Mostrar mensagens com a etiqueta iaf. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta iaf. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

CAÇAS ISRAELITAS TREINAM PELA PRIMEIRA VEZ NA ALEMANHA [M2169 – 87/2020]

F-16C Barak da Esquadra 101 da IAF aterra em Nörvenich, Alemanha    Foto: Team Luftwaffe

Caças da Força Aérea de Israel (IAF) chegaram hoje à Alemanha, para pela primeira vez na história realizar um exercício conjunto com a Luftwaffe em solo alemão. Durante as próximas duas semanas, seis com as Estrela de David treinarão em com caças alemães, estando igualmente previsto sobrevoar em conjunto o campo de concentração de Dachau e o aeroporto de Furstenfeldbruck.

Este exercício, denominado Blue Wings 2020, é o único exercício internacional que a IAF irá realizar no exterior este ano, devido à pandemia de COVID-19, cancelado que foi por exemplo exercício Iniochos na Grécia, que a IAF costuma integrar regularmente.

F-16D Barak da Esquadra 105 da IAF (Escorpião) no exercício Iniochos 2017 na Grécia

O exercício Blue Wings tem por objectivo aprimorar as capacidades da IAF, manter a sua prontidão para enfrentar vários cenários e continuar a fortalecer os laços e cooperação com forças aéreas aliadas. Vem aliás na sequência da participação da Luftwaffe nas últimas edições do exercício Blue Flag em Israel

Typhoon da Luftwaffe no exercício Blue Flag 2019 em Israel


"A IAF participará no exercício pela primeira vez como convidada da Alemanha", compartilha o TCor. A, Comandante da Esquadra 105 ("Escorpião"), e do destacamento. “Esta é uma oportunidade de mostrar as nossas capacidades e aprender sobre as técnicas de combate e treino da NATO".

Vídeo do momento de entrada do Comandante da IAF em espaço aéreo alemão

Como parte do exercício, seis aviões de combate "Barak" (F-16C/D), duas aeronaves "Re'em" (Boeing 707) e duas aeronaves "Nachshon-Eitam" (Gulfstream G-550) ficarão destacadas na base de Nörvenich na Alemanha. Os membros da tripulação irão treinar ao longo de duas semanas  vários cenários aéreos ao lado de países da NATO, como parte dos exercícios "MAG (Multinacional Air Group days)" - um evento internacional que ocorre quatro vezes por ano.

Emblema do destacamento israelita no exercício Blue Wings 2020

Serão treinados dogfights (combate aéreo dentro do alcance visual), supressão de mísseis terra-ar e outros cenários em território inimigo. O exercício é uma oportunidade de realizar voos tácticos e enfrentar uma variedade de ameaças com tecnologia avançada, num território desconhecido. "Este treino é muito efectivo e único, uma vez que treinamos num ambiente e um território desconhecidos" disse a propósito o TCor. A. "Iremos voar num ambiente diferente do que estamos habituados em Israel, com diferentes plataformas e regras de voo.Os voos serão realizados com a doutrina de combate da NATO em vez da nossa, o que cria desafios ao piloto e ao operador de sistemas no cockpit", continua o TCor. A. "O exercício irá simular um cenário de guerra, devido à incerteza e à diferença dos treinos [que fazemos] em Israel", completou.

 Na terça-feira, 18 de Agosto de 2020, será realizado o voo "Memória para o Futuro" com o sobrevoo conjunto, liderado por um Gulfstream G550 da IAF ladeado por caças israelitas F-16 e  Eurofighter Typhoon alemães, sobre o campo de concentração de Dachau, em memória das vítimas do Holocausto e também aeroporto "Fürstenfeldbruck" perto de Munique, em memória dos 11 membros da delegação olímpica israelita que foram assassinados no ataque terrorista dos Jogos Olímpicos de 1972. O Comandante da IAF, Gen. Amikam Norkin liderará a formação no Gulfstream G550 ao lado do Chefe da Luftwaffe, Tenente-General Ingo Gerhartz, e da primeira comandante feminina de uma Esquadra da IAF,  TCor. G. Comandante da Esq. 122 (que opera os G550).

Gulfstream G-550 da Esquadra 122 da IAF
Após o sobrevoo, será realizada uma cerimónia oficial  no campo de concentração de Dachau. A cerimónia contará com a presença da Ministra Federal da Defesa da Alemanha, Annegret Kramp Karrenbauer, o Embaixador de Israel na Alemanha, Jeremy Issacharoff, os Comandantes das Forças Aéreas e outros dignitários. O Vice-Comandante da Esquadra 109, Maj. Y, neto de um sobrevivente do Holocausto do campo de concentração de Dachau, falará na cerimónia. Além disso, uma leitura de "Yizkor" será realizada pelo Rabino Mendel Moraity. A cerimónia será transmitida ao vivo nas plataformas digitais da IAF e da IDF (Forças de Defesa de Israel).

Segundo o comunicado da IAF, este destacamento é estrategicamente significativo e influencia muito a IAF, as IDF e todo o Estado de Israel, acrescentando que a cooperação israelita-alemã e a chegada de aeronaves da IAF a solo alemão são eventos históricos. Na mesma comunicação a IAF refere que conduz e continuará a conduzir exercícios conjuntos com outras forças aéreas para manter a sua aptidão e prontidão, bem como para promover relações e estimular e fortalecer a cooperação entre as forças. 

A nível táctico, temos a incrível oportunidade de aprender com outras forças aéreas e treinar em território desconhecido e em condições desafiadoras. Do ponto de vista estratégico, estamos fortalecendo nossa capacidade de cooperar com outras nações e forças aéreas". concluiu o TCor. A. 






quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

RESGATES DE HELICÓPTERO NO INVERNO (M1763 - 07PM/2015)

Foto: IAF

O inverno chegou e com ele a necessidade de salvamentos e evacuações em situações complexas. A esquadra "Rolling Sword" da Força Aérea Israelita (IAF), que opera helicópteros Black Hawk na função de Busca e Salvamento, explica como é operar em condições atmosféricas difíceis.


Como ultrapassar a nebulosidade

Tempo tempestuoso quase sempre resulta em acidentes rodoviários e pessoas em caminhadas a ficarem presos nos trilhos - cenários que requerem evacuação aérea. O acesso ao local contudo, também piora durante o mau tempo. "Todas as situações requerem aterrar ou pairar perto do solo" comenta o Cap. M., piloto de Black Hawk que liderou o treino. "Durante o inverno, as baixas altitudes em que operamos são muito nubladas, o que torna a missão ainda mais difícil e exigente". A nebulosidade torna mais difícil para os pilotos verem as redondezas e encontrar a melhor rota para o destino, e também torna desafiante chegar à altitude pretendida. Segundo os elementos da Esquadra, há dois métodos principais para contornar o problema da nebulosidade: o primeiro consistem em encontrar um "buraco" nas nuvens, através do qual é possível descer para a altitude requerida e depois voar por debaixo ou à volta das nuvens até ao local da evacuação. O segundo método é atravessar a camada de nuvens em sentido descendente, utilizando apenas a informação dos sistemas do helicóptero, sem realmente estar a ver o solo, até sair da camada de nuvens. As tripulações praticam estes dois métodos, depois de realizarem voos em condições tempestuosas em simulador.

Foto: IAF

Cooperação com a Polícia

Um dos objetivos do treino é melhorar a cooperação entre as unidades da Força Aérea e da Polícia. Assim que os centros nacionais de emergência recebem uma chamada de emergência para evacuar alguém que caiu num local sem acesso, foi arrastado numa cheia, está em condição desidratada, ou qualquer outra razão, os membros da equipa de resgate chegam ao local e começam a evacuação. "Se não conseguimos chegar às pessoas que temos que salvar, ou estamos a lidar com um caso em que a vítima está severamente ferida e pode ficar com sequelas definitivas, contactamos a IAF e pedimos para enviar o helicóptero para evacuar" explica Oren Arieli, vice-comandante da equipa de resgate de Arad, que servem em regime voluntário há já 18 meses.

Nos últimos cinco anos a ligação entre as duas entidades tem sido fortalecida. Quando da Esquadra é chamada, a equipa de resgate já instalou um posto de comando no terreno e estão prontos para direcionar o helicóptero até ao destino.





domingo, 14 de dezembro de 2014

SOFTWARE PARA DESCOLAGEM EM CONDIÇÕES EXTREMAS (M1752 - 340PM/2014)

F-15 israelita     Foto:IAF

Novo software entrou em operação em três esquadras de F-15 israelitas há cerca de um mês atrás, depois de vários anos a ser usado nas esquadras de F-16.
O objetivo deste software é calcular e mostrar às tripulações a resposta imediata que será necessária, no caso de avaria inusitada durante a descolagem. Tudo antes ainda da saída para o voo.
A base de dados do software contém pormenores do F-15 e das pistas em que operam, de modo a poderem descolar nas bases aéreas de Tel Nof e Hatzerim.

Durante o planeamento de uma missão, o software é carregado e atualizado com informação especifica da pista e a configuração com que os caças irão descolar, dependendo das condições ambientais locais. O software pode calcular a humidade da pista, temperatura, peso do avião e das armas que carrega. Baseado em diferentes parâmetros, o software executa os cálculos que fornecem à tripulação instruções de como lidar com uma emergência durante a descolagem. Uma vez que a informação está disponível ainda antes da descolagem, a tripulação pode assim reagir em conformidade, se necessário, o que é crucial quando é preciso tomar decisões em poucos segundos. As pistas em questão estão munidas de sistemas de cabos de retenção, que permitem auxiliar na travagem das aeronaves, no caso de descolagem ser abortada.

“O software proporciona às tripulações informação relativamente à velocidade ótima que devem manter durante uma descolagem” explica o Cap. Anton Roniss, um dos investigadores do programa. “Especifica em que fases e a que velocidade conseguirão parar uma descolagem em segurança, caso ocorra alguma avaria”.

Por exemplo, se um dos motores parar após o avião ter percorrido um terço da pista e se está já a uma certa velocidade, o piloto sabe se deve abortar a descolagem ou continuá-la, dependendo das instruções que recebe do software, antes de iniciar o voo”.


segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

O PAPEL DO NAVEGADOR NA ERA DO GPS (M1746 - 334PM/2014)


Nos EUA são designados “Oficiais de Armamento” mas a Força Aérea Israelita (IAF) prefere o termo tradicional “Navegadores”. Ainda assim, os navegadores de combate israelitas há já muito tempo que deixaram os mapas de papel, atuando como uma parte inseparável na execução de missões aéreas, analisando situações e tomando decisões.
Já não usam mapas nem compassos. A sua importância nas missões dos aviões de combate é crítica, mas não pilotam os aviões. Há muitos mitos à volta da função dos navegadores de combate. Quais são verdadeiros e o que realmente acontece no banco de trás do cockpit?


Inicialmente a função principal do navegador era, tal como o nome sugere, navegar e direcionar o avião para o seu alvo. O símbolo dos navegadores de combate era um compasso com asas. 
O primeiro caça com navegador no inventário da IAF foi o F-4 Phantom II e a partir daí a função do navegador de combate começou a transformar-se no que é hoje-em-dia: um operador de sistema de armas. “Há muito, muito tempo, os navegadores eram realmente navegadores”, explica o Maj. Omri comandante do curso avançado de navegação na Academia. “O nome mantém-se historicamente, mas o seu trabalho esta já muito longe da navegação”
A importância dos navegadores nas missões operacionais aumentou com o desenvolvimento da tecnologia. Desde operar rádios e sistemas radar, a complexos sistemas de armas, a lista de responsabilidades continua a crescer. “Com a introdução  de munições capazes de se autodirecionarem, supostamente o mundo da navegação deveria desaparecer completamente” continua Omri, “mas hoje, com a introdução do F-16I e F-15I, a quantidade de informação que o cockpit recebe, requer um elemento de tripulação que saiba como analisá-la e responder num curto período de tempo, e esse elemento é o navegador”.


Contudo ninguém tira o curso de piloto para se tornar navegador, como explica o Maj Omri, que acabou como navegador após completar o curso de pilotagem: “Todos sonham tornarem-se pilotos, mas esse sonho deriva da falta de entendimento do que é um voo de combate. Apenas depois de compreender esse mundo exigente no seu todo, é que se compreende porque (ser navegador) é tão gratificante e recompensador”.


Tanto pilotos como navegadores aprendem a informação que as tripulações de combate precisam de saber, para levar a cabo as missões. Como os navegadores não pilotam, nas primeiras fases do treino recebem a formação teórica e por vezes também em voo com um piloto-instrutor. “É importante que os navegadores compreendam a premissas e as noções básicas do voo e como são as coisas” reforça o Maj Omri. “A missão operacional é sempre um trabalho de equipa e não apenas de uma pessoa. Como tal, compreender o trabalho do piloto é essencial para o navegador. Ele tem que saber como pensar um passo à frente do piloto, coordenar-se com ele, saber como ele opera e como responder”.



Texto e fotos: IAF

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

EXERCÍCIO BLUE FLAG EM ISRAEL (M1306 - 373PM/2013)

Formação conjunta de F-16I israelitas e F-16C grego    Foto: IAF

Terminou no dia 28 de novembro de 2013, a primeira edição do exercício Blue Flag, que juntou cerca de uma centena aeronaves das forças aéreas de Israel, EUA, Itália e Grécia e foi oficialmente o maior exercício multinacional realizado em Israel.

F-16 israelitas das Esquadras Netz e Barak   Foto:IAF
O exercício está planificado para simular vários cenários realistas, baseados nas anteriores experiências da IAF em conflitos na região. O Blue Flag foi criado em parte para permitir a Israel participar num grande exercício internacional, desde que as forças do país hebraico foram impedidas de participar em exercícios NATO, devido a objeções levantadas pela Turquia.

F-15C israelita em Uvda     Foto: IAF

A IAF participou com as Esquadras "Knights of Twin Tail"  "Edge of the Spear" de Tel Nof, "Knights of the North" e "First Jet" de Ramat David, "Knights of the Orange Tail" de Hatzerim,  e "One" e "Bat" de Ramon. A Esquadra "Flying Dragon" é a anfitriã, na base aérea de Uvda. As aeronaves voadas com a Estrela de David, incluíram F-16C/D, F-16I e F-15C/D

Forças americanas e israelitas     Foto: Lee Osberry/USAF

Apesar de poder parecer um pormenor despiciendo, o facto de realizar todo o exercício com comunicação em inglês, é para as forças israelitas uma das características a realçar: "o Blue Flag é um exercício avançado, com um nível muito elevado e temos que comunicar em inglês, que é algo a que não estamos habituados" referiu a propósito o Ten. Omri, da Esquadra "Knights of the Orange Tail".
F-15E Strike Eagle da USAF          Foto: Lee Osberry/USAF

Já as forças americanas, que participaram com F-15E Strike Eagle da base de Lakenheath (Reino Unido), realçaram também o treino logístico que um exercício do tipo permite fazer, com a projeção de forças necessária para uma região, historicamente instável.

O gigante C-17 Globemaster no apoio aos caças da USAF     Foto: IAF
F-16C gregos e F-15C israelita     Foto: IAF




A Itália participou com AMX e Tornado, enquanto que a Grécia trouxe os seus F-16C/D.  

Os primeiros dias foram destinados à ambientação das forças estrangeiras ao território, enquanto na segunda semana se realizou o exercício propriamente dito, com missões ar-ar e ar-solo integradas num plano estratégico global.

Participam ainda como observadores 22 outros países (Canadá, Alemanha, Reino Unido, Bulgária, etc), que avaliarão a possibilidade participação ativa em edições futuras, planeadas para ocorrer de dois em dois anos.

O patch oficial do exercício Blue Flag            Foto: IAF



ARTIGOS MAIS VISUALIZADOS

CRÉDITOS

Os textos publicados no Pássaro de Ferro são da autoria e responsabilidade dos seus autores/colaboradores, salvo indicação em contrário.
Só poderão ser usados mediante autorização expressa dos autores e/ou dos administradores.

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Laundry Detergent Coupons
>