quarta-feira, 18 de junho de 2014
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14:15

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António Luís
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O Pentágono mandou parar, temporariamente, toda a frota de aviões F-35, no início do fim de semana passado, após um dos aviões da versão B do USMCorps ter sofrido uma fuga de óleo do motor e ter por isso declarado emergência em voo
Enquanto a suspensão dos voos de testes na sexta-feira foi descrita por funcionários do programa F-35 como um movimento de precaução, é a segunda vez em cerca de ano e meio que problemas de motor obrigam toda a frota a ficar no chão. Este problema ocorre a apenas escassas duas semanas de o avião fazer sua primeira aparição internacional.
O fabricante de motores Pratt & Whitney, disse que a maioria da frota de 104 jatos havia sido disponibilizada para retomar os voos na tarde de sábado, após as inspeções de segurança impostas pelos gestores do F-35. Contudo, os departamento técnico responsável pelo programa F-35 disse que foram encontrados problemas potenciais em mais dois aparelhos.
Fonte: WSJournal
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro
terça-feira, 27 de março de 2012
às
19:49

19:49

António Luís
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Fotos: Lockheed Martin
O programa F-35 completou recentemente nova etapa, com a execução bem sucedida do primeiro reabastecimento aéreo noturno, conforme as (belas) imagens documentam. Os sucessos que a Lockheed Martin vem anunciando, não invalidam contudo, que o programa esteja ainda sob algumas reticências, avanços e recuos, sobretudo por parte de alguns países, factos de que o Pássaro de Ferro já deu nota em anteriores edições e dará hoje uma vez mais.
Assim, o governo australiano está a atrasar a sua encomenda dos aviões F-35, juntando-se a uma
lista crescente de países que estão ligados ao programa, mas
que agora estão a refrear um pouco o seu "entusiasmo", digamos, muito por causa da crise económica global.
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As bandeiras das nações participantes do projecto JSF, visíveis na fuselagem Foto: Lockheed Martin |
Segundo o jornal australiano The
Canberra Times, o vice-presidente da Lockheed Martin, Tom Burbage disse a uma comissão parlamentar de defesa australiana que o
adiamento de encomendas de aviões por parte dos EUA e outros países "foi o
maior contribuinte para o aumento no custo unitário do F-35.''
Por seu turno, no Canadá, o governo conservador hesitou recentemente no seu apoio ao programa F-35, contrariamente ao que fez durante dois anos. Em
14 de Março passado, o Ministro Adjunto da Defesa do Canadá, Julian Fantino disse que o
governo não descarta a possibilidade de se afastar do programa.
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Testes com armamento interno num protótipo F-35B Foto: Lockheed Martin |
Fantino revelou
também que funcionários do Departamento de Defesa tem vindo a
considerar "todos os tipos de contingências" no caso do F-35 não estar
pronto para substituir a frota já algo envelhecida dos aviões CF-18. E reconheceu que o governo do Canadá não sabe quanto vai custar cada F-35 .No
entanto, e por sua vez, o Ministro da Defesa do Canadá, Peter MacKay, disse ao jornal Toronto Sun que "é ainda seguro dizer que a plataforma F-35 é a aeronave
certa para o Canadá. Para
todos os efeitos, é a única aeronave stealth de quinta geração que corresponde às necessidades do Canadá:"
Ainda no que toca a esta problemática, segundo
a agência Reuters, o governo dos Estados Unidos decidiu adiar a sua encomenda de F-35, com o objetivo de economizar 15.100M USD até ao ano fiscal de 2017 e permitir, também,
mais tempo para testes e desenvolvimento da aeronave.
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Modelo F-35B de descolagem curta e aterragem vertical (STOVL) Foto: Lockheed Martin |
De acordo com um memorando conhecido em Outubro de 2011, um alto
funcionário do Pentágono encarregue de acompanhar os testes de equipamentos e sua avaliação, expressa sérias reservas sobre como iniciar o programa de treino de pilotos no F-35, adiantando que o avião precisou de mais 10 meses
de testes. Também no mês passado, a Itália anunciou planos de reduzir a sua encomenda de 131 para 90 aviões F-35.
Recentemente também a Grã-Bretanha levantou algumas dúvidas, na escolha do modelo para operar nos seus porta-aviões atualmente em construção. A escolha tinha recaído num modelo mais barato (F-35C de descolagem e aterragem convencional) que exigiria no entanto um porta-aviões mais caro, com catapultas e pista de aterragem com cabos de travagem. A escolha foi feita por se acreditar ser o acréscimo de custo nos porta-aviões, inferior aos custos associados ao modelo STOVL, (F-35B) necessário para operar em porta-aviões de menores dimensões. Esta escolha (F-35C) permitiria ainda uma interoperabilidade com os porta-aviões americanos e francês, todos convencionais. A dúvida instalou-se quando os acréscimos de custo na construção dos porta-aviões classe Queen Elizabeth dispararam, levando a crer que comprar o modelo F-35B STOVL mais caro, ficaria ainda assim mais barato que os custos acrescidos nos porta-aviões. No entanto, os Estados Unidos através da US Navy, rebateram recentemente essa ideia, referindo que os custos com os porta-aviões convencionais ficarão "em metade do que o Ministério da Defesa britânico julga". Esta tomada de posição da US Navy destina-se principalmente a salvaguardar o esquadrão de caças que terá a operar num dos porta-aviões britânicos (HMS Prince of Wales) e, embora não admitido oficialmente, às dúvidas de viabilidade técnica que o modelo F-35B continua a levantar, mesmo para os americanos.
Todas estas "peripécias" ensombram, em certa medida, o programa JSF/Lightning II, colocando ainda no plano das incógnitas a data em que estes aparelhos, finalmente, começarão a tomar o seu lugar nas forças aéreas dos países que nele apostaram.
Seja como for, o programa continua a avançar, embora seja como se diz nos países anglófonos, com "baby steps..."
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As variantes do F-35 Lightning II |
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