sábado, 20 de abril de 2019

ROMÉNIA OFICIALIZA INTERESSE EM MAIS CINCO F-16 PORTUGUESES [M2033 - 20/2019]

F-16 do primeiro lote vendido por Portugal à Roménia

O ministro da Defesa romeno Gabriel Les, confirmou em conferência de imprensa, a intenção de comprar  cinco células F-16 a Portugal: "Todos os documentos foram já enviados para o nosso parceiro português. Só nos falta percorrer os últimos metros de distância. Acredito firmemente que é possível assinar ainda este ano o contrato para os cinco aviões" referiu.

Segundo informação adicional ventilada na imprensa romena, apenas quatro das células serão destinadas a voar, juntando-se assim às 12 do primeiro lote adquirido em Portugal, actualmente a operar a partir de Borcea, na Roménia, para perfazer um total de 16. A quinta célula destinar-se-á ao fornecimento de peças para a frota operacional.
Ainda segundo a imprensa local, as cinco células virão do AMARG nos EUA, sendo modernizadas na OGMA, em Alverca, para o padrão MLU.

O potencial negócio tinha já sido anteriormente assumido pela parte portuguesa, tanto pelo Ministério da Defesa, como pela Força Aérea, na pessoa do Gen. Manuel Rolo. Em Janeiro passado, na Comissão Parlamentar de Defesa, o então CEMFA revelou ser a alienação de cinco células F-16, a solução encontrada para financiar a modernização e operacionalidade da restante frota portuguesa. Isto significa que - ao contrário da informação veiculada na Roménia e pelo MDN inicialmente - as células a transferir para a Roménia sairão da frota nacional e não serão repostas, ficando por isso a frota da Força Aérea Portuguesa reduzida a 25 aeronaves.
A lógica subjacente a esta decisão, é de que estas cinco células têm estado paradas nos últimos anos, por falta de verbas para as manter operacionais, sendo por isso a sua venda irrelevante para a execução das operações que é possível manter actualmente.

Não há, por enquanto, informação oficial acerca dos valores envolvidos no negócio.


3 comentários:

  1. A situação não seria grandemente geradora de preocupação se Portugal tomasse a iniciativa de, tão rapidamente quanto possível, avançar para a compra de F-35 Lightning II.

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    1. Preocupação com o que?
      A FAP espera comessar a desactivação da frota dentro de 10 anos, faz todo o sentido fazê lo de forma gradual.
      25 aviões não é pouco, tendo em conta as reais necessidades portuguesas, os 40 que se tinha, difícilmente teria real utilidade.
      Que faria FAP com 40 aviões dentro de 10 anos, sem perspectiva de os vender?
      Faz todo o sentido proceder com este tipo de vendas enquanto ainda se pode providenciar bom estado de conservação, bom potencial tecnológico e boa utilidade.

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    2. So tenho pena que não se possa ter feito o mesmo com os alpha jets...

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