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sábado, 22 de junho de 2024

DAKOTAS SOBRE FRANÇA - Comemorações dos 80 anos do Dia D [M2502 - 47/2024]


No dia 11 de junho teve lugar o evento "Daks over LFA", em La Ferte-Allais, França, onde foi possível ver e fotografar três dos C-47s que voaram desde os Estados Unidos, para participar das celebrações do 80º aniversário do Dia D sobre a Normandia. 



Os fundos arrecadados com a sessão de fotos também foram destinados ao financiamento dos voos das aeronaves, uma vez que só é possível manterem-se a voar com doações. Estiveram presentes duas aeronaves veteranas do Dia D, os C-47 "Thats All, Brother" e "Placid Lassie", e um DC-3, da Western Air Lines, que embora nunca tenha efetuado missões de guerra, recibos e documentos mostraram que aparentemente operou em contratos de carga militar durante o conflito. 

O DC-3 da Western Airlines

As aeronaves realizaram a travessia do Atlântico Norte pela "Rota Blue Spruce", ie: Canadá-Gronelândia-Islândia-Escócia. Os voos ocorreram aproximadamente entre 20 e 25 de maio, com algumas das aeronaves voando um total de cerca de 42 horas. Suportar condições muito frias em voos de 3-4 horas foi apenas uma prova da dedicação das equipas e voluntários, para poder trazer estas honrosas joias veteranas, de volta à Europa.

"Thats All, Brother"

O "Thats All, Brother" terminou a construção a 7 de março de 1943, na fábrica da Douglas Aircraft em Oklahoma City, Oklahoma, EUA. No dia 8 de março de 1944, foi entregue à USAAF no Baer Army Airfield em Indiana. A 16 de abril de 1944 partiu para a Inglaterra, com o Comando de Transporte Aéreo. Nas últimas horas do dia 5 de junho de 1944, o C-47 "Thats All, Brother" descolou e foi a aeronave líder da principal invasão aerotransportada de 821 Skytrains, no que viria a ser conhecido como Dia D, o início do fim da Segunda Guerra Mundial. Às 00:48, a luz verde foi dada pelo Tenente Coronel John M. Donalson, o piloto comandante e Comandante do 438º Grupo de Transporte de Tropas e assim começou a invasão da França. Os 821 Skytrains voaram em formação em V de 9 aeronaves que formaram uma linha sólida de C-47s que durou 5 horas. Com o "Thats All, Brother" na liderança desse massivo assalto aerotransportado, acabaram lançando 13.000 paraquedistas atrás das linhas inimigas sobre a Normandia. Retornou em segurança e foi a primeira aeronave a regressar, após o lançamento dos paraquedistas. A aeronave continuou a participar das seguintes operações: Operação Dragoon (15 de agosto de 1944), Operação Market Garden nos Países Baixos (17 a 25 de setembro de 1944), Operação Varsity (24 de março de 1945 a 2 de maio de 1945), até que a 4 de agosto de 1945 retornou aos EUA. A Força Aérea Comemorativa restaurou o "Thats All, Brother" na sua configuração original, para trazê-la ao 75º aniversário do Dia D em 2019. Voaria novamente desde San Marcos, Texas, até à Europa, para celebrar o 80º aniversário do Dia D.

"Placid Lassie"

O "Placid Lassie" foi completado em julho de 1943 na Douglas Aircraft Company em Long Beach, Califórnia. Foi atribuído ao 74º Esquadrão de Transporte de Tropas, 434º Grupo de Transporte de Tropas em agosto de 1943 e voou para a Europa pela Rota do Atlântico Sul, no final de setembro de 1943, chegando a Inglaterra em 18 de outubro de 1943. Durante o inverno, tomou parte no treino de paraquedistas em Inglaterra. No dia 6 de junho de 1944, às 02:00, o "Placid Lassie" descolou com o resto do 74º Esquadrão de Transporte de Tropas, rebocando planadores, transportando 155 homens e carga para a 101ª Divisão Aerotransportada do Exército dos EUA. Às 21:00 descolou novamente, rebocando outro planador para a Normandia. Por vários dias após a invasão do Dia D, voou múltiplas missões de reabastecimento para a 101ª em França. O "Placid Lassie" passou 18 meses, a partir de outubro de 1943, na Inglaterra e na Europa e participou das seguintes operações: Operação Neptuno (6 de junho de 1944), Operação Market Garden nos Países Baixos (17 a 25 de setembro de 1944), Operação Repulse em Bastogne (23 a 26 de dezembro de 1944) e Operação Varsity (24 de março de 1945 a 2 de maio de 1945). Retornaria aos EUA, conhecendo vários proprietários até 2000, quando foi deixado ao abandono. Foi resgatado em janeiro de 2010, para ser restaurado para o 75º aniversário do primeiro voo do DC-3. A venda foi realizada em maio e um feito notável foi alcançado para prepará-lo para o EAA Oshkosh Airventure. A restauração ocupou sete semanas de trabalho de mais de 17 horas, 7 dias por semana, para deixá-lo pronto e restaurado. Foi-lhe dado inicialmente o nome "Union Jack Dak", quando após algumas pesquisas se descobriu que era na verdade um C-47 que havia participado na II Guerra Mundial. Foi então que o seu operador de rádio original da época da guerra, Ed Tunison, que ainda estava vivo, foi levado ao 70º aniversário do Dia D, para se reunir com a sua aeronave e informou os proprietários que o "Union Jack Dak" era na verdade conhecido como "Placid Lassie" durante a guerra.

Além dos C-47 Dakota Aliados, o evento contou ainda com a participação de um Ju-52 "inimigo"





Texto e fotos: Andrew Timmerman



quarta-feira, 28 de setembro de 2022

F-16 PORTUGUESES NO EXERCÍCIO VOLFA 2022 EM FRANÇA [M2346 - 61/2022]

F-16AM portugueses na chegada a Mont-de-Marsant     Foto: Armée de l'Air

A Força Aérea Portuguesa está presente no exercício VOLFA 2022, a realizar na região sudoeste de França, através de um destacamento de F-16M das Esquadras 301 e 201 na base de Mont-de-Marsant.

Idem          Foto: Armée de l'Air

Os "Jaguares" à chegada a Mon-de-Marsan      Foto: Armée de l'Air

O VOLFA é o maior exercício de preparação de operações de alta intensidade, organizado pelo Armée de l'Air et de l'Espace francês, orientado para a primeira entrada em área hostil e ambiente contestado.

Zonas em que se desenrolará o exercício      Infografia: Armée de l'Air

Entre 26 de setembro e 14 de outubro, cerca de duas dezenas de raids aéreos complexos serão levados a cabo, tanto de noite, como de dia, durante os quais todas as dimensões de combate serão representadas, incluindo, pela primeira vez em 2022, o ciberespaço, o espaço e a luta informacional. 

Tornado da Aeronautica Militare Italiana   Foto: Armée de l'Air

Idem   Foto: Armée de l'Ai

C-130H Hercules da Força Aérea Helénica    Foto: Armée de l'Air

F-16C grego em Mont-de-Marsant     Foto: Armée de l'Air

Pilotos e F-16E dos Emirados Árabes    Foto: Armée de l'Air

No total, cerca de 60 aeronaves, de sete nações (Canadá, Emirados Árabes Unidos, EUA, Espanha, Grécia, Itália e Portugal) operarão a partir das bases de Mont-de-Marsant e Istres, interagindo com cerca de 640 aviadores franceses, para desenvolver intercâmbio de conhecimentos e interoperabilidade de forças.

Mirage 2000 franceses     Foto: Armée de l'Air

Rafale B francês     Foto: Armée de l'Air

Rafale do Armée de l'Air       Foto: Armée de l'Air





quinta-feira, 20 de maio de 2021

CROÁCIA ESCOLHE RAFALE [M2256 - 44/2021]


Segundo a imprensa local, o Governo croata decidiu-se pela compra de uma dúzia de caças Rafale F3, para substituir a envelhecida frota de MiG-21 da sua Força Aérea, em decisão tomada hoje me Conselho de Defesa. A decisão deverá ser anunciada oficialmente pelo Governo no Dia das Forças Armadas. 

De acordo com as informações disponíveis, a Croácia deverá pagar um pouco abaixo de 1000M EUR pelo pacote, que inclui células com até 10 anos, treino e armamento. Após a decisão oficial do governo de aceitar a oferta francesa, seguir-se-ão as negociações do contrato.

Aparentemente o negócio será portanto, feito em moldes semelhantes à Grécia, que também recentemente adquiriu células de Dassault Rafale, usadas pelo Armée de l'Air francês.

Além dos Rafale franceses em segunda mão, a Croácia recebeu ofertas de F-16 Block 70 novos dos EUA, Gripen C/D novos da Suécia e  F-16 Block 30 usados de Israel.

O presidente Zoran Milanovic disse pouco depois que o Governo não havia recebido ainda uma recomendação sobre o tipo de aeronave a ser comprada, mas esperava "que ele e o primeiro-ministro se entendessem bem". Questionado se sabia que modelo de avião estávamos comprando, ele respondeu "Sem comentários".

A ser assinado ainda este ano o contrato, a França estará em posição de entregar os seis primeiros aviões em 2024 e os seis restantes um ano depois. Já o presidente Milanović, por outro lado, disse que os aviões devem chegar à Croácia até 2024, o mais tardar.




quarta-feira, 15 de julho de 2020

14 DE JULHO - [M2161 – 79/2020]


O célebre 14 de julho - que assinala a "Tomada da Bastilha" - a data maior da França, costuma ser assinalada de diversas formas.
Uma das mais aguardadas é o tradicional desfile aéreo sobre os Campos Elísios, na capital francesa e que mostra aos franceses e ao mundo, o poderio aéreo de França.
Em termos de cor, é sempre a "Patrouille de France" que fica com as despesas principais.
Aqui ficam algumas imagens.


E uma rara visão noturna...

Créditos nas imagens.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

NAVIO POLIVALENTE LOGÍSTICO OU NÃO? (M1793 - 30PM/2015)

O Navio Polivalente Logístico "Siroco" da Marinha Francesa agora à venda por 80M EUR   Foto: Marine Nationale

A Marinha tentou alcançar um acordo com o Exército e a Força Aérea para incluir a compra do navio polivalente logístico francês "Siroco" na Lei de Programação Militar (LPM), disseram à Lusa fontes parlamentares.

As mesmas fontes adiantaram que a questão terá sido colocada ao nível das chefias militares no final do ano passado, pouco antes da proposta de LPM ser enviada para o parlamento, mas que tanto o Exército como a Força Aérea recusaram, alegando que os seus programas de reequipamento estavam fechados.

O interesse português no "Siroco" terá surgido durante os últimos meses de 2014, quando já ia avançada a elaboração da LPM, não tendo sido possível incluir a aquisição desta capacidade.

Uma fonte parlamentar referiu à Lusa que terão sido inclusivamente feitas diligências para um "acordo interministerial" [que incluísse Administração Interna e Saúde, além da Defesa] para a compra do "Sirocco", já que este navio polivalente logístico (NPL) tem capacidade para ser utilizado em apoio à Proteção Civil ou em situações de catástrofes naturais.

Durante uma audição à porta fechada na comissão parlamentar de Defesa, na terça-feira, a aquisição do NPL francês, também desejado por Brasil e Chile, foi discutida pelos deputados com o Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), almirante Macieira Fragoso, que terá admitido que os 50 milhões de euros previstos para a modernização das fragatas poderão ser canalizados para este equipamento, avaliado em 80 milhões.

No final da audição, o chefe da Marinha disse à Lusa que a compra do NPL está em "fase final de decisão" pelo Governo e que esta é uma prioridade transversal às Forças Armadas.

"Esta é uma capacidade que está em falta no sistema de forças já há muito, mas não tem sido possível ao Estado português encontrar o financiamento para adquirir um navio dessa envergadura e agora esta pode ser uma boa oportunidade para completar essa falha", declarou.

Questionado sobre se a compra pode vir a ser financiada conjuntamente pelos três ramos, Luís Macieira Fragoso respondeu: "Pois. Não será, mas é um navio que terá emprego conjunto".

"É um navio que interessa ao sistema de forças da Marinha, é um navio de projeção de forças para assalto anfíbio, por exemplo, mas é um navio também que tem muitas capacidades para permitir que meios dos outros ramos sejam projetáveis noutros locais, também para transporte logístico, sem natureza puramente militar", acrescentou.

De notar que quatro dos doze EH101 Merlin da Força Aérea, foram adquiridos há uma década atrás, com a capacidade de dobrar a cauda e as pás dos rotores, precisamente com o intuito de poderem vir a ser utilizados num navio deste tipo.

Fonte: Lusa
Adaptação: Pássaro de Ferro




sábado, 20 de setembro de 2014

FRANÇA AO ATAQUE NO IRAQUE (M1678 - 223PM/2014)

Configuração com duas GBU-12 em cada asa       Foto:MD

Após o primeiro ataque já com apenas uma GBU-12 em cada asa        Foto:MD

A 19 de setembro de 2014, por ordem do Presidente da República francesa, foi realizada uma operação militar aérea dirigida contra o grupo terrorista Daech. A operação destinou-se a destruir a partir do ar, um depósito de apoio logístico da Daech avistado na região de Mossul, durante as missões de reconhecimento e inteligência realizadas durante a semana transata.

À descolagem em Al Dhafra       Foto:MD

A descolagem do KC-135FR para os reabastecimentos aéreos   Foto:MD

Reabastecimento após o primeiro ataque      Foto:MD

No decurso desse voo de cinco horas, a parelha de Rafale do Armée de L'Air foi reabastecida em voo três vezes por um C-135FR. Os caças franceses equipados com pods designadores de alvos Damocles, Largaram a sua carga letal constituída por quatro bombas guiadas a laser GBU-12, entre as 9:40 e as 9:58.

A colocação das GBU-12 nos pylons das asas     Foto:MD

O Atlantique 2 usado como plataforma de infromação e inteligência      Foto:MD

O avião de patrulha marítima Atlantic 2 levou a cabo uma missão que durou 10 horas, coordenada com a dos Rafale .Os seus equipamentos permitiram gerir a informação da missão e efetuar a verificação dos danos realizados (Battle Damage Assessment - BDA), transmitindo imediatamente ao centro de planificação e comando de operações em Paris. 

Alvo antes e depois do ataque    Foto:MD

Durante esta missão a equipa de busca e salvamento em combate (CSAR), ou seja a capacidade de resgatar pilotos caídos em zona hostil, foi assegurada por meios americanos. 

Dassault Rafale da Esq. de Caça 3/30 com pod de reconhecimento      Foto:MD

De acordo com a vontade do Presidente (francês), novos ataques terão lugar nos próximos dias, para apoiar as forças iraquianas na luta contra Daech. Os ataques serão novamente realizados em estreita colaboração com as autoridades iraquianas, assim como com os aliados ocidentais presentes no teatro de guerra.

O pod RECO NG             Foto:MD

Dois Rafale da Esquadra de Caça 3/30 "Lorraine" realizaram igualmente ontem (19/9) um voo de reconhecimento, equipados com o pod RECO NG, novamente acompanhada e coordenada com  Atlantique 2, para recolha e transmissão de informação acerca das posições dos comabtentes da Daesch. Mais voos de reconhecimento serão realizados durante os próximos dias, a partir da base francesa de Al Dhafra.




sexta-feira, 6 de junho de 2014

DIA D - O DIA MAIS LONGO (M1608 - 181PM/2014)

A praia "Omaha" com tropas americanas, onde se deram alguns dos mais violentos combates    Foto:Poperfoto
 Vista aérea do desembarque     Foto: Commodore Eric Campbell
O assalto à praia "Gold" pelas tropas britânicas

O dia 6 de junho de 2014 assinala o 70º aniversário da invasão da Normandia na Operação Overlord, que ditou os últimos capítulos da II Guerra Mundial na Europa.

No espaço de três meses cruciais em 1944, o Reino Unido, EUA, Canadá, Polónia e França, progrediram desde o desembarque de 150.000 soldados em cinco praias da Normandia, até à marcha triunfal sobre Paris.

P-51 Mustang do II Esquadrão de reconhecimento
P-51 Mustang equipados com câmeras fotográficas realizaram reconhecimento aéreo

Descrita por Churchill como "sem dúvida a mais complicada e difícil" operação alguma vez levada a cabo, foi um feito incrível em termos de organização e a maior invasão por mar, da história da humanidade. Os acontecimentos que tiveram lugar no famoso Dia D, foram os primeiros passos em direção à libertação da Europa Ocidental  e a derrota da Alemanha Nazi.

Nas fotos exibidas, pode ver-se todo o caos que significaram as longas horas do dia 6 de junho de 1944, mas que começaram a marcar o fim do regime Nazi.
Numa faixa de apenas 80 km de comprimento, além do desembarque anfíbio em que foram usadas mais de 5000 embarcações, foram também lançados 24.000 paraquedistas britânicos, americanos e canadianos.

A praia "Juno" entregue às tropas francesas  
O desembarque na praia "Sword" também pelos britânicos

A campanha destinada a garantir a superioridade aérea, que permitisse garantir o sucesso da invasão, teve o nome de código Pointblank, uma série de bombardeamentos que teve como objetivo destruir a produção de aeronaves, fornecimento de combustível e campos de aviação alemães.

Foto: Commodore Eric Campbell

B-25 com as cores da Royal Air Force      Foto: Commodore Eric Campbell

Ao todo, a invasão da Normandia, que se iniciou no Dia D, teve um custo estimado em 12.000 em vidas humanas entre os aliados.



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