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sábado, 26 de outubro de 2024

Museo del Aire y del Espacio [M2563 - 87/2024]



Na sequência da postagem anterior, vem o autor trazer às hostes Pássaro-Ferrosianas um pequeno apontamento fotográfico de uma visita recente efectuada ao Museu del Aire y del Espacio, em Cuatro Vientos.


Museo del Aire y del Espacio

A criação do Museo del Aire surge após a criação do Ejército del Aire, em 1966, museu que como os seus congéneres resulta de uma aspiração antiga, a de perpectuar a memória da aeronáutica Espanhola que permitisse também reflectir sobre a sua evolução ao longo dos tempos.
O seu objectivo contempla a aquisição, conservação e exposição dos bens que constituem o seu acervo: o Patromónio Histórico da Aeronáutica Espanhola; mantendo a memória das pessoas e feitos ao longo do tempo retirando daí conhecimento e também, como veículo de inspirar vocações nas novas gerações.
Surgindo um primeiro projecto em 1948, tendo ao longo do tempo recebido as mais diversas contribuições até que, por decreto de 1966 é oficialmente criado. Mas é só em 1975 que é selecionado o aeródromo de Cuatro Vientos como local da sua instalação, naquele que era o hangar da primeira Escuela de Ingenieros Aeronáuticos, altura em que pode então o museu concretizar-se num espaço próprio.
A sua abertura ao público tem lugar a 24 de Maio de 1981 tendo vindo a ser sucessivamente ampliado, sendo hoje e desde há muitos nos um museu de referência não só na Europa como no resto do mundo. Ainda não vai há muitos anos era considerado o 5º maior da Europa (em número de aeronaves expostas). 

A exposição está distribuída por diversos hangares, e também por um grande espaço exterior.

Hangar 1 – hangar histórico, construído originalmente na Alemanha em 1929, foi trazido para Espanha em 1940, foi o edifício sede da primeira Escuela de Ingenieros Aeronáuticos, local também do núcleo embrionário do então Museu del Aire, em 1975.  Renovado à cerca de 10 anos no seu interior albarca na primeira sala o tema dos Primeiros Anos da História da Aviação em Espanha e no mundo” e na segunda sala o “Conflito do Norte de África” (1913 e 1927). Uma terceira sala é dedicada aos “Grandes Voos” onde se encontram alguns aparelhos originais e únicos no mundo. 

Hangar 2 – dedicado ao espaço, simuladores motores a reacção e comunicações, incluindo muito outro material diverso como é o caso do fardamento. Inclui também uma secção dedicada ao espaço.

Hangar 3 – neste hangar estão agregadas aeronaves de menor tamanho, tanto aviões de treino, combate, e planadores.

Hangar 4 – dedicado aos helicópteros, com destaque especial para os autogiros desenhados por Juan de la Cierva.

Hangar 5 – diversos aviões que incluem aparelhos da Guerra Civil, de instrucção, caça e ataque, acrobacia, de paraquedismo.

Hangar 6 – encerrado ao publico, alberga parte do acervo que está em armazenamento e em manutenção.

Hangar 7 – contém a colecção de maquetes, modelos a diversas escalas e também aeromodelos.
Exposição no exterior – dividida por sete zonas inclui diversos helicópteros, hidroaviões, aviões de combate, aviões de treino, veículos e equipamentos.



Rui “A-7” Ferreira
Entusiasta de Aviação

Nota: Por opção própria, o autor não escreve sob o actual acordo ortográfico.













































sábado, 3 de setembro de 2022

O AIRSHOW do Festival das Dunas de S. Jacinto [M2335 - 50RF2022]

 


Voltar a S. Jacinto é para mim, como voltar a casa depois de uma longa viagem. 
Foi esta a minha “casa” durante os mais de dois anos que aqui servi na Força Aérea Portuguesa, anos que guardo na memória com saudade e em que, não estando eu ligado directamente à actividade aérea em si, a minha Especialidade era Informática (OPINF), foi contudo um período que vivi muito próximo da actividade aérea do Aeródromo de Manobra nº2 (AM2).

Nos idos de 1988-1990 a actividade do aeródromo consistia nas operações aéreas da Esquadra 702 “Os Indomáveis do Norte” com os seus “puxa-empurra” (FTB-337G), e ainda o destacamento de busca e salvamento (SAR) da Esquadra 552 “Zangões” com um SE.3160 Alouette III. Nessa unidade decorria mais actividade aérea, desde logo a que se prendia com o treino das unidades e subunidades do Corpo de Tropas Páraquedistas, consubstanciados nas companhias operacionais da Base Operacional de Tropas Páraquedistas nº2 (BOTP2), e do Grupo Operacional de Apoio e Serviços (GOAS), sendo por isso comum de ver por ali os C-130 e C-212, Alouette III e Puma.

Sempre que podia, “desenfiava-me” para ficar ao pé dos aviões(!!), tantas vezes na linha da frente ou na torre, onde vi por ali passar algumas passarolas interessantes. Foi também aqui que voei pela primeira vez, em Puxa-Empurra… adiante.

É ainda S. Jacinto um local de memória e um local histórico da aviação militar remontando a 1917 a sua primeira utilização pela Aviação Naval Francesa, que aqui começou a caçar submarinos alemães durante a Grande Guerra, com um destacamento que durou até ao ano seguinte, tendo depois as instalações passado para a Marinha Portuguesa (1919) e depois para a Força Aérea Portuguesa (1952).

Desde essa altura, nomeadamente a partir de 1921, que se encontra aqui um dos hangares mais antigos ainda em existência em Portugal, hangar que aqui foi remontado após ser desactivado o Centro de Aviação Naval de Ponta Delgada, onde tinha sido instalado pelo destacamento da Marinha Norte-America entre 1917 e 1918, e que aqui, serviu a Marinha, Força Aérea, e actualmente o Exército. Este é um dos hangares, entre muitas outras estruturas militares que deveria estar classificado como monumento de interesse histórico militar…   De todo o modo, esse e todos os demais edifícios do meu tempo ainda por ali se encontram, uma boa parte deles históricos.

Para além da nostalgia e história associada a S. Jacinto, o que me trouxe aqui foram mesmo os aviões, os aviões que integraram o festival aéreo organizado no âmbito do Festival Dunas de S. Jacinto, actividade que contou esta ano com dois momentos aeronáuticos: um festival aéreo e um “fly-in”.

Porque a vida é feita de opções, desloquei-me a S. Jacinto para o festival aéreo que decorreu, como já tem acontecido, frente à avenida marginal, sendo o público bafejado pela sorte, no que concerne às condições meteorológicas, pelo menos dentro da “caixa” onde decorreu a exibição, tendo reinado por lá o sol que nos ajudou a apreciar melhor as fantásticas exibições do Pitts S-2B da Aerobática,  o Camana e o Varieze da Patrulha Fantasma, o “Puxa-Empurra” da Patrulha Quijote, os Yak-52 da patrulha Yakstars, e os T-6 e Chipmunk do Museu Aero Fénix.

Toda a sequência de eventos e a sua coordenação foram espectaculares, e o airshow muito bem estruturado e ajustado ao local.

Seguem-se algumas fotos que o ilustram.

À chegada, antes ainda do festival aéreo, o T-6 do Museu Aero Fénix 
ainda deu um ar da sua graça, com o seu característico ronco forte e o 
seu trote lento – um dos “regressos a casa” deste dia.



 Visto cá de baixo, em manobras acrobáticas que nos deixam 
sempre sem fôlego, o Cmdt Luís Garção aos comandos do 
Pitts S-2B da Aerobática, marcou a abertura do evento.





A Patrulha Fantasma, assim se intitula esta parelha de Viseu, 
executando diversas passagens, cruzamentos e rupturas, sendo 
constituída actualmente  pelo Cmdt Carlos Costa voando um 
Camana NA-4(CS-UHM) e o Cmdt José Figueiredo voando 
um Rutan Vari-Eze (CS-XAV). 


Patrulha Fantasma em executou ainda algumas passagens em 
formação com o Pitts S-2B da Aerobática.




Belíssima exibição deste Reims-Cessna FTB-337G da Patrulha Quijote, 
da Fundación Antonio Quintana, pilotado pelo Cmdt José Olias.  Foi 
fantástico ver de novo um FTB em S. Jacinto, esta que foi, também aqui 
base de uma das duas unidades aéreas da Força Aérea Portuguesa: 
Esquadra 702.  Este aparelho que se encontra restaurado representando
 um dos O-2A da USAF, utilizado no Vietnam, foi de facto o aparelho 
da FAP com o número de cauda 3723.







Os Yakstars, sendo eles o Cmdt. Pedro Cerqueira Pinto (Leader), 
Cmdt. Fernando Marinho Pereira (Left Wing) e Cmdt. Tiago Correia (Right Wing)





Dois dos “regressados a casa”, já que S. Jacinto foi escola de centenas 
de pilotos que aprenderam a arte em Chipmunk e T-6, aqui dois dos aparelhos 
do Museu Aero Fénix, o Canadian Car and Foundry Harvard IV reg. F-AZCM, 
pilotado pelo Cmdt Munkelt Gonçalves, e o DHC-1 Chipmunk reg. D-EEJC 
(exFAP 1324), pilotado pelo Cmdt José Costa.


Já com o festival aéreo terminado, ainda houve tempo para umas 
passagens dos Yakstars, à saída, de regresso a Ponte de Sor.


Como referi não tive oportunidade de assistir ao “fly-in” que decorreu muito bem com a participação de muitos particulares e aeroclubes, num belíssimo convívio sob os auspícios do Regimento de Infantaria nº10, actual ocupante desta base.

Algumas fotos do “fly-in”:





Voltar aqui, há sempre que voltar ao “Gato Preto” e ao “Terminal”, onde estive, locais para muitas outras histórias e estórias para contar … mas não aqui … 😉


Notas do Autor – O meu agradecimento ao Luís Garção e ao José Rocha pela ajuda.
                              O autor do texto/reportagem escreve na grafia antiga.



Texto: Rui “A-7” Ferreira
Entusiasta de aviação

Fotografia:  – Rui Ferreira e Edgar Almeida


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