![]() |
C295 e C-130 são duas das frotas a ser afectadas pela adaptação da BA6 a aeroporto civil |
À medida que a decisão de tornar a Base Aérea nº6 (BA6) localizada no Montijo, o aeroporto secundário de Lisboa se vai afigurando cada vez mais firme dentro dos círculos políticos, vão-se multiplicando as vozes críticas em relação a esta solução, vindas dos mais diversos quadrantes.
Seja pelos custos da relocalização das Esquadras de voo da Força Aérea e Marinha actualmente sedeadas no Montijo (501 - C-130; 502 - C295; 504 - Falcon 50, 751 - EH101; EHM - Lynx), seja por questões de operacionalidade dessas mesmas Esquadras, questões ambientais, ou pura e simplesmente técnicas, a solução Portela + Montijo está longe de ser consensual.
Certo é que, os custos associados à transformação da BA6 em aeroporto civil, serão muito mais elevados, do que à primeira vista poderia parecer. Há quem defenda até que modernizar a linha de caminho de ferro, para o já existente aeroporto de Beja, fica muito mais barato que a adaptação da base Montijense.
Depois da Força Aérea ter alertado para os inconvenientes do ponto de vista da aviação militar, conhece-se agora a posição da Associação de Pilotos Portugueses de Linha Aérea (APPLA) que dá o ponto de vista da aviação civil, relativamente ao aproveitamento do Montijo, como complemento ao aeroporto da Portela.
Trata-se de uma apresentação, elaborado pela APPLA em parceria com o Eng. José Furtado, especialista na concepção e construção de aeroportos, à Assembleia da República numa iniciativa da Comissão de Economia, que aqui disponibilizamos. Pela proveniência e informação técnica que contém, vale a pena ler com atenção e reflectir.
Com tantos e tão fortes argumentos contra, convém saber a quem (ou se) realmente interessa a adaptação da BA6 a tráfego civil.
Porque a factura, todos sabemos no fim quem paga.