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terça-feira, 26 de março de 2013

MIRAGE F1 DESPEDEM-SE DO CHADE (M926 - 86PM/2013)

Foto: EMA
Os Mirage F1 franceses deixaram o Chade, depois de 30 anos de presença em África. A 14 de março de 2013, em cerimónia realizada na base aérea de Adji Kossei em N'Djamena, Chade, foi colocado um ponto  final numa história que teve início em 1983 com a Operação Manta e os Mirage F1C.
As operações seguiriam um ano mais tarde a partir de Bangui em missão de reconhecimento armado, em busca do Cap. Croci, abatido pelos rebeldes. Já em 1986 voltariam a entrar em ação em proteção dos Jaguar que efetuaram o ataque à pista de Ouadi Doum na Operação Épervier.
Além da presença em paralelo em vários outros teatros de operações no Iraque, Bósonia e Kosovo, os Mirage F1 franceses participaram em numerosas outras operações em África, como a proteção dos refugiados do Ruanda no Zaire em 1994 na Operação Turquesa, a evacuação de cidadãos de Brazavile no Zaire em 1997 e na República Democrática do Congo no ano seguinte.
Já no século XXI, e no verão de 2003 foram destacados para o Uganda e em 2006 para Librevile, em demonstrações de força ou missões de reconhecimento e em 2008 para o Darfur, em missão da EUFOR de proteção aos refugiados.
Tomaram ainda parte em operações menores como a Almandin, Dorca, Licorne e a Boali de que falámos ontem no Pássaro de Ferro.
Já em 2013, foram os primeiros caças destacados para Bamako, para prestar apoio à Operação Serval, que decorre ainda no Mali, onde efetuaram missões de apoio de fogo com canhão e reconhecimento.

Foto: EMA
Foto: EMA
Foto: EMA

Estiveram destacados em permanência desde 1997, com três unidades do modelo F1CR e outras três de F1CT, especializados no reconhecimento fotográfico e ataque convencional, respetivamente num total de 100 destacamentos consecutivos, que duraram até 2012. Após Setembro desse ano, com a partida do modelo F1CT, o destacamento resumia-se então a apenas dois F1CR, que mantinham ainda assim, a mesma capacidade de fogo dos F1CT, além do reconhecimento fotográfico.

Foto: EMA

Mais de 13.000 missões realizadas, 32.000 horas de voo, cerca de 500 pilotos e 4000 mecânicos são os números que ilustram o final das atividades dos F1 franceses em África, onde os Rafale ocuparão doravante o seu lugar.

Foto: EMA




A retirada dos F1 franceses de África, não significa contudo a sua retirada do ativo no resto do mundo, onde continuarão para já a voar, estando mesmo agendado novo destacamento para o patrulhamento aéreo dos países bálticos, a partir da  Lituânia, já no próximo mês de maio.



Fonte: EMA/Ministério da Defesa Francês
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro





quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

REABASTECIMENTO AÉREO SOBRE O MALI (M856 -37PM/2012)


Um Rafale ainda armado vem reabastecer ao C-135   Foto:EMA
Os Mirage 2000D seguem o exemplo    Foto:EMA
Tal como é sabido, as forças amadas francesas são as únicas em ações de combate no Mali. E se os caças  têm normalmente mais protagonismo pelo envolvimento direto, na sua retaguarda estão os aviões de reabastecimento, que lhes permitem manter-se no ar pelo tempo suficiente para cumprirem com eficácia a missão.

O início de mais uma missão a partir do Chade   Foto:EMA
A rolagem para a descolagem    Foto:EMA
Após a decisão do Presidente da República francesa em intervir na situação do Mali, ex-colónia gaulesa, um poderoso dispositivo militar foi colocado em marcha, entre os quais o Grupo de Reabastecimento em Voo (GRV), baseado em Istres, projetado para N'Djamena (Chade) nas primeiras horas da operação. Um C-135 costuma estar permanentemente destacado em Kossei (N'Djamena), mas nas primeiras horas de 9 de janeiro um segundo chegaria a acompanhar os três Mirage 2000D, previstos para assegurar as missões de ataque a partir de N'Djamena. 

Os C-135 destacados na base de Kossei no Chade      Foto:EMA
Até ao fim da primeira semana de intervenção no Mali, cinco C-135 estariam estacionados em Kossei, juntamente com nove equipas, que noite e dia asseguraram o apoio às missões de combate pelos Mirage 200D, Mirage F1 CR e Rafale.
Um caça dispõe normalmente de uma autonomia de voo de apenas duas horas. Graças aos reabastecedores, quais " estações de serviço voadoras", essa autonomia pode ser extendida até ao limite físico dos pilotos dos caças, aumentando consideravelmente a presença dos caças sobre as zonas de combate.

A atarefada cabine de controlo de reabastecimento num C-135   Foto:EMA
Os Boeing C-135 têm uma capacidade de transporte de 90 toneladas de combustível, transferindo cerca de 25 dessas toneladas para os caças que reabastecem. As altas temperaturas de África impõem restrições consideráveis ao peso máximo na descolagem.
Apesar dos C-135 franceses possuirem lança de reabastecimento, os caças gauleses utilizam todos o sistema de mangueira a partir das asas, que permite inclusive o reabastecimento de duas aeronaves de cada vez, ou até três caso seja instalado um sistema de mangueira adaptado na lança.
Além das missões de reabastecimento, os C-135 efetuam ainda transporte estratégico de carga e passageiros e evacuações sanitárias, se necessário.
Com o estalar do conflito no Mali, o GRV respondeu imediatamente às solicitações que lhe foram feitas num espaço de tempo extremamente curto, para cumprir as missões que lhe estão confiadas.

Neste C-135 pode observar-se o adaptador de mangueira para a lança de reabastecimento   Foto:EMA
As equipas de manutenção trabalharam dia e noite para manter operacionais os  C-135 destacados  Foto:EMA


Fonte: EMA
Adaptação: Pássaro de Ferro



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