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domingo, 19 de janeiro de 2020

C295M NO MALI EM MAIO DE 2020 [M2085 – 03/2020]

O sensor FLIR vigilância do C295M da FAP debaixo do nariz da aeronave

Apesar de não ter meios de asas rotativas disponíveis para poder reforçar a missão na República Centro Africana, Portugal irá  aumentar o contingente na missão das Nações Unidas no Mali (MINUSMA), com 70 militares e um avião C295M, a partir de Maio, e até Outubro de 2020.

A revelação foi feita pelo ministro da Defesa João Gomes Cravinho na sexta-feira, 17 de Janeiro, em Paris, onde esteve numa conferência com a sua homóloga francesa Florence Parly, com quem se encontrou depois, em reunião bilateral.

"A partir de maio e até outubro teremos mais cerca de 70 portugueses da Força Aérea, que estarão lá [no Mali] com a aeronave C295, que é muito competente para a recolha de informações, equipada de muitos sensores que permite desenvolver uma visão integrada e completa num espaço imenso" referiu o governante, complementando ainda que esse contingente poderá ser aumentado em 2021, para depois prosseguir: "É absolutamente fundamental estarmos presentes no Sahel. Não podemos deixar que a degradação da situação securitária no Sahel continue, porque o resultado terá um impacto na Europa. (...) Seria uma irresponsabilidade virarmos costas. (...) É uma área em que tenho colaborado com a minha colega francesa e espanhola, na tentativa de sensibilizar os outros países europeus, quantos às necessidades de fazer face aos desafios no Sahel" rematou.

Portugal tem actualmente 19 militares no Mali, 17 integrados na missão de Treino da União Europeia e dois na missão integrada das Nações Unidas, de estabilização do país.

A Força Aérea Portuguesa dispõe de uma frota de doze C295M em três versões diferentes: PG01, 02 e 03. Sendo a versão PG01 a básica de transporte (aeronaves 16701 a 07), a aeronave a destacar no Mali deverá ser do modelo PG02 (n/c 16708 a 10) ou PG03 (16711 e 12), uma vez que se trata dos modelos com capacidades ampliadas em termos de sensores de vigilância. Todas as versões contudo, possuem, ou podem ser equipadas com meios de defesa electrónica adicionais, para fazer face às ameaças que poderão encontrar durante o destacamento.

O Mali e os países do Sahel estão numa situação de deterioração da segurança preocupante para comunidade internacional. Segundo a ONU, mais de 4000 pessoas foram mortas em ataques terroristas em 2019 no Burkina Fasso, Mali e Níger, onde os jihadistas têm intensificado as acções. O número de pessoas deslocadas aumentou 10 vezes, aproximando-se já de um milhão. Esta instabilidade na região, aliada à situação na Líbia, ameaça aumentar o número de migrantes, que tentam entrar ilegalmente na União Europeia através do Mediterrâneo, com todas as consequências sociais e humanitárias que o fenómeno acarreta. Portugal tem participado aliás assiduamente, tanto com meios aéreos (C295M e P-3C Cup+) como marítimos, também na vigilância do Mediterrâneo, contra o tráfico humano e outras operações ilegais.

Apesar de no passado dia 13, o Presidente francês, Emmanuel Macron, ter anunciado o envio de mais 220 soldados para o Sahel, para fortalecer a força militar francesa na Operação Barkhane, os EUA no sentido inverso, admitiram reduzir a sua presença militar em África, o que pode colocar em risco a situação, na luta contra os grupos jihadistas.

A Esquadra 502, que opera o C295M na Força Aérea Portuguesa, já anteriormente esteve destacada no Mali, tal como o Pássaro de Ferro então deu conta, em artigo publicado na revista Sirius.


segunda-feira, 27 de maio de 2013

ACIDENTE COM KC-137 DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA NO HAITI (M1015 - 154PM/2013)


Aeronave que protagonizou o acidente aqui captada em Brize Norton, Reino Unido

Um avião KC-137 (versão militar do Boeing 707) da Força Aérea Brasileira, sofreu neste domingo (26/5/2013) um problema técnico que provocou um incêndio num dos motores durante a descolagem do aeroporto de Porto Príncipe, no Haiti, tendo a aeronave (n/c 2404) protagonizado uma saída de pista. O trem de aterragem da frente ficou seriamente danificado, tendo de igual modo ficado visíveis marcas do incêndio no exterior do avião.
A ocorrência deu-se por volta das 15:30 (horário de Brasília) e não não há felizmente feridos ou vítimas a lamentar.

No aparelho seguiam doze tripulantes e 131 passageiros, com destino a Manaus no Brasil, todos militares do contigente da Missão de Paz no Haiti.

A Força Aérea Brasileira já iniciou as investigações para apurar os fatores contribuintes para a ocorrência.


Fonte: Agência Força Aérea
Adaptação: Pássaro de Ferro

quarta-feira, 13 de junho de 2012

CONFERÊNCIA RIO+20 (M667 - 60PM/2012)


Embora o Brasil não esteja entre os países-alvo de potenciais ameaças terroristas, um evento da magnitude da Conferencia das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, como o que hoje iniciou no Rio de Janeiro, implica inevitavelmente medidas de segurança especialmente cuidadas.
Assim, o plano de segurança foi concebido pelo comando do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), do Ministério da Defesa, com a coordenação do Comando Militar do Leste (CML) e aprovado pelo executivo da Presidente Dilma Rousseff.  O efetivo militar utilizado pertence à Marinha, ao Exército e a Força Aérea Brasileira. A Polícia Militar contará com efetivo de 2,5 mil a cada dia do evento e 1 mil guardas municipais. A Polícia Federal disporá de 1,4 mil delegados e agentes na operação.

F-5EM da FAB

A Força Aérea Brasileira (FAB) concretamente terá a participação de cerca de 5 mil militares. O contingente será utilizado no controlo das Bases Aéreas do Galeão (Ilha do Governador), dos Afonsos (Marechal Hermes) e de Santa Cruz, que receberão as delegações, na defesa aérea e no controlo de tráfego aéreo de áreas de segurança estabelecidas para o Rio de Janeiro.

Linha de A-29 Super Tucano

Caças A-29 Super Tucano e F-5EM estarão de prontidão para vigiar o espaço aéreo do Rio de Janeiro durante o evento, além de helicópteros AH-2 Sabre e H-60 Black Hawk e toda a estrutura de radares de controlo de tráfego aéreo e de defesa aérea da FAB. Aviões-radar E-99 também serão utilizados na vigilância do espaço aéreo da região. Haverá zonas de exclusão aérea na cidade, como por exemplo, nas imediações do Riocentro, que sediará a conferência, num raio que pode variar de 4km a 13km de acordo com a programação do evento. Todas as informações referentes à circulação de aeronaves estarão disponíveis aos pilotos por meio de publicações específicas da aviação (NOTAM).

A aeronave AWACS  da Embraer modelo R-99A (E-99)

A coordenação do fluxo de tráfego aéreo no Rio de Janeiro estará a cargo do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), da Força Aérea, instalado ao lado do Aeroporto Santos Dumont. De lá serão, transmitidas as orientações de aterragem e descolagem das aeronaves durante o período da conferência. Pelo menos 63 aviões utilizarão o pátio do Aeroporto Internacional Tom Jobim, além das áreas disponíveis nas três bases aéreas no Rio de Janeiro. A Força Aérea garantirá a segurança nas bases do Galeão, Afonsos e Santa Cruz, e manterá tropas em prontidão para eventuais emergências.
Pela Força Aérea, unidades ligadas ao Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR), Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e Terceiro Comando Aéreo Regional (III COMAR) estarão envolvidas na operação.
As comitivas terão a proteção de 29 helicópteros que farão a monitorização dos cerca de 50km da orla carioca. Além do Riocentro e do Aterro do Flamengo, os militares atuarão na região dos 38 hotéis onde estarão hospedados os oito mil delegados participantes da Rio+20.

No Riocentro, o Centro de Defesa Cibernebética montou ainda uma infraestrutura para proteger o sistema de telecomunicação de possíveis ataques de hackers. Somente no centro foram investidos 20M BRL (cerca de 8M EUR). O plano de segurança conta também com tropas especialmente treinadas para atuação, prevenção e reação a ataques terroristas. Há também contingente para atuar na defesa química e bacteriológica.

Fonte: Agência Força Aérea com adaptação Pássaro de Ferro

domingo, 20 de março de 2011

ATAQUE À LÍBIA, VERSÃO 2011 - (M483-13AL/2011)


A História tem, em si mesma, os próprios mecanismos de repetição. Os ciclos históricos escrevem a sua regra no caminho do tempo e por isso não espanta que determinados acontecimentos se repitam.
Ora no que que respeita ao que se está a passar na Líbia, temos um quadro complexo, assente em pressupostos que tiveram a sua génese na Túnisia, com o levantamento popular que destronou uma ditadura de décadas e depois alastrou ao Egipto, deixando também a sua marca de revolução que levou à queda de Mubarak.
Não seria, pois, de espantar que esta movimentação com raíz "popular" chegasse a uma das ditaduras mais duradouras e algo "consentidas" do continente africano.
O problema na questão líbia é o petróleo do senhor Kadafi
Por mais malabarismos que a política internacional faça, com ou sem o aval da ONU, ou que os permeie com motivações humanitárias - dado Kadafi estar a atacar o seu próprio povo - é o petróleo que preocupa as nações, sobretudo as ocidentais, cujas economias assentam, justamente, sobre o petróleo e o acesso digamos "controlado" a ele. 
Pode ser cruel e básico estabelecer tão simplesmente estas premissas para "legitimar os ataques", mas são elas, ou, sobretudo ele (petróleo) que o motivam.
E o mais sintomático é perceber que Kadafi sobreviveu sempre aos ataques de que já foi alvo, nomeadamente depois de Lockerbie, em 1986 em que os EUA atacaram o regime e, mais baixa menos baixa, Kadafi permaneceu intocável, exercendo a sua ditudura com um enorme beneplácito da comunidade internacional, estabelecendo até relações construtivas e "estranhamente" pacíficas e alinhadas com aqueles que nessa altura o atacaram e hoje o voltam a fazer.
Digamos que tudo assenta numa hipocrisia quase global, de parte a parte diga-se, só explicável nos meandros mais obscuros e menos politicamente correctos de que é feita grande parte da diplomacia, fundamentada no superior interesse das economias ocidentais e não só, movidas, repito, pelo poder do petróleo.
Seja como for e analisando esta investida do ponto de vista mais caro ao Pássaro de Ferro, temos que a história já se escreveu quando os aviões Panavia Tornado ingleses estabeleceram um novo máximo de distância para lançar um ataque a partir da base-mãe (cerca de 5 mil quilómetros), ou os caças franceses Rafale tenham feito a sua estreia em combate, abrindo as hostilidades.
Vamos esperar para ver a evolução da situação sendo que será de prever e desejar - conceda-se - que desta feita, Kadafi ceda perante a força internacional mas, sobretudo, pela força do seu próprio povo que, finalmente, estará a "abrir os olhos" perante o país e a vida que um ditador e "senhor" lhes construiu ao longo de décadas, sob as mais variadas vestes.

Nota: Este texto e a opinião nele expressa apenas vinculam o seu autor.

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