pele de galinha e perfeitamente em "pulgas" para o ver exibir-se dias depois em Coimbra.
Não faltei e claro, a expectativa foi da confirmação ao êxtase!

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