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terça-feira, 27 de março de 2012

UM REABASTECIMENTO NOTURNO E ALGUMAS INCÓGNITAS (M623 - 15AL/2012)




Fotos: Lockheed Martin

O programa F-35 completou recentemente nova etapa, com a execução bem sucedida do primeiro reabastecimento aéreo noturno, conforme as (belas) imagens documentam.  Os sucessos que a Lockheed Martin vem anunciando, não invalidam contudo, que o programa esteja ainda sob algumas reticências, avanços e recuos, sobretudo por parte de alguns países, factos de que o Pássaro de Ferro já deu nota em anteriores edições e dará hoje uma vez mais.
Assim, o governo australiano está a atrasar a sua encomenda dos aviões F-35, juntando-se a uma lista crescente de países que estão ligados ao programa, mas que agora estão a refrear um pouco o seu "entusiasmo", digamos, muito por causa da crise económica global.

As bandeiras das nações participantes do projecto JSF, visíveis na fuselagem       Foto: Lockheed Martin

Segundo o jornal australiano The Canberra Times, o vice-presidente da Lockheed Martin,  Tom Burbage disse a uma comissão parlamentar de defesa australiana que o adiamento de encomendas de aviões por parte dos EUA e outros países "foi  o maior contribuinte para o aumento no custo unitário do F-35.'' 
Por seu turno, no Canadá, o governo conservador hesitou recentemente  no seu apoio ao programa F-35, contrariamente ao que fez durante dois anos. Em 14 de Março passado, o Ministro Adjunto da Defesa do Canadá, Julian Fantino disse que o governo não descarta a possibilidade de se afastar do programa.

Testes com armamento interno num protótipo F-35B                    Foto: Lockheed Martin

Fantino revelou também que funcionários do Departamento de Defesa tem vindo a considerar "todos os tipos de contingências" no caso do F-35 não estar pronto para substituir a frota já algo envelhecida dos aviões CF-18. E reconheceu que o governo do Canadá não sabe quanto vai custar cada F-35 .No entanto, e por sua vez, o Ministro da Defesa do Canadá, Peter MacKay, disse ao jornal Toronto Sun que "é ainda seguro dizer que a plataforma F-35 é a aeronave certa para o Canadá. Para todos os efeitos, é a única aeronave stealth de quinta geração que corresponde  às necessidades do Canadá:"
Ainda no que toca a esta problemática, segundo a agência Reuters, o governo dos Estados Unidos decidiu adiar a sua encomenda de F-35, com o objetivo de economizar 15.100M USD  até ao ano fiscal de 2017 e permitir, também, mais tempo para testes e desenvolvimento da aeronave.

Modelo F-35B de descolagem curta e aterragem vertical (STOVL)               Foto: Lockheed Martin

De acordo com um memorando conhecido em Outubro de 2011, um alto funcionário do Pentágono encarregue de acompanhar os testes de equipamentos e sua avaliação, expressa sérias reservas sobre como iniciar o programa de treino de pilotos no F-35, adiantando que o avião precisou de mais 10 meses de testes. Também no mês passado, a Itália anunciou planos de reduzir a sua encomenda de 131 para 90 aviões F-35.
Recentemente também  a Grã-Bretanha levantou algumas dúvidas, na escolha do modelo para operar nos seus porta-aviões atualmente em construção. A escolha tinha recaído num modelo mais barato (F-35C de descolagem e aterragem convencional) que exigiria no entanto um porta-aviões mais caro, com catapultas e pista de aterragem com cabos de travagem. A escolha foi feita por se acreditar ser o acréscimo de custo nos porta-aviões, inferior aos custos associados ao modelo STOVL, (F-35B) necessário para operar em porta-aviões de menores dimensões. Esta escolha (F-35C) permitiria ainda uma interoperabilidade com os porta-aviões americanos e francês, todos convencionais. A dúvida instalou-se quando os acréscimos de custo na construção dos porta-aviões classe Queen Elizabeth dispararam, levando a crer que comprar o modelo F-35B STOVL mais caro, ficaria ainda assim mais barato que os custos acrescidos nos porta-aviões. No entanto, os Estados Unidos através da US Navy, rebateram recentemente essa ideia, referindo que os custos com os porta-aviões convencionais ficarão "em metade do que o Ministério da Defesa britânico julga". Esta tomada de posição da US Navy destina-se principalmente a salvaguardar o esquadrão de caças que terá a operar num dos porta-aviões britânicos (HMS Prince of Wales) e, embora não admitido oficialmente, às dúvidas de viabilidade técnica que o modelo F-35B continua a levantar, mesmo para os americanos.
Todas estas "peripécias" ensombram, em certa medida, o programa JSF/Lightning II, colocando ainda no plano das incógnitas a data em que estes aparelhos, finalmente, começarão a tomar o seu lugar nas forças aéreas dos países que nele apostaram.
Seja como for, o programa continua a avançar, embora seja como se diz nos países anglófonos, com "baby steps..." 


As variantes do F-35 Lightning II

 


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