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quinta-feira, 12 de setembro de 2024

DIA DA BASE AÉREA Nº1 ABERTA [M2528 - 72/2024]

Como já vem sendo habitual de há vários anos, a Força Aérea Portuguesa, no âmbito das comemorações do seu aniversário - este ano o 72º - abre ao público as suas unidades aéreas.
No passado domingo, dia 8 de setembro, foi a Base Aérea nº1, em Sintra que abriu as suas portas ao público, dando a oportunidade de acompanhar as atividades normalmente desenvolvidas nestas ocasiões: Batismos de voo - no caso em C-130 Hércules, atividade aérea com aeronaves Chipmunk ("da casa"), uma parelha de aviões TB-30 Epsílon, os helicópteros AW-109 Koala e UH-60A Black Hawk e as também habituais passagens de caças F-16.
Em Sintra, há o aliciante adicional de poder ser visitado o Museu do Ar, com todo o seu espólio - interior e exterior - á disposição de um olhar mais nostálgico.
O dia foi assim pontuado com a presença de alguns milhares de pessoas, no belo cenário daquela zona, coroado pelo Palácio da Pena, no topo do horizonte.











Edição: Pássaro de Ferro
Reportagem fotográfica: Rui Ferreira


quarta-feira, 18 de abril de 2018

Portugal no European Military Out Of Service (M1964 - 24/2018)


Já está quase pronta a edição deste ano do projecto em livro “European Military Out Of Service” (EMOOS), de que são autores os Srs. Otger van der Kooij e o Andy Marden, edição que se prevê esteja acessível no final deste mês, e que contempla, como não podia deixar de ser, o nosso jardim à beira mar plantado. Esta publicação, ao jeito de um roteiro, enumera por país e por localidade, onde podemos encontrar aviões históricos ou em fim de vida, quer seja em museus, colecções particulares, estruturas aeroportuárias militares e civis, espaços públicos, e sucatas. A primeira edição desta que é a versão “não Reino Unido” surge em 1998, ainda com a designação de "European Wrecks & Relics", e que cobria quer aeronaves ex-militares como também inúmeras aeronaves civis históricas, mas foi com a inclusão de inúmeros países europeus do antigo Bloco de Leste que esta passou para os moldes actuais, em que inclui apenas, e quase em exclusivo, aeronaves militares ou ex-militares.

Num conjunto de percursos que fiz recentemente com o intuito de actualizar a informação para esta publicação, queria aqui destacar alguns locais que mereceram a minha atenção, desde logo, e aqui bem perto do Porto, em V.N. de Famalicão, fica o Museu da Guerra Colonial, resultado de uma parceria entre a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, da Associação de Deficientes das Forças Armadas, e do Externato Infante D. Henrique/Alfacoop de Ruílhe, Braga.
Um espaço que merece a visita não só pela forma como este tema recente da nossa história colectiva nos é aqui apresentado, com uma abordagem muito abrangente a todo o enquadramento temporal em que surgem e se desenvolveram os conflitos nas três frentes, recorrendo a variadíssimos suportes, como o texto e imagem, o vídeo e também inúmeros artefactos, bem como pelo conjunto de artefactos presentes. Foi mais precisamente por causa de um deles que ali fui, o SE.3160 Alouette III nº 19314, um aparelho que serviu na FAP entre 1969 e 2007. Curiosamente foi em 2000, um dos aparelhos da Esquadra 552 “Zangões” que integrou o contingente português que levou de regresso os Alouette III a Timor, e onde por lá sofreu um acidente, do qual resultou uma perda de vida de um camarada do Exército. O aparelho voltou ao activo mas, em Abril de 2007, sofre um outro acidente durante um voo de instrução, e foi retirado definitivamente de serviço. Transita para o acervo do Museu do Ar, para ser restaurado no Pólo do Ovar, em Maceda (AM1) para depois ser integrado na exposição do Museu da Guerra Colonial.


O Alouette III 19314 alguns dias antes de voltar a Timor, para uma missão das Nações Unidas (UNTAET).


Um bocadinho mais para baixo, mas muito perto também, fica o Museu Pedagógico Luso-Brasileiro, em Pedroso, V.N.Gaia, instituição que pertence à secção europeia da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, e tem por objectivo a promoção e divulgação da aeronáutica. Criada em 2012 tem vindo a adquirir algum material para o seu acervo e para o seu projecto. Ainda sem um espaço que permita visitas regulares, nas suas instalações poderemos encontrar um conjunto de artefactos de diversos aparelhos militares. Recebeu o seu primeiro avião, com a cedência por parte da FAP/Museu do Ar, da aeronave Lockheed T-33A nº 1928 (s/n 51-17513; c/n 7573).


Anos antes, o T-33A 1928, em open storage em Beja, junto à “fábrica” .


Um espaço que mereceu também uma visita demorada, é o Espaço de Memória, em S. Jacinto, Aveiro, onde está baseado o Regimento de Infantaria nr. 10, do Exército Português. Esta base, que foi a minha “casa” durante cerca de dois anos e meio, está num local que tem já mais de 100 anos de história, comemorados ainda no mês passado, e que deveria ser muito justamente classificado como de local histórico no que concerne à história da aeronáutica militar em Portugal, registando a presença dos gloriosos malucos das máquinas voadoras desde os finais do remoto ano de 1917, com a instalação por parte da Aviação Naval Francesa, de um centro de aviação naval. Decorriam os derradeiros momentos da Grande Guerra, desta base operaram os Donnet-Dehnaut D.D.8, e Georges-Lévy G.L.-40 HB2, missões de patrulhamento marítimo e luta anti-submarina.  
O Espaço Memória está muito bem conseguido, retratando todas as fases da história do local e das unidades que por ali passaram até aos nossos dias, desde a Marinha, à Força Aérea e depois Exército. De realçar num pequeno passeio a pé, desde a Porta de Armas até à zona da pista, todos os edifícios de diversas épocas, sendo paragem obrigatória o hangar da US Navy que foi instalado em Ponta Delgada, e que depois, em 1921 foi desmontado e montado aqui no Centro de Aviação Naval de Aveiro, sendo por isso, talvez, dos hangares mais antigos ainda existentes no país.
Aqui está presentemente um avião, um Reims Cessna FTB-337G No. 3715, lembrando a presença da FAP, nomeadamente da última unidade aérea aqui baseada, a Esquadra 702 “Os Indomáveis do Norte”, entre 1976 e 1992.


Um FTB-337G "Puxa-Empurra" descansa junto à Porta de Armas da unidade.


Bastante mais a Sul, oportunidade surgiu de com alguns amigos revisitar o Museu de Marinha, em Belém, nomeadamente a sua importante colecção de aeronaves, onde gosto sempre de voltar. 


Um Schreck F.B.A. operados pela Marinha in illo tempore, é uma de três jóias da colecção.


Sendo considerado por diversos autores um dos museus mundiais possuidor de uma das maiores e mais importantes colecções de aeronaves no seu acervo, o Museu do Ar é, modéstia aparte, e no que concerne ao continente europeu, sem dúvida um dos mais importantes!
O Museu do Ar, conta desde o pretérito dia 21 de Fevereiro com 50 primaveras, desde a sua fundação em 1968 tem vindo a crescer significativamente, sendo certo que, desde a inauguração das actuais instalações em 2009 deu definitivamente um salto qualitativo muito importante.
Todos nós que somos entusiastas da aviação militar portuguesa, e em especial aqueles que tiveram o privilégio de servir na FAP, temos naturalmente um carinho muito especial pela manutenção da memória, pela preservação do património material e imaterial que são a razão de ser do Museu do Ar. Por isso voltar ao Museu do Ar em Sintra, bem como aos seus Pólos de Alverca, e de Ovar (Maceda), fazem parte do circuito durante o ano.
Para além da colecção que podemos apreciar em Sintra e nos pólos do museu, e nas unidades da FAP, muitos dos aviões do acervo do Museu estão armazenados, apesar disso tudo, muito já se tem feito e continua a fazer pela colecção, já encontramos por isso uma percentagem muito significativa dos aviões em exposição (56%). Para isso contribuiu o trabalho do pessoal do Museu, o pessoal que nas unidades base tem feito também muito trabalho de manutenção e restauro, e também algum trabalho voluntário, se bem que, este último, e em minha opinião, poderia ser mais, e sobretudo mais acessível à sociedade civil. O Museu também possui alguns espaços inacessíveis ao público, nomeadamente os espaços de armazenamento daquilo que designam como as “reservas” do museu, desde logo em Alverca, no DGMFA (Hangar 15 e “cerca”), e em Alcochete, na CTA.
Dos 160 aviões do acervo destaco alguns que para mim são significativos, ou de que gosto mais, logo à cabeça os A-7P e TA-7P Corsair II,  o CF-104 Starfighter, o Chipmunk nº1376 (último construído nas OGMA e no Mundo!), o Junkers Ju52 nº6304 (o do Portugal dos Pequenitos), o Bristol Bolingbroke, o Beech Bonanza do Com. Faria e Melo, entre outros.
Impossível deixar de fora a referência ao Museu da TAP, cuja parte do seu acervo se encontra em Sintra “incrustada”, à laia de jóia rara, na exposição do Museu do Ar. Desde que saiu do quase anonimato em que se encontrava, num espaço de exposição diminuto no aeroporto de Lisboa, tem em Sintra sido finalmente dado a conhecer o seu acervo e as miríades de histórias que ele nos conta. Pode também aqui em Sintra ver o resultado final do restauro ao Douglas DC-3 (reg.CS-DGA) que, em tempos, e ainda em Lisboa, foi restaurado e depois se degradou. 
Esta parceria entre a TAP e a FAP, através dos seus museus, irá ver um novo avião restaurado! Desta feita o Douglas SC-54D (exFAP 6606, exTAP CS-TSC) que há muitos anos está na “cerca” em Alverca.


O Museu do Ar em Sintra, assim como os seus Pólos, merecem uma visita diversas vezes ao ano.


Não incluídos neste percurso aqui escrito, ficaram os não menos importantes o Museu Aero Fénix, com o seu não menos invejável acervo que inclui um Boeing Stearman, um Chipmunk, um T-6G e um MH1521 Broussard; o Museu do Antomóvel Antigo e Clássico do Porto; o “Air Chapter 446 – Centro de Divulgação Aeronáutica”, na Senhora da Hora (este não possui aeronaves militares ou ex-militares).
Para além destes, há diversos outros locais de acesso relativamente fácil que “obrigam” um entusiasta de aviação mais dedicado a estes temas a ter de percorrer o país de lés a lés, ilhas inclusive, para aceder aos locais onde podemos encontrar aeronaves – um total de 63 locais e 343 aeronaves [o EMOOS refere este total, o meu total, que inclui aeronaves civis, é de 75 locais e 397 aeronaves].


Rui Ferreira
Entusiasta de Aviação


  
Agradecimento – o autor deseja agradecer ao Comando do Pássaro de Ferro a possibilidade de aqui poder publicar este escrito e também a todo o conjunto de pessoas que contribuíram para a possibilidade de aceder aos diferentes locais e também colaboraram com informação para manter a secção portuguesa do EMOOS o mais actualizada possível. A todos o meu muito obrigado!

O EMOOS2018 pode ser adquirido através da Scramble [www.scramble.nl], ou através do link: http://www.scramble.nl/shop/scramble-info/shop/european-military-out-of-service-2015



sexta-feira, 20 de junho de 2014

62 ANOS DA FORÇA AÉREA PORTUGUESA (M1625 - 72AL/2014)


A Força Aérea celebra entre os dias 20 de junho e 1 de julho, nas regiões de Lisboa e Sintra, as comemorações do seu 62º Aniversário.
Os 62 anos de existência e atividade são assinalados com diversas atividades, exposições temáticas e de fotografia, uma cerimónia militar e concertos da Banda de Música da Força Aérea. Em exposição estarão também algumas aeronaves, de entre as quais se destaca o F-16, que celebra em 2014 vinte anos de operação ao serviço da Força Aérea Portuguesa.
As atividades prosseguem com os Dia de Base Aberta, no qual as bases aéreas estarão abertas ao público, com datas e programas que pode consultar no sítio da Foraça Aérea Portuguesa.

Fonte: FAP



sábado, 17 de novembro de 2012

PASSAGEM PELO T-6 HARVARD (M762 - PM117/2012)



Após o Tiger Moth comecei a voar no T-6. Era um avião moderno, mais completo e ótimo para instrução, em especial o voo por instrumentos, utilizando o modelo T-6G.
Apesar disso não me entusiasmou, talvez por ter tido três instrutores diferentes.
Nada se passou de especial durante esse período, a não ser… Quando um dia, ia rolar para a posição de descolagem muito descontraidamente, sem obedecer às regras de rolagem com vento de cauda (manche para a frente e velocidade reduzida). 
Para não me esquecer da parvoíce, comecei a sentir o avião a levantar a cauda e muito suavemente a hélice a começar a bater no chão (na relva). Após 2 ou 3 rotações, o motor parou.
Fiquei imóvel na cabine. Porquê?
O avião estava na horizontal com a hélice (na vertical) e uma pá espetada no solo. Tive receio que ao movimentar-me desequilibrasse o avião provocando estragos desnecessários.
Mas que grande melão!
Tive de esperar que me socorressem… e se rissem…
Pode rir-se também à vontade! 

Durante a instrução e mais tarde alguns voos na Ota, perfiz 145:55 horas nesta aeronave.


Texto. Cap. (Ref) Fernando Moutinho 

segunda-feira, 4 de julho de 2011

59º Aniversário da Força Aérea (M518 - 21PM/2011)

P-3C CUP+ de patrulhamento marítimo

C295, C-130 e C-212 de transporte

EH-101 de Busca e Salvamento

Comemorou-se entre 1 e 3 de Julho o 59º Aniversário, sobre a criação da Força Aérea. A efeméride teve este ano características de "low profile" quanto às festividades, de acordo com as políticas de contenção e racionalização de recursos, dado o sobejamente conhecido estado de finanças do país.

As actividades previstas, passaram por isso por exposições estáticas nas bases que abriram as portas ao público mostrando as aeronaves residentes, equipamentos de combate a incêndio, viaturas blindadas, demonstrações cinotécnicas, etc.
Na Base Aérea nº1 em Sintra, centro das festividades, estiveram patentes todas as aeronaves actualmente operacionais.

Não sendo por isso ano para exibições grandiosas de performance, nem grandes espectáculos, a ênfase foi colocada em dar a conhecer as missões desempenhadas pelas diversas esquadras da Arma Aérea, e no seu contributo para o bem estar dos cidadãos e interesses do país. 
Desde as missões que quase se podem classificar de rotineiras dada a sua frequência, de Busca e Salvamento, Evacuações Medico-Sanitárias, Transporte de órgãos humanos para transplante, Controlo de poluição e pescas ao Patrulhamento do espaço aéreo, entre outras, se vai fazendo o dia-a-dia da instituição oficialmente criada  a 1 de Julho de 1952, aglutinando então os meios aéreos anteriormente pertencentes ao Exército e Marinha.

No panorama internacional, missões como a evacuação de cidadãos nacionais do Norte de África através dos C-130 da Esquadra 501, patrulha anti-pirataria no Oceano Índico através dos P-3 da Esquadra 601 e patrulhamento de imigração ilegal no Mediterrâneo através dos C295 da Esquadra 502, são mais exemplos das capacidades e níveis de prontidão que a Força Aérea mantém, que têm recebido - nos dois últimos casos - rasgados elogios das forças cooperantes e que têm  permitido ao país granjear o respeito da comunidade internacional, que tantas vezes falta noutros sectores do país.

Oportunidade também para os visitantes da BA1 desfrutarem das novas instalações do Museu do Ar e ver as novas aeronaves recuperadas e agora expostas condignamente.

Em forma de balanço pode afirmar-se que as comemorações não foram de facto espectaculares, o que não significa no entanto que a Força Aérea esteja menos presente ou menos activa quando a sua intervenção é necessária. Significa apenas que tal como no país, melhores dias virão para todos.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

O SÍMBOLO DE UMA NAÇÃO (M400-25PM/2010)

 SEQUÊNCIA DA EXIBIÇÃO SOLO NO FUNCHAL A 2/7/2010













Após a revolução de 25 de Abril de 1974, muitos símbolos do país foram deitados abaixo, sob pretexto de serem símbolos do fascismo e da "velha senhora".

Debaixo desse fundamentalismo foram retiradas das escolas a bandeira nacional, deixou de se ensinar "A Portuguesa" e cometeram-se todo o tipo de atrocidades contra símbolos de um país, equivocamente confundidos com símbolos de um regime pretérito.

O resultado deste tipo de atitudes (por mais bem intencionadas que tenham sido) foi que toda uma geração cresceu sem símbolos da pátria, cultivando-se até um certo desprezo por tudo o que fosse nacional, num contrapeso ao isolamento a que o país tinha ficado votado durante décadas.

A patrulha "Asas de Portugal" foi no entanto, dentro deste status quo, um elemento de contra-corrente excepcionalmente bem aceite, granjeando fama e enchendo de orgulho os portugueses aquém e além fronteiras. Por essa altura, poucos símbolos representaram tão bem o país, inspiraram respeito e levaram até alguns fundamentalistas políticos mais enraizados a sentir admiração, por uma patrulha que riscava os céus com as cores da República Portuguesa.

Com o fim da frota de Cessna T-37 veio também o fim (temporário) da patrulha que conseguiu fazer esquecer ideologias políticas e foi um símbolo quando muitos deixaram de o ser.

Tal como o seu lema "O espírito nunca aterra", também dentro da Força Aérea não deixou de haver quem se empenhasse em fazer voar de novo os "Asas de Portugal" e após algumas tentativas na década de 90 ainda com 6 aparelhos e uma parelha sob outro nome para as comemorações dos 50 anos da Forças Aérea em 2002, os Asas de Portugal restabeleceriam as actuações regulares em 2005 em 2 aviões Alpha Jet camuflados.

Vestindo nova roupagem (leia-se pintura) mais apropriada às exibições a partir de 2006, a parelha continuou onde tinha sido interrompida pelas circunstâncias e retomou em pouco tempo o estatuto internacional que era seu.

Quando comprei um livro de origem suíça sobre as patrulhas acrobáticas mundiais, não pude deixar de me orgulhar das páginas dedicadas aos Asas, com o mesmo orgulho genuíno de todos os portugueses que os viram actuar alguma vez nas suas vidas.

No ano de 2010 os Asas de Portugal pareciam ir de novo deixar um vazio nos céus, mas renasceram uma vez mais, agora como exibição solo. E o público aplaudiu o regresso como sempre o fez.

Não deixa no entanto de ficar um certo sabor a pouco, para quem sabe como é o prato completo.

Fica a esperança (do verde da nossa bandeira) de que essas asas que são as asas da nação, se multipliquem e voltem a ter número a condizer com o talento de quem os voa e o orgulho de quem os vê.



 CURIOSIDADES:

Modelo de radio controlo de um Alpha Jet com as cores dos "ASAS"

Exibição da parelha em Coimbra a 11/7/2009
Formação de 4 Alpha Jet na Red Bull Air Race a 12/9/2009 no Porto

Revista SIRIUS de JUL2010  (capa de André Garcez)






sábado, 10 de julho de 2010

DIA DAS BASES ABERTAS (M397-23PM/2010)


Hoje 10 de Julho,e ainda  no âmbito das comemorações do 58º Aniversário da Força Aérea, as suas unidades operacionais estarão abertas ao público.
Assim, entre as 10H00 e as 18H00, a Base Aérea 1 (Sintra), Base Aérea 4 (Lajes), Base Aérea 5 (Monte Real), Base Aérea 6 (Montijo), Base Aérea 11 (Beja), Aeródromo de Manobra 1 (Ovar) e Aeródromo de Manobra 3 (Porto Santo) receberão quem aí se deslocar, que poderá contactar de perto com os meios afectos a estas unidades e até fazer baptismo de voo em algumas dessas aeronaves.
O Campo de Tiro de Alcochete, a Estação de Radar 1 (Fóia), a Estação de Radar 2 (Pilar) e a Estação de Radar 3 (Montejunto), estarão também abertas ao público mas entre as 10H00 e as 17H00. O horário para o Aeródromo de Trânsito 1 (Figo Maduro-Portela) será entre as 09H30 e as 15H30.

quinta-feira, 11 de março de 2010

DOR DE ALMA (M358-8PM/2010)

Northrop T-38A Talon s/n 2601 pertencente ao Museu do Ar com a carlinga aberta expondo o interior do cockpit dia e noite aos elementos

Num dos últimos fins-de-semana calhou estar pelas imediações de Alverca e apesar do Museu do Ar já não estar aberto ao público, aquele meu instinto de olhar para o céu sempre que ouço o ruído de um avião,  também me leva magneticamente a estar perto deles.
Passei por isso pelo antigo Museu do Ar e qual não é o meu espanto quando para além das cores desbotadas (já esperadas) dos modelos expostos no pátio em frente ao hangar que albergava o Museu, me dou conta que a carlinga da frente do T-38 estava escancarada, expondo o interior do avião à inclemente intempérie que assolou o país nas últimas semanas.
Não faço ideia há quanto tempo estaria naquela situação, nem qual a razão para a mesma. Vandalismo? Descuido? Não faço ideia.
Sei que me doeu na alma ver um avião que foi por largos anos a única máquina supersónica da Força Aérea, na decadência apesar de teoricamente ter sido conservado para museu.

Já em Julho passado me tinha apercebido que o A-7 atribuído ao Museu do Ar em Sintra, sofria de mal idêntico, embora mais disfarçado, podendo ainda assim notar-se perfeitamente que a carlinga mal fechada notoriamente há bastante tempo, proporcionava a degradação do interior do cockpit.

Percebe-se que as verbas para manutenção de aeronaves que não são já mais do que memórias de outros tempos, não são prioritárias face às urgências das actualidades. 
As pinturas e restauro custam dinheiro.
Certos cuidados no entanto não.

À semelhança das pessoas, os aviões velhos também merecem respeito.


domingo, 5 de julho de 2009

LARGOS DIAS TÊM CEM ANOS



Encerraram-se hoje as festividades do 57º aniversário da Força Aérea Portuguesa.
Celebra-se também este ano o centenário do primeiro voo a motor realizado em Portugal, que aconteceu escassos 6 anos apenas depois dos irmãos Wright o terem conseguido pela primeira vez nos EUA e aberto o caminho para a aviação como a conhecemos hoje em dia.
Numa aeronave de aspecto frágil, como qualquer uma da época (a leveza dos aviões era condição essencial para o voo ser possível, dada a baixa potência dos motores disponíveis na época), Portugal entrava no clube dos países onde já se conseguia vencer a lei da gravidade imposta pelos deuses ao ser humano.

Desde então passaram cem anos. Que em termos de tecnologia serão cem anos-luz, de distância percorrida em termos de evolução, no sentido de aperfeiçoar o modo de aproveitar as leis da aerodinâmica, as responsáveis pela vitória sobre a tal lei da gravidade. Basta lembrar que, 13 anos depois desse primeiro voo, já Gago Coutinho e Sacadura Cabral atravessavam o Atlântico Sul no famoso Fairey que durante muitos anos ilustrou as notas de 20 escudos, uma moeda que nasceu e morreu durante este mesmo século agora encerrado. Um século em que Portugal passaria de Monarquia a República, entrou em guerras, viu revoluções.
E viu também chegar aeronaves que passariam a barreira do som.

Numa iniciativa de saudar, pelo privilégio que foi poder recuar no tempo e ter uma visão aproximada do que foi há cem anos atrás, a Força Aérea trouxe de França um Bleriot XI, semelhante ao que protagonizou em 1909 o primeiro voo motorizado em Portugal. Talvez ou garantidamente não com o mesmo espanto, com a mesma expectativa de então, o Bleriot XI lá se elevou outra vez nos céus nacionais.
Da primeira vez no Lumiar, agora na Granja do Marquês onde se situa a Base Aérea nº1, local escolhido em 1920 para a Escola Militar de Aviação, voou agora sob o olhar atento da Serra de Sintra, madrinha de tantos aviadores em Portugal, desde então.
Por essa razão e por ver em retrospectiva o caminho percorrido, apetece dizer à semelhança do título de um conhecido livro, de um conhecido autor, “largos dias têm cem anos”.

Que me perdoem hoje os leitores do Pássaro de Ferro que gostam mais de ver fotos (e de entre estes especialmente os que preferem as aeronaves modernas), mas hoje o texto é um pouco mais longo, como longos foram cem anos. E na foto, única também, não está nenhum jacto moderno. Estão dois ícones da história da aviação em Portugal: Sintra e o Bleriot XI

Parabéns à Força Aérea pelos 57 anos e parabéns aos aviadores que “escreveram” esse outro livro sobre cem anos, o dos cem anos da aviação em Portugal.

Nota: Para evitar comentários e/ou equívocos futebolísticos, não, não sou adepto do F.C P.


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