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sexta-feira, 27 de setembro de 2024

CHIPMUNK COM FIM À VISTA NA FAP APÓS MAIS DE 70 ANOS A VOAR [M2532 – 76/2024]

DHC.1 Chipmunk Mk.20 com a pintura comemorativa dos 70 anos da frota da Força Aérea Portuguesa

Foi publicado ontem, 26 de setembro de 2024, em Diário da República, um Despacho do Ministério da Defesa, que autoriza a Força Aérea Portuguesa a realizar a despesa com a aquisição de novas aeronaves de instrução elementar, nomeadamente a frota Chipmunk Mk.20.

A vetustez da septuagenária aeronave, bem como a crescente incompatibilidade com "o novo modelo de instrução de pilotagem que se pretende edificar, coadunado aos atuais e futuros requisitos operacionais e tecnológicos", acabaram por ditar a decisão de avançar para a aquisição de um novo sistema de armas, que continue a assegurar a realização do processo de seleção dos candidatos para a especialidade de piloto-aviador através do estágio de voo, bem como a instrução elementar de pilotagem dos cadetes da Academia da Força Aérea (AFA).

O referido documento estabelece um valor de cerca de 7,3M EUR para o programa, a financiar através da Lei de Programação Militar entre 2025 e 2030, e que incluirá também "sistemas sintéticos, bens e serviços, necessários para implementação do novo paradigma de formação dos pilotos da FAP".

Parece por isso, estar finalmente à vista o fim da carreira do venerável Chipmunk com as cores da Força Aérea Portuguesa, após ter cumprido já 73 anos de serviço.





segunda-feira, 28 de abril de 2014

DESCONTENTAMENTO ENTRE OS PILOTOS DA FORÇA AÉREA (M1557 -56AL/2014)

Algumas das frotas da FAP estão com horas de voo muito reduzidas

No mesmo dia em que o ministro da Defesa visitou a Base Aérea do Montijo, a Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) dava conta do descontentamento dos pilotos da Força Aérea. 
Segundo o presidente da AOFA, Pereira Cracel, um grupo de 98 pilotos-aviadores daquele ramo aderiram à associação sócio-profissional de forma a dar corpo à insatisfação latente nas fileiras.
Enquanto José Pedro Aguiar-Branco condecorava militares e assistia a uma demonstração no Montijo do avião de transporte C-130 que vai apoiar a missão da União Europeia na República Centro-Africana, alguns pilotos assumiam à Lusa o estado deplorável em que a Força Aérea se encontra em termos de operacionalidade. E apresentavam a adesão à AOFA como uma forma de protesto contra as condições remuneratórias, de trabalho e de segurança das missões. De acordo com o presidente da AOFA, Manuel Cracel, as adesões foram concretizadas no final da semana passada.
A degradação das condições de trabalho, as reduções salariais e de suplementos específicos por um lado, e o "desinvestimento na segurança e treino" das tripulações eram os principais motivos de insatisfação, assumiu um dos pilotos, que pediu anonimato para não incorrer na violação do dever de sigilo. "O que estamos a assistir é que há poucos pilotos qualificados, são esses que estão na linha da frente e em permanência e é-lhes retirada a possibilidade de ter uma vida minimamente estável, razoavelmente normal", disse o presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas.
Por outro lado, acrescentou, "no que toca ao treino, é importante ter noção de que, sendo operados sistemas de armas altamente complexos, que exigem uma preparação e uma qualificação elevadíssimas, o treino é fundamental".
Outro militar denunciava a existência de situações como a de "pilotos que passam seis meses fora de casa" em missões, cumprindo as exigências da carreira militar, mas sem as compensações previstas quando fizeram aquela opção de vida. "O treino das tripulações é reduzido, há esquadras que voam só metade das horas de voo [segundo os critérios de segurança]. Há avarias, aviões parados. Nós nunca dizemos que não voamos, mas não é verdade que não há riscos. Nós sabemos que há riscos", acentuou um outro militar do mesmo grupo. O grupo de pilotos em causa executa missões diárias de busca e salvamento, defesa aérea, patrulhamento, fiscalização e transporte.
Aguiar-Branco reagiu admitindo que as actuais condições não eram as óptimas: "Como é óbvio nós pretendemos ter melhores condições, mais horas de treino para operar e isso, assim as condições das contas públicas o permitam assim acontecerá", disse. Mas contestou a crítica de que as missões estariam a ser levadas a cabo comrisco para os militares. "Isso nem o ministro, nem o Chefe do Estado Maior da Força Aérea nem um comandante o permitiria porque  seria por em risco de uma forma não aceitável as pessoas", assegurou.
Para os descontentes, no entanto, está a ser violado o dever de tutela. Entre as medidas mais contestadas está, para além das reduções remuneratórias, a redução do suplemento de residência. Este suplemento era atribuído a quem residir a mais de 50 quilómetros do local de trabalho e passou, com o actual Governo, a ser atribuído apenas aos militares que residam a mais de 100 quilómetros.


Fonte: Público

domingo, 7 de março de 2010

OFICIAL PILOTO-AVIADOR (M357-7PM/2010)



Nos mais de doze anos que levo desde a primeira reportagem que fiz sobre a aviação militar nacional e no contacto próximo que por essa razão acabei por ter com os homens que servem o país na Arma Aérea, devo dizer que a minha admiração por eles não cessou ainda de aumentar.

Conheci homens que são os dignos herdeiros dos guerreiros que delinearam as fronteiras de Portugal há muitos séculos e a quem devemos mais recentemente a Liberdade de que gozamos desde 1974. A mesma sociedade civil que retomou o rumo da sua história através das mãos dos militares, é todavia no entanto a mesma que teima muitas vezes em votá-los ao esquecimento, como se obsoletos, em tempos que são felizmente menos bélicos.

Não nos iludamos no entanto, que enquanto o homem for um ser competitivo e lutar pelo melhor para os seus, o músculo que dá o poder de negociação ou o tira, há-de ser a sua força militar e a força dos seus homens.

Conheci homens desses, com valores que orgulham o país e se orgulham do seu país. Pessoas com sentido de Estado, abnegação, visão estratégica e formação que tanta falta faz nos dias de hoje à classe política e até a cada um de nós.

Sim, porque o país quem o faz são as pessoas que os constituem. E cada vez que abrimos a boca para dizer “este país isto” e “este país aquilo”, é de todos nós que estamos a falar. O País somos nós e é em cada um de nós que tem que começar a mudança dos erros que apontamos todos os dias no abstracto.

As Forças Armadas, e a Força Aérea de que falo com mais conhecimento de causa, continuam felizmente a ser uma pedra basilar e de sustentação, a uma sociedade que necessita delas muito mais do que se pensa e do que a vista alcança.



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