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sábado, 21 de novembro de 2009

O "APERTO" POR VIA DOS AVIÕES

TA-7P em voo

Este é um texto que já anda na berlinda da escrita há meses.
Conhece hoje a "luz do dia", sendo que, da sua leitura, se percebe bem o quanto a paixão pelos aviões foi e é forte e, digamos, imune a estados e alma ou até físicos e fisiológicos...
Desde início da década de 80 que passei as minhas férias grandes na Praia de Mira, como já por diversas vezes aludi no aqui Pássaro de Ferro.
Ora, em certa ocasião e com um certo empirismo feito sabedoria e percepção, um episódio caricato me aconteceu, tanto quanto me lembro, já na segunda metade de década de oitenta, no apogeu das operações do A-7P.
Era frequente os A-7P sobrevoarem/varrerem o litoral, muitas vezes a baixas altitudes, sendo que havia horas prováveis para tal acontecer, possibilidades que os anos iam cimentando como "quase certezas".
Contudo, voar não escolhe hora certa e um dia, depois do almoço (por volta das 14 horas) - pensava eu ser uma hora tranquila no que respeitava a aviões e agitada quanto à actividade intestinal - a passagem de um Corsair II apanhou-me completamente desprevenido, transformando-se num dos mais caricatos episódios que me ligam ao SLUF.
Esmiuçando, tratou-se de uma passagem baixa, por cima das dunas, de um TA-7P e penso que de um A-7P que voava como asa.
O problema é que eu estava, literalmente, de calças na mão, fechado num WC do Parque Municipal de Campismo da Praia de Mira, felizmente com um pequeno "janelo" com vista, justamente para as dunas, ou seja, decidi interromper o "serviço", empoleirando-me no dito janelo, apenas para pode ver o A-7. Em esforço, consegui!
Algum tempo depois, vim a saber que nesse TA-7P, para além do piloto, voava nada mais nada menos do que o CEMFA da altura cujo nome, por uma questão de cortesia, entendo por bem não revelar, mas que tive oportunidade de conhecer pessoalmente, um ano depois...
Como é óbvio, não lhe contei este episódio no mínimo, digamos, eventualmente não muito bem cheiroso...

sábado, 9 de agosto de 2008

UMA PARELHA A-7P "ESPECIAL" - Histórias e memórias de Verão com aviões



O mês de Agosto, na minha infância e juventude, sempre foi sinónimo de férias na Praia. Na Praia de Mira.
A minha paixão pelos aviões escreve páginas de uma perenidade quase diária. Muitos lugares estão marcados pela sua presença ou simples passagem/visualização.
Um desses locais é, sem dúvida, esta simpática vila de pesca na "arte xávega", já por várias vezes trazida ao Pássaro de Ferro por via de outras histórias e memórias.
Um dos episódios mais marcantes, que ainda me recordo com uma nitidez quase arrepiante, foi a passagem de uma parelha de A-7P, ainda com as superfícies inferiores em cinza claro.
Esta dupla de sonho (como se diria no futebol) surge de Norte, sobre a linha de costa, a uns 300 pés, não mais e à minha vertical, (comigo de joelhos no areal), um deles inicia um "break" para a esquerda. Devido à humidade típica do litoral, os rastos de condensação surgiram da ponta das asas produzindo um efeito visual que, para mim, foi absoluta novidade.
Extasiado de emoção, (já era suficientemente emocionante ver os "meus" A-7P) precipitei-me a tentar perceber e depois explicar o fenómeno. Na minha infanto-juvenil ignorância (este episódio ter-se-á passado em 1982 ou 1983, teria eu 12 ou 13 anos...) lá me fui convencendo que os rastos se deviam a qualquer coisa que o piloto tivesse activado de modo a produzir aquele efeito espectacular, tratando-se de um avião de guerra.
O episódio marcou-me de tal forma que nos restantes dias de praia, o meu olhar insistia em perscrutar o Norte, sempre na ânsia que um ou mais Corsair II fizessem daqueles dias de férias, dias mais preenchidos...
Felizmente que quase todos os dias eram e deles surgirão próximas histórias.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

AVIÕES E PISTAS NA AREIA

Imagem aérea da BA 5 - Monte Real
Crédito da foto: aqui

Desde 1976 que as minhas férias de praia (3 semanas a um mês) foram passadas na Praia de Mira, para quem não sabe, a meio caminho entre a Figueira da Foz e a zona de praias de Aveiro.
Desde miúdo que as construções na areia me fascinavam e por lá me dedicava a elas, principalmente aos fins de tarde, quando havia menos pessoas na praia e tinha, por isso, mais espaço .
Ora, como será bom de ver, a maioria das esculturas que fazia eram aviões ou algo a eles ligado.
A paixão agravou-se exponencialmente a partir do ínicio da década de oitenta, quando os A-7P entraram em acção.
A dada altura e depois de ter visto imagens de Monte Real, a casa dos A-7P, comecei a construir bases aéreas, com franco destaque, já aludi, para a Base Aérea nº5 de Monte Real.
Lembro-me bem de construir a pista principal; a "secundária" (o actual taxiway paralelo); aquele trecho de "pista" que cruza diagonalmente estas duas e as placas da 302 e da 304. Como na altura ainda não havia a zona das "raquetes" nem tão pouco os weather shelters actuais, ao lado da pista, no sentido 01-19, não colocava nada...
Tentava arranjar uma escala, sabendo que a pista principal media cerca de 2,4 Km e apartir daí assumia as dimensões que me pareciam as mais aproximadas e razoáveis. Construia hangares, torre de controle e todos os edifícios que conhecia das fotos.
Findas as "obras" na base, admirava-a longamente, imaginava-me dentro dos aviões que nela aterrassem e descolassem, brincava aos pilotos, às passagens baixas (não conhecia o termo "rapada"), sonhava acordado...
Quase nunca as destruia, (fi-lo apenas uma ou duas vezes simulando um mass-atack feito por múltiplos A-7P), deixava que o mar as apagasse na maré cheia.
Felizmente que não se apagaram da minha memória!

sexta-feira, 20 de abril de 2007

EU, O "RONCO" E O T-6

Foto: João M. Vidal - via Airliners.net

Em 1976 frequentei uma "colónia de férias" na Praia de Mira, uma localidade simpática algures entre a Figueira da Foz e Aveiro.
Lembro-me muito bem de assistir a frequentes passagens dos T-6 que estavam estacionados na base de S. Jacinto, cerca de 30 km a norte da Praia de Mira.
Quase sempre voavam junto à linha de costa e, muito melhor do que isso, voavam bem baixo.
Na altura tinha 7 anos e, apesar da paixão pelos aviões já existir, ainda não sabia o nome do avião, facto que me deixava imensamente aborrecido pois queria dizê-lo aos colegas da colónia, mostrando-lhes que para além de gostar dos aviões, sabia coisas sobre eles, sobretudo os seus nomes.
Não foi fácil de saber.
Talvez só mais tarde, 3 ou 4 anos depois é que fiquei a saber que eram os T-6.
Curiosamente, obtive essa informação de um familiar através da explicação do barulho do T-6.
Disse eu, desconhecendo totalmente a veracidade da designação, que "são uns aviões cinzentos com o nariz vermelho, a hélice e que quando passam, fazem um ronco".
Na mouche. Dito isso, o meu interlocutor afirmou, sem rodeios e com um largo sorriso "são os T-6 e são conhecidos precisamente pelo seu característico ronco!"
Posto isto, é sempre com uma enorme emoção que vejo/revejo os T-6 nos festivais aéreos, seja em exposição, seja em voo e o seu ronco, ainda hoje me causa um arrepio de emoção!

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