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terça-feira, 28 de agosto de 2012

As Crónicas de Alverca - North American F-100 “Super Sabre” (M702 - 5RF/2012)


Nota do Comando – A convite do colaborador do Pássaro de Ferro, Rui “A-7” Ferreira, o Eng. Lima Basto [*], presenteia os leitores com uma pequena nota ilustrada sobre uma foto publicada numa das edições de 1968 da Revista Mais Alto.

North American F-100 “Super Sabre”

Este texto, elaborado a pedido do grande amigo, Rui Ferreira, surge a propósito de uma fotografia de capa publicada na revista “Mais Alto” da Força Aérea Portuguesa (FAP), Ano X, nº. 110, de Junho de 1968, e na qual se vê um F-100 da USAF na placa de estacionamento do DGMFA, em Alverca. Estava presente o autor destas linhas, entre outros elementos de apoio, que ali se deslocaram pela oportunidade, e enorme curiosidade, de ver bem de perto mais uma aeronave diferente das muitas que ali aterraram.
O avião esteve em Alverca para se fazer uma avaliação e orçamento referentes a trabalhos de pintura e manutenção a executar nas Oficinas Gerais de Material Aeronáutico (OGMA), ao abrigo de contratos existentes com a USAF para outras aeronaves; daquela vez, não houve acordo entre as partes para a realização dos trabalhos.
Lembro-me no entanto que, algum tempo depois, durante o ano de 1969, ao abrigo de um desses contratos, foram pintados 20 aviões North American Rockwell OV-10 “Bronco”, avião de observação/ataque ligeiro da Air National Guard (ANG), equipado com dois motores turbo-hélice Garrett-AirResearch, T76-G-412 ou T76-G-413, com 715 hp ao veio. A revista “Mais Alto” de Outubro de 1969, dedica um artigo sobre os OV-10 “Bronco”, descrevendo as suas características técnicas.


O North American F-100 “Super Sabre” é um avião de combate supersónico, a jacto, equipado com um motor “Pratt & Whitney” J57-P-21/21A turbojet,  com um impulso de 10,200 lbf (45 kN) e com pós-combustão de 16,000 lbf (71 kN), atingindo uma velocidade de 1216 km/h ou 756 mph. Prestou serviço na Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) de 1954 a 1971 e na National Guard (ANG) até 1979, e até mais tarde na Dinamarca, França, Taiwan e Turquia. A patrulha acrobática da USAF, os “Thunderbirds”, utilizou os F-100C e F-100D entre 1956 e 1969.
Construído pela North American Aviation como um avião de combate de alto desempenho, destinado a superar o F-86 "Sabre" e, no total, fabricaram-se 2,294 exemplares. Na USAF, foi o primeiro avião de combate a reacção capaz de manter uma  velocidade superior a Mach 1 em voo nivelado.
Utilizado como caça/bombardeiro táctico, viu serviço no conflito no Sudoeste Asiático (Vietnam), sendo gradualmente retirado de serviço em meados dos anos sessenta sendo substituido pelo pelo F-105 Thunderchief. O F-100 operou em missões de apoio aéreo próximo, essencialmente na região sul do Vietnam até ser substituído pelo Vought A-7  Corsair II.
Conhecido como “the Hun”, versão curta de “one hundred”, foi o primeiro avião da “Century Series”, designação dada aos primeiros aviões militares da série “100”.        


Century Series

North American F-100 Super Sabre
McDonnell Douglas F-101 Voodoo
Convair F-102 Delta Dagger
Republic XF-103 Thunderwarrior [protótipo/não entrou em produção]
Lockheed F-104 Starfighter
Republic F-105 Thunderchief
Convair F-106 Delta Dart
North American YF-107 [protótipo/não entrou em produção]
Noth American YF-108 Rapier [protótipo/não entrou em produção]
Bell XF-109 VTOL [avião conceptual/experimental]
McDonnell Douglas  F-110 [designação prevista para o F-4 Phantom, abandonada após a modificação ao sistema de numeração]
General Dynamics F-111 Aardvark





O Eng. Jorge Hansen Lima Basto [*] nasceu a 27 de Junho de 1943. É Bacharel em Engenharia Aeronáutica em Londres e Redhill Aerodrome, Inglaterra.  Estagiou na Rolls-Royce em Derby, Inglaterra.
Aposentado da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal S.A., possui uma vasta experiência profissional, destacando-se nos últimos como Relações Públicas, no Gabinete de Comunicação e Imagem, da OGMA. Na OGMA integrou várias missões de serviço nos E.U.A., no âmbito do contrato de motores T-56 (USAF) e os motores  Rolls-Royce AE2100 e AE3007. Enquanto colaborador da OGMA participou em diversas exposições em Portugal, e em diversas edições do Salão Aeronáutico de Paris, em Le Bourget (França) e de Farnborough (Inglaterra). Foi responsável pelo estudo, planeamento e construção de três réplicas de aeronaves e seus motores, construídos na OGMA para o Museu do Ar:  um Maurice Farman MF-4 “Casta Susana” de 1911 com motor Renault V8 de 70hp; um Santos Dumont “Demoiselle XX” de 1908 com motor Darrach de 4 cilindros  35hp; e um hidroavião Fairey III D “Santa Cruz” de 1922 com motor Rolls-Royce Eagle VIII de 350hp.
É membro de diversas associações:  Associação da Aviação Experimental Chapter 1297 Lusitanos; Associação Portuguesa dos Entusiastas da Aviação (APEA); Grupo de Amigos do Museu do Ar (GAMA); Associação de Pessoal da OGMA (APOGMA);  Associação da Força Aérea Portuguesa (AFAP). Desempenha actualmente funções na Direcção do GAMA.
Ex-Oficial da Força Aérea Portuguesa do Quadro de Oficiais Milicianos Engenheiros Aéronáuticos.
É autor de diversas  publicações e artigos, sendo de destacar a publicação em 2003, pela Magno Edições, do livro “Os 100 anos da Aviação”, em Português e Inglês.
(texto adaptado da sua biografia incluída no seu livro “Os 100 anos da Aviação”)

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

PAINT MARKINGS





As duas fotos acima pertencem às células 5527 e 15545 dos saudosos A-7P, tiradas já no seu local de repouso final, vulgo DGMFA.
À parte da degradação denunciada pelas cores desbotadas, as duas fotos à primeira vista não têm nada de especial.
Já se atentarmos um pouco melhor pode distinguir-se no entanto um objecto fálico voador na foto de cima e na de baixo uma girafa em atitude algo comprometedora.
Segundo consta, no dia seguinte a festa rija no bar da esquadra, alguns aviões apareciam misteriosamente adornados com este tipo de simbologia, que segundo os mais entendidos tinham até algo de sobrenatural, apresentando vestígios de plasma levemente etilizado.
Talvez esteja mesmo relacionado com os famosos círculos que aparecem nos campos de cultivo ingleses.
Ou não.

PS: Nao vá alguém levar a conversa acima a sério, recomenda-se que esta seja lida com uma certa dose de ironia.

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