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quinta-feira, 31 de outubro de 2019

F-35 A PREÇO DE 4ª GERAÇÃO [M2072 – 59/2019]



 O pentágono e a Lockheed Martin anunciaram recentemente o contrato celebrado para aquisição de 478 caças de 5ª Geração F-35 Lightning II, no valor global de 34.000M USD. Isto significa que estas células correspondentes aos lotes 12, 13 e 14, destinadas às forças dos EUA, parceiros internacionais e vendas militares ao estrangeiro, terão o custo de aquisição mais baixo de sempre.

No acordo alcançado, o programa F-35 atinge e ultrapassa os objectivos de redução de custos em todos os modelos, colocando o F-35A a preços inferiores a 80M USD, portanto mesmo mais barato do que vários caças de 4ª Geração actualmente em produção, nomeadamente o Rafale da Dassault ou o Eurofighter Typhoon.

"Baixar os custos é essencial para o sucesso do programa [F-35]. Estou entusiasmado pelo Gabinete do Programa F-35 e a Lockheed Martin terem chegado a acordo para estes três lotes, que são um marco. Conseguiu-se uma redução de custo de 12,7% em média para as três variantes e consegue colocar o lote 13 do F-35A abaixo dos 80M USD, um lote antes do planeado" disse a propósito o TGen. Erick Fick, Oficial executivo do Programa F-35.

Os três lotes são constituídos por 291 células destinadas aos EUA, 127 para parceiros internacionais e 60 destinadas a vendas militares ao estrangeiro.


"Com estratégias de aquisição inteligentes, uma parceria forte entre o Governo e a Indústria e uma concentração incansável na qualidade e redução de custos, conseguimos reduzir os custos de aquisição do F-35 de 5ª Geração para o mesmo nível ou até abaixo de aeronaves de 4ª Geração." referiu Greg Ulmer vice-presidente da Lockheed Martin para o programa F-35, prosseguindo: "Com o custo unitário do F-35A abaixo dos 80M USD no lote 13, conseguimos ultrapassar os nossos objectivos de há um longo tempo para redução de custos, um ano antes de planeado."

Actualmente, existem já 450 F-35 em 19 bases em todo o mundo, com mais de 910 pilotos e 8350 mecânicos e técnicos treinados para o operar, acumulando mais de 220.000 horas de voo. Oito países têm já o F-35 a operar no seu espaço aéreo e sete forças atingiram a Capacidade de Operação Inicial.

Os F-35 da Aeronautica Militare Italiana desempenharam recentemente a primeira missão de patrulhamento do espaço aéreo da NATO num destacamento na Islândia, tal como o Pássaro de Ferro oportunamente noticiou.




segunda-feira, 25 de junho de 2018

AEROPORTO NO MONTIJO NÃO AGRADA A GREGOS NEM TROIANOS (M1977 - 37/2018)

C295 e C-130 são duas das frotas a ser afectadas pela adaptação da BA6 a aeroporto civil

À medida que a decisão de tornar a Base Aérea nº6 (BA6) localizada no Montijo, o aeroporto secundário de Lisboa se vai afigurando cada vez mais firme dentro dos círculos políticos, vão-se multiplicando as vozes críticas em relação a esta solução, vindas dos mais diversos quadrantes.

Seja pelos custos da relocalização das Esquadras de voo da Força Aérea e Marinha actualmente sedeadas no Montijo (501 - C-130; 502 - C295; 504 - Falcon 50, 751 - EH101; EHM - Lynx), seja por questões de operacionalidade dessas mesmas Esquadras, questões ambientais, ou pura e simplesmente técnicas, a solução Portela + Montijo está longe de ser consensual.

Certo é que, os custos associados à transformação da BA6 em aeroporto civil, serão muito mais elevados, do que à primeira vista poderia parecer. Há quem defenda até que modernizar a linha de caminho de ferro, para o já existente aeroporto de Beja, fica muito mais barato que a adaptação da base Montijense.

Depois da Força Aérea ter alertado para os inconvenientes do ponto de vista da aviação militar, conhece-se agora a posição da Associação de Pilotos Portugueses de Linha Aérea (APPLA) que dá o ponto de vista da aviação civil, relativamente ao aproveitamento do Montijo, como complemento ao aeroporto da Portela.

Trata-se de uma apresentação, elaborado pela APPLA em parceria com o Eng. José Furtado, especialista na concepção e construção de aeroportos, à Assembleia da República numa iniciativa da Comissão de Economia, que aqui disponibilizamos. Pela proveniência e informação técnica que contém, vale a pena ler com atenção e  reflectir.

Com tantos e tão fortes argumentos contra, convém saber a quem (ou se) realmente interessa a adaptação da BA6 a tráfego civil.

Porque a factura, todos sabemos no fim quem paga.



















sábado, 4 de fevereiro de 2017

F-35 MAIS BARATO (M1868 - 05/2017)

Lockheed Martin F-35 Lightning II


A Casa Branca emitiu um comunicado ontem, 3 de Fevereiro de 2017, a anunciar o acordo entre o Departamento de Defesa e a Lockheed Martin, relativamente aos custos do último lote de produção do polémico caça de 5ª Geração F-35.

O Lote de Produção Inicial nº10, coloca os custos do modelo A abaixo dos 100M USD, pela primeira vez. Os modelos B (STOVL) e C (Marinha), embora igualmente mais baratos, relativamente ao contrato anterior, estão ainda acima da marca dos 100M USD, conforme a lista apensa:

·        F-35A:  94.6M USD (7.3% redução do Lote 9)
·        F-35B: 122.8M USD (6.7% redução do Lote 9)
·        F-35C  121.8M USD (7.9% redução do Lote 9)

A redução de custo no modelo A é contudo a mais relevante, uma vez que este representa cerca de 85% do programa geral. Relativamente ao Lote 1, a redução de preço situa-se já em cerca de 60%.

O Lote 10, que contempla 90 células de F-35, significa igualmente um aumento no número de células fabricadas, na ordem dos 40% relativamente ao lote anterior, que consistiu em 57 caças.
A distribuição de células do Lote 10, pelos países integrantes do Programa será de acordo com a lista discriminada abaixo:

·        44 F-35A USAF
·        9 F-35B US Marines
·        2 F-35C U.S. Navy
·        3 F-35B Reino Unido
·        6 F-35A Noruega
·        8 F-35A Australia
·        2 F-35A Turquia
·        4 F-35A Japão
·        6 F-35A Israel
·        6 F-35A Coreia do Sul

O Lote 10 significa por isso uma redução de um total de 728M USD, relativamente aos preços do Lote 9.

De notar que a administração Trump tem sido particularmente crítica do Programa F-35, mesmo ainda antes da tomada de posse. A par com as reduções de custos que reclamava e agora conseguidas, terá já ordenado um estudo comparativo com o F-18E/F Super Hornet da Boeing, para aferir até que ponto este modelo ou uma evolução dele, poderá substituir  parcialmente o F-35 nas Forças Armadas americanas.







quarta-feira, 13 de novembro de 2013

AINDA OS NÚMEROS DA VENDA DOS F-16 À ROMÉNIA (M1266 - 339PM/2013)

Panóplia de armamento usado pelos F-16 portugueses

Desde o passado dia 11 de outubro que os números da venda do F-16 por parte do Estado Português à Roménia são oficialmente conhecidos, pelo menos relativamente à parte portuguesa (total de 186 M EUR).
Não deixou contudo de causar estranheza a disparidade de verbas, relativamente ao montante total a desembolsar por parte do Estado Romeno: 628 M EUR aprovados pelo Parlamento para o programa de aquisição dos F-16.

A discrepância foi  justificada com aquisições de material de apoio à operação dos sistemas de armas e construção de infraestruturas adequadas aos mesmos na Roménia.

Só recentemente contudo, foi possível levantar o véu sobre a parte que cabe aos EUA, terceira parte envolvida no negócio, como detentores de direitos de propriedade intelectual (royalties) das aeronaves envolvidas e sem a aprovação dos quais, o negócio não seria possível.

Segundo relatório da US Defense Security Cooperation Agency datado de 8 de novembro de 2013, a Roménia requisitou um pacote de armamento no valor de 457 M USD (cerca de 420 M EUR), que inclui 30 míssseis AIM-120C AMRAAM, 5 AIM-120C CATM, 60 AIM-9M Sidewinder, 4 AIM-9M CATM, 48 LAU-129 CRL, 10 GBU-12, 18 AGM-65H/KB Maverick e 4 AGM-65 CATM. 
Além do armamento, o pacote inclui ainda 13 Sistemas de GPS integrados/Sistema de Navegação por inércia (EGPS/INS), 3 pods de guerra eletrónica AN/ALQ-131, 15 sistemas multifuncionais de distribuição de informação e 2 MIDS de apoio terrestre.
Incluído no orçamento está ainda peças sobressalentes, equipamento de suporte, transporte, equipamento de suporte e teste, suporte de logística, treino de pessoal e publicações técnicas.

Apesar de estar agora mais claro o destino das verbas totais previstas no orçamento romeno, não deixa ser gritante o desequilíbrio de verbas afetas às aeronaves propriamente ditas e ao material auxiliar. Apesar de não estar explícito no relatório, será de crer que parte dos 457 M USD se destinem a compensar os EUA pelos referidos royalties.


segunda-feira, 15 de julho de 2013

CUSTOS COM TYPHOON DISPARAM NA ALEMANHA (M1076 - 199PM/2013)

Eurofighter EF-2000 Typhoon da Luftwaffe

O Departamento de Defesa alemão está a lutar com grandes dificuldades financeiras e qualitativas no programa Typhoon. O departamento já gastará mais de 14.500 M EUR, até ao final deste ano, segundo os cálculos do jornal "Spiegel". 
Tinham sido aprovados pelo parlamento alemão 14.700 M EUR para a aquisição de um total de 180 aeronaves  mas no entanto, apenas 108 aeronaves serão entregues. No total, as Forças Armadas alemãs tinham previsto o pagamento de € 16.800 M EUR até 2018. Esse valor contudo, deverá ser ultrapassado em 1000 M EUR. Aparentemente a questão deverá ser deixada de fora de discussão durante o período de campanha eleitoral, apesar dos previsíveis custos adicionais para o programa. O Ministério da Defesa não comentou o tema.

Além disso, os problemas de qualidade são muito mais graves do que até agora revelado, segundo dados extraídos de documentos internos do Gabinete de Compras Militares em Koblenz, a que o Spiegel teve acesso. A má gestão foi tão longe que as Forças Armadas alemãs tinham previsto que a laboração na fábrica da EuroFighter na Alta Baviera, estaria acabada em 30 de Setembro 2008, prazo obviamente já largamente ultrapassado.
Numa carta de março de 2009 para o chefe da EADS Militar Air Systems,  Bernhard Gerwert, o Gabinete de Koblenz alerta para "erros significativos e deficiências no sistema de gestão da qualidade". De acordo com outros documentos internos foram identificados "35 defeitos no processo de produção durante a inspeção final ficaram determinados e documentados". De acordo com os documentos, a que o Spiegel teve acesso, o trabalho realizado nos Typhoon apenas teve aprovação em abril de 2011, algo que a EADS e as Forças Armadas alemãs negaram. Apesar da aprovação, as Forças Armadas alemãs têm neste momento um número de caças ao serviço da Força Aérea, que estarão no limiar da legalidade.

Num quase-acidente a 31 de março de 2006, um Typhoon baseado em Jever ficou com o trem de aterragem de nariz partido, devido a um parafuso incorretamente instalado. Num memorando datado de 27 de abril do mesmo ano, a EADS teve de admitir: "Erro de mão-de-obra", Classificação: Desatenção negligente". Em 2007, um Typhoon teve que efetuar uma manobra de emergência na base aérea de Neuburg, devido a um erro de software enquanto realizava uma manobra de elevado ângulo de ataque. O piloto foi no entanto capaz de readquirir o controlo do aparelho.

A EADS no entanto, nega que quaisquer defeitos de qualidade tinham sido detetados nos seus produtos.

Entretanto, estas notícias, se ainda não tiveram desenvolvimentos na Alemanha, chegaram já a consequências no Canadá, uma vez que aquele país está à procura de um substituto para os seus CF-18. O Typhoon estava na linha de possíveis candidatos, juntamente com o francês Rafale e os norte-americanos F/A-18E/F Super Hornet e F-35. O incremento dos custos do caça do consórcio europeu, terá feito com que a opção Typhoon seja escamoteada pelo governo do Canadá, por ultrapassar o orçamento previsto para a substituição da frota CF-18.

Também de Espanha têm chegado regularmente notícias que dão conta de uma baixa taxa de prontidão da frota Typhoon, tanto por razões técnicas como financeiras, a ponto de ser cogitada a hipótese de alienação de várias unidades, sendo o Peru um dos candidatos comentados para a compra.

Fonte: Spiegel e outras
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro


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