Mostrar mensagens com a etiqueta campo de tiro. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta campo de tiro. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

SUPER TUCANO EM ALCOCHETE [M2205 - 123/2020]

A-29 Super Tucano de demonstração da Embraer          Imagem de arquivo
 

No seguimento das notícias nas redes sociais que deram conta de um A-29 Super Tucano da Embraer ter chegado recentemente à Base Aérea nº5 em Monte Real, a mesma aeronave de treino e ataque leve foi captada ontem 18 de Novembro de 2020,  pelo software de radar virtual ADSB Exchange.



A rota do A-29 Super Tucano de matrícula PT-ZTU registada, revela uma ida ao Campo de Tiro de Alcochete, pelo que se depreende que tenha estado a utilizar armamento.

Esta não é aliás a primeira vez que o A-29 foi notado em bases portuguesas, tendo estado por cá em 2016 e há sensivelmente um ano atrás na Base Aérea nº 11 em Beja.

É publicamente sabido que o A-29 Super Tucano é uma das aeronaves em avaliação para colmatar as necessidades de instrução avançada de pilotagem da Força Aérea Portuguesa, que desde a retirada de serviço da frota Alpha Jet, tem estado a ser realizada nos EUA.

Já em 2015 e 2016 um piloto instrutor e um piloto aluno da Força Aérea Portuguesa estiveram no Brasil, integrados no Esquadrão Joker que opera o A-29 Super Tucano na Base Aérea de Natal, tendo frequentado os cursos "Programa de Qualificação Operacional e de Instrutor em A-29" e  "Curso de Especialização Operacional em Aviões de Caça", respetivamente.

Em 2019, o ministro da Defesa João Gomes Cravinho em visita às instalações da Embraer no Brasil, no âmbito da aquisição do KC-390 Millennium para a FAP, confirmou que o Super Tucano é uma das aeronaves que está a ser analisada com "parceiros privados", para a formação de uma escola internacional de pilotos em Beja. Acrescentou no entanto na altura, que serão os parceiros privados a decidir o investimento.

Não há para já comentários oficiais acerca desta atividade do A-29 Super Tucano no nosso país, mas tudo parece indicar que a mesma estará relacionada com a avaliação de capacidades e adequação aos interesses nacionais.

Existem mais de 220 A-29 Super Tucano a voar atualmente, espalhados por 14 países.



quinta-feira, 13 de agosto de 2020

TREINO DE TIRO AR-AR NO MAR DO NORTE [M2166 – 84/2020]

Um dos F-16AM da Real Força Aérea Dinamarquesa usado no treino sobre o Mar do Norte       Foto: RDAF

A Real Força Aérea Dinamarquesa divulgou recentemente imagens de treinos de tiro com mísseis ar-ar, realizados sobre o Mar do Norte. Aproveitando as boas condições meteorológicas que se fizeram sentir naquela região, foi estabelecido um campo de tiro ao largo da costa dinamarquesa.

Antes do treino a tripulação do C-130 certifica-se de que não há navios na área de perigo    Foto: RDAF

O "alvo" é largado do C-130 num pára-quedas sobre o mar. Produz uma luz forte e emite calor, simulando um motor a jacto neste tipo de treino     Foto: RDAF

Os pilotos de caças dispararam mísseis ar-ar guiados por calor, normalmente usados para abater outras aeronaves. O treino realizou-se com a ajuda de um C-130 que largou os very lights, como os que geralmente são usados para iluminar uma área à noite, que emitem um sinal de calor muito intenso. Cabe depois aos pilotos "bloquear" na mira do caça essa fonte de calor, que simula o motor de um avião e lançar o míssil AIM-9 Sidewinder.

Os mísseis usados neste treino foram do tipo AIM-9 Sidewinder assinalado a vermelho sob a asa do F-16    Foto: RDAF

Um míssil está a caminho do alvo. Por razões práticas, dois aviões disparam ao mesmo tempo ao mesmo "very light"  Foto: RDAF

O míssil em direção ao alvo               Foto: RDAF

VÍDEO DO LANÇAMENTO DO MÍSSIL FILMADO A PARTIR DO ASA


Os pilotos dos caças e tripulação do C-130 saúdam-se após o treino                  Foto: RDAF

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

F-16 DOS PAÍSES BAIXOS ACERTA NA TORRE (M1257 - 333PM/2013)


RNLAF F-16AM Fighting Falcon

A Força Aérea dos Países Baixos deu início a um inquérito de investigação após um piloto de  F-16AM acidentalmente ter metralhado a torre de controlo no campo de tiro de Vliehors, na ilha de Vlieland, durante uma missão de treino com munições reais, a 4 de novembro.
Durante o incidente, várias rajadas de tiro do canhão de 20mm da aeronave causaram pequenos danos à torre. Dois controladores que estavam dentro do edifício no momento do ataque não foram feridos.

O piloto era suposto acertar num alvo localizado a cerca de 500 metros (1.640 pés) de distância da torre de controlo. O motivo do erro ocorrido não ficou claro, razão pela qual foi estabelecida uma comissão de inquérito de segurança, para investigar o incidente.

Localizado ao norte dos Países Baixos, o campo de tiro de Vliehors é o único espaço no país em que a Força Aérea pode realizar treino de tiro com fogo real.

O recente incidente não é contudo o primeiro registado no campo de Vliehors. Já em 2001, a tripulação de um Panavia Tornado alemão atingiu a mesma torre de controlo com fogo de canhão, enquanto que em 1992, um piloto de um F-16 dinamarquês disparou um míssil ar-terra que resultou em ferimentos menores num membro da equipa do campo de tiro.

Fonte: Flightglobal
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro

sábado, 23 de março de 2013

O DHC-1 CHIPMUNK (M922 - 83PM/2013)


DHC-1 Chipmunk

Ora aqui está um avião ligeiro com muito boas características para a aprendizagem. Podia ser pouco potente, mas era de uma grande fiabilidade e com uns comandos de voo formidáveis. Regra geral os aviões mais ligeiros são construídos para andar a “direito” e as manobras são lentas e preguiçosas, mas o Chipmunk tinha uns comandos muito efetivos, daí ser muito manobrável em todos os movimentos, quer de asa, quer de profundidade. Foi um avião em que voava de vez em quando, não como rotina. Daí, só ter realizado 113:45 horas, mas ainda assim gostei bastante dele. 
Dava prazer. Nunca tive quaisquer problemas com ele.
Duas curiosidades:

Arranque “braçal”

O Tiger (Moth) tinha um motor de arranque braçal. A situação normal era: mecânico a dar à hélice e piloto na cabine obedecendo às suas instruções. Não me esquece a voz de “contacto” para ligar os magnetos (ignição). O próprio Chipmunk que foi recebido com arranque elétrico, pouco tempo depois também seguia o mesmo método (falta de baterias). Um dia fui da Ota a Alverca tratar de qualquer assunto e levei um Chipmunk. Para lá tudo bem mas, no regresso, ao pretender pôr o avião em marcha e por não ter arranque elétrico, vi-me atrapalhado porque estava só, sem ninguém habilitado por perto, para dar assistência. Tinha de arrancar se queria regressar… Assim, travei o avião muito bem e fui rodar a hélice à mão. Duas ou três rotações para fazer a admissão de gasolina.
Depois era preciso ir ao cockpit ajustar os comandos do “gás”, mistura e magnetos “ON”.
Conclusão: arriscando, lá dei à hélice. E o motor começou a trabalhar sem ninguém aos comandos!
Não o deveria ter feito porque podia ter calculado mal a posição da manete do motor e este ter uma aceleração rápida que acabasse por saltar e causar acidente.
A segurança em primeiro lugar. Nos voos seguintes acabei por levar mecânico para prevenir aqueles problemas.

Um grande “melão”

Na Ota, nos períodos de tiro na Carreira de Tiro em Alcochete, eu era dos pilotos que mais vezes ia para a Carreira fazer o controlo dos aviões e apurar os resultados. Também seguia nesses voos o Oficial de Armamento para superintender nessa área. Após o almoço, descolávamos cerca das 13 h para termos a Carreira em efetividade para os primeiros aviões, a partir das 14 horas.
Como a pista da Ota era grande, normalmente atalhávamos caminho rolando pela relva até a uma interceção, junto às instalações do radar (cerca metade da pista). Apontávamos à dita interceção sem ziguezaguear, como é de norma para aviões com roda de cauda, para possibilitar ver os obstáculos.
Por rotina, sempre que havia aviões no ar, o carro de bombeiros estacionava ao lado do radar. Aqui o aviador Moutinho, olhou, não viu o carro de bombeiros e deduziu – não estão lá, não há aviões no ar – caminho livre. E, lá vai ele a direito. Já perto, meia de dúzia de metros à frente… o carro de bombeiros. Reduzi, travei, mas o choque deu-se. Bati com a hélice na porta da viatura, “acordei” o condutor que estava a dormir e fiquei com o avião inoperativo. 
O choque não foi muito violento mas causou algumas mossas.
Este acidente teve duas causas principais: o não cumprimento das regras de rolagem e a rotina.
Outros pormenores concorreram ainda para o acidente como o calor que fazia e ser o período pós-almoço que propicia alguma letargia. Não, não foi álcool. Sob esse ponto de vista cá o Moutinho era muito rigoroso. Antes de voar não se ingeriam bebidas alcoólicas.
São coisas que sucedem.


Texto: Cap. (Ref) Fernando Moutinho

ARTIGOS MAIS VISUALIZADOS

CRÉDITOS

Os textos publicados no Pássaro de Ferro são da autoria e responsabilidade dos seus autores/colaboradores, salvo indicação em contrário.
Só poderão ser usados mediante autorização expressa dos autores e/ou dos administradores.

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Laundry Detergent Coupons
>